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Perguntas feitas pela professora Luciana Chiarini (Fisio - Endócrino) após a apresentação de cada seminário (anotadas por Beatriz Amaral):
Diabetes
Qual a diferença entre diabete tipo 1 e diabete tipo 2?
Diabetes tipo 1 – É também conhecido como diabetes insulinodependente, diabetes infanto-juvenil e diabetes imunomediado. Neste tipo de diabetes a produção de insulina do pâncreas é insuficiente pois suas células sofrem o que chamamos de destruição autoimune. Os portadores de diabetes tipo 1 necessitam injeções diárias de insulina para manterem a glicose no sangue em valores normais. Há risco de vida se as doses de insulina não são dadas diariamente. O diabetes tipo 1 embora ocorra em qualquer idade é mais comum em crianças, adolescentes ou adultos jovens.
Diabetes tipo 2 – É também chamado de diabetes não insulinodependente ou diabetes do adulto e corresponde a 90% dos casos de diabetes. Ocorre geralmente em pessoas obesas com mais de 40 anos de idade embora na atualidade se vê com maior frequência em jovens , em virtude de maus hábitos alimentares, sedentarismo e stress da vida urbana. Neste tipo de diabetes encontra-se a presença de insulina porém sua ação é dificultada pela obesidade, o que é conhecido como resistência insulínica, uma das causas de HIPERGLICEMIA. Por ser pouco sintomática o diabetes na maioria das vezes permanece por muitos anos sem diagnóstico e sem tratamento o que favorece a ocorrência de suas complicações no coração e no cérebro.
Diabetes Gestacional – A presença de glicose elevada no sangue durante a gravidez é denominada de Diabetes Gestacional. Geralmente a glicose no sangue se normaliza após o parto. No entanto as mulheres que apresentam ou apresentaram diabetes gestacional, possuem maior risco de desenvolverem diabetes tipo 2 tardiamente, o mesmo ocorrendo com os filhos.
Qual a relação do estresse com a Diabetes e o aumento de cortisol?
Em situações de estresse, há um aumento na secreção de alguns hormônios, principalmente o cortisol, que age contra a insulina inibindo a absorção de glicose, ajuda assim a manifestar o diabetes. Nos estados de stress usamos mais energia do que o normal em outras situações, por isso os níveis de glicose e glicemia aumentam. Porém, é um erro acharmos que o aumento da disponibilidade de glicose no sangue servirá para todos os nossos órgãos trabalharem mais. Essa hiperglicemia induzida se dá para que o cérebro utilize essa energia, já que ele sozinho é responsável por 10% a 20% do consumo energético no nosso dia-a-dia. A manutenção dos níveis séricos de cortisol relativos a estados de stress prejudica a função dos transportadores celulares de glicose (GLUT4), que funcionam à base de insulina, daí a resistência periférica à insulina.
O que caracteriza a Hipoglicemia? E a Hipoglicemia?
Hipoglicemia: baixa de glicose no sangue;
Hiperglicemia: alta de glicose no sangue.
Comportamentos alimentares
Como é produzida e para que serve a grelina no nosso organismo?
A grelina (conheçida cocmo hormonio da fome) é secretada por células D/P1 da mucosa gástrica e células do pâncreas, é um dos mais importantes sinalizadores para o início da ingestão alimentar. Sua concentração mantém-se alta nos períodos de jejum e nos períodos que antecedem as refeições, caindo imediatamente após a alimentação, o que também sugere um controle neural. A grelina, além de aumentar o apetite, também estimula as secreções digestivas e a motilidade gástrica. Grelina também é produzido no núcleo arqueado hipotalâmico, onde estimula a secreção do hormônio do crescimento da glândula pituitária anterior.
Qual a diferença da atuação da grelina no organismo de uma pessoa com diabetes e uma pessoa que não possui diabetes?
A insulina (que baixa os níveis de glicose no sangue) é um inibidor da secreção de grelina em pessoas saudáveis de peso normal e sobrepeso, e ambas as cargas de glicose oral e intravenosa são também mostradas regulares na secreção de grelina em humanos. O aumento fisiológico nos níveis de insulina pode ter um papel importante na regulação pós-prandial das concentrações de grelina plasmática, uma vez que a refeição induz a supressão de grelina, isso não ocorre na severa deficiência de insulina. 
Qual a diferença entre hiper e hipoglicemia?
A hiperglicemia, caracterizada pela quantidade excessiva de glicose no sangue, é causada por pouca insulina, resistência à insulina ou ingestão alimentar aumentada. A hipoglicemia significa nível baixo de glicose sangüínea, que pode ser causada pela administração de insulina excessiva, pouco alimento, refeições ou lanches atrasados ou esquecidos, exercício ou outra atividade física ou ingestão de álcool sem alimento.
Discorra sobre a leptina e sua relação com a obesidade.
A leptina reduz o apetite a partir da inibição da formação de neuropeptídeos relacionados ao apetite. Altos níveis de leptina reduzem a ingestão alimentar enquanto que baixos níveis induzem hiperfagia. No entanto, indivíduos obesos apresentam elevados níveis plasmáticos de leptina, cerca de cinco vezes mais que aqueles encontrados em sujeitos magros. A hiperleptinemia, encontrada em pessoas obesas, é atribuída a alterações no receptor de leptina ou a uma deficiência em seu sistema de transporte na barreira hemato-cefálica, fenômeno denominado resistência à leptina, semelhante ao que ocorre no Diabetes mellitus.
Hipotireoidismo e Depressão
Discorra passo-a-passo o caminho da produção de T3 e T4?
Captação de iodeto de forma ativa (pelas células foliculares tireoidianas), síntese de tireoglobulina (glicoproteína, TSH aumenta sua transcrição), oxidação do iodeto (para que o iodo possa se ligar a tireoglobulina), organificação do iodeto ou iodação da tireoglobulina (incorporação do iodeto a tireoglobulina – formação de MIT e DIT), reação de acoplamento (2 DIT = T4, 1 MIT + 1 DIT = T3), armazenamento de tireoglobulina (no interior do folículo tireoidiano), endocitose de tireoglobulinas iodadas (estimulado pelo TSH), e por fim liberação de T3 e T4.
Deve-se pedir que as pessoas que façam o exame hormonal antes de diagnosticar a depressão. Por que?
Porque a depressão pode estar ligada à algum tipo de alteração hormonal, como a baixa dos hormônios tireoidianos que ocorre no hipotireodismo.
Quando o T3 e T4 estão baixos espera-se que o TSH esteja baixo ou alto?
Normalmente o TSH estará alto, na tentativa de atuar ainda mais sobre a glândula tireoide afim de produzir mais T3 e T4. Porém se o prblema for à nível de hipófise, o TSH poderá também estar baixo.
O que é importante medir no organismo para detectar o hipotireoidismo?
Os níveis de TSH, e dos hormônios tireoidianos T3 e T4.
Testosterona
Por que a testosterona esta relacionada com o aumento da massa muscular e produção do tecido muscular?
O hormônio é imprescindível para o ganho de massa porque através de uma cascata de reações bioquímicas é capaz de estimular o aumento de força e da síntese protéica. Tem efeito anabólico sobre músculos. A testosterona é um hormônio produzido naturalmente pelo nosso organismo e é o principal hormônio ligado ao ganho de massa muscular e a diminuição da gordura corporal. Ela ainda estimula o metabolismo que faz com que o corpo use a gordura acumulada como fonte de energia. De forma contrária, a deficiência desse hormônio está associado à perda de massa muscular, perda de força, acúmulo de gordura corporal, sintomas de cansaço, indisposição e perda do desejo sexual.
Qual o mecanismo de ação da testosterona e de que forma ele age?
Os efeitos da testosterona nos seres humanos e outros vertebrados ocorrem por meio de dois mecanismos principais: pela ativação do receptor de andrógeno (diretamente ou como DHT), e pela conversão de estradiol e ativação de receptores de estrogênio certos. Assim como outros hormônios esteróides, os androgênios exercem seus efeitos por meio de receptores nucleares, que são fatores de transcrição e regulam a produção de mRNA de genes alvo, por mecanismo dependente da ligação como hormônio.
Menopausa e Depressão
O que muda no organismo da mulher para que ela seja acometida pelo período considerado como menopausa?
Ocorre menopausa e o ciclo ovariano cessa; ovário produz menos estrogênio e progesterona; a síntese de estrogênio passa a depender da conversão do androgênio adrenal; o hipotálamo produz mais GnRH e a hipófise anterior secreta mais FSH e LH; falta de estrogênio causa: insônia, fogachos, redução da densidade óssea.
Qual o mecanismo de ação dos estrogênios?
Testosterona é convertida em diidrotestosterona (DHT) ou em estradiol.
O estrogênio é o hormônio responsável pelo comportamento “feminino”, determinando a feminilidade, agindo sobre as células, anatomia e comportamento. Ele também age sobre o crescimento das células, pois as induzem a se proliferar, aumentando o tamanho de músculos,vagina, mamas, glândulas, quadris, coxas, dando um formato ovóide a essa região, diferentemente dos homens, que possuem a região do quadril afunilada. Possui função no crescimento de pêlos pubianos, desenvolvimento de pequenos e grandes lábios e deposição de tecido adiposo. Portanto, é o estrogênio que promove as características físicas femininas. 
Ocitocina e Comportamento Materno
Qual o mecanismo de ação dos hormônios proteicos?
Ativação da adenilciclase e formação de AMP-cíclico intracelular – é o mecanismo geralmente utilizado pela grande maioria dos hormônios protéicos. O hormônio, uma vez ligado a um receptor específico localizado na membrana celular de uma célula-alvo, provoca a ativação de uma enzima intracelular (adenilciclase). Esta enzima converte parte do ATP intracelular em AMP-cíclico. O AMP-cíclico, enquanto presente no interior da célula, executa na mesma uma série de alterações fisiológicas como: ativação de enzimas; alterações da mermeabilidade da membrana celular; modificações do grau de contração de músculo liso; ativação de síntese protéica; aumento na secreção celular.
Discorra passo-a-passo sobre o processo de produção e liberação de leite no organismo da mãe.
A Prolactina é um hormônio proteico adenohipofisário que tem importante participação no processo de lactação, exercendo ações fundamentais na preparação e manutenção da glândula mamária para a secreção de leite. Suas ações sobre o desenvolvimento da mama durante a gravidez ocorrem conjuntamente com a ação dos estrógenos, progesterona, lactogênio placentário, insulina e cortisol.
A ocitocina (neurohipófise) tem suas ações fisiológicas exercidas principalmente sobre a musculatura lisa uterina e da que reveste os alvéolos da mama. Através desses mecanismos a ocitocina participa, respectivamente, do mecanismo do parto e da ejeção de leite durante a lactação. As ações da ocitocina sobre a glândula mamária estão relacionadas ao processo de ejeção do leite dos alvéolos e ductos galactóforos menores.

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