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2 Embriologia da cabeça, da face e da cavidade oral 2015

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Embriologia da cabeça, da face e da cavidade oral 
A porção anterior do tubo neural se expande e forma as vesículas encefálicas 
conhecidas como prosencéfalo, mesencéfalo e rombencéfalo. 
Na região do rombencéfalo, desenvolvem-se os rombômeros (8 abaulamentos). 
Livro 1 figura 3.3 
 
As células da crista neural derivadas da região ao nível do mesencéfalo e dos dois 
primeiros rombômeros se transformam e migram como 2 correntes: 
-1ª parte do ectomesênquima associado à face 
-2ª primeiro arco branquial (maxilares) 
Livro 1 figura 3.3 e 3.4 
 
Arcos faríngeos (ou arcos branquiais) 
Formam-se lateralmente à parede da faringe primitiva como proliferações de 
mesênquima do mesoderma infiltrado por células da crista neural em migração. 
Seis arcos branquiais (5º e 6º transitórios) 
-espessamentos cilíndricos 
Expansão lateral e fusão na linha média (separam o estomodeu - boca primitiva - 
do coração em desenvolvimento) 
 
Desenvolvimento dos arcos faríngeos e dos sulcos faríngeos em um embrião de 35 dias 
(Livro 1 figura 3.8) 
 
Os arcos são separados externamente por fendas chamadas de sulcos faríngeos (ou 
sulcos branquiais). 
Na face interna da faringe primitiva, encontram-se pequenas depressões, as bolsas 
faríngeas (ou branquiais). 
 
Um típico arco faríngeo contém: 
• um nervo craniano 
• uma artéria do arco faríngeo 
• um bastonete (barra) cartilaginoso 
• um componente muscular 
Livro 2 figura 10.3B 
 
Arcos faríngeos 
O mesênquima “de derivação neural” se condensa para formar uma barra de cartilagem 
hialina. 
Parte do mesênquima que circunda cada barra cartilaginosa se desenvolve em tecido 
muscular estriado. 
1º AB – origem aos músculos da mastigação 
2º AB – origem aos músculos da expressão facial 
Cada nervo tem um ramo motor (musculatura) e um ramo sensitivo 
Livro 1 Tabelas 3.1 e 3.2 
 
 
 
 
 
 
Formação da face 
Na 4º semana 
Aparecem as proeminências faciais (mesênquima derivado da crista neural e formado, 
principalmente pelo 1º AF) 
• Proeminência frontonasal (ou processo) 
• Proeminências maxilares 
• Proeminência mandibular 
Livro 1 figuras 3.12 e 3.13 
 
Processos nasais mediais de ambos os lados com o processo frontonasal originam a 
porção média do nariz. 
Livro 1 figura 3.16 C, D e E 
 
Fusão dos processos nasais mediais 
-porção central do lábio superior (filtro) 
-parte da maxila que abrange os dentes incisivos e do palato primário 
 
Fusão da porção lateral do processo nasal medial e do processo maxilar 
 -face lateral do lábio superior 
 
União das correntes de células ectomesenquimais dos processos mandibulares 
 -lábio inferior 
Livro 1 figura 3.14 e 3.15 
 
Entre 24º e 28º dias de gestação. 
Parte do epitélio que recobre os processos faciais já pode ser considerada como 
um epitélio odontogênico. 
Epitélio odontogênico: 
-borda inferior do processo maxilar 
-borda superior do processo mandibular 
-processo nasal medial 
38º dia (fusão) banda epitelial primária 
(placa contínua de epitélio odontogênico) 
Livro 1 figura 3.16 
 
Desenvolvimento do palato 
Ocorre em dois estágios: 
- O palato primário 
- O palato secundário 
 
Palato primário 
- no início da 6ª semana 
- começa a se desenvolver da parte profunda do segmento intermaxilar da maxila 
- forma a pré-maxila da maxila 
 
Palato secundário 
 
Livro 2 figura 10.27 
 
 
Formação do palato secundário 
(A) 7ª semana: processos palatinos se desenvolvem a partir dos processos maxilares e 
são direcionados para baixo. 
(B) 8ª semana: a língua foi rebaixada e os processos palatinos elevados (fusão entre si e 
com o palato primário). 
(C) Fusão completa dos processos entre si e com o septo nasal (3º mês). 
Livro 1 figuras 3.17, 3.18, 3.19 e 3.23 
 
Adesão dos epitélios 
Formação da sutura epitelial na linha média. 
Sutura epitelial se adelgaça e se rompe. 
Células epiteliais perdem suas características epiteliais e se transformam em 
mesenquimais. 
Livro 1 figura 3.11 
 
Formação da língua 
- Início da formação: 4ª semana 
- Proliferação local do mesênquima dá origem a protuberâncias no assoalho da boca. 
Livro 1 figura 3.22 
 
- Saliências linguais laterais e saliência mediana (tubérculo ímpar) 1º arco faríngeo; 
originam dos 2/3 anteriores ou corpo da língua. 
- Cópula (2ºAF) e eminência hipobranquial, 3º e 4º (parte) arcos faríngeos; origina a 
raiz da língua; obs: com o desenvolvimento a cópula desaparece. 
- 3ª saliência mediana, porção posterior do 4º arco faríngeo; origina a epiglote. 
 
Músculos da língua: origem a partir dos somitos occipitais. 
Inervação: dois terços anteriores - n. trigêmeo (V n. craniano) 
 terço posterior - n. glossofaríngeo (IX n. craniano) 
 motora - n. hipoglosso (XII n. craniano) 
Livro 2 figura 10.22 
 
Desenvolvimento do crânio 
Três componentes: 
 -calvária (calota craniana) 
 -base do crânio (ossificação endocondral) 
 -face (ossificação intramembranosa) 
 
Alguns ossos formados por ossificação intramembranosa podem desenvolver 
cartilagens secundárias para proporcionar um crescimento rápido. 
Livro 1 figura 3.24 
 
Ossificação intramembranosa: ossos da calvária e da face 
Ossificação endocondral: ossos da base do crânio 
Livro 1 figura 3.2 A 
 
 
 
 
 
Desenvolvimento da mandíbula e da maxila 
Mandíbula e maxila se formam a partir dos tecidos do 1º arco faríngeo. 
• Maxila: se forma nos processos maxilares 
• Mandíbula: se forma nos processos mandibulares 
 
Desenvolvimento da mandíbula 
Cartilagem de Meckel 
 -relação de posição com a mandíbula em desenvolvimento 
 -íntima relação com o ramo mandibular do nervo trigêmeo 
 
6ª semana: inicia a condensação de mesênquima no ponto de divisão do nervo alveolar 
inferior. 
7ª semana: início da ossificação intramembranosa no ponto de condensação 
mesenquimal; propagação em direção anterior e posterior. 
Livro 3 figura 1.14 
Livro 1 figura 3.27 
 
À medida que a cartilagem é degradada, o espaço previamente ocupado pela cartilagem 
se torna preenchido por tecido ósseo recém-formado. 
Não é ossificação endocondral. 
Livro 1 figura 3.30 
 
Não há união na sínfise até pouco depois do nascimento. 
Degeneração da cartilagem de Meckel (da língula à divisão do nervo alveolar inferior). 
 
Cartilagens secundárias: 
 - cartilagem condilar (surge durante a 12ª semana) 
 - cartilagem coronóide (surge aos 4 meses) 
- cartilagem da sínfise mandibular (independentes da cartilagem de Meckel); 
obliterada após o nascimento 
-pequenas ilhotas transitórias nos processos alveolares 
Livro 1 figuras 3.29 e 3.32 
 
A mandíbula é um osso formado essencialmente por ossificação intramembranosa, 
desenvolvido com relação ao nervo do primeiro arco branquial e quase inteiramente 
independente da cartilagem de Meckel. Seu crescimento é auxiliado pelo crescimento 
das cartilagens secundárias. 
 
 
Desenvolvimento da maxila 
- Inicia o desenvolvimento num centro de ossificação no mesênquima do processo 
maxilar do primeiro arco branquial; 
- Não existe cartilagem primária no processo maxilar; 
- Centro de ossificação associado à cartilagem da cápsula nasal; 
- O centro de ossificação aparece no ângulo entre as divisões de um nervo (onde o nervo 
dentário anterossuperior é emitido a partir do nervo orbital inferior); 
- A ossificação se propaga: 
 posteriormente (sob a órbita) em direção ao zigoma em desenvolvimento; 
 anteriormente em direção à futura região dos dentes incisivos; 
 superiormente para formar o processo frontal da maxila; 
- Extensão óssea para baixo (forma a placaalveolar lateral) e para o interior dos 
processos palatinos para formar o palato duro. 
- A placa alveolar medial se desenvolve a partir da junção entre o processo palatino e o 
corpo principal da maxila em formação. 
Livro 1 figura 3.34 
 
Cartilagem zigomática (cartilagem secundária) aparece por um curto período de tempo e 
auxilia no desenvolvimento da maxila. 
 
Defeitos congênitos 
Fatores ambientais que afetam o embrião: 
1. Agentes infecciosos (ex. vírus da rubéola) 
2. Radiação por raios X 
3. Medicamentos 
4. Hormônios 
5. Deficiências nutricionais 
 
Livro 1 figura 3.36 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Livros 
1. Nanci, A: Ten Cate Histologia Oral: Desenvolvimento, Estrutura e Função, 8ª 
Ed; Elsevier, 2013. 
2. Moore, KL; Persaud TVN: Embriologia Básica, 7ª Ed; Elsevier, 2008. 
3. Katchburian, E; Arana V: Histologia e Embriologia Oral: texto, atlas, correlações 
clínicas; 3ª Ed; Guanabara Koogan, 2012.

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