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CTS_Aula_3_Marx_Schumpeter[1]

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*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS)
Marx – Acumulação de capital
Schumpeter – Destruição criadora
Prof. Giorgio Romano
Tidia: Prof Giorgio CTS
 20 de setembro de 2010
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Marx: análise da lógica de acumulação de capital 
 no processo de produção: 
	transfomação dos meios de produção
	(capital e trabalho) em mercadorias, gerando
	mais-valia (termo genérico: mais produto)
	C-M-C´
	C`- C = mais-valia
realização: venda da mercadoria na esfera
	da circulação => dinheiro => capital
	(processo de circulação de capital: fluxo ininterrupto de renovação)
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Marx: análise da lógica de acumulação de capital 
A acumulação tem dois requisitos:
capitalista consegue vender mercadoria
consegue reconverter dinheiro em capital (=o valor que se expande) => aplicação de mais-valia como capital (emprego da parte da renda como capital)
A mais-valia é dividida (fragmentada) em lucro, juros e
renda da terra.
Capital acumulado = mais-valia capitalizada 
Obs. pode ser feito em outro setor ou em outro país
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Marx: análise da lógica de acumulação de capital: mais-valia
Fundo de consumo individual da classe
capitalista: renda para consumo/ ostentação de
luxo pessoal (lógica da velha nobreza: consumir o
que existe) ou para entesouramento (retirada de
dinheiro de circulação)
Fundo de acumulação: transformado em
capital. 
Quem decide a relação entre a e b é o ato de
vontade capitalista.
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Marx: análise da lógica de acumulação de capital: produtividade
O grau de produtividade do trabalho social possibilita diminuir a taxa da mais-valia, desde que sua queda seja menos veloz que a ascensão da produtividade do trabalho ( o que aumenta o produto excedente).
Produtividade aumenta “continuamente com o progresso ininterrupto da ciência e da técnica” => 
	máquinas, ferramentas, aparelhos etc. mais eficazes e eficientes, portanto mais baratos, substituem os velhos. O capital antigo se reproduz de forma mais produtiva.
Neste processo a C&T aparece como “uma potência para expandir o capital independentemente da magnitude dada do capital em funcionamento” => desenvolvimento das	forças produtivas.
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Marx: análise da lógica de acumulação de capital: mais-valia
Fanático da expansão do valor, compele
impiedosamente a humanidade a produzir por
produzir, a desenvolver as forças produtivas
sociais e a criar as condições materiais de
produção, que são os únicos fatores capazes de
constituir a base real de uma forma social
superior, tendo por princípio fundamental o
desenvolvimento livre e integral de cada
Indivíduo (p. 688).
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Schumpeter - Destruição criadora - creative destruction 
Contribuição mais importante Schumpeter: 
Teoria sobre ciclos econômicos/ desenvolvimento
econômico/ evolução do capitalismo => 
novo olhar sobre renda monopolista e inovação 
Inovação: ato do empresário empreendedor
visando obtenção do lucro extraordinário
Lucro extra-ordinário: o lucro acima da média
exigida pelo mercado para que haja novos
investimentos e transferências de capitais entre
diferentes setores 
 
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Destruição criadora - creative destruction e Marx 
O desenvolvimento da grande empresa e a 
formação de posições de monopólio que aparecem
em Capitalismo, Socialismo e Democracia podem
perfeitamente caber na idéia da lei de tendência à
concentração e à centralização de O Capital, de
Marx.
Schumpeter: “renda capitalista”: lucros extras
que a ordem capitalista atribui à implantação bem
-sucedida de novas mercadorias, novos métodos
de produção ou novas formas de organização”. 
Marx: A burguesia não pode existir sem
revolucionar permanentemente os instrumentos
de produção;
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Crítica à teoria clássica 
Na teoria clássica: visão idílica da concorrência
perfeita => a grande empresa e as formas
monopolistas de mercado não favorecem o
desempenho da produção (mercado imperfeito)
lucros extraordinários => exercício do poder
monopolista à custa dos consumidores. 
Schumpeter: a essência das grandes empresas 
modernas é que suas condições de custo sejam,
para grande parte da produção, muito mais
favoráveis.
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Schumpeter 
Máquina capitalista acima de tudo um
aparelho de produção em massa = 
produção para as massas.
Melhoramentos na qualidade ligados à
essência do progresso alcançado. Além do
aumento de eficiência técnica: impacto positivo
sobre dignidade, intensidade, satisfação humana
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Schumpeter : ciclos de progresso
Progresso por meio de ciclos de longa duração
(Kondratieff) que consistem de uma revolução
industrial e da absorção dos seus efeitos =>
Modificam periodicamente a estrutura existente da
indústria mediante a introdução de novos métodos
de produção/ novos confortos/ novas formas de
organização/ novas fontes de suprimento/ novas
rotas comerciais e mercados = época de rápida
expansão e prosperidade geral.
 => 	processo de rejuvenescimento intermitente da maquinaria econômica/ eliminação dos elementos antiquados da estrutura industrial
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Schumpeter : ciclos de progresso
O processo que revoluciona incessantemente a
estrutura econômica a partir de dentro, destruindo
o antigo e criando elementos novos=> essas
revoluções não são permanentes, ocorrem em
explosões discretas, separadas por períodos de
calma relativa: destruição criadora => a ela deve
se adaptar toda a empresa capitalista para
sobreviver =>
O desemprego anormal constitui um
dos traços característicos dos períodos de
adaptação que se seguem à fase de prosperidade
de cada uma dessas revoluções.
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Schumpeter : concorrência imperfeita
Teoria sobre práticas monopolísticas: práticas para
limitar a concorrência.
Na economia real: concorrência perfeita constitui
a exceção/ concorrência imperfeita é uma das
principais características da indústria capitalista.
Teoria dominante: comportamento oligopolista
leva à alta de preços e à restrição da produção.
Mas o impacto das inovações/ novas técnicas
sobre a estrutura de uma indústria reduz muito
esse efeito a longo prazo. 
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Schumpeter : concorrência imperfeita
Os investimentos implicam certas medidas de
proteção
Ex. patentes: ocultamento temporário de certos
processos
proteção conferida pelas patentes é - nas condições da economia de lucro - antes um fator estimulante do que inibidor.
Renda monopolista/política de preços: 
torna possível amortização mais rápida.
meio mais fácil e eficiente de acumular meios para financiar novos investimentos. 
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Schumpeter : concorrência imperfeita
Planejamento em grande escala poderia fracassar
se não se soubesse desde o início que a
concorrência seria desencorajada pela exigência
de grandes capitais/ falta de experiência +
utilização de meios para desencorajar e
controlar os rivais => ganhar tempo e espaço para
ulterior desenvolvimento. 
Justificar privilégios considerando seus efeitos a
longo prazo sobre a produção total =>
São essas justamente as iscas que atraem os
capitais 
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Schumpeter : concorrência imperfeita
O progresso tecnológico deve-se às invenções
científicas? Ou a ânsia de lucro => 
utilização inovações tecnológicas essência dessa
ânsia. => invenção/ inovação é função do
processo capitalista (favorece hábitos mentais às
invenções) =>
Empreendimento capitalista é a mola propulsora
do progresso tecnológico => marcha da produção
per capita.*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Schumpeter : concorrência imperfeita
Lucro monopolístico é “prêmio oferecido pela
sociedade capitalista ao inovador vitorioso” e
proteção contra desorganização temporária do
mercado e o espaço de tempo que garante um
planejamento a longo prazo.
lucros extraordinários adquirem nova função orgânica na evolução capitalista.
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Schumpeter : concorrência imperfeita – impacto sobre preços
Teoria do monopólio:
preço do monopólio mais alto
produção menor 
do que nos casos de preços/produção competitiva.
Isso só será verdade se o método, a
organização da produção e as demais condições forem
exatamente iguais em ambos os casos. 
Mas: o monopolista dispõe de métodos superiores =>
não é comparável com níveis de eficiência produtiva e
administrativa que estão dentro do alcance do tipo de
firma compatível com a hipótese competitiva. => 
essa superioridade é a característica dominante da grande
empresa (métodos mais modernos, escala nas instalações). 
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Schumpeter : concorrência imperfeita – impacto sobre preços
Monitorar preços x introdução de novas
mercadorias pode modificar radicalmente a
estrutura dos preços preexistente e satisfazer uma
determinada necessidade a preços mais baixos por
unidade de serviço= > graças ao novo método
de produção o custo total por unidade de produção
será inferior ao sistema até então empregado. 
Critério anti-trust deveria ser: se os métodos de
produção/ organização não forem melhorados
pelo ou em conexão com as práticas monopolistas.
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Schumpeter : concorrência imperfeita
Monopólio associado à exploração parasitária.
Posição monopolista não confortável: poderá ser obtida e mantida apenas com grande dispêndio de energia. 
Na verdade: os casos indubitáveis de monopólio a longo prazo devem ser extremamente raros => tratam-se muito mais de posições temporárias. 
Obs. Diferenciar da situação de protecionismo (infant-industry/ desestimulo inovação)
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Schumpeter : concorrência imperfeita
A concorrência perfeita desaparece em todos os casos em
que surge qualquer inovação (automaticamente ou graças a
medidas tomadas com esse fim) =>
Não é mais correto dizer que a concorrência perfeita é o
melhor sistema porque não consegue a quantidade e
qualidade de capacidade que o grande empreendimento
criou e foi capaz de criar justamente porque se encontra
numa posição em que pode usá-la estrategicamente
(sistema impossível + inferior) => 
a firma compatível com a concorrência perfeita é, em
muitos casos, inferior em eficiência interna, especialmente
tecnológica =>A grande empresa transformou-se no mais
poderoso motor do progesso.
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Schumpeter : oportunidades de investimento
Evolução capitalista depende de oportunidades de
investimento (novos empreendimentos/
investimentos) => progresso tecnológico abre
novos campos para investimento (habilidade do
sistema capitalista em descobrir ou criar novas
oportunidades) => 
“possibilidades tecnológicas constituem ainda um
mar desconhecido”.
Novas indústrias – novos métodos de produção =>
economizam trabalho e capital
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Revivel Schumpeter 
Final década de 1970/década de 1980: renovado
interesse por Schumpeter
No centro das mudanças então observadas está um
conjunto de inovações => 
papel da tecnologia na sociedade como o motor do
desenvolvimento econômico. 
As mudanças se originam, portanto, no lado da
produção, na maneira distinta de combinar
materiais e forças para produzir
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Economia evolucionista 
=> An Evolutionary Theory of Economic Change de Richard R. Nelson e Sidney Winter, publicada em 1982: marco no pensamento do que viria ser a corrente neoschumpeteriana ou evolucionária:
Palavras-chave: processo de busca de inovações
como diferencial competitivo, o mercado como
mecanismo de seleção e o papel das instituições e
da história na dinâmica capitalista 
=> Journal of Evolutionary Economics
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Maria de Conceição Tavares 
(entrevista FSP 15/09/2010)
Na indústria, a parte de capital estrangeiro em geral não faz desenvolvimento tecnólogico, traz da matriz, o que é um problema. Mas, como a divisão internacional do trabalho está mudando.
Se não escolher setores e empresas, não avança. Não
	estamos num mundo de concorrência perfeita. Estamos num mundo monopolista. Se não tiver grande empresa aqui, não vamos para lugar nenhum. 
O BNDES faz também para a grande empresa, até porque ninguém acredita que seja possível competir lá fora sem isso. Se não tivéssemos tido avanço tecnológico em aços especiais, claro que a Gerdau não estaria com filiais até nos EUA

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