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ESTUDO DIRIGIDO teoria da democracia

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tutoriacipol@uninter.com (CiPol) / tutoriari@uninter.com (RI). 
1 
 
 
 
 
Teoria da Democracia – estudo dirigido 
 
 
Material de disciplina 
Videoaulas 1 a 6 
Rotas de Aprendizagem 1 a 6 
 
MEDEIROS, Pedro. Uma introdução à Teoria da democracia. Curitiba: Intersaberes, 2016 
 
SOUSA, Gonçalves Rainer. Democracia grega x Democracia contemporânea. Disponí vel em 
http://www.mundoeducacao.com/historiageral/democracia-grega-x-democracia-contemporanea.htm. Acesso em 02 de 
dezembro de 2016. 
 
CO RREA, Juliana Nonato. As concepções contemporâneas de democracia. 2011. Disponí vel em 
http://ensinosociologia.fflch.usp.br/sites/ensinosociologia.fflch.usp.br/files/2011-1-Juliana-Nonato-
Concep%C3%A7%C3%B5es%20democracia-1-texto.pdf. Acesso em 02 de dezembro de 2016. 
 
 
 
Neste breve resumo, destacamos a importa ncia para seus estudos de alguns temas diretamente relacionados ao 
contexto trabalhado nesta disciplina. Os temas sugeridos abrangem o conteu do programa tico da sua disciplina 
nesta fase e lhe proporcionara o maior fixaça o de tais assuntos, consequentemente, melhor preparo para o sistema 
avaliativo adotado pelo Grupo Uninter. Esse e apenas um material complementar, que juntamente com a Rota de 
Aprendizagem completa (livro-base, videoaulas e material vinculado) das aulas compo em o referencial teo rico que 
ira embasar o seu aprendizado. Utilize-os da melhor maneira possí vel. 
 
Bons estudos! 
 
 
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Sumário 
 
 
Tema: Democracia, uma definiça o difí cil ......................................................................................................................... 3 
Tema: A democracia ateniense ......................................................................................................................................... 4 
Tema: A democracia representativa................................................................................................................................. 7 
Tema: Escola de Frankfurt ................................................................................................................................................ 9 
Tema: Teoria deliberativa ............................................................................................................................................... 10 
 
 
 
 
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Tema: Democracia, uma definição difícil 
Segundo os diciona rios, a democracia e definida como o “governo do povo”, quer dizer, como um 
regime polí tico em que a populaça o exerce o poder de tomar deciso es. Essa definiça o, contudo, 
e bastante insuficiente para aqueles que pretendem estudar a fundo as sociedades 
democra ticas. Entre os motivos que podem ser listados para a dificuldade em se definir o termo 
“democracia” esta a pro pria antiguidade da palavra, inventada ha 2500 anos pelos gregos 
antigos, bem como o uso indiscriminado que foi feito dela desde enta o. Por conta desse uso 
indiscriminado, diferentes experie ncias histo ricas acabaram sendo nomeadas como 
democra ticas, o que contribuiu para um aumento da ambiguidade do termo. 
 
--- 
 
Nos dias atuais, praticamente na o ha regime polí tico que na o se intitule como “democra tico”. 
Essa popularidade atual do termo, contudo, encobre um passado em que a democracia era vista 
como apenas uma entre outras alternativas de organizaça o polí tica. Para discorrer em poucas 
palavras sobre os momentos histo ricos do se culo XX em que se pensou existir alternativas 
legí timas a democracia e preciso levar em conta que apesar da popularidade atual da ideia de 
“democracia”, houve momentos histo ricos no se culo XX em que esse tipo de regime polí tico foi 
visto como apenas uma alternativa entre outras. Isso pode ser visto, por exemplo, durante o 
perí odo da Guerra Fria, em que o socialismo sovie tico apresentava-se como alternativa a 
democracia praticada por paí ses como os Estados Unidos. Outro momento de questionamento 
dos regimes democra ticos foi o do perí odo entre as duas guerras mundiais, quando o nazismo 
e o fascismo europeus passaram a ser vistos como caminhos para o desenvolvimento econo mico 
de um paí s. 
 
--- 
 
Dado o cara ter ambí guo que o termo “democracia” possui nos dias de hoje, uma maneira de 
tentar chegar a uma definiça o mais precisa e a de retornar a pro pria origem histo rica dessa 
palavra, bem como a origem das pra ticas e instituiço es por ela sintetizadas. Para fazer uma 
caracterizaça o sobre o contexto histo rico de surgimento do primeiro “projeto” ocidental de 
democracia e preciso levar em conta, historicamente, o primeiro “projeto” de democracia no 
Ocidente foi aquele representado pela organizaça o polí tica dos gregos antigos – em especial, 
dos atenienses – por volta do se culo V a. C. Foi nesse contexto que surgiu a ideia de se organizar 
a vida na cidade – a po lis – segundo a noça o de um “governo do povo”. 
 
--- 
 
De acordo com a definiça o encontrada nos diciona rios, a democracia caracteriza-se por ser um 
governo no qual o povo exerce a soberania. No entanto, esta breve definiça o na o e suficiente 
para os estudos da Teoria da Democracia, por se tratar de um termo ambí guo e muito utilizado, 
do qual se encontram va rias conceituaço es aplicadas por diversos autores que tratam do tema. 
Para falar sobre a qual seria a principal tarefa da Teoria da Democracia, diante desse quadro de 
ambiguidade conceitual, devemos saber que a tarefa principal da teoria democra tica 
 
 
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contempora nea, diante desse quadro de ambiguidade conceitual, e atingir uma definiça o 
operacional do que seja democracia, quer dizer, uma definiça o precisa que permita 
efetivamente classificar os regimes polí ticos existentes, a partir de determinados para metros 
estabelecidos por essa definiça o. 
 
--- 
 
A etimologia do termo democracia, ou seja, a origem dessa palavra, remonta ao grego antigo, a 
partir da junça o das noço es de “demos” (povo) e de “kratos” (governo ou poder). O resultado 
final e o da democracia como “governo do povo”, portanto. Essa definiça o etimolo gica e 
insuficiente para o entendimento de como funciona, de fato, um regime democra tico. A 
definiça o etimolo gica de democracia, como “governo ou poder do povo” e insuficiente para o 
entendimento de como funcionam os regimes democra ticos por na o especificar a maneira exata 
como esse “governo ou poder” e de fato exercido pelos cidada os. Ou seja: na o especifica se o 
exercí cio ocorre por meio da designaça o de representantes eleitos ou por meio da participaça o 
direta em assembleia, por exemplo. 
 
 
Tema: A democracia ateniense 
Algumas das cidades da Gre cia antiga, como Atenas, estiveram entre as primeiras sociedades da 
Antiguidade a expandir o direito de participaça o nas tomadas de decisa o polí ticas, tendo se 
tornado grandes refere ncias histo ricas para a democracia. Para explicar quais eram as 
potencialidades e tambe m as limitaço es dessa participaça o polí tica entre os gregos antigos e 
necessa rio saber que uma das principais potencialidades da participaça o polí tica pensada e 
executada pelos gregos antigos – em especial, pelos atenienses – estava na expansa o do direito 
de participartambe m a queles que possuí am uma condiça o socioecono mica mais baixa. Outra 
caracterí stica positiva dessa democracia estava no fato da participaça o ser direta, quer dizer, 
com a presença dos cidada os reunidos em assembleia, deliberando e votando. Mas esse direito 
a participaça o era circunscrito aos homens livres, com a exclusa o de boa parte da populaça o, 
como escravos, mulheres e tambe m estrangeiros. 
 
--- 
 
A democracia da Gre cia Antiga tornou-se um marco na expansa o da participaça o polí tica para 
ale m dos limites de uma minoria de alta condiça o econo mica. Pobres ou ricos, todos os cidada os 
estavam habilitados a participar. A participaça o polí tica do cidada o grego ocorria de maneira 
direta. Para descrever rapidamente como ocorria essa participaça o e preciso estar atento ao 
fato de que no centro da concepça o grega, havia a ideia de que o cidada o deveria participar de 
maneira direta das deciso es polí ticas. Em vez da eleiça o e do voto, o pilar dessa democracia era 
a discussa o em assembleia. Os gregos concebiam a sociedade como aquela constituí da na 
“polis”, ou seja, na cidade formada por uma populaça o relativamente pequena, onde esse tipo 
de participaça o direta era possí vel. 
 
 
 
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--- 
 
“Ao falarmos do legado dos gregos para o mundo contempora neo, percebemos que muitos 
textos ressaltam como as experie ncias polí ticas experimentadas em Atenas serviram de base 
para a construça o do regime democra tico. [...]. Contudo, na o podemos afirmar que a ideia de 
democracia entre os gregos seja a mesma do mundo contempora neo. Atualmente, quando 
definimos basicamente a democracia, entendemos que esta seria o ‘governo’ (cracia) ‘do povo’ 
(demo). Ao falarmos que o ‘governo pertence ao povo’, compreendemos que a maioria da 
populaça o tem o direito de participar do cena rio polí tico de seu tempo [...]”. SOUSA, Gonçalves 
Rainer. Democracia grega x Democracia contemporânea. Disponí vel em 
http://www.mundoeducacao.com/historiageral/democracia-grega-x-democracia-
contemporanea.htm. Acesso em maio de 2015. A democracia adotada na o so Brasil, mas em 
muitos outros paí ses, atualmente, e a democracia representativa. Se quisermos explicar como 
se da a participaça o do cidada o nesse tipo de regime democra tico devemos considerar que os 
regimes democra ticos atuais se caracterizam por uma participaça o indireta do cidada o, ou seja, 
sa o representativos, pois as deciso es polí ticas sa o tomadas por representantes eleitos em 
pleitos perio dicos. Uma das razo es para o advento dessas democracias representativas e a 
dimensa o territorial e populacional das sociedades atuais, baseadas em Estados nacionais de 
grandes proporço es, o que torna difí cil a consulta direta e constante a cada um dos cidada os. 
 
--- 
 
A luta pelo fim dos privile gios aristocra ticos e a consolidaça o de uma sociedade com direitos 
mais amplos teriam sido os pilares da nova forma de governo instituí da na Gre cia Antiga. [...] 
Para os gregos, a noça o de democracia era bastante diferente da que hoje experimentamos e 
acreditamos ser ‘universal’. A condiça o de cidadania era estabelecida por pressupostos que 
excluí am boa parte da populaça o”. SOUSA, Gonçalves Rainer. Democracia grega x Democracia 
contemporânea. Disponí vel em http://www.mundoeducacao.com/historiageral/democracia-
grega-x-democracia-contemporanea.htm. Acesso em maio de 2015. Sabe-se que a Gre cia Antiga 
foi o modelo de uma democracia pro spera, mas que ainda assim possuí a limitaço es. Se 
quisermos saber por que a democracia grega na o pode ser considerada totalmente democra tica, 
de acordo com os conceitos atuais de democracia e preciso ter claro que Entre as limitaço es 
apresentadas pela democracia grega estava o fato de a participaça o polí tica ser circunscrita aos 
chamados homens livres, com a exclusa o de mulheres e escravos. Isso fazia com que boa parte 
da populaça o, na pra tica, na o fosse considerada como parte do corpo de cidada os. 
 
--- 
 
Os gregos antigos notabilizaram-se por uma concepça o de igualdade entre os cidada os ine dita 
entre as sociedades polí ticas da e poca. Essa visa o igualitarista apoiava-se em princí pios como 
o da isegoria e o da isonomia. Para explicar resumidamente em que consistia o princí pio da 
isegoria entre os gregos antigos deve-se mencionar que dentre os princí pios que apoiavam a 
visa o de igualdade entre os cidada os na Gre cia antiga, estava o da isegoria. Este princí pio 
representava o aspecto ativo da condiça o de igualdade, como direito, aberto a todos aqueles 
considerados cidada os, de participar diretamente das deliberaço es coletivas na assembleia 
 
 
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popular. O princí pio da isonomia, por outro lado, descrevia a igualdade dos cidada os perante 
as leis debatidas e aprovadas na assembleia popular grega, sem distinça o por status 
socioecono mico. 
 
--- 
 
Para os atenienses, o bom funcionamento do “governo do povo”, quer dizer, da democracia, so 
poderia ocorrer caso as dimenso es da cidade e da populaça o se mantivessem relativamente 
pequenas. Sem isso, a democracia direta, baseada em assembleia, perderia efica cia e a 
populaça o tenderia a se tornar cada vez mais heteroge nea. Para explicar por que a concepça o 
grega de democracia insistia na manutença o de um corpo de cidada os o mais homoge neo 
possí vel devemos saber que na concepça o ateniense de democracia, o “demos” ou corpo de 
cidada os deveria manter-se pequeno numericamente, a fim de garantir a homogeneidade 
cultural, e tnica e religiosa daqueles que participavam das deciso es polí ticas. Dessa maneira, o 
consenso poderia ser mais facilmente alcançado e os interesses diversos, mais facilmente 
conciliados nas tomadas de decisa o. 
 
--- 
 
Os gregos antigos insistiam na manutença o de um corpo de cidada os (demos) o mais 
homoge neo possí vel, o que levava, inclusive, a exclusa o de estrangeiros ou de filhos de 
estrangeiros. Manter a pequena escala da polis era, assim, condiça o essencial para o 
funcionamento da democracia direta e tambe m para a garantia daquela homogeneidade 
buscada. Um to pico importante da teoria da democracia e que a concepça o grega de um “demos” 
homoge neo pode ser vista como uma limitaça o ou como um de ficit democra tico, do ponto de 
vista das teorias contempora neas. A concepça o grega de um corpo de cidada os homoge neo 
representa, do ponto de vista das teorias atuais, uma limitaça o democra tica, ja que as 
sociedades contempora neas te m como caracterí stica justamente a heterogeneidade de 
interesses, pontos de vista, tradiço es etc. A democracia contempora nea precisa se ocupar, assim, 
na o apenas da questa o do consenso e da homogeneidade, mas, sobretudo, do dissenso, da 
competiça o e da diferença presentes nas populaço es atuais. 
 
--- 
 
A democracia da Gre cia Antiga nasceu em um contexto histo rico bastante diferente daquele em 
que esta o inseridas as democracias de hoje. Ainda que essas experie ncias histo ricas bastante 
diversas carreguem o mesmo nome, cabe aos estudiosos dos regimes democra ticos estabelecer 
com precisa o essas diferenças. Como sabemos, existem caracterí sticas distintivas dos regimes 
democra ticos contempora neos, especialmente quando comparados a experie ncia grega. Para 
estabelecer essas distinço es e preciso saber que as democracias contempora neas se assentam 
sobre Estados nacionais, com grandes territo rios e grandes populaço es, tornando a participaça o 
direta,ao modo dos gregos antigos, de difí cil operacionalizaça o. Dessa forma, a participaça o 
torna-se indireta e a democracia, representativa – quer dizer, exercida por meio da escolha de 
representantes, que ira o deliberar e decidir em nome dos cidada os. A escolha desses 
representantes ocorre por meio de eleiço es perio dicas, com sufra gio universal, ou seja, sem 
 
 
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restriço es a participaça o eleitoral por crite rios e tnicos, de ge nero ou de condiça o econo mica. 
Por u ltimo, os regimes democra ticos contempora neos possuem uma Constituiça o, uma 
proteça o legal a fim de garantir as liberdades individuais e de minorias. 
 
 
Tema: A democracia representativa 
As democracias contempora neas te m na “representaça o polí tica” um de seus pilares. Essa 
representaça o, contudo, tambe m esta ligada a va rios dos dilemas pelos quais tais democracias 
por hoje passam, como a desconexa o entre os interesses dos representantes e aqueles dos 
representados. Para explicar em poucas palavras como se define o feno meno da representaça o 
polí tica devemos saber que a representaça o pode ser definida como o ato de falar em nome dos 
interesses de algue m ausente. A representaça o polí tica, mais especificamente, refere-se ao 
processo de escolha eleitoral que autoriza alguns indiví duos – tornados assim representantes – 
a deliberar e a tomar deciso es em nome do conjunto da populaça o, dada a impossibilidade de 
reunir todos os cidada os no espaço de assembleia ou de consulta -los periodicamente. 
 
--- 
 
Quando se pensa em democracia, nos dias de hoje, provavelmente o que vem a mente sa o 
instituiço es como os partidos polí ticos e mecanismos procedimentais como as eleiço es. Em 
regimes democra ticos de grande escala, como os contempora neos, torna-se inclusive difí cil de 
imaginar alguma maneira de substituí -los, dadas as importantes funço es que cumprem. Para 
resumir em poucas palavras quais sa o as principais funço es da eleiça o em democracias 
representativas devemos levar em conta que a eleiça o e um mecanismo pelo qual se sonda a 
opinia o pu blica, a fim de selecionar e autorizar alguns indiví duos a falarem em nome do corpo 
de cidada os, atuando como representantes. Ale m disso, a eleiça o, pela periodicidade que a 
caracteriza, tambe m funciona como uma garantia mí nima de que o representante ira agir de 
acordo com os interesses de seus representantes, pois, caso na o o faça, podera ser punido pelos 
eleitores, deixando de se reeleger. Autorizaça o e prestaça o de contas sa o, portanto, duas das 
principais funço es cumpridas pelas eleiço es democra ticas. 
 
--- 
 
“A crí tica de Schumpeter se dirige ao centro da concepça o de democracia como ‘o governo do 
povo’. Para o autor, a democracia e apenas a oportunidade apresentada ao povo de escolher seus 
governantes. Baseando-se em Weber, Schumpeter define o ‘me todo democra tico’ como um 
sistema competitivo no qual um indiví duo, atrave s de eleiço es, adquire o poder de tomada de 
deciso es polí ticas”. 
CO RREA, Juliana Nonato. As concepções contemporâneas de democracia. 2011. Disponí vel em 
http://ensinosociologia.fflch.usp.br/sites/ensinosociologia.fflch.usp.br/files/2011-1-Juliana-
Nonato-Concep%C3%A7%C3%B5es%20democracia-1-texto.pdf. Acesso em 1 de abril de 
2015. E sabido que uma das teorias mais importantes para se pensar a democracia atual e a de 
Joseph Schumpeter, para quem a democracia e composta por eleiço es em que as elites 
competem pelo voto do cidada o. Para discorrer sobre a funça o do cidada o comum na 
 
 
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democracia, de acordo com a visa o de Schumpeter e necessa rio saber que de acordo com essa 
teoria, o cidada o me dio e visto como apa tico e desprovido de compete ncia polí tica, por estar 
muito afastado das questo es que sa o debatidas pelos atores polí ticos. Sua funça o, em regimes 
democra ticos, e apenas a de escolher, por meio do voto, a elite polí tica que ira tomar 
efetivamente as deciso es. 
 
--- 
 
Um dos autores mais importantes da Teoria da Democracia contempora nea e o estadunidense 
Robert Dahl. Este autor notabilizou-se por ter inserido, no jarga o da a rea, a noça o de 
“poliarquia”, por exemplo, hoje muito utilizada pelos cientistas polí ticos. Se quisermos explicar 
o que sa o poliarquias, segundo Robert Dahl, devemos saber que as poliarquias seriam sistemas 
polí ticos representativos de grande escala (baseados em Estados nacionais), em que a 
contestaça o pu blica (liberalizaça o) e o direito de participar da polí tica (inclusividade) seriam 
bastante elevados, ainda que aque m do ideal ma ximo representado pela noça o de democracia. 
 
--- 
 
O cientista polí tico Robert Dahl define democracia como um processo composto por dois 
aspectos ba sicos: um aumento no grau de liberalizaça o e, paralelamente, um incremento no 
grau de inclusividade do sistema polí tico. Para resumir em poucas palavras como Dahl define 
esses dois aspectos que compo em o processo de democratizaça o precisamos saber que para 
Dahl, o processo de democratizaça o e composto por dois aspectos ba sicos: o aumento do grau 
de liberalizaça o do sistema polí tico, quer dizer, o aumento da competiça o e da tolera ncia a 
contestaça o pu blica em uma dada sociedade (permitindo a criaça o de partidos, a liberdade de 
expressa o etc.); e o aumento da inclusividade do sistema polí tico, ou seja, a expansa o do direito 
de votar e de se candidatar a cargos eletivos. 
 
--- 
 
Ha uma se rie de teorias que procuram abordar de maneira crí tica as insuficie ncias e os dilemas 
da democracia representativa, tal como ela e praticada atualmente. Entre essas teorias, pode-se 
elencar o culturalismo e tambe m as teorias deliberativa e participativa. Ao explicar em poucas 
palavras em que consiste a abordagem culturalista dentro da teoria da democracia e necessa rio 
ter claro que para a abordagem culturalista, ta o ou mais importante do que as instituiço es 
democra ticas (eleiço es, partidos polí ticos, constituiça o etc.) e a cultura polí tica de um paí s, ou 
seja, os valores – mais ou menos cí vicos – que embasam a visa o de mundo dos membros de uma 
dada sociedade e que sa o capazes de interferir no desempenho institucional da democracia. 
 
--- 
 
Em autores como Schumpeter, encontra-se um verdadeiro elogio a apatia do cidada o comum, 
pouco preocupado com a participaça o polí tica para ale m do momento do voto. Essa apatia seria 
bene fica, ja que caberia aos polí ticos profissionais a liderança do processo polí tico. As teorias 
 
 
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participativa e deliberativa da democracia se preocupam com as causas da apatia dos cidada os, 
preocupaça o ausente na visa o schumpeteriana. Para responder sobre como os autores da 
participaça o e da deliberaça o explicam essa apatia polí tica dos cidada os comuns e necessa rio 
ter no horizonte que segundo a teoria participativa da democracia, a apatia polí tica do cidada o 
me dio e uma conseque ncia da falta de oportunidades para participar, quer dizer, para tomar 
deciso es. O voto e insuficiente para criar um espí rito de participaça o, por ser um ato pontual, 
que na o se estende no tempo. Decorreria daí , portanto, a necessidade de criar outras 
oportunidades de participaça o polí tica, inclusive nos locais de trabalho e nas escolas. A teoria 
deliberativa,por sua vez, enfatiza a fraqueza da esfera pu blica como uma das causas principais 
dessa apatia polí tica. 
 
 
Tema: Escola de Frankfurt 
A chamada “Teoria Crí tica” nasceu a partir da reunia o de um grupo de intelectuais, como Adorno 
e Horkheimer, em torno do Instituto de Pesquisa Social de Frankfurt. Passadas va rias geraço es 
de intelectuais, o Instituto continua um centro importante de produça o de uma visa o bastante 
crí tica a respeito da democracia e da modernidade. Para explicar quais eram as principais 
caracterí sticas do contexto histo rico em que surgiu a chamada Escola de Frankfurt e necessa rio 
saber que o surgimento da chamada Escola de Frankfurt esta ligado a um contexto histo rico 
bastante pessimista do ponto de vista da crença na democracia e nos potencias emancipato rios 
da modernidade. A ascensa o de regimes totalita rios na Europa, como o nazismo e o fascismo, 
reforçava a descrença em governos democra ticos. O aburguesamento da classe opera ria e o 
correlato declí nio do ideal revoluciona rio tornavam desacreditadas as utopias do se culo 
anterior. O advento dos meios de comunicaça o de massa alterava a maneira como os cidada os 
se relacionavam com a polí tica, assim como a burocratizaça o do Estado contribuí a para o 
encobrimento do seu cara ter “de classe”. 
 
--- 
 
A Escola de Frankfurt ficou conhecida por propor uma abordagem interdisciplinar para explicar 
o mundo contempora neo. Essa abordagem procurava reunir diferentes influe ncias teo ricas, a 
fim de dar conta das especificidades do capitalismo e da situaça o da classe opera ria nas 
primeiras de cadas do se culo XX. Para caracterizar brevemente quais eram as principais 
influe ncias teo ricas dos autores da Escola de Frankfurt e necessa rio o marxismo, a psicana lise 
e o weberianismo. Do marxismo, os teo ricos de Frankfurt retiravam a ideia de que os feno menos 
sociais podem ser explicados por meio da “luta de classes” e do aspecto econo mico da 
sociedade. Da psicana lise, a explicaça o de como os meios de comunicaça o de massa contribuí am 
para uma domesticaça o da classe opera ria, a qual perderia, assim, o cara ter revoluciona rio. Da 
teoria weberiana, os autores retiravam a ana lise do Estado burocratizado, o qual na o se legitima 
mais com base em tradiço es ou no carisma de seus lí deres, mas sim por meio de um saber 
te cnico especializado – aquele dos burocratas. 
 
--- 
 
 
 
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A chamada “Teoria Crí tica” procura distanciar-se daquelas teorias – ditas “tradicionais” – que 
na o sa o capazes de se perceber como produtos de um dado contexto social determinado, nem 
de como contribuem para a manutença o das relaço es de poder aí presentes. Como sabemos a 
partir da teoria da democracia, os autores da Escola de Frankfurt eram crí ticos do projeto 
intelectual e polí tico do Iluminismo. Para apresentar as bases dessa crí tica e importante saber 
que o projeto iluminista encarava a raza o humana – nossa capacidade, por exemplo, de modelar 
a natureza segundo nossos interesses e necessidades – como um instrumento de emancipaça o 
para toda a humanidade. O que os autores da Escola de Frankfurt perceberam, contudo, foi que 
essa mesma capacidade racional tambe m poderia ser usada para dominar, na o apenas a 
natureza, mas tambe m outros seres humanos. O totalitarismo europeu das primeiras de cadas 
do se culo XX seria justamente um exemplo desse tipo de utilizaça o da raza o para fins de 
dominaça o polí tica. 
 
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A Escola de Frankfurt notabilizou-se pela crí tica ao projeto iluminista do se culo XVIII e a fe , 
deste projeto, no uso da raza o como forma de emancipaça o de toda a humanidade. Para explicar 
por que os teo ricos de Frankfurt classificavam como “raza o instrumental” aquela defendida pelo 
Iluminismo do se culo XVIII e encarnada pelas experie ncias totalita rias do se culo XX devemos 
saber que segundo os teo ricos de Frankfurt, a “raza o instrumental” seria a utilizaça o da cie ncia 
e da te cnica sem uma reflexa o a respeito dos tipos de uso e dos efeitos sociais destas. O 
totalitarismo europeu das primeiras de cadas do se culo XX seria o exemplo ma ximo desse tipo 
de uso instrumental da raza o, ou seja, de uso da cie ncia e da te cnica para a dominaça o polí tica 
e para o extermí nio em massa. 
 
 
Tema: Teoria deliberativa 
Uma das principais correntes teo ricas da Teoria da Democracia contempora nea e a deliberativa 
cujo grande expoente e o filo sofo e socio logo alema o Ju rgen Habermas. Essa corrente ressalta, 
sobretudo, o papel da deliberaça o no funcionamento e no aprofundamento dos regimes 
democra ticos. Para explicar como pode ser definida essa noça o de “deliberaça o” e importante 
ter claro que a corrente deliberativa da democracia, como o pro prio nome diz, ressalta o papel 
da deliberaça o em regimes democra ticos. Por deliberaça o, entende-se o processo, estabelecido 
de maneira discursiva e dialo gica, por meio do qual indiví duos expo em, recebem e avaliam 
razo es ou justificativas em torno de uma dada questa o. 
 
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Ao analisar a constituiça o da sociedade burguesa moderna, Habermas encontrou na formaça o 
da categoria “esfera pu blica” umas das principais transformaço es ocorridas durante o processo 
de democratizaça o das sociedades europeias. A esfera pu blica, para esse autor, seria uma nova 
categoria, nascida da aça o burguesa, oriunda da oposiça o tanto a esfera privatista do mercado 
econo mico – em que indiví duos e grupos perseguem seus interesses particulares – quanto a 
esfera centralizadora da administraça o estatal – em que polí ticos monopolizam o poder de 
 
 
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tomar deciso es. Essa nova categoria seria materializada em um espaço propriamente pu blico, 
fora do ambiente do Estado, em que cidada os debateriam, como iguais, questo es coletivas que 
transcenderiam seus interesses privados e econo micos. 
 
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A teoria de Habermas concebe o mundo contempora neo, nascido das revoluço es burguesas, 
como habitado por uma tensa o fundamental: aquela existente entre a lo gica instrumental do 
“sistema” (o mercado econo mico e o aparelho de administraça o estatal) e a lo gica comunicativa 
do “mundo da vida”. Se quisermos explicar qual a funça o da esfera pu blica nessa relaça o entre 
“sistema” e “mundo da vida” devemos começar pensando nesta tensa o entre “sistema” e “mundo 
da vida”, e a partir do fato de que o “sistema” ameaça colonizar o “mundo da vida” com a lo gica 
instrumental – dissolvendo as relaço es de afetividade e de solidariedade entre os indiví duos. A 
partir disso pode-se dizer que a esfera pu blica cumpre a funça o de um “contrapoder”, criando 
obsta culos a esta colonizaça o e funcionando como uma defesa do “mundo da vida” diante da 
lo gica instrumental do “sistema”. Assim, por meio da esfera pu blica, tem-se a formaça o de uma 
opinia o pu blica independente tanto da lo gica do mercado quanto do Estado. 
 
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Para Habermas, grande expoente da visa o deliberativa de democracia, a esfera pu blica teria 
encontrado o seu auge no se culo XVIII, entrando em decade ncia, posteriormente, por conta do 
advento da sociedade de massas. Para explicar por que o advento de uma “sociedade de 
massas” implicou o enfraquecimento da esfera pu blica e importante ter claro que o advento da 
“sociedade de massas” teria transformado o “pu blico” em “massa”. De espaço livre composto 
por cidada os iguais a expor e ouvir argumentos reciprocamente, a comunicaça o polí tica, por 
partedos cidada os, teria se convertido no consumo atomizado e passivo das informaço es 
produzidas pelos meios de comunicaça o de massa. A lo gica do mercado e do Estado teria 
sobrepujado, portanto, o potencial emancipato rio da esfera pu blica.

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