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5 Complexo dentina polpa 2015

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Complexo dentina-polpa 
 
Dentina e polpa estão relacionadas nos aspectos: embriológico, histológico e funcional 
 
Dentina 
 Tecido mineralizado de natureza conjuntiva que constitui a maior parte do dente 
 Apresenta propriedades elásticas (proporciona flexibilidade e previne fraturas do 
esmalte) 
 Recoberta pelo esmalte (porção coronária) e pelo cemento (porção radicular) 
 Apresenta semelhanças com o tecido ósseo 
 
Características 
 Presença de múltiplos túbulos dentinários que atravessam toda a espessura 
da dentina 
 Os túbulos contém as extensões citoplasmáticas dos odontoblastos 
 Corpos dos odontoblastos são alinhados ao longo da face interna da dentina 
(pré-dentina) 
 De tonalidade branco-amarelada 
 Envolve a câmara pulpar, em posição central 
 
Polpa dentária 
 Tecido conjuntivo mole que ocupa a porção central do dente 
 
Cavidade pulpar 
 Câmara pulpar: porção coronal 
 Canal radicular: porção radicular 
 
Canal radicular (dente unirradicular) 
Sistema de canais radiculares (dentes multirradiculares) 
 Termina no forame apical (encontro da polpa com o ligamento periodontal) 
 
Forame apical 
 É amplo no dente em desenvolvimento (livro 1 figura 8.2) 
 Diminui o diâmetro com a maturação 
Caso haja 2 ou mais forames, o maior é designado forame apical e os demais forames 
acessórios 
 
Canais colaterais 
 Comunicações entre a polpa e os tecidos periodontais na superfície lateral da 
raiz 
 
 
I. Dentina 
1. Composição, formação e estrutura da dentina 
Pré-dentina 
 A dentina é primeiramente depositada como camada de matriz não-
mineralizada 
 Reveste a porção mais interna (pulpar) 
 Consiste principalmente em colágeno 
 Nos cortes histológicos é menos intensamente corada 
 É mineralizada gradualmente em dentina 
 A espessura permanece constante pelo equilíbrio entre deposição e 
mineralização 
 É mais espessa durante a dentinogênese ativa e diminui de espessura com 
a idade 
Livro 1 figura 8.3 
 
Dentina madura 
 Composição 
 70% material inorgânico (hidroxiapatita) 
 20% material orgânico (dos quais 90% colágeno) 
 10% água 
 
Material orgânico 
- Colágeno: principalmente do tipo I (85%), pequenas quantidades dos 
tipos III e V (5%) 
 - Inclusões fracionais de proteínas não colagênicas 
 - Lipídios 
 
Proteínas não colagênicas da matriz 
 Ocupam espaços entre as fibrilas colágenas e se acumulam ao longo da periferia 
dos túbulos dentinários 
 DPP – fosfoproteína da dentina (ou fosfoforina) 
 DSP – sialoproteína da dentina 
 DGP - glicoproteína da dentina 
 DMP1 – proteína da matriz da dentina 1 
 Osteonectina 
 Osteocalcina 
 BSP - Sialoproteína óssea 
 Osteopontina 
 Fosfoglicoproteína da matriz extracelular 
 Proteoglicanos 
 Algumas proteínas séricas 
 
Colágeno do tipo I 
 Atua como arcabouço que acomoda grande parte (56%) do mineral nos orifícios 
e poros das fibrilas 
 
Proteínas não colagênicas da matriz 
 Regulam a deposição de minerais e podem atuar como inibidoras, promotoras 
e/ou estabilizadoras 
 
Dentina 
 É ligeiramente mais dura que o tecido ósseo e mais mole do que o esmalte 
 Mais radiolúcida (mais escura) que o esmalte 
 Mais radiopaca (mais clara) do que a polpa 
 Dentes com doença pulpar ou sem polpa dentária frequentemente apresentam 
descoloração da dentina e escurecimento da coroa clínica 
Livro 1 figura 8.1 
 
2. Tipos de dentina 
Dentina primária 
 Forma a maior parte do dente 
 Delineia a câmara pulpar 
 É referida com dentina circumpulpar 
 É formada até o fechamento do ápice radicular 
 Dentina do manto: camada mais externa 
 
Dentina secundária 
 Desenvolve-se após a completa formação da dentina radicular 
 Representa a contínua e lenta deposição de dentina pelos odontoblastos (os 
mesmos que formaram a dentina primária) 
 Possui estrutura tubular menos regular, mas contínua com a dentina primária 
 Proporção componente mineral/orgânico igual da dentina primária 
 Maior deposição no teto e assoalho da câmara pulpar 
Livro 1 figura 8.6 
 
 Pode ser histologicamente diferente da dentina primária 
 Linha de demarcação 
 Leve diferencial de coloração 
 Organização menos regular dos túbulos dentinários (ou ausentes) 
 Livro 1 figura 8.5 e livro 3 figura 10.13 
 
Dentina terciária (reacional ou de reparação) 
 Produzida em locais específicos em resposta a vários estímulos (atrito ou 
desgaste, cárie, procedimentos de restauração) 
 Produzida pelas células diretamente afetadas pelo estímulo (odontoblastos 
danificados ou por células de substituição da polpa) 
 A quantidade e qualidade dependem da intensidade e da duração do estímulo 
 
 Os túbulos dentinários podem ser: 
 Contínuos com os da dentina secundária 
 Esparsos em número 
 Irregularmente organizados 
 Ausentes 
Livro 1 figura 8.7 
 
 
Dentina reacional 
Depositada por odontoblastos preexistentes 
 
Dentina de reparação 
Depositada por células recém-diferenciadas semelhantes a odontoblastos 
Livro 1 figura 8.8 
 
 Como resultado da rápida deposição, as células podem tornar-se aprisionadas na 
matriz e apresentar padrão tubular distorcido (osteodentina) 
Livro 1 figura 8.22 
 
3. Padrão de formação da dentina 
Dentina coronal 
 Início da formação no estágio de campânula no tecido da papila dentária 
adjacente ao epitélio interno do esmalte 
 Inicia nos locais das futuras cúspides e se estende para baixo até a alça cervical 
 Espessa-se até que toda a dentina coronal esteja formada 
Livro 1 figura 8.9 
 
Dentina radicular 
 Requer a proliferação de células epiteliais (bainha radicular epitelial de Hertwig) 
a partir da alça cervical do órgão do esmalte em torno da polpa para iniciar a 
diferenciação dos odontoblastos da raiz 
 Precede o início da erupção dentária 
 Cerca de 2/3 formados quando o dente atinge sua posição funcional 
 Término da formação 
- No decíduo: 18 meses após a erupção 
- No permanente: de 2 a 3 anos após a erupção 
 
4. Dentinogênese 
 A dentina é formada pelos odontoblastos 
 (diferenciados a partir de células ectomesenquimais da papila dentária após 
influência do epitélio interno do esmalte) 
Livro 3 figura 10.3 
 
Diferenciação dos odontoblastos 
 Ocorre pela expressão de moléculas de sinalização e fatores de crescimento nas 
células do epitélio interno do esmalte 
 As células da papila dentária: 
 - são pequenas e indiferenciadas 
 - núcleo central 
 - poucas organelas 
 - separadas do epitélio interno do esmalte por zona acelular (contém fibrilas 
colágenas) 
 
 Após a inversão de polaridade nas células do epitélio interno do esmalte 
ocorrem mudanças na papila dentária 
 As células ectomesenquimais aumentam de tamanho e se tornam pré-
odontoblastos e em seguida em odontoblastos (citoplasma aumenta de volume 
com organelas para síntese de proteínas) 
 Zona acelular é gradualmente eliminada 
 Células diferenciadas: altamente polarizadas com núcleos afastados do epitélio 
interno do esmalte 
Livro 1 figuras 8.10 e 8.11 
 
Formação da dentina do manto 
Diferenciação dos odontoblastos 
 
Formação da matriz orgânica 
 Primeiro sinal de formação da dentina e o aparecimento de fibrilas colágenas 
(fibras colágenas de von Korff) 
 Originam-se profundamente entre os odontoblastos e se estendem em direção ao 
epitélio interno do esmalte 
Livro 2 figura 7.23 e livro 1 figura 8.14 
 
 Produção de fibrilas de colágeno tipo I pelos odontoblastos (paralelamente 
orientados à futura junção amelodentinária) 
 Formação da pré-dentina do manto 
 A membrana plasmática dos odontoblastos estende curtos prolongamentos em 
direção aos ameloblastosem diferenciação que podem penetrar a lâmina basal e 
formar um fuso do esmalte 
Livro 1 figura 8.12 
Livro 2 figura 7.10 
 
 Vesículas da matriz brotam dos odontoblastos e se posicionam próximas à 
lâmina basal 
 Fase mineral surge inicialmente no interior das vesículas 
 Cristais crescem rapidamente para se espalhar como um agregado de cristalitos 
que se fundem com agregados adjacentes para formar a matriz mineral 
Livro 2 figuras 7.13 e 7.18 
 
 O odontoblasto desenvolve o prolongamento odontoblástico (ou prolongamento 
de Tomes) que é deixado na matriz dentinária em formação à medida que o 
odontoblasto se move em direção à polpa 
 
 A deposição de mineral segue atrás da formação da matriz orgânica 
 Uma camada orgânica (pré-dentina) é encontrada sempre entre os odontoblastos 
e a frente de mineralização 
 Após a mineralização, proteínas não colagênicas da matriz são produzidas pelos 
odontoblastos para regular a deposição de minerais 
 Dentina do manto coronal (15 a 20µm) é seguida pela dentina primária 
(circumpulpar) 
 
 
Suprimento vascular 
 Ao início da formação da dentina do manto 
- capilares abaixo da camada de odontoblastos 
 Ao início da formação da dentina circumpulpar 
- capilares migram por entre os odontoblastos 
- endotélio torna-se fenestrado para permitir o aumento das trocas 
 Ao término da dentinogênese: 
- capilares se retraem da camada de odontoblastos 
- revestimento endotelial torna-se contínuo 
Livro 1 figura 8.18 
 
Mineralização da dentina 
 É alcançada através da contínua deposição de minerais: 
 - inicialmente nas vesículas da matriz 
 - em seguida, na frente de mineralização 
 Livro 1 figuras 8.17 e 8.20 
 
Padrão de mineralização dentinária 
 São observados dois padrões 
 (a) calcificação globular 
 (b) calcificação linear 
Livro 1 figura 8.19 
 
 Provável dependência do ritmo de deposição da dentina 
 - deposição mais rápida: glóbulos maiores 
 - deposição mais lenta: processo linear 
 
Calcificação globular 
 Envolve a deposição de cristais em diversas áreas discretas da matriz pela 
captura heterogênea no colágeno 
 Com o crescimento contínuo dos cristais, massas globulares são formadas e se 
fundem para formar uma massa calcificada única 
 - comum na região da dentina do manto 
 * Dentina circumpulpar (padrão globular ou linear) 
Livro 2 figura 7.19 
 
Formação da raiz 
Diferenciação dos odontoblastos iniciada pelas 
células da bainha radicular epitelial de Hertwig 
 - formada de modo similar à dentina coronal 
 - camada mais externa (apresenta diferenças na orientação e organização das 
fibras colágenas 
 (se misturam com as fibras colágenas do cemento)/ equivale à dentina do manto 
na coroa 
 
 
5. Histologia da dentina 
 Túbulos dentinários 
 Dentina peritubular e intertubular 
 Dentina interglobular (área de calcificação deficiente) 
 Linhas incrementais de crescimento 
 Camada granulosa de Tomes (porção radicular) 
 
Túbulos dentinários 
Canalículos que atravessam a dentina permeados por prolongamentos dos odontoblastos 
 Estendem-se por toda a espessura da dentina (da junção amelodentinária até a 
frente de mineralização) 
 Formam uma rede para difusão de nutrientes por toda a dentina 
Livro 1 figura 8.24 
Livro 2 figura 7.26 
 
 Os túbulos seguem trajeto em formato de “S” a partir da superfície externa até o 
perímetro pulpar na dentina coronária 
 A curvatura em “S” é menos pronunciada abaixo das bordas incisais e cúspides 
 Resultam do trajeto seguido pelos odontoblastos à medida que se deslocam à 
polpa 
 Dentina radicular (trajeto retilíneo) 
Livro 1 figura 8.26 
Livro 3 figura 10.13 
 
 Na pré-dentina: prolongamentos dos odontoblastos em compartimentos 
delimitados por fibras colágenas não mineralizadas 
Livro 2 figura 7.14 
 
 Os túbulos dentinários são estruturas afiladas com maior diâmetro próximo à 
polpa e mais delgados junto à junção amelodentinária 
 Cerca de 59.000 a 76.000 túbulos/mm² na superfície pulpar (região coronal de 
molares e pré-molares jovens) 
 Redução da densidade média dos túbulos na dentina radicular (comparada à 
dentina cervical) 
Livro 3 figura 10.21 
 
 As ramificações dos túbulos são mais frequentes na dentina radicular (livro 1 
figura 8.28) 
 A natureza tubular da dentina confere permeabilidade 
 Os túbulos podem se encher de bactérias 
 Livro 1 figura 8.29 
 
 Os prolongamentos podem desidratar ou retrair, deixando um túbulo vazio (trato 
morto) 
 - por resposta a infecções 
 - como resultado da morte dos odontoblastos devido à aglomeração 
celular (cornos pulpares) 
 A dentina de reparação veda os tratos mortos na extremidade pulpar (para 
proteger de infecções) 
 Livro 1 figuras 8.30 e 8.72 
 
Dentina peritubular 
Dentina intensamente calcificada que delimita os túbulos dentinários 
 Se inicia na frente de mineralização 
 Anel de dentina hipermineralizada em comparação à dentina intertubular 
 Contém pouco colágeno 
Livro 1 figura 8.32 
 
Dentina intertubular 
 Dentina localizada entre os túbulos 
 Produtos primário de formação dos odontoblastos 
 Rede entrelaçada de fibrilas de colágeno tipo I nas quais cristais de apatita são 
depositados 
 Contém proteínas não colagênicas de tecido calcificado e proteínas plasmáticas 
Livro 3 figura 10.9 
Livro 1 figura 8.32 
Livro 2 figura 7.30 
 
Dentina interglobular 
 Áreas hipo ou não mineralizadas da dentina, onde zonas globulares de 
mineralização falharam a fusão 
 Prevalentes em pessoas que tiveram deficiência em vitamina D ou foram 
expostas a elevados níveis de fluoreto durante a dentinogênese 
 Observada mais frequentemente na dentina circumpulpar abaixo da dentina do 
manto 
Livro 1 figura 8.35 
 
Dentina esclerótica 
Obliteração dos túbulos dentinários com material calcificado 
 Aparência translúcida 
 Quantidade aumentada com a idade 
 Mais comum no terço apical da raiz e entre a junção amelodentinária e a polpa 
na coroa 
 A oclusão dos túbulos com material mineral começa na dentina radicular dos 
pré-molares aos 18 anos 
 Reduz a permeabilidade da dentina 
Livro 3 figura 10.11 
 
Linhas incrementais de crescimento 
 Dispõem-se perpendicularmente em relação aos túbulos dentinários 
 Revelam padrão rítmico linear normal de deposição de dentina direcionado para 
o interior da raiz 
 A matriz orgânica da dentina primária é depositada de modo incremental 
 Num ciclo de 5 dias as alterações na orientação das fibras colágenas são mais 
intensas (linhas incrementais de von Ebner) 
Livro 1 figura 8.36 
Livro 2 figura 7.33 
 
 
Linha neonatal 
 Resultado de um período mais longo de repouso 
 (aproximadamente 15 dias) na formação dos tecidos dentários que ocorre no 
momento do nascimento 
 É observada na dentina de todos os dentes decíduos e nas regiões das cúspides 
dos primeiros molares permanentes 
Livro 3 figura 10.7 
 
Camada granulosa de Tomes 
 Área de aparência granular 
 Observada na dentina radicular abaixo da superfície da dentina recoberta por 
cemento 
 A granularidade aumenta da junção amelocementária até o ápice dentário 
 Interpretação recente: arranjo especial de proteínas colagênicas e não 
colagênicas da matriz na interface dentina/cemento 
Livro 1 figura 8.37 e 8.38 
 
 
 
 
II. Polpa 
É o tecido conjuntivo mole que suporta a dentina 
Há quatro zonas distintas: 
1. Camada de odontoblastos (na periferia da polpa) 
2. Zona acelular de Weil (abaixo dos odontoblastos) 
3. Zona rica em células (adjacente à zona acelular) 
4. Eixo da polpa (vasos e nervos da polpa) 
Livro 1 figuras 8.39 e 8.401. Principais células da polpa 
 Odontoblastos 
 Fibroblastos 
 Células ectomesenquimais indiferenciadas 
 Macrófagos 
 Outras células imunocompetentes 
 
Odontoblastos 
Formam uma camada de revestimento na periferia da polpa e possuem um 
prolongamento que se estende para dentro da dentina 
Coroa do dente maduro 
 Odontoblastos frequentemente em paliçada (3 a 5 células em espessura) 
 Número de odontoblastos corresponde ao número de túbulos dentinários (varia 
conforme o tipo de dente e com a localização na polpa) 
 
Na coroa: odontoblastos maiores (corpos celulares com 50 µm de altura) 
Na raiz: odontoblastos menores (na porção média da polpa são cuboides e na porção 
apical são achatados) 
Livro 1 figura 8.42 
 
Síntese de colágeno 
Grânulos de secreção são transportados em direção ao prolongamento odontoblástico 
onde seu conteúdo é liberado 
Grânulos revestidos por membrana estão presentes no citoplasma, assim como 
filamentos e microtúbulos 
Quantidade decrescente de organelas intracelulares reflete redução da atividade 
funcional do odontoblasto. 
 
Prolongamento odontoblástico 
 Parte da região do colo da célula 
 É desprovido de organelas principais 
 Apresenta abundantes microtúbulos e filamentos organizados 
 Vesículas e depressões revestidas (refletem atividade pinocítica ao longo da 
membrana) 
Odontoblasto: 
 Tem o mesmo tempo de vida do dente viável 
 É uma célula terminal, não pode sofrer divisão celular 
Túbulos dentinários e conteúdos conferem à dentina vitalidade e capacidade de 
responder a estímulos. 
Há líquido que circula entre a dentina e o prolongamento odontoblástico (líquido 
dentinário). 
Fibroblastos 
 Células mais numerosas na polpa 
 Numerosos na porção coronal (formam a zona rica em células) 
 Função: formar e manter a matriz pulpar (colágeno e substância fundamental) 
 Em polpas jovens: 
 - fibroblastos sintetizam ativamente matriz 
 - citoplasma volumoso e organelas associadas a síntese e secreção 
Com a idade: células fusiformes achatadas com núcleos com cromatina condensada 
 Capazes de fagocitar e degradar colágeno 
 Morte celular por apoptose (indica renovação celular) 
 Livro 1 figura 8.51 
 
Células ectomesenquimáticas indiferenciadas 
 Dão origem às células da polpa após estímulo (odontoblastos e fibroblastos) 
 Encontradas na área rica em células e no eixo da polpa 
 Características: células poliédricas com núcleo grande, abundante citoplasma e 
extensões citoplasmáticas periféricas 
 Reduzido número em polpas mais velhas (diminuição do potencial regenerativo 
da polpa) 
 
Células-tronco da polpa 
 Isoladas em dentes permanentes e decíduos 
 Têm capacidade de autorrenovação 
 Podem gerar: odontoblastos, condrócitos, adipócitos, neurônios e osteoblastos 
 
Células inflamatórias 
 Macrófagos (grandes células ovais ou alongadas com núcleo intensamente 
corado) 
 Envolvidos na eliminação de células mortas 
 Presença indica renovação de fibroblastos da polpa 
 Linfócitos T 
 Linfócitos B 
 Leucócitos (neutrófilos e eosinófilos) aumentam o número durante infecções 
Livro 3 figura 11.15 
 
 Células dendríticas (apresentadoras de antígeno) 
 Em dentes não erupcionados: encontradas em meio e ao redor dos 
odontoblastos 
 Em dentes erupcionados: abaixo da camada de odontoblastos 
 Íntima relação com elementos vasculares e nervosos 
 Capturam e apresentam antígenos estranhos às células T 
 Aumenta o número em dentes cariados 
Livro 1 figura 8.53 
 
 
2. Matriz fibrosa e substância fundamental 
 Matriz extracelular da polpa consiste em 
 - fibras colágenas (tipos I e III) 
 - substância fundamental 
 Conteúdo colágeno da polpa aumenta com a idade (se organiza em feixes de 
fibras) 
 Maior concentração colágena na porção apical da polpa 
Livro 1 figura 8.54 
 
Substância fundamental 
 Composta por: glicosaminoglicanos, glicoproteínas e água 
 Sustenta as células e atua como meio de transporte de nutrientes e metabólitos 
 
3. Suprimento vascular e linfático 
Vasos sanguíneos 
Entram e saem da polpa pelos forames apical e acessórios 
 - Vasos entram no forame apical com feixes de nervos sensitivos e simpáticos 
 - Vasos que saem da polpa estão associados às arteríolas e feixes nervosos que 
entram pelo forame apical 
 - Arteríolas ocupam a porção central da polpa e emitem ramos laterais em 
direção à área subodontoblástica 
 - Na região coronal ramos das arteríolas se dividem e subdividem para formar 
extensa rede vascular capilar 
Livro 1 figura 8.55 
Livro 2 figura 7.50 
 
Lado eferente (drenagem) da circulação 
 Extenso sistema de vênulas 
 - parede delgada 
 - lúmen maior 
 - camada muscular é intermitente e delgada 
 
Vasos linfáticos 
Surgem como pequenos vasos de fundo cego e de paredes delgadas na região coronal da 
polpa 
Saem da polpa como um ou dois vasos maiores pelo forame apical 
Livro 1 figura 8.57 
 
Terminações nervosas livres aferentes terminam em relação a arteríolas, capilares e 
veias. 
Servem como efetores pela liberação de vários neuropeptídeos que exercem efeitos no 
sistema vascular. 
Livro 1 figura 8.58 
 
 
4. Inervação do complexo dentina-polpa 
A polpa é ricamente inervada 
Os nervos entram pelo forame apical com vasos sanguíneos aferentes (formam feixe 
neurovascular) 
Na câmara pulpar seguem o mesmo trajeto dos vasos aferentes 
Começam com grandes feixes nervosos que arborizam perifericamente 
Livro 1 figura 8.59 
 
Plexo subodontoblástico de Raschkow: plexo de nervos na zona acelular abaixo dos 
corpos celulares dos odontoblastos (ausente na polpa da raiz) 
Livro 1 figura 8.60 
 
Na raiz os ramos originam-se a partir dos troncos ascendentes a intervalos, que em 
seguida arborizam-se, com cada ramo suprindo seu próprio território. 
 
Feixes nervosos que entram na polpa 
 - feixes sensitivos aferentes do nervo trigêmeo 
 - ramos simpáticos (derivados do gânglio cervical superior) 
Maioria dos feixes nervosos termina no plexo subodontoblástico 
Pequeno número de axônios passam por entre os odontoblastos e, às vezes, se estendem 
para o interior dos túbulos 
Fibras nervosas podem atingir a pré-dentina 
Livro 1 figura 8.64 
 
Sensibilidade dentinária 
A sensibilidade é uma característica do complexo dentina-polpa (dor) 
Estímulos que podem produzir resposta dolorosa 
 Ar ou água frios 
 Contato mecânico da sonda ou broca 
 Desidratação com algodão hidrófilo 
 Jato de ar 
 
 
Teorias para a sensibilidade dentinária 
1. A dentina contem terminações nervosas que respondem quando é estimulada 
2. Os odontoblastos servem como receptores e estão acoplados a nervos pulpares 
3. Teoria hidrodinâmica: movimento do líquido através dos túbulos dentinários 
distorce o ambiente pulpar local, sendo percebido pelas terminações nervosas 
livres próximas aos odontoblastos 
Livro 1 figura 8.66 
 
 
Cálculos pulpares 
Discretas massas calcificadas que possuem proporções de cálcio-fósforo comparáveis à 
da dentina 
Podem ser únicos ou múltiplos 
Mais frequentes na abertura da câmara pulpar ou dentro do canal radicular 
 Verdadeiros (próximo ao ápice dentário) contém túbulos e circundados por 
células semelhantes a odontoblastos 
 Outros cálculos – possuem células associadas 
 Podem ser aderidos ou livres 
Livro 3 figura 11.18 
 
Alterações com a idade 
Diminuição do volume da câmara pulpar e do canal radicular causada pela contínua 
deposição de dentina 
No dente maduro o canal radicular pode parecer estar quase completamente obstruído 
Livro 1 figura 8.70 
 Número de células diminui dos 20 aos 70 anos 
 Perda e degeneração de axôniosmielínicos e amielínicos (redução da 
sensibilidade) 
 Aumento da quantidade de tratos mortos e de dentina esclerótica (redução da 
sensibilidade) 
 Deposição contínua de dentina intratubular (diminuição gradual do diâmetro dos 
túbulos) 
 Resulta em fragilidade elevada e permeabilidade reduzida 
 
 
 
Livros 
1. Nanci, A: Ten Cate Histologia Oral: Desenvolvimento, Estrutura e Função, 8ª 
Ed; Elsevier, 2013. 
2. Katchburian, E; Arana V: Histologia e Embriologia Oral: texto, atlas, correlações 
clínicas; 3ª Ed; Guanabara Koogan, 2012. 
3. Avery, JK: Oral Development and Histology; 3rd Ed; Thieme, 2001.

Outros materiais