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Embriologia da cabeça, da face e da cavidade oral A porção anterior do tubo neural se expande e forma as vesículas encefálicas conhecidas como prosencéfalo, mesencéfalo e rombencéfalo. Na região do rombencéfalo, desenvolvem-se os rombômeros (8 abaulamentos). Livro 1 figura 3.3 As células da crista neural derivadas da região ao nível do mesencéfalo e dos dois primeiros rombômeros se transformam e migram como 2 correntes: -1ª parte do ectomesênquima associado à face -2ª primeiro arco branquial (maxilares) Livro 1 figura 3.3 e 3.4 Arcos faríngeos (ou arcos branquiais) Formam-se lateralmente à parede da faringe primitiva como proliferações de mesênquima do mesoderma infiltrado por células da crista neural em migração. Seis arcos branquiais (5º e 6º transitórios) -espessamentos cilíndricos Expansão lateral e fusão na linha média (separam o estomodeu - boca primitiva - do coração em desenvolvimento) Desenvolvimento dos arcos faríngeos e dos sulcos faríngeos em um embrião de 35 dias (Livro 1 figura 3.8) Os arcos são separados externamente por fendas chamadas de sulcos faríngeos (ou sulcos branquiais). Na face interna da faringe primitiva, encontram-se pequenas depressões, as bolsas faríngeas (ou branquiais). Um típico arco faríngeo contém: • um nervo craniano • uma artéria do arco faríngeo • um bastonete (barra) cartilaginoso • um componente muscular Livro 2 figura 10.3B Arcos faríngeos O mesênquima “de derivação neural” se condensa para formar uma barra de cartilagem hialina. Parte do mesênquima que circunda cada barra cartilaginosa se desenvolve em tecido muscular estriado. 1º AB – origem aos músculos da mastigação 2º AB – origem aos músculos da expressão facial Cada nervo tem um ramo motor (musculatura) e um ramo sensitivo Livro 1 Tabelas 3.1 e 3.2 Formação da face Na 4º semana Aparecem as proeminências faciais (mesênquima derivado da crista neural e formado, principalmente pelo 1º AF) • Proeminência frontonasal (ou processo) • Proeminências maxilares • Proeminência mandibular Livro 1 figuras 3.12 e 3.13 Processos nasais mediais de ambos os lados com o processo frontonasal originam a porção média do nariz. Livro 1 figura 3.16 C, D e E Fusão dos processos nasais mediais -porção central do lábio superior (filtro) -parte da maxila que abrange os dentes incisivos e do palato primário Fusão da porção lateral do processo nasal medial e do processo maxilar -face lateral do lábio superior União das correntes de células ectomesenquimais dos processos mandibulares -lábio inferior Livro 1 figura 3.14 e 3.15 Entre 24º e 28º dias de gestação. Parte do epitélio que recobre os processos faciais já pode ser considerada como um epitélio odontogênico. Epitélio odontogênico: -borda inferior do processo maxilar -borda superior do processo mandibular -processo nasal medial 38º dia (fusão) banda epitelial primária (placa contínua de epitélio odontogênico) Livro 1 figura 3.16 Desenvolvimento do palato Ocorre em dois estágios: - O palato primário - O palato secundário Palato primário - no início da 6ª semana - começa a se desenvolver da parte profunda do segmento intermaxilar da maxila - forma a pré-maxila da maxila Palato secundário Livro 2 figura 10.27 Formação do palato secundário (A) 7ª semana: processos palatinos se desenvolvem a partir dos processos maxilares e são direcionados para baixo. (B) 8ª semana: a língua foi rebaixada e os processos palatinos elevados (fusão entre si e com o palato primário). (C) Fusão completa dos processos entre si e com o septo nasal (3º mês). Livro 1 figuras 3.17, 3.18, 3.19 e 3.23 Adesão dos epitélios Formação da sutura epitelial na linha média. Sutura epitelial se adelgaça e se rompe. Células epiteliais perdem suas características epiteliais e se transformam em mesenquimais. Livro 1 figura 3.11 Formação da língua - Início da formação: 4ª semana - Proliferação local do mesênquima dá origem a protuberâncias no assoalho da boca. Livro 1 figura 3.22 - Saliências linguais laterais e saliência mediana (tubérculo ímpar) 1º arco faríngeo; originam dos 2/3 anteriores ou corpo da língua. - Cópula (2ºAF) e eminência hipobranquial, 3º e 4º (parte) arcos faríngeos; origina a raiz da língua; obs: com o desenvolvimento a cópula desaparece. - 3ª saliência mediana, porção posterior do 4º arco faríngeo; origina a epiglote. Músculos da língua: origem a partir dos somitos occipitais. Inervação: dois terços anteriores - n. trigêmeo (V n. craniano) terço posterior - n. glossofaríngeo (IX n. craniano) motora - n. hipoglosso (XII n. craniano) Livro 2 figura 10.22 Desenvolvimento do crânio Três componentes: -calvária (calota craniana) -base do crânio (ossificação endocondral) -face (ossificação intramembranosa) Alguns ossos formados por ossificação intramembranosa podem desenvolver cartilagens secundárias para proporcionar um crescimento rápido. Livro 1 figura 3.24 Ossificação intramembranosa: ossos da calvária e da face Ossificação endocondral: ossos da base do crânio Livro 1 figura 3.2 A Desenvolvimento da mandíbula e da maxila Mandíbula e maxila se formam a partir dos tecidos do 1º arco faríngeo. • Maxila: se forma nos processos maxilares • Mandíbula: se forma nos processos mandibulares Desenvolvimento da mandíbula Cartilagem de Meckel -relação de posição com a mandíbula em desenvolvimento -íntima relação com o ramo mandibular do nervo trigêmeo 6ª semana: inicia a condensação de mesênquima no ponto de divisão do nervo alveolar inferior. 7ª semana: início da ossificação intramembranosa no ponto de condensação mesenquimal; propagação em direção anterior e posterior. Livro 3 figura 1.14 Livro 1 figura 3.27 À medida que a cartilagem é degradada, o espaço previamente ocupado pela cartilagem se torna preenchido por tecido ósseo recém-formado. Não é ossificação endocondral. Livro 1 figura 3.30 Não há união na sínfise até pouco depois do nascimento. Degeneração da cartilagem de Meckel (da língula à divisão do nervo alveolar inferior). Cartilagens secundárias: - cartilagem condilar (surge durante a 12ª semana) - cartilagem coronóide (surge aos 4 meses) - cartilagem da sínfise mandibular (independentes da cartilagem de Meckel); obliterada após o nascimento -pequenas ilhotas transitórias nos processos alveolares Livro 1 figuras 3.29 e 3.32 A mandíbula é um osso formado essencialmente por ossificação intramembranosa, desenvolvido com relação ao nervo do primeiro arco branquial e quase inteiramente independente da cartilagem de Meckel. Seu crescimento é auxiliado pelo crescimento das cartilagens secundárias. Desenvolvimento da maxila - Inicia o desenvolvimento num centro de ossificação no mesênquima do processo maxilar do primeiro arco branquial; - Não existe cartilagem primária no processo maxilar; - Centro de ossificação associado à cartilagem da cápsula nasal; - O centro de ossificação aparece no ângulo entre as divisões de um nervo (onde o nervo dentário anterossuperior é emitido a partir do nervo orbital inferior); - A ossificação se propaga: posteriormente (sob a órbita) em direção ao zigoma em desenvolvimento; anteriormente em direção à futura região dos dentes incisivos; superiormente para formar o processo frontal da maxila; - Extensão óssea para baixo (forma a placaalveolar lateral) e para o interior dos processos palatinos para formar o palato duro. - A placa alveolar medial se desenvolve a partir da junção entre o processo palatino e o corpo principal da maxila em formação. Livro 1 figura 3.34 Cartilagem zigomática (cartilagem secundária) aparece por um curto período de tempo e auxilia no desenvolvimento da maxila. Defeitos congênitos Fatores ambientais que afetam o embrião: 1. Agentes infecciosos (ex. vírus da rubéola) 2. Radiação por raios X 3. Medicamentos 4. Hormônios 5. Deficiências nutricionais Livro 1 figura 3.36 Livros 1. Nanci, A: Ten Cate Histologia Oral: Desenvolvimento, Estrutura e Função, 8ª Ed; Elsevier, 2013. 2. Moore, KL; Persaud TVN: Embriologia Básica, 7ª Ed; Elsevier, 2008. 3. Katchburian, E; Arana V: Histologia e Embriologia Oral: texto, atlas, correlações clínicas; 3ª Ed; Guanabara Koogan, 2012.
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