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Doença de Huntington

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Doença de Huntington 
DH
FACULDADE CENECISTA DE BENTO GONÇALVES 
FISIOLOGIA HUMANA
 
Deise Borotto, Emely da Rosa Machado, Jéssica Brinckmann e Letícia Helena Venturini
Histórico
Patologia neurodegenerativa, autossômica dominante;
Caracterizada por distúrbios do movimento, comportamentais e demência;
Charles Oscar Waters (1842) carta publicada na 1° ed. de “Practice of Medicine”;
Charles Gorman (1846) observou elevada prevalência da doença em determinadas regiões;
Histórico
Johan Christian Lund (1860) observou alta prevalência de demência associada a um padrão de movimentos involuntários;
George Huntington (1872) primeira descrição - coréia hereditária;
Gusella (1983) gene responsável pela DH localizado; 
Hereditary Disease Foundation (1993) mutação gênica encontrada.
George Huntington (1872) primeira descrição detalhada da coréia hereditária;
Epidemiologia
Europa Ocidental, América do Norte e Austrália: 5 a 10 casos por 100.000 habitantes;
Regiões de alta prevalência: Tasmânia e região de Maracaibo, na Venezuela;
Regiões de baixa prevalência: Ásia e África.
Fisiopatologia
Doença autossômica dominante de penetrância completa;
Expansão das repetições de trinucleotídeos CAG (Citosina, Adenina, Guanina) no gene IT-15, localizado no cromossomo 4;
Cromossomos normais: 5 a 35 repetições, pacientes com DH: repetições passam de 40;
Fisiopatologia
Gene IT-15 normal é responsável pela codificação da proteína “huntingtina”;
Quando mutada desencadeia interações anômalas com outras proteínas;
Ocorre degeneração de vias neuronais importantes;
 
Perda de neurônios no estriado, no córtex cerebral e em outras regiões cerebrais;
1: Corte coronal de um cérebro normal.
2: Corte coronal de um cérebro de um paciente com DH. Notasse os ventrículos alargados devido a morte das células do estriado assim como a perda de massa cerebral. 
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Doença de Huntington: Corte histológico do núcleo caudado com perda de neuronios e gliose. 
Manifestações Clínicas 
DH é progressiva e letal, caracterizada por distúrbios do movimento, comportamentais e demência;
Distúrbios comportamentais: mudança de personalidade, irritabilidade, apatia, instabilidade emocional e agressividade;
Transtornos do humor normalmente afetam 60% dos pacientes;
Manifestações Clínicas 
Perdas cognitivas e intelectuais são comuns e afetam a capacidade de contração, memória, disfunções executivas e visuoespaciais;
Coréia aparece gradualmente ao longo dos anos, envolvendo a face, tronco e membros. 
Parkinson e distonia (espasmos musculares) predominam nas formas mais precoces da doença;
Manifestações Clínicas
Disartria (dificuldade na fala) e disfagia (dificuldade na deglutição) e distúrbios da motilidade;
Caquexia (magreza e mal estar) está associados a dificuldade de mastigar e engolir;
Aumento dos níveis de corticosteróides e uma diminuição dos níveis de testosterona;
Pneumonia, doença cardíaca e suicídio são as causas de mortes mais frequentes na DH.
Diagnóstico 
É realizado baseado na presença de manifestações clínicas e em pacientes que apresentam uma história familiar positiva de DH;
Neuroimagem: tomografia computadorizada (TC) e/ou ressonância nuclear magnética (RNM);
Teste genético comprova a presença da DH em pacientes com suspeita;
Diagnóstico pré-natal realizado em portadores da mutação da DH.
Cérebro de uma vítima da DH com núcleo caudado degenerado
Tratamento
Não existe cura para a DH e tratamentos disponíveis ajudam somente a aliviar os sintomas;
Sintomas comportamentais e depressivos podem ser tratados com antidepressivos;
Transtornos psicóticos e sintomas motores são tratados com antipsicóticos;
O ácido valpróico também é utilizado para controle dos sintomas motores;
Tratamento
Um método cogitado para tratamento da DH é o transplante de células estriatais fetais;
Abordagens como células-tronco, que possuem capacidade de se tornarem neurônios ou neuróglias, ainda são prematuras;
O RNAi tem sido apontado como uma ferramenta poderosa pois pode reduzir a expressão de qualquer gene em uma sequência específica, inclusive degradar a huntingtina mutante.
Conclusão 
A DH possui evolução progressiva e manifestações clínicas severas que comprometem a qualidade de vida dos doentes.;
Cabe a equipe médica otimizar o diagnóstico realizando, por exemplo, aconselhamentos genéticos;
Investigações sobre os mecanismos fisiopatológicos podem fornecer requisitos essenciais para o surgimento de terapias neuroprotetoras.
Bibliografia
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