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* Alterações de erupção * Dentes não irrompidos Conceito Dente incluso: dentes que não completam erupção devido à falta de força eruptiva; Dente impactado ou encravado: erupção impedida por alguma barreira física na trajetória de erupção dos dentes. SHAFER, 1987 * Dentes não irrompidos Fatores associados: Falta de espaço por apinhamento; Perda prematura de dentes decíduos com fechamento dos espaços para permanentes; Rotação de germes dentários (desvio do eixo longitudinal para erupção); Morfologia dentária anormal. ISHIKAWA & WALDRON, 1989 * Dentes não irrompidos Fatores associados: Cistos e tumores; Presença de dente supranumerário; Anquilose do dente decíduo impedindo o irrompimento do permanente; Presença de tecido ósseo denso ou fibroso; Hereditariedade. ISHIKAWA & WALDRON, 1989 * * * Dentes não irrompidos Prevalência – Percentual de ocorrência BROWN (1982) em estudo com 1895 pacientes sul-africanos encontra 30,8% (583 pacientes) com dentes impactados; CAMPOS (1996), estudando 1006 pacientes por radiografias panorâmicas encontrou uma prevalência para condição de 32,1%. * Dentes não irrompidos Prevalência – Distribuição em relação à raça LOPES & MADEIRA (1975) e BROWN (1982) encontraram um maior percentual de ocorrência de dentes retidos entre pacientes leucodermas (raça branca). * Dentes não irrompidos Prevalência – Distribuição em relação ao sexo Segundo BROWN (1982) & CAMPOS (1996) não existe diferença estatística significante em relação ao sexo. * Dentes não irrompidos Prevalência – Distribuição em relação a arcada BROWN (1982) em seu estudo encontrou 44,4% (559) dos casos na maxila e 55,6% na mandíbula (700); Segundo CAMPOS (1996) não existem diferenças estatísticas significantes no que diz respeito à distribuição por arcada e lado envolvido. * Dentes não irrompidos Prevalência – Dentes mais envolvidos BROWN (1982) em seu estudo encontrou maior freqüência entre terceiros molares inferiores (48,1%), terceiros superiores (29,6%), caninos superiores (11,9%), seguido por caninos inferiores, segundos pré-molares inferiores e segundos pré-molares superiores; Segundo CAMPOS (1996) os dentes mais comumente comprometidos são os caninos. * BJORK (1956), estudando a relação entre a retenção do terceiro molar inferior e o crescimento mandibular, concluiu que em 90% dos casos o espaço reservado ao terceiro molar, a posterior do segundo molar, apresentava-se consideravelmente reduzido. Esta redução se devia a uma pequena taxa de crescimento mandibular. * * * * * * * * * * * * * * * * * * DENTES SUPRANUMERÁRIOS * AVALIAÇÃO DE DENTES RETIDOS * 38 48 * ODONTOMA Merrett et al, 2009 * Merrett et al, 2009 * Transposição Conceito Desordem seqüencial dos dentes. Ou seja, trata-se de uma alteração ou troca no posicionamento dos dentes. FARMAN (1993), GOAZ (1995) * Transposição Prevalência – Percentual de ocorrência CAMPOS (1996) encontra uma prevalência de 0,3%, semelhante à encontrada por KI BONG LEE (1999). * Transposição Prevalência – Dentes mais envolvidos Afeta com maior freqüência os caninos e primeiros pré-molares permanentes. KI BONG LEE (1999) * Transposição Prevalência – Dentes mais envolvidos Pode envolver caninos e laterais. Raramente os segundos pré-molares ficam entre os dois molares, bem como é rara a transposição de incisivos centrais e laterais. GOAZ (1995) * Transposição Etiologia As 2 principais teorias relativas à origem da condição seriam: A inversão de posição dos germes durante a odontogênese; Migração do dente a partir do seu trajeto normal de erupção (mais provável, principalmente em caninos). MADER & KONZELMAN (1995) * Transposição Características clínicas Esta anomalia pode estar acompanhada de hipodontia, supranumerários ou persistência do antecessor decíduo. GOAZ (1995) * * Transposição Características radiográficas As radiografias permitem detectar a transposição quando os dentes não se encontram na seqüência habitual no arco. GOAZ (1995) * * * * Transposição Tratamento Quando os dentes estão irrompidos, pode-se modificá-los proteticamente a fim de melhorar a função e estética. GOAZ (1995) * Anquilose Conceito Fusão anatômica do cemento e/ou dentina com osso alveolar, com obliteração do ligamento periodontal em uma ou mais áreas ao redor da raiz. GOAZ (1995) * Anquilose Etiologia Embora nem sempre seja conhecida, pode estar relacionada a distúrbios metabólicos locais, traumas ou fatores genéticos (principalmente em casos de anquilose múltipla). GOAZ (1995) * Anquilose Características clínicas Infraoclusão (principal característica); Perda da mobilidade normal do dente; Som firme à percussão (o som normal é surdo ou abafado); Pode ter alteração de cor na coroa (acinzentada). GOAZ (1995) * * Anquilose Classificação A classificação baseia-se no grau de infraoclusão: Leve: dente aproximadamente 1 mm abaixo dos dentes adjacentes não anquilosados; Moderada: face oclusal a nível do ponto de contato com o dente adjacente; Severa: face oclusal ao nível ou abaixo do tecido gengival interproximal. GOAZ (1995) * Anquilose Características radiográficas Desaparecimento da imagem radiolúcida correspondente ao ligamento periodontal, substituído por imagem mais radiopaca. Podemos evidenciar radiograficamente também o grau de infraoclusão. Se a anquilose ocorrer por vestibular ou lingual não poderá ser detectada radiograficamente. GOAZ (1995) * * * * * * * * * * * * * Anquilose Tratamento O tratamento depende do grau de infraoclusão em que se encontra o dente e tipo de dentição. GOAZ (1995) * Alterações regressivas da dentição * Abrasão Conceito Consiste no desgaste fisiológico dos dentes por contato com substâncias estranhas. GOAZ, 1995 * Abrasão Fatores associados: Técnica incorreta de escovação (força excessiva, produzindo efeito de cunha entre a gengiva e o dente) – mais comum; Fumar cachimbo; Abrir garrafas com dentes; Traumas oclusais; Palitos dentais incorretamente utilizados. * Abrasão Características clínicas Desgaste em forma de “V” na zona cervical do dente, afetando geralmente o esmalte e a superfície radicular, mais branda; Sensibilidade, dada a exposição dentinária. GOAZ, 1995 * Abrasão Características clínicas Em geral a abrasão é mais intensa a nível da união cemento-esmalte das superfícies vestibulares dos pré-molares, caninos e incisivos superiores, nesta ordem; Geralmente o esmalte limita a extensão coronal da abrasão. GOAZ, 1995 * * Abrasão Características radiográficas Em geral aparece como um conjunto de defeitos radiolúcidos a nível cervical, com forma semilunar definida e bordos de densidade crescente; Muitas vezes vemos associação com a obliteração das câmaras pulpares dos dentes afetados. GOAZ, 1995 * * Abrasão Diagnóstico diferencial Lesões de cárie cervicais; Restaurações estéticas sem material opacificador; Efeito Mach Band. GOAZ, 1995 * Abrasão Tratamento Remoção do fator causal e proservação do paciente. Em caso de prejuízo acentuado na estética ou em casos onde a evolução pode ocasionar a exposição pulpar recomenda-se o tratamento restaurador destas lesões de abrasão. GOAZ, 1995 * Atrição Conceito Consiste na perda de estrutura do dente que resulta do desgaste produzido pelos antagonistas em contato uns com os outros. GOAZ, 1995 * Atrição Fatores predisponentes: Perda dos dentes; Maloclusões; Hábitos como fumar em piteira, mastigar tabaco; Bruxismo. GOAZ, 1995 * Atrição Características clínicas Se todos os dentes estão presentes em alinhamento normal e cumprem uma função normal, existe desgaste gradual das superfícies oclusais e incisais. Nas pessoas mais idosas, as cúspides podem se desgastar por completo e a dentina ficar exposta. Nestas condições o desgaste pode ser considerado uma mudança fisiológica normal. GOAZ, 1995 * Atrição Características clínicas Desgaste das superfícies oclusais e incisais; Redução no tamanho da câmara pulpar (pode ficar quase totalmente obliterada). GOAZ, 1995 * Atrição Em geral, quando existem fatores predisponentes, a atrição é tão rápida que a formação de dentina secundária não consegue seguir o mesmo ritmo e, por isso, a exposição pulpar pode ocorrer, até mesmo em idade jovem. GOAZ, 1995 * * Atrição Características radiográficas Desgastes suaves nas superfícies oclusais e incisais dos dentes afetados, sendo que a coroa do dente aparenta estar mais curta e carece de esmalte opaco. GOAZ, 1995 * Atrição Características radiográficas Muitas vezes se observa vários dentes adjacentes em um mesmo arco com este padrão de desgaste. GOAZ, 1995 * Atrição Características radiográficas Outros achados podem ser encontrados: Esclerose das câmaras e condutos pulpares; Perda simultânea de osso alveolar e inclusive um certo alargamento do espaço periodontal e hipercementose. GOAZ, 1995 * * * * * Atrição Tratamento Geralmente não requer tratamento a não ser em casos de maloclusão onde pode ser necessário ajuste oclusal e muitas vezes são usadas placas miorrelaxantes (dependendo do fator causal). Devemos lembrar que fatores emocionais podem agravar os desgastes acentuados nos elementos dentais. GOAZ, 1995 * Reabsorção interna Conceito Acredita-se que certos fatores locais podem causar uma mudança vascular interna na polpa, resultando em tecido de granulação e macrófagos sob a metaplasia para formar células que parecem odontoclastos reabsorvendo a parede interna do conduto radicular e/ou câmara coronária. GOAZ, 1995 * Reabsorção interna Fatores relacionados: Traumatismos (principal fator local associado); Capeamentos direto e indireto da polpa; Pulpotomias; Invaginações de esmalte; Pólipos pulpares. GOAZ, 1995 * Reabsorção interna Características clínicas O dente aparece róseo, principalmente se a reabsorção for a nível da câmara coronária; Reabsorções extensas podem provocar fraturas, infecções pulpares secundárias. GOAZ, 1995 * Reabsorção interna Características clínicas Pode afetar qualquer dentição (decídua ou permanente), sendo mais freqüente nos incisivos centrais, primeiros e segundos molares permanentes. Aparece mais após a quarta ou quinta década de vida e mais em homens. GOAZ, 1995 * Reabsorção interna Características clínicas A alteração pode ser passageira, desaparecer sem tratamento ou, mais comumente, seguir evoluindo. GOAZ, 1995 * Reabsorção interna Características radiográficas As lesões iniciais somente são detectadas radiograficamente como zonas radiolúcidas, redondas ou ovaladas no interior do conduto radicular ou câmara coronária, que aparecem alargados. Em geral são homogêneas, sem trabeculado ósseo ou pedras pulpares. GOAZ, 1995 * Reabsorção interna Características radiográficas A zona de radiolucidez permanece fixa no interior do conduto. GOAZ, 1995 * * * * * REABSORÇÕES RADICULARES INTERNAS Patel et al, 2010 * Reabsorção interna Diagnóstico diferencial Lesões de cárie na superfície vestibular ou lingual (em geral com limites mais difusos); Reabsorção externa . GOAZ, 1995 * Reabsorção interna Tratamento Depende do estado do dente. Se o mesmo não estiver muito debilitado realiza-se o tratamento endodôntico. Se houver perfuração radicular pode-se realizar cirurgia paraendodôntica. Se o dente estiver muito danificado: exodontia. GOAZ, 1995 * Reabsorção externa Conceito Acredita-se que certos fatores locais fazem com que células do tecido conjuntivo do LPD se diferenciem em células odontoclásticas, o que resulta em reabsorção da dentina e do cemento. GOAZ, 1995 * Reabsorção externa Fatores associados: Forças mecânicas (como as ortodônticas) e oclusais excessivas; Infecções crônicas (como lesão periapical); Dentes reimplantados; Pressão anormal do contato com dentes retidos; Certos tipos de cistos e neoplasias; Pode ser idiopática. GOAZ, 1995 * Reabsorção externa Características clínicas A reabsorção é mais freqüente em dentes inferiores e afeta fundamentalmente os incisivos centrais, caninos e pré-molares. Não produz sinais e sintomas característicos; Somente em casos avançados pode haver dor inespecífica ou fratura da raiz reabsorvida. GOAZ, 1995 * Reabsorção externa Características radiográficas A reabsorção deve afetar os ápices dentais, porém em determinadas situações ataca as superfícies laterais. Geralmente o osso e a lâmina dura acompanham o processo de reabsorção. GOAZ, 1995 * Reabsorção externa Características radiográficas Quando as superfícies laterais são atacadas aparecem irregulares e uma causa freqüente desta pode ser um dente impactado. GOAZ, 1995 * * * * * * * REABSORÇÕES RADICULARES EXTERNAS * Reabsorção externa Diagnóstico diferencial Lesões de cárie na superfície vestibular ou lingual (em geral com limites mais difusos); Reabsorção interna (pode-se seguir a imagem da câmara coronária e do conduto radicular normais através da zona radiolúcida de reabsorção externa). GOAZ, 1995 * Reabsorção interna Reabsorção externa * Reabsorção externa Tratamento Interrupção de forças mecânicas excessivas; Extração do dente impactado; Ressecção do cisto ou tumor. Dente vital: supressão de fatores etiológicos e, se a reabsorção cessar, proserva-se radiograficamente; Dente sem vitalidade: pulpectomia com curativo de demora. GOAZ, 1995 * Pedras pulpares Conceito São focos de calcificação pulpar. Alguma forma de estímulo anormal faz com que o tecido pulpar se diferencie em odontoblastos resultando em calcificação globular com aparência de dentina. GOAZ, 1995 * Pedras pulpares Características gerais Microscopicamente quase todos os indivíduos acima de 50 anos possuem estas calcificações, sendo que muitos consideram-nas como alterações degenerativas; A maioria das pedras são microscópicas, porém podem até preencher a câmara coronária com diâmetro de 3 mm. GOAZ, 1995 * Pedras pulpares Características clínicas Clinicamente não produzem sinais clínicos. Podem aparecer em qualquer dente, sendo mais frequentes em molares. GOAZ, 1995 * Pedras pulpares Características radiográficas Somente as pedras grandes (15 a 25%) são vistas radiograficamente; Podem aparecer como estruturas radiopacas no interior das câmaras coronárias ou condutos radiculares (nódulos pulpares reais) ou extender-se desde a câmara até os condutos radiculares (calcificação difusa) GOAZ, 1995 * * * * * * Pedras pulpares Diagnóstico diferencial Pérola de esmalte (a variação da angulação radiográfica permite o diagnóstico diferencial). GOAZ, 1995 * Pedras pulpares Tratamento Não produzem nenhum sinal ou sintoma (inocuidade). Portanto, não necessita tratamento. GOAZ, 1995 * Radiologia aplicada ao diagnóstico de cárie * Definição A cárie pode ser definida como uma doença infecto-contagiosa que determina, inicialmente, uma dissolução localizada dos componentes inorgânicos dos dentes, devido aos ácidos provenientes do metabolismo bacteriano dos carboidratos fermentáveis da dieta. LOESHE, 1993 * “Para que um método de diagnóstico tenha valor, este deve influenciar determinada decisão, e seu valor de informação, superar qualquer risco associado ao seu uso. O mesmo deve ser capaz de identificar as lesões incipientes que ainda não desenvolveram cavidade, facilitar o treinamento e diagnóstico dos examinadores.” ROMANO, A.R. São Paulo, 1995. 132p. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Odontologia da USP * Razões para o emprego das radiografias intrabucais Alguns estudos demonstram que aproximadamente metade das lesões interproximais não são visíveis clinicamente (se não houver separação interdentária) e podem ser detectadas mediante radiografias, principalmente em indivíduos maiores de 12 anos. DE VRIES, H.; RUIKEN, H.; KONIG, G. Radiographic versus clinical diagnosis of proximal carious lesions. Caries Res 24: 364-370, 1990. * “As radiografias interproximais são as projeções de maior utilidade para detecção de cáries no terço distal de caninos e nas superfícies proximais e oclusais de pré-molares e molares” “As radiografias periapicais permitem detectar fundamentalmente as alterações no osso periapical e interradicular” GOAZ, 1995 * Superfície oclusal “A morfologia da superfície oclusal, com a presença de fossas e fissuras, favorece a retenção de placa e o desenvolvimento da doença cárie, especialmente na fase de erupção do dente.” CARVALHO, J.C.; EKSTRAND, K.R.; THYLSTRUP, A. Dental plaque and caries on occlusal surfaces of first permanent molars in relation to stage of eruption. J Dent Res, v.68, 5, 773-779, maio 1989. * Superfície oclusal “A progressão da lesão oclusal é um processo linear contínuo de destruição, quando medidas não forem tomadas para interferir no processo, o que justifica a busca da detecção de estágios iniciais e o tratamento não invasivo destas lesões.” THYLSTRUP, 1995 * “Para superfície oclusal o exame radiográfico que era considerado de valor limitado, teve seu valor reavaliado pela necessidade de detecção de lesões ocultas em dentina e, evitar o comprometimento pulpar.” ROMANO, A.R. São Paulo, 1995. 132p. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Odontologia da USP * Lesões oclusais de cárie Características clínicas Cárie oclusal incipiente: mancha branca; Cárie oclusal moderada: pequena cavidade; Cárie oclusal grave: cavidade média ou grande; Cárie oculta: cavidade de difícil detecção. * Lesão de cárie oclusal incipiente Características radiográficas Normalmente não há sinais radiográficos. O único indício detectável pode ser uma sombra abaixo da UED. Tratamento Remineralização. * Lesão de cárie oclusal moderada Características radiográficas Zona radiolúcida ampla e fina em dentina, porém com pouca ou nenhuma alteração em esmalte. Tratamento Remineralização e/ou tratamento restaurador (selantes). * * * Lesão de cárie oclusal grave Características radiográficas Cavidade de grande tamanho, que compromete a dentina e tem proximidade com a câmara pulpar, porém a exposição pulpar não pode ser determinada radiograficamente. Tratamento Restaurador e/ou tratamento endodôntico. * * * * * * * * * * Lesão de cárie oclusal oculta Características radiográficas Esmalte íntegro e dentina com grande área radiolúcida, podendo ter proximidade com a polpa (descoberta radiográfica importante). Tratamento Restaurador e/ou tratamento endodôntico. * * Lesão de cárie oclusal oculta “A principal justificativa para a presença de lesão oculta baseia-se no uso de fluoretos, especialmente nos dentifrícios. Com isso o esmalte permanece aparentemente intacto e a lesão progride em dentina.” SAWLE, R.F.; ANDLAW, R.J. Has occlusal caries become more difficult to diagnose? Br Dent J, 165 (7): 209-211, abril 1988. * “Como as informações clínicas subestimam o número de lesões oclusais em dentina, o uso da radiografia interproximal, embora não mostre a real condição (alta especificidade) tem sido o método mais recomendado como auxiliar do diagnóstico visual na superfície oclusal de dentes permanentes.” HINTZE, 1994; RIMMER, 1990, WEERHEIJM, 1992 * Lesões oclusais de cárie Resultados obtidos com as radiografias interproximais no diagnóstico de lesões oclusais: Evidencia 33% das alterações dentinárias superficiais; Evidencia 100% das alterações profundas. FLAITZ, C.M.; HICKS, M.J; SILVERSTONE, L.M. Radiographic, histologic, and eletronic comparison of occlusal caries: na in vitro study. Pediatr Dent, 8 (1): 24-8, maio 1986. * Lesões oclusais de cárie Limitações As alterações dos tecidos dentários oclusais são evidenciados na radiografia quando ocorre o comprometimento de mais de 0,5 mm da dentina (tratamento invasivo). VAN AMEROGEN, 1992 * Lesões oclusais de cárie Diagnóstico diferencial Sombreamento de imagem; Restaurações estéticas sem materiais de forramento e opacificadores; Falso diagnóstico com radiografias densas. * Superfície proximal “A presença de ponto ou áreas de contato entre as superfícies mesial e distal dos dentes permite o acúmulo de placa abaixo dele, tornando um local de difícil limpeza (formação de lesões de cárie). O diagnóstico precoce é dificultado pelo contato anatômico normal.” ROMANO, A.R. São Paulo, 1995. 132p. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Odontologia da USP * Lesões proximais de cárie Características clínicas Cárie proximal incipiente: mancha branca; Cárie proximal moderada: mancha branca; Cárie proximal moderada avançada: pequena cavidade; Cárie proximal grave: cavidade média ou grande. * Lesão de cárie proximal incipiente Características radiográficas Área radiolúcida que não atinge a metade da espessura do esmalte. Tratamento Remineralização. * * * * * Lesão de cárie proximal moderada Características radiográficas Zona radiolúcida que avança até a metade da espessura do esmalte, porém não atinge a junção amelodentinária. Tratamento Remineralização. * * * * * Lesão de cárie proximal moderada avançada Características radiográficas Radiolucidez que atinge tecido dentinário, porém não avança mais da metade do tecido. Tratamento Restaurador. * * * Lesão de cárie proximal grave Características radiográficas Grande área radiolúcida que penetra mais da metade da dentina e que tem proximidade com a polpa, porém radiograficamente não é possível confirmar a sua exposição. Tratamento Restaurador e/ou endodôntico. * * * * * * Lesões proximais de cárie Diagnóstico diferencial Sombreamento de imagem; Restaurações estéticas sem materiais de forramento e opacificadores; Falso diagnóstico com radiografias densas. * Em geral, as restaurações estéticas sem material radiopaco (radiolúcidas) são mais regulares do que as lesões de cárie, bem como muitas vezes vemos sob estas restaurações a imagem radiopaca correspondente ao material de forramento. * * * * Lesões de cárie proximais Vantagens das radiografias interproximais Um dos métodos mais eficazes para auxiliar no diagnóstico, podendo aumentar de 88 a 100% o número de lesões diagnosticadas comparadas com o exame visual-táctil. PEREIRA, A. Revista Gaúcha Odont, 43 (3): 127-31, Maio 1995. * No diagnóstico de lesões de cárie temos: Radiografias interproximais: 73%; Exame clínico: 54%; Radiografias periapicais: 48%. DAMANTE, 1993 * Total de lesões de cárie diagnosticadas: Exame clínico + RX Periapical: 66%; Exame clínico + RX Interproximal: 95%; Os três exames: 100%. DAMANTE, 1993 * Lesões de cárie proximais Desvantagens das radiografias interproximais Não é capaz de detectar todas as lesões (diagnósticos falso negativos e positivos); Nem sempre a radiolucidez detectada é confirmada; Não soluciona o problema: existe ou não cavidade. * Lesões de cárie proximais Problemas para o diagnóstico com radiografias interproximais Sobreposição dos contatos proximais por erro de direcionamento do feixe central de RX; Representação geométrica tridimensional do dente na radiografia bidimensional; Sobreposição de desmineralizações nas superfícies livres parecendo lesões em dentina. * “Para dentes anteriores, as radiografias periapicais podem auxiliar na localização e determinação do tamanho e profundidade de lesões proximais em dentina.” GOAZ, 1995 * Lesões cervicais ou radiculares de cárie Características clínicas Lesão de dentina associada a recessão gengival. * Lesões cervicais ou radiculares de cárie Características radiográficas Imagem radiolúcida pouco definida em forma de pires. Se a superfície periférica é reduzida, a lesão cariosa terá um aspecto mais festonado. * * * * Lesões cervicais ou radiculares de cárie Diagnóstico diferencial Sombreamento cervical; Mach band (sombreamento por sobreposição de faces); Restaurações estéticas sem materiais de forramento; Falso diagnóstico com radiografias densas. * Lesões cervicais ou radiculares de cárie Tratamento Tratamento restaurador, podendo haver necessidade de aumento de coroa clínica. * Superfícies livres As lesões em superfícies livres são, teoricamente, as superfícies mais acessíveis para o exame, pelo menos em dentes anteriores. * Lesões de cárie em superfícies livres Tipos de lesões Lesões nos sulcos de desenvolvimento (vestibular de molares inf. e palatina de sup.); “Lesões Livres”: terço cervical da coroa clínica do dente, junto à margem gengival (local propício ao acúmulo de placa). * Lesões vestibulares ou linguais de cárie Características clínicas Formam-se em depressões e fissuras do esmalte. * Lesões vestibulares ou linguais de cárie Características radiográficas Quando pequena a lesão: radioluscência arredondada; Quando o tamanho é maior: radioluscência com forma elíptica ou semilunar, bordas nítidas entre o esmalte intacto e o desmineralizado. * Lesões vestibulares ou linguais de cárie Diagnóstico diferencial Cárie oclusal (esta geralmente é mais extensa e os limites não são tão nítidos); Sombreamento de imagem; Restaurações estéticas sem materiais de forramento com radiopacificador. * * Lesões vestibulares ou linguais de cárie Tratamento Em geral é restaurador. Se a lesão não estiver cavitada (lesão incipiente) o tratamento é remineralizador. * Deve-se ressaltar que as radiografias interproximais consistem também no principal exame para análise dos contornos de restaurações. * * * * * * * * *
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