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QUESTIONÁRIO – DIREITO CIVIL IV - CONTRATOS 
Cite e explique 4 princípios fundamentais do direito contratual
R: Principio da autonomia da vontade: toda pessoa capaz tem a liberdade de praticar negócios jurídicos lícitos e de definir seu conteúdo. O principio da autonomia da vontade se alicerça exatamente na ampla liberdade contratual, no poder dos contratantes de disciplinar os seus interesses mediante acordo de vontades, suscitando efeitos tutelados pela ordem jurídica. Têm as partes a faculdade de celebrar ou não contratos, sem qualquer interferência do Estado. Podem celebrar contratos nominados ou fazer combinações, dando origem a contratos inominados.
Principio da supremacia da ordem pública: equilibra setores vitais da sociedade, norma de ordem pública não pode ser alterada pela vontade das partes. O principio da autonomia da vontade, como vimos, não é absoluto. É limitado pelo principio da supremacia da ordem pública, que resultou da constatação, feita no inicio do século passado e em face da crescente industrialização, de que a ampla liberdade de contratar provocava desequilíbrios e a exploração do economicamente mais fraco.
*Ordem pública: é uma cláusula geral que retira oficialmente qualquer declaração de vontade ofensiva ao interesse social.
*Bons costumes: é a observância das normas de convivência segundo um padrão de conduta social estabelecido pelos sentimentos morais da época.
Principio do consensualismo: o aperfeiçoamento do contrato se dar com acordo de vontades, independentemente, da entrega da coisa. Art. 481 CC.
*Exceção: contratos res (reais) não basta o meio ajuste de vontade é preciso a entrega da coisa, para que o contrato se aperfeiçoe. 
Principio da relatividade dos efeitos do contrato: os efeitos dos contratos só atinge ás partes envolvidas, não a terceiros (conceito tradicional).
Art.421: constitui cláusula geral, a impor a revisão do principio da relatividade dos efeitos do contrato em relação a terceiros, implicando a tutela externa do crédito. 
Principio da obrigatoriedade dos contratos: representa a força vinculante dos contratos: pacta sund servanda (os pactos devem ser cumpridos)
o contrato faz lei entre as partes.
Fundamentos para que o contrato seja obrigatório:
*segurança jurídica 
*intangibilidade ou imutabilidade da vontade empenhada.
2. Quais as hipóteses em que a proposta não vincula o proponente?
R: quando não possui todos os elementos essenciais do negócio proposto.
3. Qual é o momento da conclusão do contrato? Explique as teorias. 
R: Contratos entre presentes: faz à proposta e a outra parte aceita, a proposta poderá estipular ou não prazo para aceitação.
Contratos entre ausentes: é celebrado por correspondência (carta, telegrama, fax, radiograma, e-mail, etc) ou intermediários, a resposta leva algum tempo para chegar ao conhecimento do proponente e passa por diversas fases.
Teoria da informação: o contrato se forma quando a proposta do aceitante chega ao policitante, que se inteira do seu teor. Tem o inconveniente de deixar o arbítrio do proponente abrir a correspondência e tomar conhecimento da resposta positiva.
Teoria da declaração ou agnição: se subdivide em 3:
Teoria da declaração propriamente dita: o instante da conclusão do contrato coincide com o da redação da correspondência declarando a aceitação (não é utilizado)
Teoria da expedição: não basta a redação da aceitação é necessário que a correspondência seja expedida saindo do controle do oblato, art.434, CC.	
Teoria da recepção: exige que a aceitação além de expedida deve ser recebida pelo destinatário.
4. O que são contratos onerosos aleatórios?
R: são aqueles em que as partes ou pelo menos uma delas não pode prevê qual será a vantagem auferida frente ao sacrifício realizado. Sabe o que vai fazer, mas não sabe o que vai receber.
5. O que é um contrato consensual e um contrato formal?
R: Contrato consensual: são aqueles que se formam unicamente pelo acordo de vontades (solo consensu), independentemente da entrega da coisa e da observância de determinada forma. Por isso, são considerados contratos não solenes.
Como predomina, no direito moderno, o principio do consensualismo pode-se afirmar que o contrato consensual é a regra, sendo exceções os contratos reais.
*Ex: contrato de compra e venda de bens móveis, quando pura, pertence á classe dos contratos consensuais, segundo dispõe o art. 482 CC.
Contratoformal: são os contrato que devem obedecer á forma prescrita em lei para se aperfeiçoar. Quando a forma é exigida como condição de validade do negócio, este é solene e a formalidade é ad solemnitatem, isto é, constitui substância do ato (escritura pública na alienação de imóveis, pacto antenupcial, testamento público etc.). Não observada, o contrato é nulo (art.166, IV CC).
6. Quais os requisitos são necessários para caracterizar os vícios redibitórios?
R: a) que a coisa tenha sido recebida em virtude de contato comutativo, ou de doação onerosa, ou remuneratória;
b) que os defeitos sejam ocultos;
c) que os defeitos existam no momento da celebração do contrato e que perdurem até o momento da reclamação;
d) que os defeitos sejam desconhecidos do adquirente;
e) que os defeitos sejam graves;
7. Quais são os requisitos da evicção?
R: a) perda total ou parcial da propriedade, posse ou uso da coisa alienada;
b) onerosidade da aquisição;
c) ignorância, pelo adquirente, da litigiosidade da coisa;
d) anterioridade do direito do evictor;
e) denunciação da lide ao alienante;
8. Cite e explique às hipóteses de resolução contratual cujas causas sejam anteriores ou supervenientes a formação do contrato.
R: Nulidade absoluta: transgressão a preceito de ordem pública impede a produção de efeitos desde a sua formação (ex tunc), qualquer um pode pedir para desfazer o contrato (precisa de sentença judicial).
Relativa: advém da imperfeição da vontade, pode ser sanado e até mesmo não argüido no prazo prescricional o efeito é ex tunc, ou seja, o ato só será considerado nulo a partir da sentença anulatória, só o incapaz pode pedir a anulação. 
Cláusula resolutiva: só existe cláusula resolutiva quando na execução do contrato, cada contraente tem a faculdade de pedir a resolução só o outro não cumpre as obrigações avençadas.
*Essa faculdade pode resultar:
1º surgi por meio de convenção, cláusula resolutiva expressa ou pacto comissionário expresso.
2º presunção legal, cláusula resolutiva implícita ou tácita.
Cláusula tácita: está prevista em lei, art.475 CC.
Presume sua existência em todo o contrato bilateral (sinalagmático), autorizando o lesado pelo inadimplemento a pleitear a resolução do contrato por perdas e danos.
Cláusula expressa: é prevista sem qualquer limitação seja quanto a natureza do contrato, seja quanto a parte beneficiada, art. 447, CC.
Direito de arrependimento: é a cláusula expressa no contrato que autoriza qualquer das partes a rescindir o contrato mediante declaração unilateral de vontade sujeitando-se a perda no sinal ou na sua devolução em dobro sem pagar indenização suplementar (anos penitenciais, art.420, CC).
9. Sobre a resolução por inexecução voluntária, responda: 
a) qual a conseqüência para o inadimplente?
R: o pagamento de perdas e danos e da cláusula, convencionada para o caso de total inadimplemento da prestação (cláusula penal compensatória), em garantia de alguma cláusula especial ou para evitar o retardamento (cláusula penal moratória).
b) quais os efeitos nos contratos de trato sucessivo?
R: o efeito será ex nunc.
10. Cite e explique os requisitos para caracterizar a onerosidade excessiva. 
R: 1º contratos de execução continuada ou diferida.
2º a prestação de uma das partes se torna excessivamente onerosa, causando prejuízo para um, e trazendo beneficio para outro.
3º acontecimentos extraordinários e imprevisíveis.
4º nexo causal entre fato extraordinário e a excessiva onerosidade
*não só o réu, mas o autor pode pedir a revisão docontrato.
11. Explique o que é a exceção do contrato não cumprido – exceptio non adimpletcontractus. 
R: infere-se do art. 476 retro transcrito que qualquer dos contratantes pode, ao ser demandado pelo outro, utilizar-se de uma defesa denominada exceptio non adimpleti contractus ou exceção do contrato não cumprido, para recusar a sua prestação, ao fundamento de que o demandante não cumpriu a que lhe competia. Aquele que não satisfez a própria obrigação não pode exigir o implemento da do outro. Se o fizer, o último oporá, em defesa, a referida exceção, fundada na equidade, desde que as prestações sejam simultâneas.
12. Explique o que é a cláusula rebus sic stantibus. 
R: consiste basicamente em presumir, nos contratos comutativos, de trato sucessivo e de execução diferida, a existência implícita (não expressa) de uma cláusula, pela qual a obrigatoriedade de seu cumprimento pressupõe a inalterabilidade da situação de fato. Se esta, no entanto, modificar-se em razão de acontecimentos extraordinários, como uma guerra, por exemplo, que tornem excessivamente oneroso para o devedor o seu adimplemento, poderá este requerer ao juiz que o isente da obrigação, parcial ou total.
13. O que é a teoria do adimplemento substancial?
R: O inadimplemento contratual caracteriza-se pelo total descumprimento ou pelo cumprimento de obrigação diversa daquela que foi acertada. Em ambos os casos, havendo culpa (em sentido amplo) por parte do inadimplente o credor poderá pleitear em juízo a execução do contrato ou sua resolução. Em determinados casos, dada a  natureza da obrigação devida, a única saída é pedir a extinção do contrato. Indenização é cabível, provados o dano emergente ou o lucro cessante.
14. Cite e explique as espécies de resilição. 
R: Resilição bilateral: denomina-se distrato, que é o acordo de vontades que tem fim extinguir um contrato anteriormente celebrado.
Resilição unilateral: pode ocorrer somente em determinados contrato, pois a regra é a impossibilidade de um contraente romper o vinculo contratual por sua exclusiva vontade.
15. Quando a morte de um dos contratantes acarreta a extinção do contrato?
R: a morte de um dos contratantes só acarreta a dissolução dos contratos personalíssimos (intuitu personae), que não poderão ser executados pela morte daquele em consideração do qual foi ajustado. Subsistem as prestações cumpridas, pois o seu efeito opera-se ex nunc.
16. Qual a diferença entre a venda ad mensuram e ad corpus?
R: na venda ad mensuram o preço é estipulado com base nas dimensões do imóvel (p. ex. tal preço por alqueire), já na venda ad corpus o imóvel é adquirido como um corpo certo e determinado (p.ex. chácara palmeiras), caracterizado por suas confrontações. Presume-se que o comprador adquiriu a área pelo conjunto que lhe foi mostrado e não em atenção á área declarada. 
17. Quais são as cláusulas especiais do contrato de Compra e Venda? Cite e explique cada uma delas. 
R: 1º da retrovenda (venda que volta atrás): é o pacto adjetivo pelo qual o vendedor se reserva o direito de reaver o imóvel que está sendo alienado em certo prazo restituindo o preço mais as despesas feitas pelo comprador. Art.505/ CC (Atualmente em dês uso).
Natureza jurídica: cláusula acessória é uma condição resolutiva expressa.
2º da venda a contento e da sujeita prova: constitui pacto adjeto a contratos de compra e venda e diz respeito em geral a gênero alimentícios, bebidas finas e roupas sob medida, art. 509 	CC. É considerada uma cláusula suspensiva.
3º da preempção ou preferência: é o pacto adjeto á compra e venda pelo qual o comprador de uma coisa, móvel ou imóvel, se obriga a oferecê-la ao vendedor hipóteses de pretender futuramente vendê-la ou dá-la em pagamento, para que este use de seu direito de prelação em igualdade de condições. Distingue-se da retrovenda.
4º da venda com reserva de domínio: constitui modalidade especial de venda de coisa móvel, em que o vendedor tem a própria coisa vendida como garantia do recebimento do preço. 
5º da venda sobre documentos: a rispidez com que se desenvolvem, na atualidade, as atividades comerciais fez com que essa modalidade se desenvolvesse e se tornasse, na sociedade contemporânea, um imperativo para a eficiência, principalmente, das compras e vendas internacionais de mercadorias, embora possa ser aplicada também aos negócios realizados internamente.
RESPOSTAS DAS WEBAULAS 7 E 8
WEB 7
Gabarito: a) Trata-se da cláusula especial de preempção (preferência ou prelação convencional) e, nas palavras de Flávio Tartuce (2012, p. 274-175) é cláusula ?pela qual o comprador de um bem móvel ou imóvel terá a obrigação de oferecê-lo a quem lhe vendeu, por meio de notificação judicial ou extrajudicial, para que este use do seu direito de prelação em igualdade de condições?. b) O prazo de cobertura será de dois anos, devendo sua contagem iniciar a partir da tradição do bem. Tratando-se de prazos de decadência legal, não podem ser alterados pelas partes (podendo apenas ser reduzidos por interpretação do art. 513, CC). c) Juca responderá por perdas e danos nos termos do art. 518, CC. O adquirente responderá solidariamente se demonstrado que agiu de má-fé. O prazo decadencial para o exercício dessa pretensão será de 3 anos (art. 206, §3o., V, CC).
WEB 8
Gabarito: a) Trata-se de contrato de doaçãoemqueumapessoa, porliberalidade, transfereaoutrem bens ouvantagens de seupatrimônio (art. 555, CC).

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