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* MEDICINA PREVENTIVA EM EQÜINOS CLÍNICA MÉDICA I Profa. Angélica T. B. de Moraes * MEDICINA PREVENTIVA : IMPORTÂNCIA DA MEDICINA PREVENTIVA MEDICINA PREVENTIVA – PROGRAMAS PROFILÁTICOS ORIENTAÇÃO E EDUCAÇÃO DE PROPRIETÁRIOS E FUNCIONÁRIOS * VACINAÇÃO PROGRAMA DE VACINAÇÃO CONTRA DÇAS INFECCIOSAS VACINA : 100% DE EFICIÊNCIA ? REDUÇÃO DA MORBIDADE E MORTALIDADE DO PLANTEL EQÜINO PROGRAMA MÉDICO PREVENTIVO : Vacinações Baias arejadas, limpeza adeqüada, alimentação correta, vermifugação, além do isolamento dos animais doentes!!!! * VACINAÇÕES PRINCIPAIS DOENÇAS INFECCIOSAS EQÜINAS: Encefalomielite – leste, oeste e venezuelana Tétano – toxóide tetânico Influenza Herpesvirus eqüino – tipos 1 e 4 Raiva OBS: MUITAS DESTAS VACINAS SÃO ENCONTRADAS ISOLADAS OU EM ASSOCIAÇÕES TRÍPLICE – TÉTANO+ENCEFALOMIELITE+INFLUENZA * VACINAÇÕES ESCOLHA DA VACINA APROPRIADA: preferência do veterinário, época do ano, idade do animal, sexo, além da exposição aos agentes que se quer prevenir. * PROGRAMA PROFILÁTICO VACINAL TÉTANO – Clostridium tetani, neurotoxina tetânica Tratamento difícil, praticamente “impossível” Necessário vacinação anual * PROGRAMA PROFILÁTICO VACINAL ENCEFALOMIELITE – Dça transmitida por insetos hematófagos dos depósitos naturais (aves e animais silvestres) p/ o cavalo. Três tipos de vírus: Leste, Oeste e Venezuelana (esta última pode ser transmitida entre cavalos através dos insetos hematófagos) Venezuelana – considerada uma zoonose Cavalos: matar acima de 90% dos casos Vacina deve ser aplicada anualmente * PROGRAMA PROFILÁTICO VACINAL INFLUENZA: Trato respiratório eqüino Altamente contagiosa Maior dificuldade – inabilidade das vacinas atuais de conferirem imunidade por um longo período Animais de alto risco de exposição ao agente – vacinados semestralmente ou a cada quatro meses. * PROGRAMA PROFILÁTICO VACINAL RAIVA – Enfermidade pouco comum em cavalos Regiões endêmicas Zoonose Fatal – não há descrição da transmissão cavalo-homem Todos os cavalos devem ser vacinados anualmente * PROGRAMA PROFILÁTICO VACINAL HERPES VÍRUS EQÜINO – Maior causador de abortamentos em égüas Afecções respiratórias em potros e cavalos adultos Égüas devem ser vacinadas no 5º, 7º e 9º mês de gestação Pode ser reforçada desde o 3º mês Atualmente – vacinas para a aplicação de uma única dose * * * PROGRAMA PROFILÁTICO VACINAL POTROS : Vacinados quando não mais tiverem a imunidade passiva atuante e forem imunocompetentes (3 ou 4 meses de idade) Facilidade de manejo – desmama (5 ou 6 meses de idade) Revacinação – um mês após a primeira vacinação em todos os potros * PROGRAMA PROFILÁTICO VACINAL Após este período – entram no programa do restante do plantel OBS: Introdução de animais novos no plantel s/ histórico prévio de vacinação : recomenda-se vacinação de todas as afecções supracitadas e também a revacinação um mês após a primeira vacinação. * TABELA DE VACINAÇÃO * VERMIFUGAÇÃO VERMIFUGAÇÃO + VACINAÇÃO Manejo profilático de parasitas intestinais Vermifugações periódicas Herbívoros – mais susceptíveis aos parasitas intestinais e suas reinfestações Parasitas intestinais – Nematóides (vermes redondos) Vermes chatos Larvas de grupos de moscas * * * VERMIFUGAÇÃO Cólicas, hiporexia, queda de rendimento, anemia, diarréias, def. de crescimento, aneurisma verminótico, etc. Rotação Escolha do vermífugo: idade, estado nutricional, grau de exposição aos parasitas e fatores ambientais (clima) Eficácia do produto e estratégia de controle * * PROGRAMA DE CONTROLE PARASITÁRIO Diferentes estratégias de controle Vantagens e desvantagens Vermifugação de todos os animais regularmente Intervalo de aplicação ? Produto x finalidade do eqüino * PROGRAMA DE CONTROLE PARASITÁRIO Bom programa Nível de parasitose (número significativo de ovos nas fezes) OPG – ovos por gramas de fezes Nível de ovos aceitável nas fezes – 200 a 300 OPG Tratamento individual Minimizar a contaminação das pastagens * PROGRAMA DE CONTROLE PARASITÁRIO AGRUPAR POTROS JOVENS DESDE O PRIMEIRO MÊS DE VIDA IMPORTANTE A REPETIÇÃO DO PRODUTO A CADA 60 OU 90 DIAS REGULARMENTE ANIMAIS ADULTOS – ÍDEM * PROGRAMA DE CONTROLE PARASITÁRIO EXEMPLO – Moxidectin – gel oral – 0,4 mg/Kg – a cada 90 dias Ivermectina – pasta oral – 0,2 mg/kg – a cada 60 dias Vermes “chatos” ? Associação de produtos ou intercalar sua aplicação periodicamente. Palmoato de Pirantel – pasta oral – 6,6 mg/Kg – pelo menos duas vezes ao ano, ppte animais jovens Praziquantel – pasta oral – 2,5mg/Kg – normalmente associado à ivermectina * Produto Potros jovens Reforço Adultos IVERMECTINA 1 MÊS DE VIDA 2 MESES CADA 2 MESES MOXIDECTIN 1 MÊS DE VIDA 3 MESES CADA 3 MESES INTERCALAR PRAZIQUANTEL 2 MESES DE VIDA 4 MESES SEMESTRAL * PROGRAMA DE CONTROLE PARASITÁRIO APLICAÇÃO DE VERMÍFUGO EM TODOS ANIMAIS DO PLANTEL RODÍZIO DE PASTAGENS LIMPEZA ADEQÜADA DAS BAIAS (ESTERQUEIRAS) RECOLHER REGULARMENTE FEZES DOS PIQUETES OPG, RODÍZIO DE VERMÍFUGOS E ASSOCIAÇÕES SE MECESSÁRIO * MODO DE AÇÃO DOS ANTI-HELMÍNTICOS PARA EQÜINOS Fármaco que provoca a morte ou remoção de helmintos parasitas (nematóides, cestóides e trematódeos) Eqüinos: larvas de mosca (Gasterophilus) Anti-helmínticos: profilaxia e manutenção da saúde * MODO DE AÇÃO DOS ANTI-HELMÍNTICOS PARA EQÜINOS CLASSIFICAÇÃO DO MODO DE AÇÃO Famílias químicas Modo de ação CLASSIFICAÇÃO POR ESPECTRO Amplo espectro – eficaz contra grandes Strongylus , Ciatóstomos (pqs Strongylus), Áscaris e Oxiúros, larvas de moscas???? Espectro estreito – atinge menos tipos de nematóides * MODO DE AÇÃO DOS ANTI-HELMÍNTICOS PARA EQÜINOS ANTI-HELMÍNTICOS COM ATIVIDADE NEUROMUSCULAR Principais nematódeos eqüinos – Ach e GABA Mesmos neurotransmissores de artrópodes e mamíferos Cuidados para evitar toxicidade do hospedeiro * MODO DE AÇÃO DOS ANTI-HELMÍNTICOS PARA EQÜINOS ANTI-HELMÍNTICOS NEUROMUSCULARES DE AMPLO ESPECTRO LACTONAS MACROLÍTICAS (Avermectinas) Fermentação de Streptomyces avermitilis Ivermectina (Eqvalan, Zimecterin, Merck Ag Vet) – únicos aprovados nos USA para uso em eqüinos Modo de ação: não foi totalmente caracterizado Doses recomendadas: Avermectinas ligam-se especificamente e com alta afinidade aos canais de Cloreto, ligados ao glutamato nos invertebrados –alvos, o que ↑ permeabilidade da membrana neural aos íons cloreto. * MODO DE AÇÃO DOS ANTI-HELMÍNTICOS PARA EQÜINOS ANTI-HELMÍNTICOS NEUROMUSCULARES DE AMPLO ESPECTRO ↑ doses de avermectinas – aumentam neurotrasmissão mediada pelo GABA Avermectinas nos nematódeos – maior efeito na alimentação do q paralisia somática Ivermectina: 200µg/Kg atividade contra bernes e maioria dos nematódeos , incluíndo os estágios larvários de Onchocerca e Habronema associados a lesões dermatológicas. * MODO DE AÇÃO DOS ANTI-HELMÍNTICOS PARA EQÜINOS ANTI-HELMÍNTICOS NEUROMUSCULARES DE AMPLO ESPECTRO Toxicidade leve – 15 vezes a dose recomendada Especificidade da ivermectina pelos canais de cloreto - segurança dos mamíferos Apesar de mamíferos utilizarem o GABA, ele fica restrito ao SNC, e a ivermectina não atravessa barreira hematoencefálica. * MODO DE AÇÃO DOS ANTI-HELMÍNTICOS PARA EQÜINOS ANTI-HELMÍNTICOS NEUROMUSCULARES DE AMPLO ESPECTRO TETRAIDRO PIRIMIDINAS Efeito colinérgico ganglionar, resultando em contração muscular e paralisia espástica n o nematódeo Pirimidinas são 100 vezes mais potentes q a Ach para induzir contração muscular São seguras p os mamíferos porque não são bem absorvidas no trato gastrointestinal Sais de pirantel - forma terapêutica Tartarato de pirantel (Strongicid, Pfizzer) – também apresenta um esquema terapêutico. * MODO DE AÇÃO DOS ANTI-HELMÍNTICOS PARA EQÜINOS ANTI-HELMÍNTICOS NEUROMUSCULARES DE AMPLO ESPECTRO TETRAIDRO PIRIMIDINAS Adição diária de 1,2g/454 Kg de peso vivo no alimento – evitar as infecções por estrongilus e ascarídeos, pela morte de larvas recém-ingeridas no lúmem intestinal antes que possam entrar nos tecidos do hospedeiro. * MODO DE AÇÃO DOS ANTI-HELMÍNTICOS PARA EQÜINOS ANTI-HELMÍNTICOS NEUROMUSCULARES DE ESPECTRO ESTREITO ORGANOFOSFORADOS Fosforila o local de esterificação da enzima Achase, inibindo sua atividade – paralisia espástica Parasitas internos e externos utilizam a Ach como neurotransmissor, e ambos são igualmente afetados pelos organofosforados Organofosforados são voláteis e parcialmente inativados pelo ph básico do ID – parasitas da parte anterior do intestino (bernes e ascarídeos) * MODO DE AÇÃO DOS ANTI-HELMÍNTICOS PARA EQÜINOS ANTI-HELMÍNTICOS NEUROMUSCULARE DE ESPECTRO ESTREITO ORGANOFOSFORADOS Formulação com grânulos de resina impregnadas por diclorvos (Cutter Dichlorvos) – liberação lenta, conferindo eficácia adicional contra gdes e pqs estrôngilus no IG (amplo espectro???) Triclorfon – organofosforado mais utilizado contra bernes, separado ou em combinação com amplo espectro Organofosforados – índice estreito de segurança em relação à maioria dos outros anti-helmínticos porque também afetam as Achases dos mamíferos * MODO DE AÇÃO DOS ANTI-HELMÍNTICOS PARA EQÜINOS ANTI-HELMÍNTICOS NEUROMUSCULARES DE ESPECTRO ESTREITO PIPERAZINA Efeito pela hiperpolarização da membrana muscular, bloqueando assim a contração muscular – paralisia flácida Superdosagem – efeitos colaterais neurológicos Raramente utilizado sozinho – aumentar a atividade contra ascarídeos e ciatóstomos Piperazina – ação terapêutica valiosa em rebanhos portadores de ciatóstomos resistentes ao benzimidazol * MODO DE AÇÃO DOS ANTI-HELMÍNTICOS PARA EQÜINOS ANTI-HELMÍNTICOS METABÓLICOS DE AMPLO ESPECTRO BENZIMIDAZÓIS (BZD) Maior classe de anti-helmínticos para eqüinos Bloqueiam a montagem intracelular de microtúbulos (tubulina – Pt celular) Tubulina – motilidade e absorção de nutrientes, transporte intracelular e formação do fuso miótico durante a divisão celular * MODO DE AÇÃO DOS ANTI-HELMÍNTICOS PARA EQÜINOS ANTI-HELMÍNTICOS METABÓLICOS DE AMPLO ESPECTRO OS bzd – ligam-se a tubulina, sendo eficazes no desenvolvimento dos ovos e das larvas dos nematódeos Não causam alterações letais em nematódeos adultos Os bzd menos solúveis (fembendazol, oxfembendazol) - mais tempo no hospedeiro e portanto mais eficazes - ↑doses ou vários dias consecutivos – larvas de S. vulgaris migratórias * MODO DE AÇÃO DOS ANTI-HELMÍNTICOS PARA EQÜINOS ANTI-HELMÍNTICOS COM ATIVIDADE METABÓLICA BENZIMIDAZÓIS Ampla margem de segurança Pró-bzd – precursores farmacológicos ativamente convertidos em bzd dentro do hospedeiro Bzd e pró- bzd – causam resistência * MODO DE AÇÃO DOS ANTI-HELMÍNTICOS PARA EQÜINOS RESISTÊNCIA A ANTI-HELMÍNTICOS PARA EQÜINOS Sub-doses Resistência ao anti-helmíntico PREVALÊNCIA E DISTRIBUIÇÃO DA RESISTÊNCIA Mais comum: Bzd e pró-bzd Ciatóstomos – Bzd – exceção: oxibendazol * MODO DE AÇÃO DOS ANTI-HELMÍNTICOS PARA EQÜINOS SELEÇÃO PARA A RESISTÊNCIA Pressão de seleção – reprodução dos resistentes Farmacocinética - ↓concentrações do produto, subdoses Freqüência do tratamento – variam de 6 semanas a 2 anos Escolha do anti-helmíntico: rotação entre classes de drogas em intervalos anuais * MODO DE AÇÃO DOS ANTI-HELMÍNTICOS PARA EQÜINOS DETECÇÃO DE RESISTÊNCIA Teste de redução de contagem de ovos fecais, realizadas 10 a 14 dias após o tratamento pelo anti-helmíntico (OPG) Utilizar mesmos eqüinos (antes e depois da vermifugação) Cinco animais (lote pequeno) ou 10% do lote, dos dois o que for maior * MODO DE AÇÃO DOS ANTI-HELMÍNTICOS PARA EQÜINOS DETECÇÃO DE RESISTÊNCIA Eficácia = xc – xt ÷ xc x 100 Ovos de ciatóstomos – redução de mais de 90% a 95% Reduções de menos de 90% é compatível com quadro de resistência Resistência ao bzd – suspenção imediata da utilização Pirantel, ivermectina ou axibendazol Piperazina – alternativa q requer administração por sonda nasogástrica * MODO DE AÇÃO DOS ANTI-HELMÍNTICOS PARA EQÜINOS PREVENÇÃO DE RESISTÊNCIA Animais que chegam a propriedade – quarentena Respeitar doses s pesos corpóreos precisos e atualizados Rotação anual entre classes de anti-helmínticos e não entre drogas da mesma classe Rotação de pastejo, tratamentos sazonais estratégicos e higiene dos pastos
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