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7 ATM 2015

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Articulação temporomandibular (ATM) 
 
É uma articulação sinovial bilateral entre os côndilos da mandíbula e as eminências 
articulares dos ossos temporais. 
A mandíbula não se movimenta apenas para abrir e fechar a boca, mas também desliza 
nos sentidos lateral e anteroposterior. 
Esses complexos movimentos dependem não somente da articulação, como também de 
relações oclusais entre os dentes superiores e inferiores. 
 
Os componentes da articulação temporomandibular são: 
- a cabeça e o colo do côndilo da mandíbula; 
- a fossa glenoide; 
- a eminência articular da porção escamosa do osso temporal; 
- o disco articular; 
- os espaços supra e infradiscais; 
- a membrana sinovial; 
- a cápsula articular; 
- ligamentos associados. 
Livro 2 figura 11.1 
Livro 1 figuras 13.4 e 13.6 
 
1. Desenvolvimento e crescimento 
 
Corpo da mandíbula 
• Forma-se como uma peça de osso membranoso retangular, desenvolvendo-se 
lateralmente à cartilagem de Meckel 
• 
Côndilos 
• Cartilagem em forma de cone da 8ª à 12ª semana 
• Desenvolve-se inicialmente como cartilagem, antes da ossificação 
Livro 3 figuras 3.32, 3.14 e 3.34 
 
Início da formação da ATM em torno da 12ª semana. 
Duas regiões distintas de condensação mesenquimal: 
• blastema temporal (aparece antes do condilar); 
• blastema condilar (cresce rapidamente em direção dorsolateral). 
Livro 1 figura 13.5 A 
 
• Uma fenda aparece acima da área de condensação de mesênquima (região do 
blastema condilar), se torna a cavidade articular inferior. 
• O blastema condilar diferencia-se em cartilagem (cartilagem condilar). 
• Aparece uma segunda fenda em relação à ossificação do osso temporal, que se 
torna a cavidade articular superior. 
• Com o aparecimento dessa fenda, o disco articular primitivo é formado. 
Livro 1 figura 13.5 B e C 
 
 
• Uma espícula de osso temporal desenvolve-se superiormente ao disco articular 
em formação. 
• O osso temporal forma a cavidade para a ATM por ossificação 
intramembranosa; logo a cavidade se torna revestida por cartilagem, que é 
substituída por osso. 
• Pela 16ª semana, osso foi formado ao redor das cartilagens por ossificação 
endocondral, que se fusiona com o corpo da mandíbula. 
Livro 3 figuras 3.35, 3.33, 3.39, 3.38, 3.49 e 3.50 
Livro 1 figuras 14.14 e 14.10 
 
Crescimento 
• O crescimento dos vários componentes da articulação depende dos movimentos 
mandibulares. 
• A estrutura da articulação de uma criança difere da articulação do adulto. 
• As diferenças são mais evidentes nos elementos ósseos da articulação, 
principalmente no côndilo mandibular 
Livro 3 figuras 20.5 e 20.8 
 
2. Estrutura 
2.1 Elementos ósseos 
Superfície articular do côndilo 
Em jovem até́ 20 anos de idade (côndilo jovem) 
A superfície articular do côndilo possui quatro camadas distinguíveis. 
1. Uma camada de tecido conjuntivo denso (é mais externa, é avascular e com os 
feixes de colágeno do tipo I orientados paralelos à superfície articular). Escassos 
fibroblastos estão situados entre as fibras colágenas (alguns são arredondados). 
2. Uma camada de células indiferenciadas (subjacente a esse tecido conjuntivo). 
Podem diferenciar-se em fibroblastos ou em condroblastos. Fornece novas 
células tanto para a camada superficial como para a camada de cartilagem 
hialina. 
3. Uma camada de cartilagem hialina. 
4. Uma região (subjacente a essa cartilagem) na qual ocorre ossificação 
endocondral para o crescimento do ramo da mandíbula e do côndilo 
propriamente dito. 
Livro 2 figuras 11.2 e 11.4 
 
*Diferença: no côndilo, os condrócitos em multiplicação apresentam-se um pouco 
desordenados, sem adotar a típica aparência de pilhas de moedas observada nas zonas 
de cartilagem seriada dos discos epifisários dos ossos longos. 
Um típico disco epifisário de um osso longo está comprometido com um modo 
unidirecional de crescimento. 
O côndilo mandibular ter uma capacidade de crescimento multidirecional, e as células 
de sua cartilagem podem proliferar em quaisquer combinações de direções, superior e 
posterior, de acordo com a necessidade. 
Livro 3 figura 20.7 
 
 
Superfície articular do côndilo 
Em indivíduos adultos (côndilo adulto) 
O côndilo também apresenta: 
1. Uma camada superficial constituída por tecido conjuntivo denso - com 
fibroblastos de aspecto condroide (aparência de fibrocondrócitos). 
2. Uma camada subjacente muito fina de células indiferenciadas. 
3. Uma camada de fibrocartilagem (origina-se após o termino da ossificação 
endocondral, a partir de condroblastos diferenciados da camada de células 
indiferenciadas). 
4. Uma camada constituída por osso. 
Livro 2 figuras 11.5 e 11.6 
 
Superfícies articulares do osso temporal 
Apresenta quarto camadas: 
1. Revestimento de tecido conjuntivo; 
2. Uma camada subjacente de células indiferenciadas (muito fina e, às vezes, 
descontínua); 
3. Fibrocartilagem (reveste o tecido ósseo); 
4. Tecido ósseo. 
 
*Em algumas regiões, permanecem áreas de cartilagem calcificada entre a 
fibrocartilagem e o tecido ósseo. 
Livro 2 figura 11.7 
 
A espessura do revestimento articular varia segundo a região: 
- nas regiões funcionais da articulação: é um pouco mais espesso 
(aproximadamente 500 μm) na parte anterior e superior do côndilo, bem como, 
na face posterior da eminência articular do temporal; 
- nas outras regiões: na parte posterior do côndilo e na fossa glenoide do temporal, 
o revestimento alcança apenas 100 a 200 μm de espessura. 
 
A articulação temporomandibular difere das outras articulações sinoviais do organismo: 
- as demais têm suas estruturas ósseas recobertas apenas por cartilagem hialina; 
- na ATM, a superfície é recoberta por uma camada de células indiferenciadas e 
ainda por outra mais externa de tecido conjuntivo muito denso. 
 
O osso do côndilo apresenta uma organização lamelar característica, com áreas 
esponjosas e compactas. 
 
2.2 Disco articular 
Situa-se entre o côndilo mandibular e a superfície articular do osso temporal. 
Divide a cavidade articular e estabelecendo duas cavidades, supra e infradiscal. 
 
Tem basicamente duas porções: 
1. Porção anterior: 
- relacionada com a parte funcional da articulação; 
- tem forma de sela; 
- tem três regiões chamadas de bandas: anterior, central e posterior; com 2 mm, 1 mm e 
3 mm de espessura, respectivamente. 
 
2. Porção posterior 
É constituída por um tecido conjuntivo menos denso, também avascular. 
 O disco articular funde-se com a cápsula nas suas extremidades medial e lateral (unem-
se ao côndilo). 
 
 As três bandas (da porção anterior) são constituídas por: 
Tecido conjuntivo denso, avascular, muito semelhante ao tecido que reveste o côndilo e 
a cavidade articular do osso temporal, com fibroblastos de aspecto condroide e algumas 
células indiferenciadas dispostas esparsamente entre as fibras colágenas, as quais 
seguem diversas direções. 
Livro 2 figuras 11.10 e 11.11 
 
 A extremidade anterior do disco divide-se em duas lâminas: 
- superior, insere-se na borda eminência articular do temporal; 
- inferior, insere-se no côndilo. 
 
O músculo pterigoideo lateral 
 - Insere-se na região anterior do colo do côndilo; 
 - Envia feixes também para o disco, que se fundem na região de divisão das duas 
lâminas anteriores com o tecido conjuntivo do disco. 
Livro 2 figuras 11.12 e 11.13 
Livro 1 figura 20.2 
 
Por apresentar suas extremidades medial e lateral inseridas no côndilo mandibular, e sua 
extremidade anterior em continuidade com o músculo pterigoideo lateral, o disco 
articular acompanha os movimentos do côndilo durante os movimentos mandibulares. 
 
A regiãoposterior do disco 
É mais espessa; 
Tem sua superfície inferior côncava e sua superfície superior é convexa; 
Continua-se na região mais posterior com um tecido conjuntivo frouxo muito 
vascularizado e inervado (denominada região ou zona bilaminar). 
 
A zona bilaminar divide-se em: 
- lâmina inferior (mais delgada); insere-se no colo do côndilo e funde-se com a cápsula 
articular 
- lâmina superior (mais espessa); é constituída por um tecido conjuntivo que contem 
fibras elásticas e tecido adiposo; é muito inervada; funde-se com a cápsula e insere-se 
nas fissuras escamosotimpânica e petroescamosa do osso temporal. 
Livro 2 figuras 11.14 e 11.15 
 
2.3 Membrana sinovial 
Reveste a superfície interna da cápsula articular, relacionando-se com as duas cavidades 
da articulação, supra e infradiscais. 
Em cortes sagitais da articulação, observa-se a membrana sinovial revestindo as bordas 
anteriores e posteriores das cavidades supra e infradiscais, recobrindo inclusive curtos 
segmentos das extremidades anterior e posterior do disco. 
 
 
Consiste em uma camada superficial com dois tipos celulares, que se apoia sobre uma 
camada de tecido conjuntivo muito vascularizado (recobre o tecido capsular). 
Livro 1 figura 11.16 
Livro 3 figura 20.9 
 
Camada íntima 
• Camada superficial. 
• Tem células semelhantes a fibroblastos (denominadas por isso células “F”, que 
sintetizam proteínas, glicoproteínas e proteoglicanos), e outras células 
semelhantes a macrófagos, (chamadas de células “M”, com capacidade 
fagocítica). 
• Entre ambos os tipos celulares, há amplos espaços ocupados por uma matriz 
extracelular pouco fibrosa, porém com abundante substância fundamental. 
• A matriz extracelular da camada íntima continua-se com a matriz da camada 
subjacente, denominada subíntima (ausência de lâmina basal). 
 
Camada subíntima. 
• Camada na qual são observados numerosos vasos sanguíneos e linfáticos, mas 
quase nenhuma célula. 
Livro 2 figura 11.17 
Livro 1 figura 13.19 
 
Processo de formação do líquido sinovial na membrana sinovial 
Dos vasos sanguíneos da camada subíntima, origina-se o plasma que se dirige para o 
espaço articular; ao passar pela camada íntima, ao plasma juntam-se os elementos 
secretados pelas células “F”. 
O líquido sinovial é constantemente renovado, e quando atravessa de volta a camada 
íntima, sofre a ação das células “M” que fagocitam a parte proteica e glicídica do 
líquido; o plasma restante atinge a camada subíntima e retorna à circulação pelos 
linfáticos e pelas porções venosas dos vasos. 
 
Líquido sinovial 
O líquido sinovial é responsável pela nutrição dos revestimentos articulares do côndilo e 
do temporal, o disco articular (tecido conjuntivo avascular). 
• Contém uma pequena população de tipos celulares variados, como monócitos, 
linfócitos, células sinoviais livres e ocasionalmente, leucócitos 
polimorfonucleares. 
• É caracterizado por propriedades físicas bem definidas de viscosidade, 
elasticidade e plasticidade. 
• Sua função é fornecer: 
1. Um ambiente fluido para as superfícies articulares; 
2. Lubrificação dessas superfícies para aumentar a eficiência e reduzir a 
erosão. 
Livro 1 figura 13.18 
 
 
 
2.4 Cápsula articular 
É um tecido conjuntivo denso vascularizado que envolve as estruturas da articulação. 
É reforçada lateralmente pelo ligamento temporomandibular. 
Une-se, na sua região superior, ao osso temporal (à borda da eminência articular, às 
bordas da fossa glenoidea e à fissura escamosotimpânica). 
Após fundir-se com todas as extremidades do disco, insere-se na sua região inferior ao 
colo do côndilo. 
 
2.5 Ligamentos associados 
São estruturas muito resistentes e inextensíveis. 
São constituídos por tecido conjuntivo denso modelado (entre as fibras colágenas 
compactamente dispostas, existem alguns fibroblastos e poucas fibras elásticas). 
São três os ligamentos neste grupo, mas apenas o temporomandibular estabelece 
realmente associação direta com a articulação. 
 
Ligamento temporomandibular 
Tem forma triangular, com sua base originando-se no tubérculo articular da raiz do arco 
zigomático do osso temporal, do qual se dirige para baixo, em íntima relação com a face 
lateral da cápsula articular, inserindo seu vértice no colo do côndilo. 
 
Ligamento estilomandibular 
Insere-se no processo estiloide e dirige-se para o ângulo da mandíbula. 
 
Ligamento esfenomandibular 
Origina-se na espinha do esfenoide e insere-se na língula do forame mandibular. 
Livro 1 figura 13.16 
Livro 3 figura 20.1 
 
3.Suprimento vascular 
O suprimento sanguíneo arterial provém do ramo auricular profundo da artéria maxilar 
interna. 
O retorno venoso ocorre por meio do plexo pterigoideo, que é bastante abundante na 
cápsula e na região bilaminar. 
Livro 3 figuras 20.12, 20.13, 20.14 e 20.15 
 
4.Suprimento nervoso 
A inervação sensorial da articulação temporomandibular ocorre por meio de ramos do 
nervo mandibular. A maior parte da articulação recebe inervação do ramo 
auriculotemporal, enquanto algumas regiões anteriores recebem os ramos temporal 
profundo posterior, massetérico e pterigoideo lateral. 
 
Na articulação, há receptores sensoriais, terminações nervosas livres, em todos os 
elementos articulares e alguns mecanorreceptores, estes principalmente na cápsula. 
A inervação autonômica simpática provém de neurônios localizados no gânglio cervical 
superior, e a inervação parassimpática da articulação provém do gânglio ótico. 
Livro 3 figuras 20.16 e 20.17 
 
 
5.Alterações com a idade 
• Vários graus de osteoporose na porção óssea do côndilo, do ramo da mandíbula 
e do osso temporal; 
• O côndilo se torna mais achatado; 
• A cobertura fibrosa do côndilo se torna mais espessa; 
• Diminuição ou ausência da zona cartilaginosa no côndilo; 
• O disco articular se torna mais fino. 
 
Livro 3 figuras 20.25 e 20.26 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Livros 
1. Nanci, A: Ten Cate Histologia Oral: Desenvolvimento, Estrutura e Função, 8ª 
Ed; Elsevier, 2013. 
2. Katchburian, E; Arana V: Histologia e Embriologia Oral: texto, atlas, correlações 
clínicas; 3ª Ed; Guanabara Koogan, 2012. 
3. Avery, JK: Oral Development and Histology; 3rd Ed; Thieme, 2001.

Outros materiais