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SUMÁRIO
31 INTRODUÇÃO	�
.2 O ATO DE BRINCAR NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL	..................................4�
2.1"CUIDAR E EDUCAR": UM NOVO OLHAR PARA A CRIANÇA..........................5
2.2. DESCRIÇÃO DA PROPOSTA DE ATIVIDADE...................................................6�
3 CONCLUSÃO...........................................................................................................8
REFERÊNCIAS..........................................................................................................10
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INTRODUÇÃO
Este trabalho tem por tema o lúdico, a criança e o educador. A partir das discussões desencadeadas nas disciplinas, será desenvolvido um trabalho com o objetivo de refletir sobre as práticas relacionadas ao brincar e as diferentes linguagens artísticas, pela qual construiremos duas atividades a partir dos referenciais desenvolvidos no semestre.
Pensando na criança como um ser ativo e participativo, vendo-a não mais como um adulto em miniatura, mas reconhecendo-a como cidadã, faz-se necessário conceber uma educação infantil compromissada com a proposta que consiga englobar cuidar, educar e brincar proporcionando assim o desenvolvimento integral, pois veremos que brincar é coisa seria.
Brincar é uma importante forma de comunicação, e por meio deste ato, a criança pode reproduzir o seu cotidiano. O ato de brincar possibilita o processo de aprendizagem da criança, pois facilita a construção da reflexão, da autonomia e da criatividade, estabelecendo, desta forma, uma relação estreita entre jogo e aprendizagem. Muitas Instituições nasceram com o objetivo de cuidar das crianças oriundas de famílias de baixa renda (função assistencialista). Durante anos, este olhar para a criança “indefesa”, que precisa de ajuda, configurou-se o cenário da Educação Infantil. Entretanto, a compreensão do papel da educação infantil, caminha em direção ao reconhecimento da importância de integrar o cuidar, ao educar e ao brincar, reconhecendo-as como práticas indissociáveis (Brasil, 1998). 
Neste sentido, iremos ressaltar as disciplinas estudadas neste semestre, através das vídeo aulas, web aula, livros, internet, e os materiais incentivadores concedido a cada aluno.
O ato de brincar no desenvolvimento infantil
O brincar é uma atividade fundamental para as crianças pequenas, é brincando que elas descobrem o mundo, se comunicam e se inserem no contexto social. Brincar é um direito da criança, além de ser de suma importância para o seu desenvolvimento, e por isso as escolas de ensino infantil devem dar devida atenção a essa atividade. “É no brincar e talvez apenas no brincar que a criança ou o adulto fluem sua liberdade de criação e podem utilizar sua personalidade integral e é somente sendo criativo que o indivíduo descobre o eu” (D. W. Winnicott. O Brincar e a Realidade. 1975).
Nesse contexto, percebemos a necessidade de uma postura lúdica do professor como mediador do processo ensino-aprendizagem através da brincadeira e do jogo. Segundo Dohme (2003), a aprendizagem se constrói através de um processo interno do aluno, fruto de suas próprias pesquisas e experimentações, sendo que o professor atua como o mediador. Essa postura ultrapassa conhecimentos acadêmicos, teóricos, precisa desvelar teorias descontruindo conceitos enraizados de uma escolarização disciplinar de carteiras enfileiradas, lousa, giz, folhas xerocadas e desenhos prontos para pintar entre outros. O ato de brincar é a própria essência da infância e por isso a prática do professor de Educação Infantil deve estar voltada para essa ludicidade. Atualmente, o jogo é um tópico de pesquisa crescente. Há várias teorias que procuram estudar alguns aspectos particulares do comportamento lúdico.
 Vamos entender o que significa ludicidade. Para Santos (1999, p. 49) É uma experiência vivenciada que nos dá prazer ao executá-la. Por meio da ludicidade a criança se relaciona com o outro e aprende a ganhar e perder, a respeitar a ordem na fila, a aceitar as frustrações, e a expressar as suas emoções. Qualquer atividade que cause uma experiência positiva, divertida e prazerosa pode-se chamar de lúdica. Percebemos a importância de oportunizar ao educando momentos de prazer e de experiências lúdicas, experiências que são capazes de contribuir para o convívio social na escola e na sociedade. As atividades lúdicas ganharam um respaldo legal e foram mencionadas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em 1990. O artigo 16 do capitulo II, propõe “O direito á liberdade para brincar, praticar esportes e se divertir”. Vimos então que brincar é um direito que precisa ser vivenciado em sala de aula. O professor deve ter consciência de que quando a criança se entrega em uma brincadeira ou jogo, ela está aprendendo algo e desenvolvendo alguma habilidade. É claro que tais atividades não abarcam sozinhas toda a complexidade que envolve o processo educativo, mas podem, e muito auxiliar na busca de melhores resultados por parte dos educadores interessados em promover mudanças. Conforme as orientações dos novos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’ s, MEC, 1998, p.47), as atividades com jogos podem representar um importante recurso pedagógico, já que:
   “Os jogos constituem uma forma interessante de propor problemas, pois permitem que estes sejam apresentados de modo atrativo e favorecem a criatividade na elaboração de estratégias de resolução e busca de soluções. Propicia a simulação de situações-problema que exigem soluções vivas e imediatas, o que estimula o planejamento das ações”.
Entendemos então que o brincar é importante para o desenvolvimento da criança e Vygotsky (2007) confirma essa afirmação. O autor coloca que o brincar é uma atividade que estimula a aprendizagem, pois cria uma zona de desenvolvimento proximal na criança: 
“No brinquedo, a criança sempre se comporta além do comportamento habitual de sua idade, além do seu comportamento diário; no brinquedo é como se ela fosse maior do que ela é na realidade. Como foco de uma lente de aumento, o brinquedo contém todas as tendências do desenvolvimento sob forma condensada, sendo ele mesmo uma grande fonte do desenvolvimento”. (Vygotsky, 2007, p.134) 														
2.1 “CUIDAR E EDUCAR”: UM NOVO OLHAR PARA A CRIANÇA.
A trajetória da Educação Infantil sempre esteve ligada ao “conceito de infância” que o homem construiu ao longo da história, e consequentemente as políticas voltadas para esta faixa etária. A história social da criança e da família retrata com clareza a lenta evolução de algumas posturas ocorridas ao longo dos séculos, envolvendo a trajetória da concepção de criança. A criança é um ser completo, tendo sua interação social e construção como ser humano permanentemente estabelecido em tempo integral. Cuidar e educar significa compreender que o espaço/tempo em que a criança vive exige seu esforço particular e a mediação dos adultos como forma de proporcionar ambientes que estimulem a curiosidade com consciência e responsabilidade. 
 O processo educativo acontece em todos os ambientes, não exclusivamente na escola, pois, a família, o grupo social são os grandes responsáveis pelas experiências que ela adquire. Devemos destacar que os primeiros contatos que a criança recebe com o meio acontecem na família. Tanto o Cuidar como o Educar serve de base para serem trabalhados no desenvolvimento da aprendizagem. Freire, 1983 destaca que:
Quando se tira da criança a possibilidade este ou aquele espaço da realidade, na verdade se está alienando-a da sua capacidade de construir seus conhecimentos. Porque o ato de conhecer é tão vital quanto comer ou dormir, e eu não posso comer por alguém, (FREIRE, 1983, p. 36).
O Cuidar e o Educar na Educação Infantil são eixos inseparáveis que, caracterizam e constituem o espaço e o ambiente escolar nesta etapa da educação, pois um complementa ooutro e ambos precisam estar integrados para auxiliarem no processo do desenvolvimento e na construção da autonomia da criança. Nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil observamos a questão do Cuidar e Educar:
As instituições de Educação Infantil devem definir em suas propostas pedagógicas, práticas de educação e cuidados, que possibilitem a integração entre os aspectos físicos, emocionais, afetivos, cognitivo, linguísticos e sociais da criança, entendendo que ela é um ser completo, total e indivisível. (Resolução nº022/98, artigo 3º inciso III).
DESCRIÇÃO DA PROPOSTA DE ATIVIDADE
Veremos a seguir duas atividades ligadas ás linguagens artísticas:
1º Bandinha de material reciclado
Artes Musicais
Músicas folclóricas: Atirei o pau no gato, Cai, cai balão, O cravo e a rosa.
Direcionado a uma turma de pré I da Educação infantil (4 anos)
Objetivo: Desenvolver a musicalização, a interação social assim como valores, percepção rítmica e melódica e os sentidos.
Começaremos a atividade brincando de roda, logo após iremos despertar a curiosidade, construindo juntamente com eles objetos sonoros com potinhos de plástico ou latinhas de refrigerante com diferentes materiais (pedrinhas, botões, milho, arroz), mostrando as crianças, as diferenças de sons (graves médios e agudos).
Depois de fazer os instrumentos cantaremos as cantigas citadas anteriormente trabalhando o ritmo, a percepção, os sons, os compassos e trabalharemos também as letras das canções refletindo e questionando: é correto atirar o pau no gato? Por quê? Ressaltando assim o respeito aos animais, a natureza, aos seres humanos. È correto soltar balões? Por quê? Ressaltando o perigo dessa prática infelizmente tão comum.  Brigar com alguém traz algum benefício? Pra que brigar? Ressaltando o respeito, a tolerância, a paz.
Através da bandinha podemos trabalhar Matemática contando os compassos, as palmas, os instrumentos etc. Podemos trabalhar a língua, Portuguesa Procurando a letrinha A, por exemplo, na letra de alguma das canções.
 
 2º Releitura: A maça Romero Brito
Artes visuais
Obras do pintor brasileiro Romero Brito
Direcionado a uma turma Pré II da Educação infantil (5 anos)
Objetivos: Desenvolver a psicomotricidade, a criatividade, os desenhos, trabalhar cores primárias e secundárias. 
Apresentar aos alunos algumas obras do pintor Romero Brito, falar de sua história: Romero Brito é um pintor brasileiro que faz muito sucesso nos Estados Unidos. Ele nasceu em Recife, Pernambuco do dia 6 de outubro de 1963. Algumas de suas obras: Mona Cat, Britto Gardem, 2010 world cup South Africa entre outras.
Depois demostrar algumas obras de Romero Brito, pedir às crianças que observem as cores, os quadros tem cores vivas, são muito coloridos, perguntar se gostaram etc. Usando uma folha de papel oficio pedir para eles fazerem uma releitura de A maçã Romero Brito.
Os alunos pintaram suas maças usando a criatividade e depois serão expostas no mural. 
 
CONCLUSÃO
Vimos neste trabalho que o brincar e a Arte são termos da maior importância para o desenvolvimento infantil. Os rumos da sociedade atual mostram-se sombrios, muitas vezes angustiante e faz-nos refletir como podem estar pensando as cabecinhas de nossas crianças, como elas estão sentindo e reagindo a esses conflitos tão exposto pela mídia e pelo mundo adulto? sem duvida estamos atravessando um momento histórico bem dificil pela falta de valores, falta de limites, falta de presença dos pais, falta da liberdade do brincar inocente, a alegria espontânea, o contato com a natureza, onde era possivel olhar, apreciar e sentir!Por essas e outras razões a Educação Infantil precisa estar atenta a toda essa problemática do mundo contemporâneo, sendo eficaz na sua prática em sala de aula com atividades que realmente estimulem as crianças e que busque resgatar nelas o olhar belo para a vida e pelos sonhos, pois sonhar é uma arte e não podemos deixar extinguir nossos sonhos, são eles que movem o mundo, tão cruel, onde mostra a realidade dura e insensível, tornando o ser humano cada vez mais egoísta e individualista. Nós como educadores devemos acreditar nos sonhos. A escola deve ser incentivadora da participação ativa da criança, ensinando-as a ouvir, a ver, a sentir, a expressar-se.
Sejamos verdadeiros educadores permitindo que nossos alunos experimentem as coisas mais belas da vida, a vivência sadia, o afeto humano, a convivência fraterna, viver é uma arte, brincando se aprende, acreditando nos sonhos os tornamos reais. .
Sabemos que a educaçao traz muitos desafios aos que nela trabalham e aos que se dedicam a sua causa. As crianças pequenas necessitam de atividades que lhes tragam significado e seja útil para a construção de seus conceitos e realidades sobre o mundo.Devemos trabalhar a arte com crianças pequenas, vivenciando os beneficios das atividades diferenciadas na rotina da educaçao infantil. 
Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças, aos conhecimentos mais amplo da realidade social e cultural. Entende-se que educar é um ato consciente e planejado, é tornar o indivíduo consciente, engajado e feliz no mundo. É seduzir os seres humanos paras o prazer de conhecer. É resgatar o verdadeiro sentido da palavra “escola”, local de alegria, prazer intelectual, satisfação e desenvolvimento. Enfim, brincar é coisa seria. 
REFERÊNCIAS
 BRASIL. Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil/ Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental- Brasília: MEC/SEF, 1998.
BRASIL. Senado Federal. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: nº 9394/96. Brasília: 1996.
WINNICOTT, D.W. O Brincar e a Realidade. Rio de Janeiro: Imago, 1971.
DOHME, Vania. Atividades lúdicas na educação: o caminho de tijolos amarelos do aprendizado. Rio de Janeiro: Vozes, 2003. 
SANTOS, Santa Marli Pires dos. Brinquedo e infância: um guia para pais e educadores. Rio de Janeiro: Vozes, 1999. 
PESSOA, Fernanda. Legislação Educacional 3 em 1: Lei de Diretrizes e Bases (LDB), Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e Constituição da República Federativa do Brasil (CF). São Paulo: RCN Editora, 2005. 387 p. 
MEC – Ministério da Educação – Secretaria de Educação Fundamental - PCN’s Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília: MEC/SEF, 1998.
VYGOTSKY, Lev Semenovich. A Formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fontes, 1989.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
______. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983.
Capítulo IV do livro: Ludicidade e Educação páginas: 99 – 113, CAVA, Laura Célia Sant’Ana Cabral. A Arte e o Jogo no contexto da Educação Infantil.
MOLUSCO, Lula. A importância de brincar na escola. (online) Disponível na Internet via: http://www.jornallivre.com.br/195025/a-importancia-de-brincar-na-escola.html. Arquivo capturado 17de outubro 2016.
VALLE, Ribeiro do. O brincar. (online) Disponível na Internet via: http://www.ribeirodovalle.com.br/brincar.htm >. Acesso em 10 de outubro de 2016.
 
 
Sistema de Ensino Presencial Conectado
Pedagogia
Claudine dos santos pereira borba
Fabiana dos santos assis machado
ilca farias da silva e silva
O lúdico, a criança e o EDUCADOR.
Magé
2016CLAUDINE DOS SANTOS PEREIRA BORBA
FABIANA DOS SANTOS ASSIS
ILCA FARIAS DA SILVA E SILVA
O lúdico, a criança e o EDUCADOR.
Trabalho de pedagogia apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina de Arte, Educação e Música; Organização e Didática na Educação Infantil; Ludicidade e Educação; Prática Pedagógica Interdisciplinar: Infância e suas linguagens; Seminário Interdisciplinar.
Professores: Tatiane Mota Santos Jardim; Edilaine Vagula; Jackeline R. G. Guerreiro; Adriana Haruyoshi Biason; Patrícia Alzira Proscêncio; Natalia Gomes dos Santos; Luciane Guimarães B. Bianchini.
Magé
2016