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Objetivos Com este experimento a busca pela descrição de um movimento harmônico simples tornou possível calcular pelos métodos estático (Lei de Hook) e dinâmico (Oscilações) a constante elástica da mola. Assim como ao se determinar um período de um MHS pode-se verificar a dependência do período em relação a vários parâmetros. Introdução Este relatório visa descrever e analisar os processos realizados em laboratório associados ao conceito de Oscilações, aprofundando a concepção de Movimento Harmônico Simples. Quando um corpo oscila periodicamente em torno de uma posição de equilíbrio, pode-se dizer que este corpo efetua um movimento harmônico simples e este ocorre em razão da ação de uma força restauradora. A força restauradora atua na direção do movimento, porém no sentido contrário visto que o objetivo é levar o corpo para a posição de equilíbrio estável original. Para demonstrar o MHS utilizamos um oscilador massa-mola que é constituído de um corpo de massa m ligado a uma mola de constante elástica k, presa a um suporte. O corpo executa o movimento em uma superfície horizontal sem atrito. Quando a mola é comprimida (ou esticada) e liberada, o corpo passa a executar um movimento unidimensional de vai-e-vem, dirigido pela força restauradora exercida pela mola. Veja a figura (1). Figura 1 autor: http://www.sofisica.com.br/conteudos/Ondulatoria/MHS/massamola.php No Movimento Harmônico Simples, a frequência f, ou número de oscilações dados por segundo, é dada como característica relevante no qual sua unidade no SI é dada por hertz (1 Hz = 1 oscilação por segundo). Para estabelecer uma relação entre o período T do movimento, tempo necessário para completar uma oscilação, e à frequência, sendo esta propriedade inversamente proporcional à outra, utiliza-se a equação : T = Eq. 1 Quando o movimento se repete em intervalos regulares, ele é classificado como movimento harmônico. É possível expressar o deslocamento da partícula no movimento expresso a seguir, e, a partir dele, obter a velocidade e aceleração por meio da aplicação de derivadas. x(t) =(ɷt + φ) Eq. 2 Aplicando a segunda lei de Newton, e comparando com a aceleração obtida a partir da Eq. 2, encontramos: Eq.3 a’’= - .ɷ² Eq. 4 Eq. 5 Para uma mola, objeto de estudo desta experiência, tal relação é semelhante à Lei de Hooke: F = - k . x Eq.6 No qual a constante elástica k, expresso em N/m no Sistema Internacional, é equivalente a mɷ². Promovendo a relação também encontramos: Eq. 7 Visto que, e aplicando-o à Eq. 1, o período do Movimento Harmônico Simples pode, também, ser expresso: Eq. 8 Assim podemos definir o período de um sistema massa-mola como sendo: . Desse modo, o Movimento Harmônico Simples também pode ser definido como o movimento realizado por um dado corpo de massa m suscetível a uma força proporcional ao deslocamento do corpo , porém de sinal oposto. Materiais Para a realização do mesmo foram utilizados os seguintes materiais: 1) Mola; 2) Suporte vertical e horizontal; 3) Suporte de 10g para as massas; 4) Conjunto de massas; 5) Régua milimetrada; 6) Cronômetro. Montando o experimento da forma descrita na figura (2), ao lado: Figura 2 autor: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAe7TsAH/oscilador-massa-mola-pendulo-fisico Procedimento Experimental Finalizada a montagem do experimento partimos pra primeira etapa do experimento, no qual são penduradas e acrescentadas em sequência, massas de valor crescente. O aumento na quantidade de massa suspensa pela mola acompanha o aumento do comprimento da mola. Podemos averiguar isso marcado a posição inicial e observando o quanto a mola se deforma com quantidade de massa colocada. Anotamos essa variação da posição de equilíbrio e com a coleta dos dados compilamos a tabela 1. Continuando a experiência, com a mesma mola suspendemos massas de valores crescentes. Com esses diferentes sistemas massa-mola são postos a oscilar com pequenas amplitudes, a fim de observar como o período varia com a massa. Por isso manuseamos o sistema de forma a tirá-lo de sua posição de equilíbrio, com um certa deformação , assim no mesmo instante em que soltamos o sistema para comprir sua trajetória oscilatória ativamos, simultaneamente, o cronômetro. Ao se completar o ciclo de 10 oscilações completas paramos o cronômetro. Repetimos o feito 3 vezes para cada sequência de massa acrescentada e anotamos na Tabela 2. Na segunda etapa montamos os gráficos orientados pelas tabelas anteriormente compiladas. Verificando a constante elástica da mola através da correlação da 2ª lei de Newton, da Lei de Hook e da tangente do ângulo formado pela reta nos gráficos. Sendo os gráficos: . Resultados e Discussão Escolhemos para este relatório seguir os passos do roteiro destinado a experiência, não alterando as perguntas e nem a forma como elas foram apresentadas. Prática 1 (tabela 1) – Determinação da constante elástica de uma mola – método estático Suspenda a mola no suporte e marque seu comprimento inicial; Prenda na extremidade livre da mola o suporte de massas; Registre a leitura inicial da escala quando somente o suporte (gancho) estiver pendurado. Adicione uma massa conhecida de cada vez, anotando após a colocação de cada uma, sua posição na escala; Sobre o suporte de massas coloque as massas indicadas na Tabela 1 e meça as correspondentes deformações da mola, anotando-as até completar essa Tabela. Com estes dados, determine a constante elástica da mola. Tabela 1 - força x deslocamento Massa (g) Massa (kg) F = P (N) X (mm) X – (mm) 50 0.05 0,49 99 33 0,033 100 0,10 0,98 128 62 0,062 150 0,15 1,47 155 89 0,089 200 0,20 1,96 185 119 0,119 Autor: autoria própria O gráfico 1, em anexo, referente a tabela 1 descreve uma trajetória linear de forma crescente. Portanto, a função que o define é a função do 1º grau: y = ax + b. Para determinarmos a constante elástica comparamos a equação do 1ºgrau com a lei de Hook: F = - k . x eq. 1 y = a . x + b eq. 2 Com isso averiguamos que a constante elástica é igual a a . Sabemos também que é a inclinação da reta no gráfico, o coeficiente angular. Este é obtido através tg , por sua vez executamos os cálculos demonstrados a seguir. tg = Assim a constante elástica é : k = 16,89 N/m Prática 2 (tabela 2) – Determinação da constante elástica de uma mola – método dinâmico Para realizar as medidas indicadas na Tabela 2, comece prendendo na mola o suporte de massas acrescido de uma massa de 10g. Puxe levemente o suporte de massas para baixo da posição de equilíbrio do sistema massa-mola e solte-o, no mesmo instante em que ativa o cronômetro. Aguarde o sistema executar 10 (dez) oscilações completas e, então, trave o cronômetro. Anote o tempo decorrido na Tabela 2. Divida esse tempo por 10 para obter o valor do período, e escreva o resultado na segunda coluna da tabela. Faça o mesmo procedimento mais duas vezes, anotando os valores obtidos nas colunas 3 e 4; Sobre o suporte de massas adicione as massas indicadas na Tabela 2 e meça os tempos correspondentes para 10 (dez) oscilações completas, conforme explicado em (e), anotando-os até completar essa Tabela. Para cada valor de massa, calcule o período médio T; Para cada valor de massa da tabela, calcule o desvio padrão dos períodos medidos. Faça um gráfico em papel milimetrado colocando m no eixo x e T² no eixo y. Marque os pontos obtidos no experimento. Determine a equação da reta que melhor se ajusta ao conjunto de pontos do gráfico. Através do gráfico, determine a constante elástica da mola. Tabela 2 : Dados das oscilações com os períodos já divididos por dez ( :10 ) Massa (g) Período (s) Média (s) Desvio Padrão 50 0,343 0,355 0,383 0, 3603 1,68 x 0,1298 100 0,4710,493 0,477 0,4803 0,929 x 0,2307 150 0,577 0,589 0,596 0,5873 0,785 x 0,3449 -200 0,668 0,650 0,666 0,6613 0,806 x 0,4373 autor: autoria própria Cálculo do Desvio Padrão Parte 1: ² 0,0173 0,00029929 0,0053 0,00002809 - 0,0227 0,00051529 Parte 2: ² 0,0093 0,00008649 - 0,0127 0,00016129 0,0033 0,00001089 Parte 3: ² 0,0103 0,00010609 - 0,0017 0,00000289 - 0,0087 0,00007569 Parte 4: ² - 0,0067 0,00004489 0,0113 0,00012769 - 0,0047 0,00002209 O gráfico 2 - período x massa, segue no anexo B, a equação que determina este gráfico é: Como o período [T(s)] depende da massa do corpo colocado em oscilação [m(kg)] e da constante elástica da mola [k(N/m)] podemos determinar com isso que a equação apresentada é uma função elementar ,ou seja, um função raíz. Assim o domínio (x) será somente os números reais positivos. Isso porque, quando o índice é par, o radicando (termo que fica dentro da raiz) não pode ser negativo. Nesse caso não se faz necessário calcular a constante elástica da mola uma vez que a mesma se encontra sobre a raíz. Esse gráfico se assemelha com o da função raiz : . Veja um esboço desse gráfico ao lado na figura (3). Figura 3 autor:http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/matematica/funcao.htm O gráfico 3 - (período)² x massa , no anexo c, neste caso se apresenta como função de 1ºgrau. Ele se correlaciona com a 2ªlei de Newton, desta forma obtemos como equação,que melhor representa o gráfico, da reta: Assim continuamos os cálculos a fim de encontrar a constante elástica, já que sabemos que . Com isso determinamos o valor de a e relacionamos com a equação acima, visto que . Com isso, temos: Relacionando os resultados, consideramos : Discussão dos Resultados Com base no experimento, o que podemos dizer sobre a relação entre a massa e o período do sistema massa-mola? Um corpo ligado a extremidade de uma mola comprimida possui energia potencial elástica. De fato a mola comprimida (ou esticada) exerce uma força sobre o corpo, a qual realiza um trabalho sobre ele quando o abandonamos. Entretanto, ao tentarmos comprimir (ou esticar) uma mola, nota- se que a força produzida pela mola é diretamente proporcional ao seu deslocamento no estado de equilíbrio. O equilíbrio na mola ocorre quando ela está em seu estado natural. Somatizando a força restauradora, que a mola exerce sobre o corpo, junto com a força peso, que desloca o corpo do seu estado de equilíbrio, podemos expor então que o período está diretamente ligado a essas duas forças. Pois, experimentalmente, quanto maior a massa e o deslocamento infligidos ao sistema maior era o tempo que o copo levava para voltar a sua posição original. Concluímos, então, que o período de oscilação depende da massa do corpo suspenso e da constante elástica da mola que o sustenta. Comente as possíveis diferenças entre os valores encontrados para a constante elástica da mola. Como já era esperado, notamos divergências entre os valores experimentais e teóricos, sendo a mesma, causada por erros de montagem e execução do experimento, esse erro é mostrado no cálculo do erro percentual também mostrado acima. Conclusão Através da realização dos experimentos, verificou-se a ação das leis do MHS e como fatores como a massa dos corpos acoplados a mola, a constante elástica e amplitude, por exemplo, influenciam no comportamento do sistema massa-mola. Com os resultados obtidos, percebeu-se que conforme o peso (F) aumenta, o comprimento da mola também aumenta, além disso, em nenhum dos experimentos a mola ultrapassou seu limite de elasticidade, já que assim que as massas foram retiradas, as molas voltaram ao seu comprimento inicial. De acordo com os resultados, podemos observar que, à medida que aumenta o peso, o comprimento da mola aumenta proporcionalmente de acordo com a equação enunciada na lei de Hooke. Concluímos que o período de oscilação depende da massa do corpo suspenso e da constante elástica da mola. Experimentalmente quanto maior a massa do corpo suspenso, mais lentamente ela oscila. Referências Livros: HALLYDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER J. Fundamentos de Física, Vol. 2: gravitação, ondas e termodinâmica. 8° Edição. Rio de Janeiro, LTC, 2011. Links: https://www.google.com.br/search?q=mhs+sistema+massa+mola&espv=2&biw=1366&bih=662&site=webhp&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwiRova_3sbPAhULkpAKHbOGDfIQ_AUICCgD#tbm=isch&q=mhs+sistema+massa+mola+equipamentos&imgrc=uwI5KHuB-kMC6M%3A http://www.showplastic.com.br/sistema/images/upload/reguaacrilica.gif http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/matematica/funcao.htm http://www.alfaconnection.pro.br/matematica/funcoes/funcoes/esboco-de-graficos-das-funcoes/ http://www.fisica.net/mecanicaclassica/mhs_movimento_harmonico_simples.pdf https://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_harm%C3%B4nico_simples http://www.sofisica.com.br/conteudos/Ondulatoria/MHS/massamola.php http://fisicaevestibular.com.br/novo/mecanica/dinamica/mhs/mhs-sistema-massa-mola/
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