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Resumo agonistas colinérgicos, receptores muscarínicos e nicotínicos, antagonistas colinérgicos, agonistas e antagonistas adrenérgicos, ansiolíticos e hipnóticos e barbitúricos

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Agonistas Colinérgicos:
Os fármacos que afetam o sistema nervoso autônomo (SNA) são divididos em dois grupos. Os fármacos colinérgicos atuam em receptores que são ativados pela acetilcolina e os fármacos adrenérgicos em receptores que são estimulados pela norepinefrina ou epinefrina. Esses fármacos (colinérgicos e adrenérgicos) atuam estimulando ou bloqueando receptores do SNA.
O neurônio colinérgico:
A fibra pré-ganglionar que termina na suprarrenal, o gânglio autônomo e as fibras pós-ganglionares da divisão parassimpática usam acetilcolina (ACh) como neurotransmissor. A divisão pós-ganglionar simpática das glândulas sudoríparas tbm usa ACh. Neurônios colinérgicos inervam os músculos do sistema somático e tbm desempenham função importante no SNC.
*Pacientes com Alzheimer têm perda significativa dos neurônios colinérgicos no lobo temporal e no córtex entorrinal. A maioria dos fármacos disponíveis p/ tratarem essa doença são inibidores da acetilcolinesterase.
- A neurotransmissão nos neurônios colinérgicos:
1) síntese: a colina (carga positiva, ñ consegue se difundir através da membrana) é transportada do liquido extracelular p/ o citoplasma do neurônio colinérgico por um sistema carregador de energia que cotransporta sódio (inibido por hemicolínio). A captação de colina é o passo limitante da síntese de ACh. Colina-acetiltransferase catalisa a reação da colina com a acetilcolina A (CoA) p/ formar ACh (um éster) no citosol. A acetil-CoA é originada da mitocôndria e é produzida pela oxidação de piruvato e ácidos graxos.
2) armazenamento da acetilcolina em vesículas: ACh é empacotada em vesículas pré-sinápticas por um processo de transporte ativo. A vesícula madura contém tbm ATP e proteoglicano. A cotransmissão nos neurônios autônomos é uma regra, isso significa que a maioria das vesículas contém o neurotransmissor primário e o cotransmissor que aumenta ou diminui o efeito do neurotransmissor primário. Os neurotrasnmissores em vesículas são denominados varicosidades.
3) liberação da acetilcolina: potencial de ação,propagado por canais de sódio voltagem-dependentes,chega ao terminal nervoso, abrem-se canais de cálcio voltagem-dependentes na membrana pré-sináptica, causando um aumento de Ca2+ intracelular . Níveis elevados de Ca2+ promovem a fusão das vesículas sinápticas com membrana celular e a liberação do seu conteúdo no espaço sináptico (toxina botulínica bloqueia).
4) ligação com receptor: ACh liberada difunde-se através do espaço sináptico e se liga a um dos dois receptores pós-sinápticos na célula-alvo, ao receptor pré-sináptico na membrana do neurônio que liberou a ACh ou a outros receptores-alvo pré-sinápticos. Os receptores pós-sinápticos colinérgicos na superfície dos órgãos são divididos em duas classes: muscarínicos e nicotínicos. A ligação ao receptor leva a uma resposta fisiológica no interior da célula.
5) degradação da acetilcolina: o sinal no local efetor pós-juncional termina rapidamente devido a hidrolise da ACh pela AChE formando colina e acetato na fenda sináptica.
6) reciclagem da colina: a colina pode ser recaptada pelo sistema de transporte de alta afinidade, acoplado ao sódio, que a leva de volta p/ o interior do neurônio, onde ela é acetilada a ACh e armazenada até ser liberada por um potencial de ação subseqüente.
Receptores muscarínicos:
Pertence a classe dos receptores acoplados à PTN G. Esses receptores além de se ligarem à ACh,reconhecem a muscarina.Porém, apresentam baixa afinidade pela nicotina. Foram diferenciadas cinco subclasses de receptores muscarínicos (M1, M2, M3, M4 e M5), mas apenas os receptores M1 (células parietais gástricas), M2 (células cardíacas e músculo liso) e M3 (bexiga, glândulas exócrinas e músculo liso) foram caracterizados funcionalmente.
Esses receptores se localizam em gânglios do SNP e nos órgãos efetores autonômicos. Os cinco subtipos são encontrados em neurônios.
*Em concentrações elevadas podem mostrar alguma atividade em receptores nicotínicos.
Ativação do M1 ou M3: receptor sofre uma mudança conformacional e interage com uma PTN G, a qual ativa a fosfolipase C (continua até o trifosfato de inositol causa aumento do Ca2+ intracelular. Esse cátion pode estimular ou inibir enzimas ou causar hiperpolarização, secreção ou contração.
Ativação do M2 (músculo cardíaco): estimula a PTN G, a qual inibe a resposta da adenililciclase e aumenta a condutância do K+. O coração responde diminuindo a velocidade e a força de contração. 
Receptores nicotínicos:
Além de se ligarem a ACh reconhecem a nicotina,mas têm baixa afinidade pela muscarina.O receptor nicotínico funciona como um canal iônico disparado pelo ligante. Duas moléculas de ACh ligadas provocam uma alteração conformacional que permite a entrada de íons sódio, resultando na despolarização da célula efetora. Nicotina: concentração alta bloqueia o receptor e em concentração baixa estimula o receptor. Estão localizados no SNC, na suprarrenal, nos gânglios autonômicos e na junção neuromuscular (JNM).
Agonistas colinérgicos de ação direta: agonistas colinérgicos mimetizam os efeitos da ACh ligando-se diretamente nos colinoceptores.Contudo, como um grupo, os agonistas de ação direta mostram pouca especificidade nas suas ações, o que limita sua utilidade clinica.
Agonistas colinérgicos de ação indireta (inibidores de acetilcolinesterase – reversíveis): a AChE é uma enzima que especificamente hidrolisa a ACh em acetato e colina.Os inibidores da AChE indiretamente proporcionam ação colinérgica, prolongando o tempo de sobrevida da ACh produzida endogenamente nos terminais nervosos colinérgicos.Isso resulta no acúmulo de ACh na fenda sináptica. Esses fármacos podem, assim, provocar uma resposta em tds os colinoceptores do organismo, incluindo os receptores muscarínicos e nicotínicos do SNA, bem como nas JNM e no cérebro. Os inibidores reversíveis da AChE podem ser classificados como fármacos de ação curta ou intermediária. 
Agonistas colinérgicos de ação indireta (irreversíveis): inúmeros compostos organofosforados sintéticos apresentam a propriedade de ligar-se covalentemente à AChE. O resultado é um aumento de longa duração nos níveis de ACh em todos os locais onde ela é liberada. Vários desses fármacos são extremamente tóxicos e foram desenvolvidos como agentes “contravenosos” com fins militares.
Antagonistas Colinérgicos
Ligam-se aos colinorreceptores, mas não causam os usuais efeitos intracelulares mediados pelos receptores. Os fármacos mais úteis bloqueiam seletivamente os receptores muscarínicos dos nervos parassimpáticos, os efeitos da inervação parassimpática são interrompidos, e as ações da estimulação simpática ficam s/ oposição.
Fármacos antimuscarínicos: são assim denominados pq bloqueiam os receptores muscarínicos, inibindo todas as funções muscarínicas. Também bloqueiam os poucos neurônios simpáticos excepcionais que são colinérgicos. Diferente dos agonistas colinérgicos (utilidade terapêutica limitada) os bloqueadores colinérgicos são úteis em varias situações clínicas.
Bloqueadores ganglionares: atuam especificamente nos receptores nicotínicos dos gânglios autônomo parassimpático e simpático. Alguns tbm bloqueiam os canais iônicos dos gânglios autônomos. Não mostram seletividade pelos gânglios parassimpático ou simpático, ñ sendo eficazes como antagonistas neuromusculares, bloqueiam completamente os impulsos do SNA nos receptores nicotínicos. Os fármacos dessa categoria são antagonistas não despolarizantes competitivos (exceto a nicotina).
Fármacos bloqueadores neuromusculares: bloqueiam a transmissão colinérgica entre o terminal nervoso motor e o receptor nicotínico na placa motora neuromuscular do músculo esquelético, são análogos estruturais da ACh e atuam como antagonistas (não despolarizante) ou agonistas (despolarizantes).
Agonistas adrenérgicos:
Atuam em receptores que são estimulados pela norepinefrina ou epinefrina. Alguns fármacos adrenérgicos atuam diretamente no receptor adrenérgico (ativando), outrosbloqueiam a ação dos neurotransmissores nos receptores e, outros afetam a função adrenérgica, interrompendo a liberação de norepinefrina dos neurônios adrenérgicos.
Neurotransmissão nos neurônios adrenérgicos: é muito similar á descrit5a p/ os neurônios colinérgicos, exceto que a norepinefrina é o neurotransmissor, em vez de acetilcolina. O processo envolve cinco etapas: síntese, armazenamento, liberação e ligação com o receptor da norepinefrina e remoção do neurotransmissor da fenda sináptica.
Agonistas adrenérgicos de ação direta: se liga aos receptores adrenérgicos s/ interagir com o neurônio pré-sináptico. O receptor ativado inicia a síntese do segundo mensageiro e dos sinais intracelulares subseqüentes. São bastante usados clinicamente.
De ação indireta: promovem a liberação de norepinefrina dos terminais pré-sinápticos ou inibem a captação da norepinefrina. Eles potencializam os efeitos da norepinefrina endógena, mas ñ atuam diretamente nos receptores pós-sinápticos.
De ação mista: induzem a liberação de norepinefrina dos terminais pré-sinápticos, ativando tbm os receptores adrenérgicos na membrana pós-sináptica.
Antagonistas adrenérgicos:
Ligam-se aos adrenorreceptores, mas ñ iniciam os usuais efeitos intracelulares mediados pelos receptores. Esses fármacos ligam-se reversível ou irreversivelmente ao receptor, evitando assim, sua ativação pelas catecolaminas endógenas.
Bloqueadores -adrenérgicos: bloqueiam os adrenorreceptores afetam profundamente a pressão arterial.
Bloqueadores -adrenérgicos: todos os disponíveis clinicamente são antagonistas competitivos. Esses fármacos tbm diferem na atividade simpaticomimética intrínseca nos efeitos no SNC e na farmacocinética.
Fármacos ansiolíticos e hipnóticos:
Benzodiazepínicos: 
São os ansiolíticos mais usados. Substituíram os barbitúricos e o mepromato no tratamento da ansiedade por serem mais seguros e eficazes.
Mecanismo de ação: os alvos p/ as ações soa os receptores do GABA (principal neurotransmissor inibitório no SNC). Dependendo do tipo e do numero de subunidades e da localização cerebral, a ativação dos receptores resulta em diferentes efeitos farmacológicos. Benzodiazepínicos modulam os efeitos GABA ligando-se a um local específico de alta afinidade. A ligação do GABA ao seu receptor abre o canal de Cl- (cloro), o que aumenta a condutância do íon. Os benzodiazepínicos aumentam a freqüência da abertura dos canais produzida pelo GABA. O influxo de Cl- causa uma leve hiperpolarização que afasta o potencial pós-sináptico do valor limiar e,assim, inibe a formação de potenciais de ação.
Os benzodiazepínicos ñ têm atividade antipsicótica nem ação analgésica e ñ afetam o SNA. Todos apresentam ações em menor ou maior intensidade.
Usos terapêuticos: ansiedade, distúrbios musculares, amnésia, convulsões e distúrbios do sono.
Absorção e distribuição: são lipofílicos e são rápida e completamente absorvidos após administração oral, distribuindo-se por todo o organismo.
Duração de ação: podem ser divididos em grupos de curta, média e longa ação. Os de ação mais longa formam metabólitos ativos com meias-vidas longas. Contudo, com alguns benzodiazepínicos, a duração clínica da ação nem sempre se correlaciona com a meia-vida real. Isso pode ser devido à velocidade de dissociação do receptor no SNC e subseqüente redistribuição p/ outros locais.
Destino: a maioria é biotransformada pelo sistema microssomal hepático p/ compostos que tbm são ativos. Os efeitos terminam ñ só pela excreção, mas tbm por redistribuição. Os benzodiazepínicos são excretados na urina como glicuronídeos ou metabólitos oxidados. Todos os benzodiazepínicos atravessam a barreira placentária e podem deprimir o SNC do bebê se administrados antes do nascimento. Os lactantes tbm são expostos pelo leite materno
Pose se desenvolver dependência física e psicológica se doses elevadas são administradas por longos períodos.
Efeitos adversos: sonolência e confusão e precauções.
Barbitúricos: 
Mecanismo de ação: a ação hipnótico-sedativa se deve à sua interação com os receptores GABA. O local de ligação é diferente daquele dos benzodiazepínicos. Os barbitúricos potenciam a ação do GABA na entrada de cloreto no neurônio, prolongando o tempo de abertura do canal cloreto. Além disso, podem bloquear os receptores excitatórios glutamato. Todas essas ações moleculares diminuem a atividade neuronal. 
Depressão do SNC: em doses baixas, produzem sedação. Em doses crescentes, causam hipnose, seguida de anestesia e finalmente coma e morte.
Depressão respiratória: suprimem as respostas à hipoxia e dos quimiorreceptores ao CO2. A dosagem excessiva é seguida de depressão respiratória e morte.
Indução enzimática: induzem as enzimas microssomais citocromo P450 hepáticas. Assim, a sua administração crônica diminui a ação de vários fármacos que são biotransformados pelo CIP450
Usos terapêuticos: anestesia, anticonvulsivante e ansiedade.
São absorvidos por via oral e distribuídos amplamente pelo organismo. Todos os barbitúricos se redistribuem no organismo, do SNC p/ áreas esplâncnicas, p/ o músculo esquelético e, finalmente, p/ o tecido adiposo. Os barbitúricos atravessam livremente a placenta e podem deprimir o feto. Eles são biotransformados no fígado, e os metabólitos inativos são excretados na urina.
Efeitos adversos: ressaca farmacológica, precauções, dependência física e intoxicação.

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