Buscar

história da dança.pptx

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

História da DANÇA
Profª Esp. Meire Farias
A dança em antigas civilizações
Nas mais remotas organizações sociais, a dança estava presente, celebrando as forças da natureza, investidas bélicas, mudança das estações, rituais de fertilidade, como atividade de sobrevivência ( dança ritual para a caça, para exorcizar forças maléficas, atrair energia dos astros, etc. )
Como forma de controlar a natureza simulando o seu ciclo ( rituais sangrentos, adoração a símbolos fálicos, encantações, vida-morte-ressureição)
Uso de mascaras e peles de animais para assimilar o poder da divindade invocada, para absorver a força do animal, para espantar demônios
Exemplos como os ritos da primavera ( PÁSCOA)
Celebrações pagãs para a fertilidade da terra
A Sagração da Primavera de Igor Stravinsky ( releitura do ballet no séc. XX com o tema do sacrifício de uma virgem para regenerar a terra)
A dança no Egito
Apresentava um caráter sagrado – reverência a Osíris ( Festival de Abydos – espetáculo dramático e dançado)
Este festival levou os egípcios a primeira notação de dança através de HIEROGLIFOS.
A dança egípcia era severa, angulosa, com movimentos acrobáticos e poucos saltos.
Nas danças religiosas predominava a participação feminina
A dança também servia para a diversão da aristocracia ( ex. anão dançando e dançarinas homenageando os poderosos)
A dança na Grécia
Os gregos deram especial importância a dança.
Vista como matéria obrigatória na formação do cidadão
Dança circular que levava ao transe, dança do labirinto, dança ancestral da tourada ibérica ( misto de esporte e arte), dança lúdica, dança matrimonial, dança de colheita, dança votiva ( homenagem), dança PÍRRICA ( formação dos militares espartanos), etc.
Ligada a sua mitologia as danças honrava os deuses. O deus mais envolvido em dança é DIONÍSIO ( deus da orgia e fertilidade) sua dança é frenética e leva ao transe, dança feita no inverno. 
APOLO patrono da beleza também se relaciona com a dança, cercado por nove musas, primava pela ordem.
A dança teatral na Grécia
Entre os séculos VI e V A.C. , a mulher foi excluída do teatro que era escrito e interpretado só por homens.
Só as Hetairas, cortesãs refinadas, frequentavam os espetáculos dos jogos olímpicos.
A dança coral característica da TRAGEDIA- EMMELEIA ( dança sem improviso, solene e ajustada ao tema)
A dança da COMÉDIA – KORDAX ( liberdade de crítica, originada de cultos fálicos e cortejos populares, era ligeira, com saltos e provocante rotação do quadril, não podia ser livremente improvisada).
A dança da SÁTIRA – SIKINNES ( violenta, lúbrica, acrobática, com muitas contorções e simulação do ato sexual, prende-se a orgia dionisíaca)
OBS. A mulher continuou dançando em festar religiosas e comunitárias. A mulher que atuasse/ dançasse era vista como prostituta.
A dança na educação grega
Em Esparta as meninas aprendiam a dança militar.
Ideal de harmonia ( corpo esbelto e bem torneado) para isso praticavam esporte e dança.
A formação do soldado-cidadão incluía desde a infância a EMBATERIA ( ginastica rítmica)
O homem educado além de politica e filosofia, tinha que saber tocar um instrumento, cantar e dançar.
Os filósofos condenaram a dança dionisíaca e defendiam uma dança que cultivasse a disciplina e harmonia das formas .
Sócrates ( 469-399 A. C.) Os melhores na guerra eram aqueles que sabiam dançar
Platão ( 428-347 A.C. ) dividia a musica e a dança em uma NOBRE ( belo, correto, equilíbrio da mente e aprimoramento do espírito) e uma IGNOBIL ( imita o feio e o torpe, deve ser banida como a dança dionisíaca ) 
Aristóteles ( 384-322ª.C. ) Dança como preparo físico e intelectual, mas indigna como atividade profissional.
A PANTOMIMA romana
Cortejos dançantes marcavam duas das mais importantes festas comuns a patrícios e plebeus – as SATURNAIS e as LUPERCAIS ambas tinham base religiosa e davam lugar a excessos sexuais.
As saturnais ( solstícios de inverno –entre 21 e 25 de dezembro) – homenageava Saturno e na festa os escravos não eram punidos e havia troca de presentes. Dançavam para que o frio não destruísse as sementes plantadas. Os cristãos passaram a comemorar o nascimento de Jesus nessa mesma época( assim seu culto não era perseguido)
As lupercais
Festa em homenagem a LUPERCUS deus da fertilidade, posteriormente identificado a DIONÍSIO ou BACO. 
Caracterizada por gestos obscenos, onde jovens nus percorriam as ruas mascarados, cantando , bebendo e dançando onde chicoteavam as mão das mulheres ( até as patrícias)com um chicote de couro de pode, brincadeira sadomasoquista com mágico poder de favorecer a fertilidade.
Todas as atividades normais cessavam durante os três dias de festa. Vários historiadores dizem estar a origem do carnaval.
Dança em Roma 
Preferencia por espetáculos violentos – combate de gladiadores, condenados atirados às feras. Dança sinistra onde criminosos, loucos e escravos rebeldes dançavam exaustivamente até a túnica embebida por um produto de combustão pegar fogo, virando tochas humanas ( Cultura do pão e circo no COLISEU).
O teatro dos PANTOMIMOS – patrocinados pelos imperadores. Os artistas apresentavam o enredo das pecas sem usar as palavras, só com expressão corporal, acompanhado por música e trajes luxuosos.
Seus temas a princípio eram mitológicos e depois temas polêmicos da vida cotidiana( adultério, suicídio, erotismo, crucificação , crítica política)
Os PANTOMIMOS
Eram afeminados( representavam o masculino e o feminino no palco ) devido a indumentária extravagante mesmo fora de cena ( muitas joias, maquilagem carregada, perfumes orientais, cabelos tingidos. Cobravam caríssimo, para levar uma vida luxuosa e viviam envolvidos em escândalos amorosos.
Seu grande inimigo foi o CRISTIANISMO- que obrigou a pantomima cristianizar seus temas.
A dança na Idade Media 
Período entre 476 até 1453 – dez séculos descritos como idade das trevas. Marcado por guerras, medo e ignorância onde o legado cultural greco-romano tornou-se privilégio de uns poucos letrados que o reinterpretaram segundo o CODIGO CRISTÃO. Os antigos teatros romanos foram fechados ou usados para cerimônias religiosas.
O cristianismo não conseguiu extinguir vestígios pagãos nos costumes populares. Os camponeses conservaram suas festas de SOLSTÍCIOS camufladas de acordo com a nova crença.
As danças apresentaram três fontes de inspiração : POPULAR ( que insiste no realismo ) , NOBRE ( destinada ao espetáculo) e a RELIGIOSA ( com objetivo edificador). 
A dança na I. M. 
Dança da aleluia - rito de fertilidade e veneração de símbolos fálicos.
Dança em círculos, dança de Sabbath ( executada pelas feiticeiras).
Dança macabra entre os séculos XI e XII, buscava a cura para dores físicas e doenças epidêmicas. A dançomania foi registrada em quase toda a Europa – dança do tarantismo, dança de São Vitor Contra as epidemias de tifo e peste ( até a exaustão – e os padres tentavam conter a histeria com orações de exorcismo.
A dança na I.M.
A partir do séc. XII surge um requinte nas manifestações ( arquitetura gótica, obra literária como a DIVINA COMÉDIA ) 
Introduziram nas cortes feudais o espetáculo da PASTOURELLE ( tocam, cantam, representam e dançam)
Nos castelos surge 
a moda das danças aos pares 
( lenta e solene), pela falta 
de homens ( cruzadas e 
expedições bélicas) surge a
RONDE DE DAMES.
A DANÇA 
O que se verifica durante os séculos medievais continuará ocorrendo depois também. As danças nascem de manifestações populares livremente improvisadas ao som de instrumentos rústicos. São posteriormente absorvidas pelas classes dominantes que adaptam para a execução em recintos fechados, com indumentária pesada e de acordo com o que se considera um tom mais refinado. A espontaneidade inicial é substituída assim por floreios nos passos , postura estudada, movimentação codificada. Esse processo determina a necessidade de mestres que vão começar a aparecer nas CORTES RENASCENTISTAS.
Origem do ballet - Renascimento
Surge na Itália e se propaga para o resto da Europa.
O Renascimento foi marcado por um rompimento com os valores medievais, e ressurgimento da cultura greco-romana.
Surge das festas “TRIUNFOS” o ancestral do ballet de enredo. Estas festas aram coreografadas por figuras chamadas “ METRES de DANÇA”
Em 1433, Domênico de Piacenza escreveu o 1º tratado de dança chamado a “Arte de Criar Coros” – 1ª classificação sistemática dos movimentos do corpo ( retomada, reverência, meia-volta, elevação, saltos, batida, pirueta)
O Ballet
O ballet de corte – produzido por nobres da corte italiana, teve seu apogeu com Luis XIV ( o Rei Sol) amante da dança, do luxo e da etiqueta em excesso.
Durante o reinado do Rei Sol em 1681 surge a 1ª bailarina profissional Mademoiselle Lafontaine . O ballet espetáculo antes era dançado por homens que se travestiam de mulheres, estas em nome do decoro tinham participação vetada.
O ballet profissional- Surgem as companhias ao modo francês do ballet.
O Ballet Romântico
Os deuses olímpicos do ballet de corte são substituídos por príncipes e sílfides das lendas medievais. Os temas dão vazão aos sentimentos, a comoção e ao melodrama, onde herói e heroínas morrem por amor.
O 1º ballet romântico foi La Sylphide, onde se usou pela 1ª vez a sapatilha de ponta na bailarina principal.
As bailarinas eram divas pálidas, delicadas, inatingíveis 
Os homens ficavam em 2º plano, chegando em muitos casos a se ter mulheres fazendo os papeis masculinos.
No final do séc. XIX, o ballet francês entra em declínio e começa o auge da ESCOLA RUSSA.
A escola RUSSA
Surge no início do séc. XIX apresentando um estilo próprio. Fundou a Escola Imperial patrocinada pelos tzares e funcionando em regime de internato (10 anos)
Marius Petipa , professor francês importado para impulsionar o ballet russo. Criou o Quebra Nozes, o Lago dos Cisnes, a Bela Adormecida.
A dança masculina decadente na escola francesa, ganha impulso ocorrendo solos para homens 
No inicio do séc. XX a dança busca novas formas de expressão, incorporando a expressividade DRAMÁTICA 
O ballet Russo – Séc. XX
O novo ballet apresentava características onde os movimentos correspondiam ao tema, período e música. Ao invés de apenas combinações de passos tradicionais. A ação era dramática através de gestos e mimicas – o corpo deve expressar-se da cabeça aos pés.
As coreografias tinham características IMPRECIONISTAS e os homens devolveram força viril à dança, não sendo usados como meros suportes de bailarinas ( Diaghilev e Nijinsky)
Referência bibliográfica
BOURCIER, Paul. História da dança no Ocidente. São Paulo: Martins Fontes , 1987.
MENDES, Miriam Garcia. A Dança. São Paulo: Ática, 1987.
PORTINARI, Maribel. História da Dança. Rio de janeiro: Nova Fronteira,1989.
Livro da Biblioteca virtual da Estácio –TADRA, Débora. Metodologia do ensino das artes- Linguagem da Dança. Curitiba- PR: Editora XIBPEX.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais