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CÉLULAS-TRONCO Biotecnologia

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Células- tronco
Elas também podem se dividir e se transformar em outros tipos de células. Além disso, as células-tronco podem ser programadas para desenvolver funções específicas, tendo em vista que ainda não possuem uma especialização.
Basicamente, as células tronco podem se auto-replicar, ou seja, se duplicar, gerando outras células-tronco. Ou ainda se transformar em outros tipos de células.
Muitas mães doam o sangue do cordão umbilical do filho que nasceu para bancos de células-tronco, já que ali se encontra um grande número de células-tronco hematopoiéticas. A ideia é que esse material fique disponível para ser usado no futuro por alguma pessoa compatível, para tratar doenças como leucemia.
São chamadas multipotentes. (aquelas células capazes de diferenciar-se em quase todos os tecidos humanos, excluindo a placenta e anexos embrionários, ou seja, a partir de 32 - 64 células, aproximadamente a partir do 5º dia de vida, fase considerada de blastocisto. As células internas do blastocisto são pluripotentes enquanto as células da membrana externa destinam-se a produção da placenta e as membranas embrionárias.)
O principal objetivo das pesquisas com células-tronco é usá-las para
recuperar tecidos danificados por doenças e traumas.
Doenças beneficiadas
- Câncer (reconstrução de tecidos e entendimento da divisão anormal de células)
- Doenças Cardíacas (renovação do tecido)
- Degeneração macular (reposição de células ou tecido da retina)
- Diabetes (injeção de células produtoras de insulina)
- Doenças autoimunes (reposição de células do sangue)
- Doença pulmonar (crescimento de novo tecido)
- Esclerose múltipla (reposição de células cerebrais)
- Lesões na medula (reposição de células neurais)
- Mal de Parkinson (reposição de células cerebrais)
- Mal de Alzheimer (reposição das células cerebrais)
- Osteoartrite (reconstrução do tecido)
- Osteoporose (reposição de células)
Alguns países proibiram as pesquisas com células-tronco embrionárias sob o argumento de que o embrião é uma pessoa e, portanto, tem direito à vida. Outros optaram por regulamentá-las, adotando medidas liberais, como exigir que os genitores dêem seu consentimento por escrito.
No Brasil, o art. 5º da Lei de Biossegurança (L. 11.105, de 24.03.05) foi tido como constitucional pelo Supremo Tribunal Federal, em maio último, quando do final julgamento da ADI nº 3.510-DF. Preceitua esse dispositivo:
Art. 5º É permitida, para fins de pesquisa e terapia, a utilização de células-tronco embrionárias obtidas de embriões humanos produzidos por fertilização in vitro e não utilizados no respectivo procedimento, atendidas as seguintes condições:
I – sejam embriões inviáveis; ou
II – sejam embriões congelados há 3 (três) anos ou mais, na data da publicação desta Lei, ou que, já congelados na data da publicação desta Lei, depois de completarem 3 (três) anos, contados a partir da data de congelamento.
§ 1º Em qualquer caso, é necessário o consentimento dos genitores.
§ 2º Instituições de pesquisa e serviços de saúde que realizem pesquisa ou terapia com células-tronco embrionárias humanas deverão submeter seus projetos à apreciação e aprovação dos respectivos comitês de ética em pesquisa.
§ 3º É vedada a comercialização do material biológico a que se refere este artigo e sua prática implica o crime tipificado no art. 15 da Lei no 9.434, de 4 de fevereiro de 1997.
Entendeu a Suprema Corte que as pesquisas com células-tronco embrionárias não violam o direito à vida nem o princípio da dignidade da pessoa humana. A seguir, os argumentos favoráveis às pesquisas com embriões humanos:
Para existir vida, é necessário que o embrião tenha sido implantado no útero materno.
O zigoto representa uma realidade diferente da pessoa natural, por ainda não ter se formado o cérebro.
Proibir as pesquisas seria dar as costas ao desenvolvimento científico e eventuais benefícios.
O pré-embrião não acolhido no útero – ninho natural de desenvolvimento – não se classifica nem como pessoa nem como nascituro, uma vez que este pressupõe a possibilidade de vir a nascer, o que não ocorre com embriões inviáveis ou destinados ao descarte.
As pesquisas com células-tronco embrionárias não podem ser substituídas por outras linhas de pesquisa, como aquelas realizadas com células-tronco adultas; ademais, o não-aproveitamento das células não implantadas dá origem ao "lixo genético".
O início da vida não pressupõe somente a fecundação, mas a viabilidade da gestação.
Desperdiçar embriões é um gesto de egoísmo e cegueira, uma vez que é possível utilizá-los na cura de doenças, não podendo o Estado se deixar influenciar pela religião.
Não houve argumentos totalmente contrários às pesquisas com células-tronco, e sim sugestões, como a criação de normas de procedimento, visando uma proteção mais efetiva. Ocorre que é do Conselho Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP), órgão vinculado ao Ministério da Saúde, a atribuição de "implementar as normas e diretrizes regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos".
Células- tronco adultas
Uma célula-tronco adulta é uma célula indiferenciada encontrada entre as células em um tecido ou órgão, que pode se renovar e pode se diferenciar para produzir alguns ou todos os principais tipos de células especializadas do tecido ou órgão. 
As principais funções das células-tronco adultas em um organismo vivo são manter e reparar o tecido em que se encontram.
Estas células-tronco são encontradas em tecidos como o cérebro, medula óssea, sangue, vasos sanguíneos, músculos, pele e fígado.
Células-tronco Induzidas
As células-tronco pluripotentes induzidas, também chamadas simplesmente células-tronco pluripotentes ou IPS (induced Plupotent Stem), são um dos tipos de células-tronco. Em particular, são aquelas que têm características pluripotentes, ou seja, que são capazes de gerar quase todos os tipos de tecidos. 
Em 2006, um pesquisador japonês (Shinya Yamanaka) desenvolveu uma técnica revolucionária para a produção de células pluripotentes, através da reprogramação genética de células adultas de camundongos e, em 2007, de células humanas. As células são reprogramadas pela adição de quatro genes chamados oct-4, sox-2, Klf-4 e c-Myc, através do uso de vetores virais (vírus modificados que transportam os fatores para dentro da célula a ser reprogramada). 
A reprogramação pode ser feita com diferentes tipos celulares, mas, em geral, são usadas células da pele. As células derivadas por esse método, chamadas de células-tronco de pluripotência induzida (IPS) são muito similares às células-tronco embrionárias, apresentando as mesmas características de auto renovação e potencial de diferenciação. 
Lei nº 11.105 de 24/03/2005
Art. 5o É permitida, para fins de pesquisa e terapia, a utilização de células-tronco embrionárias obtidas de embriões humanos produzidos por fertilização in vitro e não utilizados no respectivo procedimento, atendidas as seguintes condições:
 I – sejam embriões inviáveis; ou       
 II – sejam embriões congelados há 3 (três) anos ou mais, na data da publicação desta Lei, ou que, já congelados na data da publicação desta Lei, depois de completarem 3 (três) anos, contados a partir da data de congelamento.
Lei nº 11.105 de 24/03/2005
§ 1o Em qualquer caso, é necessário o consentimento dos genitores.
        § 2o Instituições de pesquisa e serviços de saúde que realizem pesquisa ou terapia com células-tronco embrionárias humanas deverão submeter seus projetos à apreciação e aprovação dos respectivos comitês de ética em pesquisa.
        § 3o É vedada a comercialização do material biológico a que se refere este artigo e sua prática implica o crime tipificado no art. 15 da Lei no 9.434, de 4 de fevereiro de 1997.
Possíveis Aplicações Com Células Tronco
Câncer- reconstrução dos tecidos.
Osteoporose- repopular o osso com células novas e fortes. 
Diabetes- infundir o pâncreas com novas células produtoras de insulina.
Cegueira- repor
células da retina.
Doenças de Alzheimer- células tronco poderiam tornar-se parte da cura pela reposição e cura das células celebrais.
Doenças de Parkinson- reprodução de células cerebrais produtoras de dopamina.

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