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Capacidades Condicionantes Docente: Esp. Arthur D. C. V. de Sousa São fundamentadas através da eficiência do metabolismo energético. São determinadas pelos processos que conduzem à obtenção e transformação de energia, isto é, os processos metabólicos nos músculos e sistemas orgânicos – força , velocidade, flexibilidade e resistência. Capacidades condicionantes A Força Docente: Esp. Arthur D. C. V. de Sousa Definição Conceito de força muscular? “Tensão gerada por um músculo ou grupo muscular contra uma resistência” Definições de força: • Capacidade de exercer tensão muscular contra resistência, envolvendo fatores mecânicos e fisiológicos que determinam a força em algum movimento particular (Barbanti, 1979). • Capacidade de exercer tensão muscular contra resistência, superando, sustentando ou cedendo à mesma (Guedes, 1997). • Quantidade máxima de força que um músculo ou grupo pode gerar em um padrão específico de movimento e em determinada velocidade (Knutgen e Kraemer, 1987). Manifestações e classificações da força “É a máxima força que pode ser desenvolvida por uma contração muscular” TESTE: 1 RM FORÇA DINÂMICA “ É observada quando há encurtamento das fibras musculares mediante o movimento realizado (isotônico)” FORÇA ESTÁTICA “Este tipo de força não ocorre o encurtamento das fibras, não existindo, assim, movimento (isométrica)” “É a capacidade de superar uma resistência externa ao movimento com elevada rapidez de contração” Potência ou Força Explosiva Manifestações e classificações da força “Pode ser definida como a capacidade do sistema neuromuscular sustentar níveis de força moderados por longos intervalos de tempo” Resistência de força Manifestações e classificações da força Geral Local • Geral: quando se mobiliza mais de um sexto, um sétimo da musculatura esquelética total. • Ex: Agachamento • Local: quando se utiliza menos de um sexto, um sétimo da musculatura esquelética total. • Ex: Rosca Direta Resistência de força Manifestações e classificações da força Tipos de contração muscular Repouso Isométrica Concêntrica Excêntrica Aumento do número de unidades motoras recrutadas. Neurais Adaptações ao treinamento Aumento do desenvolvimento de força e impulso neural do músculo esquelético humano após treinamento resistido 14 semanas de treino 38 sessões 5 exercícios MMII Neurais Adaptações ao treinamento Neurais Adaptações ao treinamento Estudo de G. Yue , K. J. Cole G1 – Músculo abdutor metacarpofalangeo G2 – Treinamento mental G3 – Controle 4 semana – 5x/semana Neurais Adaptações ao treinamento Estudo de G. Yue , K. J. Cole – RESULTADO G1 – aumento 30% G2 – aumento de 22% G3 – aumento de 3,7% Atividade EMG G1 – aumento de 14% G2 – aumento de 10% G3 – aumento de 2,3% Atividade EMG Membro contralateral Neurais Adaptações ao treinamento Aumento frequência de recrutamento dessas unidades motoras. Neurais Adaptações ao treinamento Gidosos e Gjovens Taxa de disparo Unidade Motora do vasto lateral após 6 semana de treinamento Gidoso – aumento 36% Gjovem – aumento de 29% Ganho de força Gidoso – aumento 49% Gjovem – aumento 15% Taxa de disparo UM Neurais Adaptações ao treinamento Redução da co-ativação do músculo antagonista Neurais Adaptações ao treinamento Estudo de Carolan e Cafarelli Gexperimental e Gcontrole 30 extensões isométricas máxima/dia – 3x/semana – 8 semanas EMG – Vasto lateral e bíceps femoral Gexperimental – aumento 32% Sem aumento EMG Ganho de força Gexperimental – diminuiu de 14,9% para 11,5% EMG antagonista Neurais Adaptações ao treinamento São alterações na constituição das fibras musculares e em suas proteínas contráteis. 1. Aumento da área de secção transversa das fibras. 2. Aumento das proteínas contráteis. 3. Alteração dos tipos de fibras. Morfológicos Adaptações ao treinamento Métodos e procedimentos para o treinamento de força Qual é o raciocínio lógico quando o objetivo é força? Levando em consideração a interdependência volume e intensidade devemos... Priorizar intensidade Métodos e procedimentos para o treinamento de força Como podemos priorizar a intensidade em um treinamento? Alterando a velocidade do movimento ou ritmo; Alterando a carga ou quilagem; Alterando a amplitude do movimento; Logicamente, qualquer variável e/ou estratégia utilizada que tem a finalidade de aumentar a intensidade pode contribuir para o aumento da força muscular. ACSM, 2009; ACSM, 2002 RECOMENDAÇÕES DO ACSM ACSM, 2009; ACSM, 2002 RECOMENDAÇÕES DO ACSM ACSM, 2009; ACSM, 2002 RECOMENDAÇÕES DO ACSM • Intermediário • Saudável • Sem nenhuma limitação física • Objetivo: Força máxima • Como prescrever? • Dica: Relembrar os princípios do treinamento • Individualidade biológica • Estímulo específico • Adaptação: • Estímulo adequado • Intensidade • Volume • Continuidade: • Tempo de treinamento e frequência semanal • Sobrecarga: • Progressão do treinamento Caso Interdependência volume / intensidade Estímulo Adequado Continuidade Sobrecarga Individualidade Intensidade Volume Frequência Tempo Total e/ou mínimo Progressão Especificidade 70% 1RM 6 – 12 Rep 3 séries 3 vezes semanal 10 semanas Aumento do % de 1 RM Nível de treinamento (Intermediário) Treinamento resistido Força Máxima Se o objetivo for potência muscular, qual aspecto devo alterar para maximizar os ganhos? Intensidade – Velocidade de execução dos movimentos Velocidade Docente: Esp. Arthur D. C. V. de Sousa O que é velocidade? • Capacidade de um sujeito em realizar ações motoras em um mínimo espaço de tempo e com o máximo de eficiência (Manso et al,1996). • Conjunto de propriedades funcionais que permitem a execução de ações motoras em um tempo mínimo (Platonov & Bulatova, 1993). • Capacidade que se manifesta por completo naquelas ações motoras onde o rendimento máximo não se limite pelo cansaço (Harre, 1987). Definições: Características Utiliza principalmente o sistema energético Alático Pouca participação dos sistemas lático e aeróbico na velocidade do movimento; Características Depende de um bom percentual de Fibras de Contração Rápida Necessita de uma capacidade de rápida mobilização dos mecanismos bioquímicos e de realizar nova síntese dos processos anaeróbicos aláticos Características Eficiência do Metabolismo Anaeróbio alático. Características Depende da coordenação neuromuscular (intramuscular e intermuscular) Depende do aumento e recrutamento das unidades motoras. Fatores que influenciam a velocidade Correlação negativa: Maior percentual de fibras do Tipo I menor a Velocidade Correlação positiva: Maior percentual de fibras do Tipo II maior a Velocidade Fatores que influenciam a velocidade Força Muscular Flexibilidade Coordenação Fatores que influenciam a velocidade • Nível de Coordenação INTRA e INTER muscular; • Aperfeiçoamento técnico • Nível de volição (psico) Tempo de Reação = Velocidadede Reação 1. Tempo de Reação Simples 2. Tempo de Reação Discriminativo (Complexo) Componentes da velocidade Tempo de reação Conceito: Tempo entre o início de um estímulo e o início da resposta solicitada Resposta única a um estímulo já conhecido (ex: resposta ao tiro do juiz em uma prova de velocidade) Tempo de captação do estímulo Tempo de chegada do estímulo no cérebro Tempo de elaboração da resposta Tempo de partida do estímulo do cérebro para a placa motriz Tempo para o início da contração muscular (Zatziorski, 1989) Componentes da velocidade Tempo de reação simples Tempo TR 1 - Lewis (USA) 9,86s 0,140s (5) 2 - Burrel (USA) 9,88s 0,120s (3) 3 - Mitchell (USA) 9,91s 0,090s (1) 4 - Christie (USA) 9,92s 0,126s (4) 5 - Fredericks (NAM) 9,95s 0,151s (7) 6 - Stewart (JAM) 9,96s 0,114s (2) 7 - da Silva (BRA) 10,12s 0,172s (8) 8 - Surin (CAN) 10,14s 0,148s (6) Excelente < 130 Elevado 130-155 Médio 156-185 Baixo 186-210 Péssimo > 210 Escala de avaliação do tempo de reação (ms) Tempo de Reação nos 100m rasos: Campeonto Mundial (Tóquio, 1991) Conceito: Seleção de várias respostas para um único estímulo Componentes da velocidade Tempo de reação complexo Conceito • Tempo transcorrido desde o início da resposta motora até o final de uma ação simples solicitada ao indivíduo • Capacidade de executar movimentos acíclicos – ex: golpe no tênis (Grosser, 1992) Componentes da velocidade Tempo de movimento Componentes da velocidade Tempo de movimento ISOLADO CONTINUADO Ações isoladas constituídas por um movimento único Sequência estímulo-resposta para execução de um movimento simples e isolado Série de movimentos executados na máxima rapidez Ex: Sprint, contra-ataque no futebol Ex: Tênis Componentes da velocidade Tempo de movimento CONTINUADO Acíclicos Cíclicos • Movimentos únicos motores (ex.: arremesso); • As ações começam de uma maneira e terminam de outra; • A velocidade acíclica manifesta-se no esporte na forma de lançamento, de arremesso, de salto, de chute ou de batida; • Caracterizados por uma manifestação de esforço explosivo e concêntrico; • Velocidade máxima potencial que cada desportista possui sobre o gesto técnico. Componentes da velocidade Movimentos acíclicos Aumento da velocidade está relacionada com: • Melhora do SNC em promover um impulso eficaz nas Unidades Motoras relacionadas à ação; • + Coordenação Inter e Intra-muscular; • Melhora do metabolismo alático. Componentes da velocidade Movimentos acíclicos • Consiste numa sequência de ações motoras, ritmicamente repetida; • Independentemente do fato de se tratar de movimentos das extremidades superiores ou inferiores, assim como do tronco; • A frequência de movimento, como forma de manifestação da velocidade cíclica, depende da velocidade de cada movimento único. (WEINECK, 1991). Componentes da velocidade Movimentos cíclicos Fatores Dependentes: Fatores Psíquicos • Antecipação, vontade, concentração Fatores Neurais • Recrutamento, capacidade de excitação-inibição, velocidade de condução dos estímulos, inervação prévia Componentes Músculo-Tendinosos • Tipos de Fibras, velocidade contrátil, viscosidade, temperatura dos músculos, elasticidade Nível Técnico Componentes da velocidade Movimentos cíclicos Componentes: • Aceleração • Resistência de Sprint (específico) • Resistência de Velocidade • Velocidade Máxima • Desaceleração Fase / Distancia 60m 100m 200m 400m Início da Prova 20 5-10 1-5 --- Aceleração 40 40 25-30 15-20 Vel.Máxima 40 40 30-40 30-40 Desaceleração --- 10-15 30-40 50-60 Importância dos Componentes (%) em determinadas distâncias Componentes da velocidade Movimentos cíclicos Aceleração (sprint) • Período de extrema mudança de velocidade • Utilização de força máxima e explosiva • Aspectos determinantes: força, coordenação, volitivo Componentes da velocidade Movimentos cíclicos Resistência de sprint • Específico para a exigência da modalidade • Capacidade de realizar vários sprints sem que haja queda considerável a aceleração • Altamente relacionada com a Capacidade de Recuperação • Ex. de treino: 5x30m com recuperação ativa de 15” Componentes da velocidade Movimentos cíclicos Resistência de velocidade • Capacidade de manter por longo tempo a maior velocidade possível; • Grande significado para corredores a partir de 100 metros; • Ex. de treino: tiros de 120-150m / 180-250m, sendo contínuos ou fracionados Componentes da velocidade Movimentos cíclicos Velocidade máxima • Maior nível de controle neuromuscular • Períodos curtos de contato no solo • Ex. de treino: tiros de 50-80m, com sobrecarga Componentes da velocidade Movimentos cíclicos Desaceleração • Pouca influência em corridas retilíneas (ex. 100m) • Grande influência para mudanças de direção em velocidade, e corridas com distâncias maiores que 200m Componentes da velocidade Movimentos cíclicos Estimulação Simplificada: • Aplicação de aparatos específicos que imponham ao atleta um esforço de tração que estimule a velocidade; Métodos de treinamento Capacidade de Velocidade Métodos de treinamento Capacidade de Velocidade Alternar intensidade do esforço Leve Moderada Intenso Variação do gesto motor: • Movimentos velozes com características distintas Métodos Auxiliares • Reboques: coletes de peso, pára-quedas • Corridas em subidas • Corrida na água / areia • Barreiras / Obstáculos • Escadas de velocidade (saltitos, velocidade lateral, frontal) Métodos de treinamento Capacidade de Velocidade O intervalo em um treinamento de velocidade depende: • Grau de complexidade dos exercícios • Volume muscular utilizado no trabalho • Duração e intensidade do trabalho Métodos de treinamento Capacidade de Velocidade Exemplos: • Exercícios acíclicos com menos de 1 segundo (jab no boxe, golpe de tênis) alguns segundos • Exercícios de velocidade prolongada (corrida de 100/200 metros, 50m na natação) 2 a 10 min ou mais • Relação direta, mas não-linear: VELOCIDADE RECUPERAÇÃO Métodos de treinamento Capacidade de Velocidade Resistência Aeróbia / Anaeróbia Conceitual • Resistência Anaeróbia: • É definida dentro de termos fisiológicos como “a qualidade física que permite manter um esforço por determinado período, em que as necessidades de consumo de oxigênio são superiores a absorção do mesmo fazendo com que seja encontrado um débito de oxigênio o qual será recompensado no repouso. • Resistência aeróbia: • É a qualidade física que permite um esforço por um determinado período em que há um equilíbrio entre o consumo de oxigênio e a absorção do mesmo Conceitual Adaptações Adaptações Metabolismo Aeróbio Adaptações Metabolismo Anaeróbio (5 meses) • São métodos de treinamento nos quais se aplicam cargas contínuas; • Sãocaracterizados pelo predomínio do volume sobre a intensidade; • Desenvolvem basicamente a resistência aeróbia. Métodos de treinamento Contínuos In te n s id a d e Volume • Manutenção da frequência cardíaca dentro de uma faixa preestabelecida: • Limite Inferior; • Limite Superior. • Finalidade: Resistência Aeróbia; • Características: • Utilizado para a reabilitação de cardíacos e condicionamento cardiorrespiratório. • O tempo de duração é de 30 a 60 minutos (obs: pode ser ajustado) Métodos Contínuos Zona-Alvo Métodos Contínuos Zona-Alvo In te n s id a d e Volume O que precisamos estabelecer ? Repouso e/ou basal Máxima Limite superior Limite inferior Zona-Alvo • Frequência cardíaca de repouso: • É realizada ao se acordar (ainda na cama) por três dias. Soma-se os valores e divide por três. • Ex: 68 (1º dia); 62 (2º dia); 59 (3º dia) - 68+62+59 - 189/3 = 63. • Frequência cardíaca máxima: • Representa a máxima frequência cardíaca que seu coração alcança durante esforços muitos intensos. • Pode ser calculado utilizando de testes máximos ou a partir de duas equações: • FC máx = 208 – (0,7 x idade) (Tanaka et al., 2001) • FC máx = 210 – (0,65 x idade) (Jones, 1997) Métodos Contínuos Zona-Alvo • Limite inferior de trabalho: • É calculado utilizando a seguinte fórmula: • Liminf = FCrepouso + 0,6 (FC máx – FC repouso) • Limite superior de trabalho • É calculado utilizando a seguinte fórmula: • Limsup = Liminf + 0,675 (FC máx – Liminf ) Métodos Contínuos Zona-Alvo Significa a intensidade do exercício 60% FC Significa a intensidade do exercício 67,5% FC • Renata (27 anos) deseja iniciar um treinamento com objetivo no condicionamento aeróbio. Possui um FC de repouso de 67 batimentos e não possui contraindicação a prática de exercício. • 1° passo: • Calcular FC máxima: 208 – (0,7 x 27) = 189 • 2º passo: • Calcular limite inferior: Liminf = 67 + 0,6 (189 – 67) = 140 • 3 º passo: • Calcular limite superior: Limsup = 140 + 0,675 (189 – 140) = 173 Métodos Contínuos Zona-Alvo Métodos Contínuos Zona-Alvo In te n s id a d e Volume 173 bpm 140 bpm Zona-Alvo • Série de estímulos submáximos (> 84% FC máxima) intercalados por intervalos que propiciem a recuperação parcial. • Parâmetros do método intervalado: • Estímulo: É o tempo ou distância que o aluno permanece em exercício; • Repetições: Quantidade de vezes que o estímulo se repetirá; • Intervalo: Período de tempo entre dois estímulos. Deve-se possibilitar que o intervalo atinja uma frequência cardíaca com a finalidade de recuperação parcial do organismo (≤70% FC). Métodos de treinamento Intervalados Métodos de treinamento Intervalados In te n s id a d e Volume Estímulo Intervalo Repetição • Considerações sobre o método intervalado: A intensidade e intervalo do estímulo pode ser determinada pelo: % Frequência cardíaca; % Frequência cardíaca de reserva; % da velocidade máxima; Percepção subjetiva de esforço; Limite inferior e superior de treino. É indicado para indivíduos intermediários e avançados Dependendo da manipulação da intensidade e volume podem ser priorizados treinos objetivando resistência aeróbia, anaeróbia, velocidade e resistência de velocidade. Métodos de treinamento Intervalados • Consiste na aplicação de um estímulo subsequente somente após a
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