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ANOMALIAS DENTAIS 2

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Alterações de erupção
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Dentes não irrompidos
Conceito
Dente incluso: dentes que não completam erupção devido à falta de força eruptiva;
Dente impactado ou encravado: erupção impedida por alguma barreira física na trajetória de erupção dos dentes.
SHAFER, 1987
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Dentes não irrompidos
Fatores associados:
Falta de espaço por apinhamento;
Perda prematura de dentes decíduos com fechamento dos espaços para permanentes;
Rotação de germes dentários (desvio do eixo longitudinal para erupção);
Morfologia dentária anormal.
ISHIKAWA & WALDRON, 1989
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Dentes não irrompidos
Fatores associados:
Cistos e tumores;
Presença de dente supranumerário;
Anquilose do dente decíduo impedindo o irrompimento do permanente;
Presença de tecido ósseo denso ou fibroso;
Hereditariedade. ISHIKAWA & WALDRON, 1989
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Dentes não irrompidos
Prevalência – Percentual de ocorrência
BROWN (1982) em estudo com 1895 pacientes sul-africanos encontra 30,8% (583 pacientes) com dentes impactados;
CAMPOS (1996), estudando 1006 pacientes por radiografias panorâmicas encontrou uma prevalência para condição de 32,1%. 
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Dentes não irrompidos
	Prevalência – Distribuição em relação à raça
		LOPES & MADEIRA (1975) e BROWN (1982) encontraram um maior percentual de ocorrência de dentes retidos entre pacientes leucodermas (raça branca). 
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Dentes não irrompidos
	Prevalência – Distribuição em relação ao sexo
 		Segundo BROWN (1982) & CAMPOS (1996) não existe diferença estatística significante em relação ao sexo.
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Dentes não irrompidos
Prevalência – Distribuição em relação a arcada
 BROWN (1982) em seu estudo encontrou 44,4% (559) dos casos na maxila e 55,6% na mandíbula (700);
Segundo CAMPOS (1996) não existem diferenças estatísticas significantes no que diz respeito à distribuição por arcada e lado envolvido.
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Dentes não irrompidos
Prevalência – Dentes mais envolvidos
 BROWN (1982) em seu estudo encontrou maior freqüência entre terceiros molares inferiores (48,1%), terceiros superiores (29,6%), caninos superiores (11,9%), seguido por caninos inferiores, segundos pré-molares inferiores e segundos pré-molares superiores;
Segundo CAMPOS (1996) os dentes mais comumente comprometidos são os caninos.
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	BJORK (1956), estudando a relação entre a retenção do terceiro molar inferior e o crescimento mandibular, concluiu que em 90% dos casos o espaço reservado ao terceiro molar, a posterior do segundo molar, apresentava-se consideravelmente reduzido. Esta redução se devia a uma pequena taxa de crescimento mandibular.
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DENTES SUPRANUMERÁRIOS
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AVALIAÇÃO DE DENTES RETIDOS
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38
48
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ODONTOMA
Merrett et al, 2009
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Merrett et al, 2009
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Transposição
	Conceito
		Desordem seqüencial dos dentes. Ou seja, trata-se de uma alteração ou troca no posicionamento dos dentes. 
FARMAN (1993), GOAZ (1995)
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Transposição
	Prevalência – Percentual de ocorrência
		CAMPOS (1996) encontra uma prevalência de 0,3%, semelhante à encontrada por KI BONG LEE (1999).
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Transposição
	Prevalência – Dentes mais envolvidos
		Afeta com maior freqüência os caninos e primeiros pré-molares permanentes.
KI BONG LEE (1999)
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Transposição
	Prevalência – Dentes mais envolvidos
		Pode envolver caninos e laterais. Raramente os segundos pré-molares ficam entre os dois molares, bem como é rara a transposição de incisivos centrais e laterais. 
GOAZ (1995)
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Transposição
	Etiologia
		As 2 principais teorias relativas à origem da condição seriam:
A inversão de posição dos germes durante a odontogênese;
Migração do dente a partir do seu trajeto normal de erupção (mais provável, principalmente em caninos).
MADER & KONZELMAN (1995)
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Transposição
	Características clínicas
		Esta anomalia pode estar acompanhada de hipodontia, supranumerários ou persistência do antecessor decíduo.
GOAZ (1995)
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Transposição
	Características radiográficas
		As radiografias permitem detectar a transposição quando os dentes não se encontram na seqüência habitual no arco.
GOAZ (1995)
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Transposição
	Tratamento
		Quando os dentes estão irrompidos, pode-se modificá-los proteticamente a fim de melhorar a função e estética.
GOAZ (1995)
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Anquilose
	Conceito
		Fusão anatômica do cemento e/ou dentina com osso alveolar, com obliteração do ligamento periodontal em uma ou mais áreas ao redor da raiz.
GOAZ (1995)
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Anquilose
	Etiologia
		Embora nem sempre seja conhecida, pode estar relacionada a distúrbios metabólicos locais, traumas ou fatores genéticos (principalmente em casos de anquilose múltipla).
GOAZ (1995)
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Anquilose
	Características clínicas
Infraoclusão (principal característica);
Perda da mobilidade normal do dente;
Som firme à percussão (o som normal é surdo ou abafado);
Pode ter alteração de cor na coroa (acinzentada).
GOAZ (1995)
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Anquilose
Classificação
		A classificação baseia-se no grau de infraoclusão:
Leve: dente aproximadamente 1 mm abaixo dos dentes adjacentes não anquilosados;
Moderada: face oclusal a nível do ponto de contato com o dente adjacente;
Severa: face oclusal ao nível ou abaixo do tecido gengival interproximal.
GOAZ (1995)
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Anquilose
	Características radiográficas
		Desaparecimento da imagem radiolúcida correspondente ao ligamento periodontal, substituído por imagem mais radiopaca. Podemos evidenciar radiograficamente também o grau de infraoclusão. 	Se a anquilose ocorrer por vestibular ou lingual não poderá ser detectada radiograficamente.
GOAZ (1995)
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Anquilose
	Tratamento
		O tratamento depende do grau de infraoclusão em que se encontra o dente e tipo de dentição.
GOAZ (1995)
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Alterações regressivas da dentição
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Abrasão
	Conceito
		Consiste no desgaste fisiológico dos dentes por contato com substâncias estranhas.
GOAZ, 1995
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Abrasão
Fatores associados:
Técnica incorreta de escovação (força excessiva, produzindo efeito de cunha entre a gengiva e o dente) – mais comum;
Fumar cachimbo;
Abrir garrafas com dentes;
Traumas oclusais;
Palitos dentais incorretamente utilizados.
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Abrasão
Características clínicas
Desgaste em forma de “V” na zona cervical do dente, afetando geralmente o esmalte e a superfície radicular, mais branda;
Sensibilidade, dada a exposição dentinária.
GOAZ, 1995
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Abrasão
Características clínicas
Em geral a abrasão é mais intensa a nível da união cemento-esmalte das superfícies vestibulares dos pré-molares, caninos e incisivos superiores, nesta ordem;
Geralmente o esmalte limita a extensão coronal da abrasão.
GOAZ, 1995
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Abrasão
Características radiográficas
Em geral aparece como um conjunto de defeitos radiolúcidos a nível cervical, com forma semilunar definida e bordos de densidade crescente;
Muitas vezes vemos associação com a obliteração das câmaras pulpares dos dentes afetados. 
GOAZ, 1995
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Abrasão
Diagnóstico diferencial
Lesões de cárie cervicais;
Restaurações estéticas sem material opacificador;
Efeito Mach Band.
GOAZ, 1995
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Abrasão
	Tratamento
		Remoção do fator causal e proservação do paciente. Em caso de prejuízo acentuado na estética ou em casos onde a evolução pode ocasionar
a exposição pulpar recomenda-se o tratamento restaurador destas lesões de abrasão.
GOAZ, 1995
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Atrição
	Conceito
		Consiste na perda de estrutura do dente que resulta do desgaste produzido pelos antagonistas em contato uns com os outros.
GOAZ, 1995
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Atrição
Fatores predisponentes:
Perda dos dentes;
Maloclusões;
Hábitos como fumar em piteira, mastigar tabaco;
Bruxismo.
GOAZ, 1995
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Atrição
	Características clínicas
		Se todos os dentes estão presentes em alinhamento normal e cumprem uma função normal, existe desgaste gradual das superfícies oclusais e incisais. Nas pessoas mais idosas, as cúspides podem se desgastar por completo e a dentina ficar exposta. Nestas condições o desgaste pode ser considerado uma mudança fisiológica normal.
GOAZ, 1995
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Atrição
Características clínicas
Desgaste das superfícies oclusais e incisais;
Redução no tamanho da câmara pulpar (pode ficar quase totalmente obliterada).
GOAZ, 1995
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Atrição
	Em geral, quando existem fatores predisponentes, a atrição é tão rápida que a formação de dentina secundária não consegue seguir o mesmo ritmo e, por isso, a exposição pulpar pode ocorrer, até mesmo em idade jovem.
GOAZ, 1995
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Atrição
	Características radiográficas
		Desgastes suaves nas superfícies oclusais e incisais dos dentes afetados, sendo que a coroa do dente aparenta estar mais curta e carece de esmalte opaco. 
GOAZ, 1995
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Atrição
	Características radiográficas
		Muitas vezes se observa vários dentes adjacentes em um mesmo arco com este padrão de desgaste.
GOAZ, 1995
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Atrição
Características radiográficas
	Outros achados podem ser encontrados:
Esclerose das câmaras e condutos pulpares;
Perda simultânea de osso alveolar e inclusive um certo alargamento do espaço periodontal e hipercementose.
GOAZ, 1995
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Atrição
	Tratamento
		Geralmente não requer tratamento a não ser em casos de maloclusão onde pode ser necessário ajuste oclusal e muitas vezes são usadas placas miorrelaxantes (dependendo do fator causal). 	Devemos lembrar que fatores emocionais podem agravar os desgastes acentuados nos elementos dentais.
GOAZ, 1995
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Reabsorção interna
	Conceito
		Acredita-se que certos fatores locais podem causar uma mudança vascular interna na polpa, resultando em tecido de granulação e macrófagos sob a metaplasia para formar células que parecem odontoclastos reabsorvendo a parede interna do conduto radicular e/ou câmara coronária.
GOAZ, 1995
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Reabsorção interna
	Fatores relacionados:
Traumatismos (principal fator local associado);
Capeamentos direto e indireto da polpa;
Pulpotomias;
Invaginações de esmalte;
Pólipos pulpares.
GOAZ, 1995
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Reabsorção interna
	Características clínicas
O dente aparece róseo, principalmente se a reabsorção for a nível da câmara coronária;
Reabsorções extensas podem provocar fraturas, infecções pulpares secundárias.
GOAZ, 1995
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Reabsorção interna
	Características clínicas
		Pode afetar qualquer dentição (decídua ou permanente), sendo mais freqüente nos incisivos centrais, primeiros e segundos molares permanentes. Aparece mais após a quarta ou quinta década de vida e mais em homens.
GOAZ, 1995
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Reabsorção interna
	Características clínicas
		A alteração pode ser passageira, desaparecer sem tratamento ou, mais comumente, seguir evoluindo.
GOAZ, 1995
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Reabsorção interna
	Características radiográficas
		As lesões iniciais somente são detectadas radiograficamente como zonas radiolúcidas, redondas ou ovaladas no interior do conduto radicular ou câmara coronária, que aparecem alargados. Em geral são homogêneas, sem trabeculado ósseo ou pedras pulpares.
GOAZ, 1995
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Reabsorção interna
	Características radiográficas
		A zona de radiolucidez permanece fixa no interior do conduto.
GOAZ, 1995
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REABSORÇÕES RADICULARES INTERNAS
Patel et al, 2010
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Reabsorção interna
Diagnóstico diferencial
Lesões de cárie na superfície vestibular ou lingual (em geral com limites mais difusos);
Reabsorção externa .
GOAZ, 1995
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Reabsorção interna
	Tratamento
		Depende do estado do dente. Se o mesmo não estiver muito debilitado realiza-se o tratamento endodôntico. Se houver perfuração radicular pode-se realizar cirurgia paraendodôntica. Se o dente estiver muito danificado: exodontia.
GOAZ, 1995
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Reabsorção externa
	Conceito
		Acredita-se que certos fatores locais fazem com que células do tecido conjuntivo do LPD se diferenciem em células odontoclásticas, o que resulta em reabsorção da dentina e do cemento.
	
GOAZ, 1995
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Reabsorção externa
	Fatores associados:
Forças mecânicas (como as ortodônticas) e oclusais excessivas;
Infecções crônicas (como lesão periapical);
Dentes reimplantados;
Pressão anormal do contato com dentes retidos;
Certos tipos de cistos e neoplasias;
Pode ser idiopática.
GOAZ, 1995
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Reabsorção externa
	Características clínicas
A reabsorção é mais freqüente em dentes inferiores e afeta fundamentalmente os incisivos centrais, caninos e pré-molares. Não produz sinais e sintomas característicos;
Somente em casos avançados pode haver dor inespecífica ou fratura da raiz reabsorvida.
GOAZ, 1995
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Reabsorção externa
	Características radiográficas
		A reabsorção deve afetar os ápices dentais, porém em determinadas situações ataca as superfícies laterais. Geralmente o osso e a lâmina dura acompanham o processo de reabsorção. 
GOAZ, 1995
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Reabsorção externa
	Características radiográficas
		Quando as superfícies laterais são atacadas aparecem irregulares e uma causa freqüente desta pode ser um dente impactado.
GOAZ, 1995
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REABSORÇÕES RADICULARES EXTERNAS
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Reabsorção externa
	Diagnóstico diferencial
Lesões de cárie na superfície vestibular ou lingual (em geral com limites mais difusos);
Reabsorção interna (pode-se seguir a imagem da câmara coronária e do conduto radicular normais através da zona radiolúcida de reabsorção externa).
GOAZ, 1995
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Reabsorção interna
Reabsorção externa
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Reabsorção externa
	Tratamento
Interrupção de forças mecânicas excessivas;
Extração do dente impactado;
Ressecção do cisto ou tumor.
Dente vital: supressão de fatores etiológicos e, se a reabsorção cessar, proserva-se radiograficamente;
Dente sem vitalidade: pulpectomia com curativo de demora.
GOAZ, 1995
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Pedras pulpares
	Conceito
		São focos de calcificação pulpar. Alguma forma de estímulo anormal faz com que o tecido pulpar se diferencie em odontoblastos resultando em calcificação globular com aparência de dentina.
	
GOAZ, 1995
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Pedras pulpares
	Características gerais
Microscopicamente quase todos os indivíduos acima de 50 anos possuem estas calcificações, sendo que muitos consideram-nas como alterações degenerativas;
A maioria das pedras são microscópicas, porém podem até preencher a câmara coronária com diâmetro de 3 mm.
GOAZ, 1995
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Pedras pulpares
	Características clínicas
		Clinicamente não produzem sinais clínicos. Podem aparecer em qualquer dente, sendo mais frequentes em molares.
GOAZ, 1995
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Pedras pulpares
	Características radiográficas
Somente as pedras grandes (15 a 25%) são vistas radiograficamente; 
Podem aparecer como estruturas radiopacas no interior das câmaras coronárias ou condutos radiculares (nódulos pulpares reais) ou extender-se desde a câmara até os condutos radiculares (calcificação difusa)
GOAZ, 1995
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Pedras pulpares
	Diagnóstico diferencial
		Pérola de esmalte (a variação da angulação radiográfica
permite o diagnóstico diferencial).
GOAZ, 1995
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Pedras pulpares
	Tratamento
		Não produzem nenhum sinal ou sintoma (inocuidade). Portanto, não necessita tratamento.
GOAZ, 1995
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Radiologia aplicada ao diagnóstico de cárie
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Definição
		A cárie pode ser definida como uma doença infecto-contagiosa que determina, inicialmente, uma dissolução localizada dos componentes inorgânicos dos dentes, devido aos ácidos provenientes do metabolismo bacteriano dos carboidratos fermentáveis da dieta.
							LOESHE, 1993
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		“Para que um método de diagnóstico tenha valor, este deve influenciar determinada decisão, e seu valor de informação, superar qualquer risco associado ao seu uso. O mesmo deve ser capaz de identificar as lesões incipientes que ainda não desenvolveram cavidade, facilitar o treinamento e diagnóstico dos examinadores.”
ROMANO, A.R. São Paulo, 1995. 132p. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Odontologia da USP
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Razões para o emprego das radiografias intrabucais
		Alguns estudos demonstram que aproximadamente metade das lesões interproximais não são visíveis clinicamente (se não houver separação interdentária) e podem ser detectadas mediante radiografias, principalmente em indivíduos maiores de 12 anos.
DE VRIES, H.; RUIKEN, H.; KONIG, G. Radiographic versus clinical diagnosis of proximal carious lesions. Caries Res 24: 364-370, 1990.
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	“As radiografias interproximais são as projeções de maior utilidade para detecção de cáries no terço distal de caninos e nas superfícies proximais e oclusais de pré-molares e molares”
	“As radiografias periapicais permitem detectar fundamentalmente as alterações no osso periapical e interradicular”
GOAZ, 1995
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Superfície oclusal
		“A morfologia da superfície oclusal, com a presença de fossas e fissuras, favorece a retenção de placa e o desenvolvimento da doença cárie, especialmente na fase de erupção do dente.”
CARVALHO, J.C.; EKSTRAND, K.R.; THYLSTRUP, A. Dental plaque and caries on occlusal surfaces of first permanent molars in relation to stage of eruption. J Dent Res, v.68, 5, 773-779, maio 1989.
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Superfície oclusal
		“A progressão da lesão oclusal é um processo linear contínuo de destruição, quando medidas não forem tomadas para interferir no processo, o que justifica a busca da detecção de estágios iniciais e o tratamento não invasivo destas lesões.”
THYLSTRUP, 1995
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		“Para superfície oclusal o exame radiográfico que era considerado de valor limitado, teve seu valor reavaliado pela necessidade de detecção de lesões ocultas em dentina e, evitar o comprometimento pulpar.”
ROMANO, A.R. São Paulo, 1995. 132p. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Odontologia da USP
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Lesões oclusais de cárie
	Características clínicas
Cárie oclusal incipiente: mancha branca;
Cárie oclusal moderada: pequena cavidade;
Cárie oclusal grave: cavidade média ou grande;
Cárie oculta: cavidade de difícil detecção. 
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Lesão de cárie oclusal incipiente
	Características radiográficas
		 Normalmente não há sinais radiográficos. O único indício detectável pode ser uma sombra abaixo da UED.
	Tratamento
	 Remineralização.
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Lesão de cárie oclusal moderada
	Características radiográficas
		Zona radiolúcida ampla e fina em dentina, porém com pouca ou nenhuma alteração em esmalte.
	Tratamento
		Remineralização e/ou tratamento restaurador (selantes).
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Lesão de cárie oclusal grave
	Características radiográficas
		Cavidade de grande tamanho, que compromete a dentina e tem proximidade com a câmara pulpar, porém a exposição pulpar não pode ser determinada radiograficamente. 
	Tratamento
		Restaurador e/ou tratamento endodôntico.
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Lesão de cárie oclusal oculta
	Características radiográficas
		Esmalte íntegro e dentina com grande área radiolúcida, podendo ter proximidade com a polpa (descoberta radiográfica importante).
	Tratamento
		Restaurador e/ou tratamento endodôntico.
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Lesão de cárie oclusal oculta
		“A principal justificativa para a presença de lesão oculta baseia-se no uso de fluoretos, especialmente nos dentifrícios. Com isso o esmalte permanece aparentemente intacto e a lesão progride em dentina.”
SAWLE, R.F.; ANDLAW, R.J. Has occlusal caries become more difficult to diagnose? Br Dent J, 165 (7): 209-211, abril 1988.
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		“Como as informações clínicas subestimam o número de lesões oclusais em dentina, o uso da radiografia interproximal, embora não mostre a real condição (alta especificidade) tem sido o método mais recomendado como auxiliar do diagnóstico visual na superfície oclusal de dentes permanentes.”
HINTZE, 1994; RIMMER, 1990, WEERHEIJM, 1992
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Lesões oclusais de cárie
		Resultados obtidos com as radiografias interproximais no diagnóstico de lesões oclusais:
Evidencia 33% das alterações dentinárias superficiais;
Evidencia 100% das alterações profundas.
FLAITZ, C.M.; HICKS, M.J; SILVERSTONE, L.M. Radiographic, histologic, and eletronic comparison of occlusal caries: na in vitro study. Pediatr Dent, 8 (1): 24-8, maio 1986.
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Lesões oclusais de cárie
	 Limitações
		As alterações dos tecidos dentários oclusais são evidenciados na radiografia quando ocorre o comprometimento de mais de 0,5 mm da dentina (tratamento invasivo).
						VAN AMEROGEN, 1992
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Lesões oclusais de cárie
Diagnóstico diferencial
Sombreamento de imagem;
Restaurações estéticas sem materiais de forramento e opacificadores;
Falso diagnóstico com radiografias densas.
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Superfície proximal
		“A presença de ponto ou áreas de contato entre as superfícies mesial e distal dos dentes permite o acúmulo de placa abaixo dele, tornando um local de difícil limpeza (formação de lesões de cárie). O diagnóstico precoce é dificultado pelo contato anatômico normal.”
ROMANO, A.R. São Paulo, 1995. 132p. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Odontologia da USP
	
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Lesões proximais de cárie
	Características clínicas
Cárie proximal incipiente: mancha branca;
Cárie proximal moderada: mancha branca;
Cárie proximal moderada avançada: pequena cavidade;
Cárie proximal grave: cavidade média ou grande.
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Lesão de cárie proximal incipiente
	Características radiográficas
		Área radiolúcida que não atinge a metade da espessura do esmalte.
	Tratamento
		Remineralização.
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Lesão de cárie proximal moderada
	Características radiográficas
		Zona radiolúcida que avança até a metade da espessura do esmalte, porém não atinge a junção amelodentinária.
	Tratamento
		Remineralização.
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Lesão de cárie proximal moderada avançada
	Características radiográficas
		Radiolucidez que atinge tecido dentinário, porém não avança mais da metade do tecido.
	Tratamento
		Restaurador.
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Lesão de cárie proximal grave
	Características radiográficas
		Grande área radiolúcida que penetra mais da metade da dentina e que tem proximidade com a polpa, porém radiograficamente não é possível confirmar a sua exposição.
	Tratamento
		Restaurador e/ou endodôntico.
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Lesões proximais de cárie
Diagnóstico diferencial
Sombreamento de imagem;
Restaurações estéticas sem materiais de forramento e opacificadores;
Falso diagnóstico com radiografias densas.
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	Em geral, as restaurações estéticas sem material radiopaco (radiolúcidas) são mais regulares do que as lesões de cárie, bem como muitas vezes vemos sob estas restaurações a imagem radiopaca correspondente ao material de forramento.
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Lesões de cárie proximais
	Vantagens das radiografias interproximais
		Um dos métodos mais
eficazes para auxiliar no diagnóstico, podendo aumentar de 88 a 100% o número de lesões diagnosticadas comparadas com o exame visual-táctil.	
				
	PEREIRA, A. Revista Gaúcha Odont, 43 (3): 127-31, Maio 1995.
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	No diagnóstico de lesões de cárie temos:
Radiografias interproximais: 73%;
Exame clínico: 54%;
Radiografias periapicais: 48%.
				
	DAMANTE, 1993
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	Total de lesões de cárie diagnosticadas:
Exame clínico + RX Periapical: 66%;
Exame clínico + RX Interproximal: 95%;
Os três exames: 100%.
				
	DAMANTE, 1993
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Lesões de cárie proximais
	Desvantagens das radiografias interproximais
Não é capaz de detectar todas as lesões (diagnósticos falso negativos e positivos);
Nem sempre a radiolucidez detectada é confirmada;
Não soluciona o problema: existe ou não cavidade.
				
	
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Lesões de cárie proximais
	Problemas para o diagnóstico com radiografias interproximais
Sobreposição dos contatos proximais por erro de direcionamento do feixe central de RX;
Representação geométrica tridimensional do dente na radiografia bidimensional;
Sobreposição de desmineralizações nas superfícies livres parecendo lesões em dentina.
				
	
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		“Para dentes anteriores, as radiografias periapicais podem auxiliar na localização e determinação do tamanho e profundidade de lesões proximais em dentina.”
					GOAZ, 1995
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Lesões cervicais ou radiculares de cárie
	Características clínicas
		Lesão de dentina associada a recessão gengival. 
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Lesões cervicais ou radiculares de cárie
	Características radiográficas
		Imagem radiolúcida pouco definida em forma de pires. Se a superfície periférica é reduzida, a lesão cariosa terá um aspecto mais festonado.
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Lesões cervicais ou radiculares de cárie
	Diagnóstico diferencial
Sombreamento cervical;
Mach band (sombreamento por sobreposição de faces);
Restaurações estéticas sem materiais de forramento;
Falso diagnóstico com radiografias densas.
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Lesões cervicais ou radiculares de cárie
	Tratamento
		Tratamento restaurador, podendo haver necessidade de aumento de coroa clínica. 
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Superfícies livres
	
		As lesões em superfícies livres são, teoricamente, as superfícies mais acessíveis para o exame, pelo menos em dentes anteriores.
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 Lesões de cárie em superfícies livres
Tipos de lesões
Lesões nos sulcos de desenvolvimento (vestibular de molares inf. e palatina de sup.);
“Lesões Livres”: terço cervical da coroa clínica do dente, junto à margem gengival (local propício ao acúmulo de placa).
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Lesões vestibulares ou linguais de cárie
	Características clínicas
		Formam-se em depressões e fissuras do esmalte. 
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Lesões vestibulares ou linguais de cárie
	Características radiográficas
Quando pequena a lesão: radioluscência arredondada;
Quando o tamanho é maior: radioluscência com forma elíptica ou semilunar, bordas nítidas entre o esmalte intacto e o desmineralizado. 
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Lesões vestibulares ou linguais de cárie
	Diagnóstico diferencial
Cárie oclusal (esta geralmente é mais extensa e os limites não são tão nítidos);
Sombreamento de imagem;
Restaurações estéticas sem materiais de forramento com radiopacificador. 
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Lesões vestibulares ou linguais de cárie
	Tratamento
		Em geral é restaurador. Se a lesão não estiver cavitada (lesão incipiente) o tratamento é remineralizador. 
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	Deve-se ressaltar que as radiografias interproximais consistem também no principal exame para análise dos contornos de restaurações.
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