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Teorias geral dos fatos jurídicos

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Teoria Geral dos Fatos Jurídicos 
 
http://www.centraljuridica.com/doutrina/59/direito_civil/teoria_geral_dos_fatos_juridicos.html 
Direito Civil - Teoria Geral do Direito Civil - Fato jurídico em 
sentido amplo, fato natural e humano, aquisição de direitos, 
expectativa de direito, modificação dos direitos e extinção dos 
direitos. 
Conceito de fato jurídico em sentido amplo: fatos jurídicos seriam os acontecimentos, previstos em norma 
de direito, em razão dos quais nascem, se modificam, subsistem e se extinguem as relações jurídicas; para 
Savigny, são os acontecimentos em virtude dos quais as relações nascem e se extinguem; pode ser natural 
ou humano. 
 
Fato natural: advém de fenômeno natural, sem intervenção da vontade humana, que produz efeito 
jurídico; esse evento natural consiste no fato jurídico stricto sensu, que se apresenta ora como ordinário 
(nascimento, decurso do tempo, etc) ou extraordinário (caso fortuito, força maior). 
 
Fato humano: é o acontecimento que depende da vontade humana, abrangendo tanto os atos lícitos como 
ilícitos; pode ser voluntário, se produzir efeitos jurídicos queridos pelo agente, caso que se tem o ato 
jurídico em sentido amplo (abrande o ato em sentido estrito e o negócio jurídico); e involuntário, se 
acarretar conseqüências jurídicas alheias à vontade do agente, hipótese em que se configura o ato ilícito, 
que produz efeitos previstos em norma jurídica, como sanção, porque viola mandamento normativo. 
 
Aquisição de direitos: aquisição de um direito é a sua conjunção com seu titular; no âmbito patrimonial 
são 2 os modos de aquisição: o ordinário, se o direito nascer no momento em que o titular se apropria do 
bem de maneira direta, sem interposição ou transferência de outra pessoa; o derivado, se houver 
transmissão do direito de propriedade de uma pessoa a outra, existindo uma relação jurídica entre a 
anterior e o atual titular. 
 
A aquisição pode ser ainda, gratuita, se não houver qualquer contraprestação, e onerosa, quando o 
patrimônio do adquirente enriquece em razão de uma contraprestação; levando-se em consideração a 
maneira como se processa, temos: aquisição a título universal, se o adquirente substitui o seu antecessor 
na totalidade de seus direitos ou numa quota ideal deles, e aquisição a título singular, quando se adquire 
uma ou várias coisas determinadas, apenas no que concerne aos direitos, como sucede o legatário, que 
herda coisa individuada. 
 
Quanto ao processo formativo, pode ser: simples, se o fato gerador da relação jurídica consistir num só 
ato, ou complexa, se for necessário a intercorrência simultânea ou sucessiva de mais de um fato, por 
exemplo, o usucapião que requer posse prolongada, lapso temporal, inércia do titular e em certas 
hipóteses justo título e boa-fé. 
 
Normas legais sobre a aquisição de direitos: adquirem-se direitos mediante ato adquirente ou por 
intermédio de outrem; pode uma pessoa adquiri-los para si, ou para terceiros; dizem-se atuais os direitos 
completamente adquiridos, e futuros os cuja aquisição não se acabou de operar. 
 
Expectativa de direito: é uma mera possibilidade ou esperança de adquirir um direito. 
 
Direito eventual: ocorre se houver interesse, ainda que incompleto, pela falta de um elemento básico 
protegido por norma jurídica. 
 
Direito condicional: é o que se perfaz pelo advento de um acontecimento futuro e incerto, de modo que o 
seu titular só o adquire se sobrevier a condição. 
 
Modificação dos direitos: tem-se modificação objetiva quando atingir a qualidade ou quantidade do 
objeto ou conteúdo da relação jurídica; qualitativa será a modificação quando o conteúdo do direito se 
converte em outra espécie; há uma modificação na natureza do direito creditório, sem quaisquer 
alterações no crédito; será quantitativa a modificação se o seu objeto aumentar ou diminuir no volume, 
sem aumentar a qualidade do direito, em virtude de fato jurídico stricto sensu; a modificação subjetiva é a 
pertinente ao titular, subsistindo a relação jurídica, hipótese em que se pode ter a substituição do sujeito 
de direito inter vivos ou causa mortis. 
 
Defesa dos direitos: para resguardar seus direitos, o titular deve praticar atos conservatórios como o 
protesto, retenção, arresto, seqüestro, caução fideijussória ou real, interpelações judiciais para constituir 
devedor em mora, quando esta não resulta de cláusula expressa na convenção ou de termo estipulado com 
esse escopo de notificação extrajudicial; quando sofrer ameaça ou violação, o direito subjetivo é 
protegido por ação judicial; o titular também está provido de instrumentos de defesa preventiva, para 
impedir a violação de seu direito, que poder ser extrajudicial (arras, fiança, etc) ou judicial (interdito 
proibitório, ação de dano infecto, etc.); esta prevista também a autodefesa, em que a pessoa lesada, 
empregando força física, se defende usando meios moderados, mediante agressão atual e iminente, sem 
recorrer ao Judiciário. 
 
Extinção dos direitos: extinguem-se quando ocorrer: 
 
a) perecimento do objeto sobre o qual recaem se ele perder suas qualidades essenciais ou o valor 
econômico; se se confundir com outro de modo que não se possa distinguir; se cair em lugar onde não 
pode mais ser retirado; 
 
b) alienação, que é o ato de transferir o objeto de um patrimônio a outro, havendo perda do direito para o 
antigo titular; 
 
c) renúncia, que é o ato jurídico pelo qual o titular de um direito dele se despoja, sem transferi-lo a quem 
quer que seja, sendo renunciáveis os direitos atinentes ao interesse privado de seu titular, salvo proibição 
legal; 
 
d) abandono, que é a intenção do titular de se desfazer da coisa; 
 
e) falecimento do titular, sendo o direito personalissímo e por isso intransmissível; 
 
f) prescrição, que extinguindo a ação faz com que o direito desapareça pela ausência da tutela jurídica; 
 
g) decadência, que atinge o próprio direito; 
 
h) confusão, quando numa só pessoa se reúnem as qualidades de credor e de devedor; 
 
i) implemento de condição resolutiva; 
 
j) escoamento do prazo, se a relação jurídica for constituída a termo; 
 
k) perempção da instância ou do processo, ficando ileso o direito de ação; 
 
l) aparecimento de direito incompatível com o direito atualmente existente e que o suplanta.

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