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Metamorfismo de rochas pelíticas Bons indicadores de metamorfismo: reações metamórficas são bem marcadas (muitas reações descontínuas); Abundantes na crosta terrestre; Quimicamente diversificadas, possibilitando o crescimento de diversos minerais metamórficos; Rochas pelíticas Principais: SiO2, Al2O3, FeO, MgO, K2O e H2O Menores: TiO2, MnO, CaO, Na2O, F2O3 e C Podem ser divididos em: Pelitos verdadeiros: ricos em Al2O3 e FeO Wackes: ricas em K2O (feldspáticas) Composição de rochas pelíticas Após a diagênese, quando uma rocha pelítica entra no domínio do metamorfismo, esta é constituída de minerais detríticos e diagenéticos; As principais classes são a de argilominerais, como esmectitas, illitas e caolinitas e micas brancas como sericitas (muscovita, fengita), paragonita e clorita; Esses minerais vão aumentando gradativamente seu índice de cristalinidade (recristalização) conforme aumenta o grau T-P na diagênese/metamorfismo; Mineralogia Assim, filossilicatos representam 50% do sedimento original e quartzo fino (10-30%); Feldspatos (albita e K-fedspato), óxidos e hidróxidos de Fe, zeólitas, carbonatos, sulfetos e matéria orgânica são outros constituintes comuns; As proporções de filossilicatos contra quartzo e feldspato influenciarão no desenvolvimento de texturas (rochas foliadas); Mineralogia Muitas vezes, tem início no metamorfismo de soterramento difícil de distinguir da diagênese; Em ambientes tectônicos propícios, esse será gradativo para o metamorfismo regional; A difração de raios-X pode ser usada para distinção de minerais diagenéticos e metamórficos; Reflectância da matéria orgânica; Início do metamorfismo anquizona (anquimetamórfico) epizona (baixo grau) Indicador de cristalinidade Processos gradativos na transformação dos minerais diagenéticos em metamórficos; O metamorfismo em rochas pelíticas começa a ficar evidente em fácies xisto verde com o desenvolvimento de clivagem ardosiana; Nesse momento, as zonas metamórficas começam a serem reconhecidas facilmente; Metamorfismo barroviano clássico; Início do metamorfismo regional Zona da clorita: Illita mica branca/fengita muscovita Associação: clorita, illita/fengita, quartzo, albita Rochas são ardósias ou filitos: clivagem formada por filossilicatos metamórficos; Metamorfismo barroviano Zona da biotita: Associação: muscovita, biotita, clorita, quartzo, albita Metamorfismo barroviano Pelitos ricos em K (wackes): K felspato + clorita biotita + muscovita + quartzo + H2O Pelitos “verdadeiros” aluminosos e pobres em K: fengita + clorita biotita + muscovita pobre em fengita + quartzo + H2O A biotita aparece em mais alta T, em casos extremos nem aparece Associação clorita + muscovita + biotita – estável num amplo intervalo de T – natureza contínua da reação; A clorita é estável até a zona da estaurolita; Não confundir com clorita retrógrada; A diferença será textural; Zona da granada: Clorita + muscovita granada + biotita + quartzo + H2O Em pelitos extremamente aluminosos, haverá a formação de cloritóide (fator composicional) Nessas rochas, pode não ocorrer biotita (pobres em K); Associação: granada, biotita, clorita, muscovita, quartzo, albita/oligoclásio ± cloritóide Metamorfismo barroviano Pirofilita + Fe-clorita cloritóide + qtz + H2O Hematita + Fe-clorita cloritóide + magnetita + qtz + H2O Zona da estaurolita (cloritóide out): A clorita tende a desaparecer (máx 550°C); Metamorfismo em fácies anfibolito; Associação: estaurolita, granada, biotita, muscovita, quartzo, oligoclásio; Metamorfismo barroviano granada + muscovita + clorita estaurolita + biotita + quartzo + H2O cloritóide + quartzo estaurolita + granada + H2O clorita + muscovita estaurolita + biotita + quartzo + H2O Zona da cianita: Xistos ricos em granada, biotita e cianita; Associação: cianita, ± estaurolita, granada, biotita, muscovita, quartzo, oligoclásio; Metamorfismo barroviano muscovita + estaurolita + clorita biotita + cianita + quartzo + H2O estaurolita + muscovita + quartzo cianita + biotita + H2O descontínua contínua Zona da sillimanita: Associação: sillimanita, ± estaurolita, granada, biotita, muscovita, quartzo, oligoclásio ± cianita reliquiar; Metamorfismo barroviano muscovita + estaurolita + quartzo sillimanita + biotita + granada + H2O estaurolita + quartzo sillimanita + granada + H2O descontínua contínua Zona da sillimanita em T mais altas: 2° isógrada da sillimanita (muscovita out): xisto gnaisse “Transição para fácies granulito” Metamorfismo barroviano muscovita + quartzo K-feldspato + Al2SiO5 + H2O descontínua Zona da sillimanita em T mais altas: Pode haver o aparecimento de cordierita (em P baixas); Metamorfismo barroviano biotita + sillimanita + quartzo K-feldspato + cordierita + melt Zona da sillimanita em T mais altas: Intensificação da anatexia (fusão parcial): Seu início vai depender da presença de fluidos (pode iniciar antes) Metamorfismo barroviano muscovita + quartzo + H2O sillimanita + melt muscovita + biotita + quartzo + H2O sillimanita + melt muscovita + quartzo K-feldspato + sillimanita + melt Não tem cianita, pode ter andalusita e cordierita; Pouca ou nenhuma granada, estaurolita também é rara; Fusão parcial só depois da reação: Ou seja, fusão parcial só em gnaisses; Em P mais baixas (série Buchan) muscovita + quartzo K-feldspato + Al2SiO5 + H2O Zona da cordierita: “manchas” em ardósias (ardósias manchadas); Zona da andalusita: Ocorrência de cordierita e andalusita Em P mais baixas (série Buchan) muscovita + clorita cordierita + biotita + quartzo + H2O clorita+muscovita + quartzo cordierita + andalusita + biotita + H2O cordierita+muscovita + quartzo andalusita + biotita + H2O O início de anatexia varia com a presença de água ou fluidos (abaixa o ponto de fusão); Normalmente está situada em fácies anfibolito alto a granulito, quando intensificam-se; O conjunto de partes fundidas e restitos são denominados migmatitos (rocha mista); Ou seja, migmatito é um termo que se refere a uma estrutura, composta por porções ígneas e metamórficas; Anatexia e migmatitos No passado o termo era apenas descritivo, textural/estrutura, porém atualmente há uma conotação genética; Anteriormente existia o termo “migmatito de injeção” designado quando uma rocha metamórfica era injetada por diversos veios/bolsões de fusão, não necessariamente originada de anatexia da rocha metamórfica próxima; Anatexia e migmatitos Atualmente, o termo migmatito está ligado também à presença de restitos de fusão, ou seja, as partes que não foram fundidas; Portanto, para designar-se um migmatito completo, deve-se observar a parte fundida e a parte restante; Assim, essas duas partes podem dispor-se em diversos tipos texturais; Anatexia e migmatitos estrutura tipo brecha estrutura tipo antena estrutura nebulítica estrutura tipo schleiren dilatação e boudinagem estrutura estromática ou acamada estrutura em veios estrutura tipo jangada Termos genéticos: Paleossoma: rocha original, antes da fusão; Neossoma: rocha migmatitizada (fundido + restito) Termos descritivos (índice de cor): Leucossoma: parte clara (fundido) Mesossoma: rocha intermediária (próxima da rocha original); Melanossoma: parte escura (restito); Classificação de migmatitos: Thompson Jr (1957) criou o diagrama AFM (Al2O5 – FeO – MgO) para a representação de associações minerais nas várias etapas do metamorfismo progressivo nesses três termos principais; Esse diagrama baseia-se no fato da maioria dos pelitos conter muscovita + quartzo +H2O. Este diagrama é baseado na projeção da muscovita e quartzo como representantes do K2O e SiO2, fixados, variando assim apenas os termos AFM. Assim, não importa qual associação esteja representada no diagrama, deve-se acrescentar essas três fases. Representação das associações em diagramas de fase Os diagramas AFM são usados para ilustrar algumas das mudanças mais importantes que ocorrem no metamorfismo de rochas pelíticas Diagrama de fases
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