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Interações iõnicasocorrem entregruposRcarregados de aminoácidos. Doisgruposapoiares interagemhidrofobicamente. Pontes de hidrogêniose formamentredoisgrupos polares. Figura 3.10 Interações não-covalentes entre polipeptídeos e outras moléculas Interações não-covalentes permitem à pro- teína ligar-sefortemente a outra molécula com propriedades espe- cíficas ou a interação de regiões dentro de uma proteína. Vejaas estruturas dos vinte aminoácidos na Tabela 3.2, notando as propriedades dos grupos R. Os grupos hidrofóbicos expostos po- dem se ligar a grupos apoIares sirrúlares no ligante. Os grupos R carregados podem se ligar a grupos de carga oposta no ligante. Os grupos R polares com grupo hidroxila (-OH) podem formar uma ponte de hidrogênio com o ligante. Esses três tipos de interações - hidrofóbicas, iônicas e pontes de hidrogênio - são fracas quando isoladas, mas fortes quando juntas. Então, a exposição de grupos R de aminoácidos apropriados na superfície da proteína permite a ocorrência da ligação específica de um ligante. As condições ambientais afetam a estrutura protéica Por ser determinada por forças fracas, a estrutura tridimensional das proteínas é sensível a condições ambientais. Circunstâncias que não romperiam ligações covalentes, mas enfraqueceriam as interações não-covalentes que determinam a estrutura secundária e terciária, podem afetar a forma de uma proteína e assim, sua função. • Aumentos na temperatura causam movimentos moleculares mais rápidos e podem quebrar pontes de hidrogênio e inte- rações hidrofóbicas. • Alterações no pH podem mudar o padrão de ionização dos gru- pos amino e carboxila nos grupos R dos aminoácidos, rom- pendo assim o padrão de atrações e repulsões iônicas. • Altas concentrações de substâncias polares, como uréia, podem romper as pontes de hidrogênio, cruciais para a estrutura da proteína. Substâncias apoIares podem também romper a es- trutura normal da proteína. A perda da estrutura terciária normal chama-se desnaturação e é sempre acompanhada pela perda da função biológica normal da proteína (Figura 3.11). A desnaturação é geralmente irrever- sível, porque os aminoácidos intemalizados podem agora ser ex- postos na superfície e vice-versa, produzindo uma nova estrutura ou moléculas diferentes para se ligarem à proteína. O cozimento de um ovo desnatura suas proteínas e, como você sabe, é irre- versíve1. Entretanto, conforme vimos anteriormente no caso da lisozima, a desnaturação pode ser reversível em laboratório. Se for permitido que a proteína resfrie ou que os desnaturantes quí- micos sejam removidos, a proteína retoma a sua forma"nativa" e a sua função normal. Em duas ocasiões, a cadeia polipeptídica corre o perigo de interagir com um ligante errado.A primeira é após a desnaturação. Além dis- so, uma proteína recém-sintetizada e ainda não-dobrada completa- mente pode apresentar uma superfície que se liga a uma molécula errada. Na célula, uma proteína pode algumas vezes se dobrar in- corretamente à medida que é sintetizada, com sérias conseqüências. Por exemplo, na doença de Alzheimer, proteínas com dobramento incorreto se acumulam no cérebro e se ligam umas às outras, for- mando fibras nas áreas cerebrais controladoras da memória, humor e reconhecimento espacial. Os sistemas vivos limitam interações protéicas inadequadas por produzirem uma classe de proteínas chamada, apropriada- mente, de chaperoninas (do inglês chaperones - acompanhantes ou professores que nos bailes escolares tentam prevenir"inte- rações inadequadas" entre os estudantes). As chaperoninas fo- ram primeiramente identificadas nas moscas-das-frutas como proteínas de" choque térmico", que previnem a desnaturação de proteínas por agrupá-Ias quando a temperatura das moscas aumentava. Algumas chaperoninas trabalham prendendo proteínas em risco iminente de fazer ligações inadequadas em uma" gaiola" (Figura 3.12). Essa gaiola é composta de subunidades idênticas e trata-se, por si só, de um bom exemplo de estrutura protéica quaternária. Dentro da gaiola, a proteína-alvo se dobra na forma correta e então é liberada no momento e no local apropriados. A desnaturação rompea estrutura secundáriae terciáriade umaproteínae destróias funçõesbiológicasda proteína. Proteína desnaturada / A renaturação(remontagemde uma proteínafuncional)é às vezespossível,mas normalmentea desnaturaçãoé irreversível. Figura 3.11 Desnaturação é a perda da estrutura terciária e da função da proteína Agentes que podem causar desnatura- ção incluemtemperaturas altas e certos compostos químicos. Figura 3.12 As chaperoninas protegem as proteínas de liga- ções inapropriadas Chaperoni- nas cercam as proteínas novas ou desnaturadas e previnema intera- ção com um liganteerrado. 3.2 RECAPITULAÇÃO As proteínas são polímeros de aminoácidos. Sua se- qüência de aminoácidos determina sua estrutura primá- ria; as estruturas secundárias, terciárias e quaternárias surgem por interações entre os aminoácidos. A forma tridimensional de uma proteína determina finalmente sua função. • Você pode descrever os atributos do grupo R de um ami- noácido que o tornaria hidrofóbico? E hidrofílico?Ver p. 42 e Tabela 3.2. • Você pode fazer um esboço e explicar de que forma dois aminoácidos se unem para formar uma ligação peptídica? Ver p. 43 e Figura 3.6. • Você pode descrever os quatro níveis estruturais das pro- teínas e como eles são todos finalmente determinados pela estrutura primária (ou seja, sua seqüência de aminoácidos)? Verp. 44-46 e Figura 3.7. • Você compreende as diferentes formas que os fatores am- bientais, como temperatura e pH, podem afetar as estru- turas fracas, que conferem a uma proteína sua específica forma e função? Verp. 48. 3.3 Quais são as estruturas químicas efunções dos carboidratos? Os carboidratos são moléculas com átomos de carbono ligados a átomos de hidrogênios e grupos hidroxila (H-C-OH). Eles possuem dois principais papéis bioquímicos: • Carboidratos são uma fonte de energia que pode ser liberada de forma a ser usada pelos tecid.oscorporais. • Carboidratos servem como esqueletos de carbono que podem ser rearranjados, a fim de formarem novas moléculas impor- tantes para as estruturas e para as funções biológicas. Alguns carboidratos são relativamente pequenos, com pesos mo- leculares menores do que 100. Outros são verdadeiras macromo- léculas, com pesos moleculares de centenas de milhares. Existem quatro categorias de carboidratos biologicamente im- portantes: A proteínase dobrana sua formaapropriadae é liberada. • Monossacarídeos (mono-, "um"; sacarídeo, "açúcar"), tais como glicose, ribose ou frutose, são açúcares simples. Eles são os monômeros a partir dos quais os carboidratos maiores são construídos. • Dissacarídeos (di-,"dois") consistem em dois monossacarí- deos unidos por ligações covalentes. • Oligossacarídeos (oligo-,"diversos") constituídos de diversos monossacarídeos (3 a 20). • Polissacarídeos (poli-, "muitos"), tais como amido, glicogê- nio e celulose, são polímeros grandes compostos de centenas ou milhares de unidades de monossacarídeos. A fórmula-geral dos carboidratos, CH20, dá as relativas propor- ções de carbono, hidrogênio e oxigênio em um monossacarídeo (ou seja, as proporções desses átomos são 1:2:1). Em dissacarí- deos, oligossacarídeos e polissacarídeos, essas concentrações di- ferem levemente da fórmula-geral, pois dois hidrogênios e um oxigênio perdem-se durante as reações de condensação que os formam. As plantas verdes produzem monossacarídeos por meio da fotos- síntese, e os animais os adquirem direta ou indiretamente a par- tir das plantas. Todas as células vivas contêm o monossacarídeo glicose. Elas usam glicose como fonte de energia, quebrando-a em uma série de reações que liberam a energia armazenada e pro- duzem água e dióxido de carbono. A glicose existe emduas for- mas, a cadeia linear e o anel. A estrutura em anel predomina em mais de 99% das circunstâncias biológicas, pois é mais estável sob condições fisiológicas. Existem também duas formas da estrutura em anel chamada de CI.-glicosee ~-glicose, que diferem somente na posição do -H e -OH ligados ao carbono 1 (Figura 3.13). As formas CI.e ~ se interconvertem e existem em equilíbrio quando dissolvidas em água. Diferentes monossacarídeos contêm números variados de carbonos. (Usa-se a convenção-padrão para numerar os carbonos, demonstrada na Figura 3.13, ao longo deste livro.) A maioria dos monossacarídeos encontrados nos sistemas vivos pertence à série D dos isômeros ópticos (lembre também que só os L-aminoácidos ocorrem nas proteínas - existe uma incrível especificidade na bio- logia!).Alguns monossacarídeos são isômeros estruturais, com os mesmos tipos e números de carbonos, mas arranjados diferen- temente pela ligação. Por exemplo, as hexoses (hex-,"seis"), um grupo de isômeros estruturais, possuem a fórmula C6H1206. In- Os númerosem vermelhoindicama convenção padrão para a numeraçãodos carbonos. H o Grupo ---!(i)P aldeído 21 H-(i)-OH 31HO-(j-H 4'H-(i)-OH 51 H-(j-OH si H-(j-OH I H A cadeia da glicose na forma linear tem um grupo aldeido no carbono 1. Figura 3.13 Glicose: de uma forma para outra Todas as moléculas de glicose apresentam a fór- mula C6H,206, mas suas estruturas variam. Quan- do dissolvidas em água, as formas em "anel" a e ~ da glicose se interconvertem. S(i)H20H 5 /GruPO hidroxila O-H H I -----'>.. ~ cluídas entre as hexoses encontram-se a glicose, a frutose (assim chamada porque foi a primeira encontrada nas frutas), a manose e a galactose (Figura 3.14). As pentoses (pente-,"cinco") são açúcares de cinco carbonos. Duas pentoses são de particular importância biológica: a ribose e desoxirribose, que formam parte dos esqueletos dos ácidos Açúcar de três carbonos H, pO 1~ H-(i)-OH 2 1 H-@)-OH 3 1 H Gliceraldeído °gliceraldeído é o menor monossacarídeo e existe somente na forma de cadeia linear. Uma reação entre este grupo aldeido e o grupo hidroxila no carbono 5 dá origem ao anel. 3 OH OH Ribose 2 H H a-Manose Ribose e desoxirribose apresentam cinco carbonos, mas propriedades químicas e papéis biológicos muito diferentes. 3 OH H Desoxirribose 2 H OH a-Galactose 4 OH H Frutose Estas hexoses são isômeros estruturais. Todas têm a fórmula CSH,20S' mas cada uma com propriedades químicas distintas. A linhaescura indicaque as ligaçõesda molécula se estendem na sua direção; as ligaçõesmais brandasse estendempara trás da página. Dependendo da orientação do grupo aldeído quando o anel fecha, qualquer das duas moléculas a-D-glicose ou ~-D-glicose formam-se. nucléicos RNA e DNA, respectivamente (ver Seção 3.5). Essas duas pentoses não são isômeros, pois falta um átomo de oxigê- nio no carbono 2 da desoxirribose (de-," ausente"). A ausência desse átomo de oxigênio é uma importante distinção entre RNA eDNA. Os dissacarídeos, oligossacarídeos e polissacarídeos constroem-se a partir de monossacarídeos covalentemente ligados por reações de condensação, formando as ligações glicosídicas. Uma única ligação glicosídica entre dois monossacarídeos forma um dissaca- rídeo. Por exemplo, uma molécula de sacarose representa um dis- sacarídeo formado por uma molécula de glicose e uma de frutose, enquanto a lactose (açúcar do leite) contém glicose e galactose. A sacarose, o açúcar de mesa comum na dieta humana, constitui o principal dissacarídeo nas plantas.°dissacarídeo mal tose apresenta duas moléculas de glico- se, mas não é o único que pode ser formado por duas glicoses. Quando as moléculas de glicose formam uma ligação glicosídica, a ligação será de um dos dois tipos, a ou ~, dependendo se a molécula que ligou seu carbono 1 é a-D-glicose ou ~-D-glicose (ver Figura 3.13). Uma ligação a com o carbono 4 de uma segun- da molécula de glicose origina a maltose, enquanto uma ligação ~ produz a celobiose (Figura 3.15). A maltose e a celobiose são isômeros estruturais, ambas com a fórmula C12H220n. Entretan- to, são compostos diferentes com propriedades diferentes. So- frem reações químicas distintas e são reconhecidos por enzimas diferentes. Por exemplo, a maltose pode ser hidrolisada em seus monossacarídeos no corpo humano, enquanto a celobiose não pode. Certos microrganismos têm a química necessária para de- gradar a celobiose. Figura 3.14 Os monossacarídeos são açúcares simples Os monossacarídeos são constituídos por um número variável de car- bonos. Algumas hexoses são isômeros estruturais, com o mesmo número e tipo de carbonos, mas arranjados diferentemente. A frutose, por exemplo, é uma hexose, mas forma um anel de cinco lados como as pentoses. A presença de umátomo de carbono (C)na junção,tal como é indicada, Amaltose é produzida quando uma ligação glicosídicaa-1,4 se forma entre duas moléculas de glicose, O grupo hidroxilano carbono 1 de uma D-glicose na posição a (para baixo) reage com o grupo hidroxilno carbono 4 de outra glicose, Na celobiose, duas glicoses estão ligadas por uma ligação glicosidica ~-1,4 Na sacarose, glicose e frutose estão ligadas por uma ligação glicosídica a-1,2, ,~~ OH OH H OH a-D-glicose ,vF:~ ~ H OH ~-D-glicose ~ CH20HO H ~H H 1 OH OH H OH ,vF>: H~ H OH ~-D-glicose ,vF:"": H~ H OH ~-D-glicose Figura 3.15 Os dissacarídeos são formados por ligações gli- cosídicas As ligações glicosídicas entre dois monossacarídeos criam dissacarídeos muito diferentes, O tipo de dissacarídeo forma- do depende de quais monossacarídeos estão ligados, do local (qual átomo de carbono está ligado) e da forma (a ou ~) da ligação, Os oligossacarídeos contêm vários monossacarídeos conecta- dos por ligações glicosídicas em diversos pontos, Muitos oligossa- carídeos têm grupos funcionais adicionais, que lhes conferem propriedades especiais, Estão freqüentemente ligados de forma covalente a proteínas e lipídeos na superfície celular externa, onde servem como sinais de reconhecimento celular. Os grupos san- güíneos humanos (como os tipos sangüíneos ABO) obtêm sua especificidade pelas cadeias de oligossacarídeos, Os polissacarídeos armazenam energia ou fornecem materiais estruturais Os polissacarídeos são cadeias gigantes de monossacarídeos co- nectados por ligações glicosídicas (Figura 3.16), • O amido'é um polissacarídeo de glicose com ligações glicosí- dicas na orientação a, • O glicogênio é um polissacarídeo de glicose altamente rami- ficado, • A celulose é também um polissacarídeo de glicose, mas seus monossacarídeos individuais estão conectados por ligações glicosídicas na orientação ~, Formação da ligação a\' Formação da ligação ~\' Formação da ligação a\' Ligação glicosidicaa-1 ,4 CH 2 0H ~~H :H 2 0HO o~ OH H o H H OH H OH Ligação glicosídica~-1 ,4 ~ 0~:H20HO OH H H H OH I ~-D-glicose ~-D-glicose Celobiose Ligação glicosídica a-1 ,2 ~vr:'1, )?''jbff ""o 4 CH20H OH H a-D-glicose Frutose Sacarose O amido compreende uma família de moléculas gigantes de es- trutura amplamente similar, Enquanto todos os amidos são gran- des polímeros de glicose com ligações a (ver a Figura 3,16A), os amidos diferentes podem ser distinguidos pela quantidade çie ra- mificações nos carbonos 1 e 6 (Figura 3,16B), Alguns amidos de plantas não se ramificam, como a amilose das plantas; outros são moderadamente ramificados, como a amilopectina, O amido se liga prontamente à água e, quando ela é removida, o amido não- ramificado tende a formar pontes de hidrogênio entre as cadeias de polissacarídeos, que então se agregam, O pão se torna duro pois quando ele seca as cadeias de polissacarídeos no amido se agregam, Adicionandoágua e aquecendo levemente, as cadeias se separam e o pão se torna mais macio, O glicogênio armazena glicose no fígado e nos músculos de ani- mais, O amido e o glicogênio servem como compostos armazena- dores de energia para plantas e animais; respectivamente, Esses polissacarídeos são prontamente hidrolisados a monômeros de glicose, os quais, por sua vez, podem ser posteriormente degra- dados para liberar sua energia, Se a glicose é realmente necessá- ria como combustível, por que deve ser armazenada em forma de polímero? A razão é que mil moléculas de glicose exerceriam mil vezes a pressão osmótica, causando a entrada de água nas células Pontesde hidrogêniocom outrasmoléculas de celulosepodemocorrer nestespontos. Celulose é um polímero não-ramificado de glicose com ligações glicosídicas ~-1,4 que são quimicamente muito estáveis. Glicogênio e amido são polímeros de glicose com ligações glicosídicas a-1 ,4. Ligações glicosídicas a-1 ,6 produzem ramificação no carbono 6. Moléculas de celulose paralelas formam pontes de hidrogênio para formar fibrilas finas. Camadas de fibras de celulose, vistas nesta micrografia eletrônica, dão grande força às paredes celulares vegetais. Ramificada (amido) •• ••'). 'i ...;'J•.. / •.•. -)r, . .;<.... f\-- ••• •••• A ramificação limita o número de pontes de hidrogênio que podem se formar na molécula do amido, tornando o amido menos compacto que a celulose. Marcados em vermelho nesta micrografia, os depósitos de amido têm forma granular no interior das células Figura 3.16 Polissacarídeos representativos Celulose, amido e glicogênio demonstram níveis diferentes de ramificação e com- pactação em polissacarídeos. A quantidade elevada de ramificações no glicogênio torna seus depósitos sólidos mais compactos que o amido. Corados em rosa nesta micrografia, vemos os depósitos de glicogênio no fígado humano. (ver Seção 5.3) Se não fosse pelos polissacarídeos, vários organis- mos gastariam muito tempo e energia eliminando o excesso de água de suas células. A celulose é o componente predominante das paredes celu- lares vegetais e o composto orgânico mais abundante da Terra. O amido pode ser degradado mais ou menos facilmente pelas ações de compostos químicos ou de enzimas. A celulose, entretanto, é quimicamente mais estável devido a suas ligações glicosídicas p. Assim, o amido é um bom meio de armazenamento, podendo ser facilmente degradado, a fim de fornecer glicose para as reações produtoras de energia, enquanto a celulose constitui um excelente material estrutural que pode resistir a condições ambientais seve- ras sem alterações. Os carboidratos modificados quimicamente contêm grupos funcionais adicionais Alguns carboidratos são modificados quimicamente por adição de grupos funcionais, tais como fosfato e grupos amino (Figu- ra 3.17). Por exemplo, o carbono 6 na glicose pode ser oxida- do a partir de -CH20H para um grupo carboxila (- COOH), produzindo ácido glicurônico. Ou um grupo fosfato pode ser adicionado a um ou mais grupos -OH. Alguns desses açúcares- fosfatos, tais como frutose 1,6-bifosfato, são importantes inter- Figura 3.17 Carboídratos quimicamente modificados Grupos funcionais adicionados modificam a forma e as propriedades de um carboidrato. A Irutose 1 ,6-biloslato está envolvida nas reações que liberamenergia a partir da glicose (Os números no seu nome relerem-se aos carbonos da ligação do loslato; bi - indica que dois loslatos estão presentes) Os monossacarídeos glicosamina e galactosamina são amino-açúcares com um grupo amino no lugar de um grupo hidroxila. A quitina é um polímero de N-acetilglicosamina; Grupos N-acetil fornecem pontos adicionais para pontes de hidrogênio entre os polímeros. o ./ Grupos loslato \ II o -0-1 __ 0-C~H2 o~-o-r--o- H H HCjJlOH ~Frutose OH H Frutose 1,6-bifosfato mediários nas reações de energia celulares, que discutiremos no Capítulo 7. Quando um grupo amino é substituído por um grupo -OH, ami- no-açúcares como a glicosamina e a galactosamina são produzidos. Esses compostos são importantes na matriz extracelular (ver Seção 4.4), onde formam partes de glicoproteínas envolvidas na manuten- ção da união dos tecidos. A galactosamina é o principal componente da cartilagem, material que forma capas nas terminações de ossos e enrijece as orelhas e o nariz. Um derivado da glicosamina produz o polímero qui tina, que é o principal polissacarídeo estrutural nos esqueletos de insetos e muitos crustáceos (tais como caranguejos e lagostas), bem como na parede celular dos fungos. Fungos, insetos e crustáceos constituem mais de 80% das espécies já descritas. Assim, a quitina, que sustenta seus corpos, é uma das substâncias mais abundantes do planeta. ~ CH20HO H H OH H HO OH H NH2-Grupo amino H~~H20HO H OH H H OH H NH2 1-------------1 . , CH3 .....--'-GrupoN-acetll, I , . Glicosamina : y=o: CH20H i : H N- H i "~~H :' o; i H o H :H, H N- H : CH2 OH ,0=6 '- - - - - - -- - - - ---' I N-acetilglicosamina CH3 N-H Io=c I CH3 A galactosaminaé um componente importanteda cartilagem,tecido conectivoem vertebrados. 3.3 RECAPITULAÇÃO Carboidratos são compostos de carbono, hidrogênio e oxi- gênio em uma razão geral de 1:2:1. Eles fornecem energia e estrutura para as células e são precursores de numero- sas moléculas biológicas importantes. Os monossacaríde- os podem ser conectados por ligações glicosídicas para formar dissacarídeos, oligossacarídeos e polissacarídeos. • Você pode desenhar a estrutura química de um dissacarí- deo formado por dois monossacarídeos? Ver Figura 3.15. • Quais qualidades dos polissacarídeos amido e glicogênio os tornam úteis para o armazenamento de energia? Ver p. 51 e Figura 3.16. • Olhando as moléculas de celulose na Figura 3.16A, você pode ver onde um grande número de pontes de hidrogênio está presente na estrutura linear da celulose demonstrada na Figura 3.168? Você compreende por que esta estrutura é tão forte? Vimos agora de que forma os monômeros de aminoácidos for- mam os polímeros de proteínas e como os monômeros sacarídi- cos constituem os polímeros de carboidratos. Agora analisaremos os lipídeos, que são especiais entre as quatro classes de moléculas biológicas grandes no sentido de que não são, estritamente falan- do, polímeros. 3.4 Quais são as estruturas químicas efunções dos lipídeos? Os lipídeos são hidrocarbonetos insolúveis em água, devido às suas muitas ligações covalentes apoIares. Como vimos na Seção 2.2, moléculas de hidrocarbonetos apoIares são hidrofóbicas e agregam-se preferencialmente entre elas, distantes da água, que é polar. Quando as moléculas apoIares estão suficientemente pró- ximas, forças de van der Waals fracas, mas aditivas, as unem. Esses enormes macromoleculares agregados não são polímeros no sen- tido químico estrito, já que suas moléculas de lipídeos individuais não se encontram covalentemente ligadas. Entretanto, eles podem ser considerados polímeros de suas unidades lipídicas individuais. Diferentes tipos de lipídeos desempenham diversos papéis nos organismos vivos: • As gorduras e os óleos armazenam energia. • Os fosfolipídeos desempenham papéis estruturais importan- tes nas membranas celulares. • Os carotenóides ajudam as plantas a capturar energia solar. • Os esteróides e os ácidos graxos modificados desempenham papéis regulatórios como hormônios e vitaminas. • A gordura serve como isolante térmico no corpo dos animais. • Um revestimento lipídico envolve os nervos e age como iso- lante elétrico. • Óleo ou ceras na superfícieda pele, pêlo e penas repelem a água. Figura 3.18 Síntese de um triglicerídeo Emorganismos vivos,a reação que forma os triglicerídeosé mais complexa. mas o resultado finalestá de- monstrado aqui. H H2C C CH2 H Glicerol I I I H2C C CH2(umálcool)OH OH OH I I I O O O '\ • I - C-- LigaçãoOH OH OH O=C O=C O-I éster + I I I I I O=C O=C O=C 3 H20 /CH2 /CH2 /CH2 I I I H2C"" H2C"" H2C"" /CH2 /CH2 /CH2 A sínteseda /CH2 /CH2 /CH2 3 H2C"" H2C"" H2C"" ligaçãoésteré H2C"" H2C"" H2C"" moléculas /CH2 /CH2 /CH2 umareaçãode condensação. /CH2 /CH2 /CH2de ácidos H2C"" H2C"" H2C""graxos H2C"" H2C"" H2C"" /CH2 /CH2 /CH2 /CH2 /CH2 /CH2 H2C"" H2C"" H2C"" H2C"" H2C"" H2C"" . /CH2 /CH2 /CH2 /CH2 /CH2 /CH2 H2C"" H2C"" H2C"" H2C"" H2C"" H2C"" /CH2 /CH2 /CH2 /CH2 /CH2 /CH2 H2C"" H2C"" H2C"" H2C"" H2C"" H2C"" /CH2 /CH2 /CH2 /CH2 /CH2 /CH2 H2C"" H2C"" H2C"" H2C"" H2C"" H2C"" /CH2 /CH2 /CH2 CH3 CH3 CH3 H2C"" H2C"" H2C"" TriglicerídeoCH3 CH3 CH3 Quimicamente, as gorduras e os óleos são triglicerídeos, também co- nhecidos como lipídeos simples. Os triglicerídeos sólidos em tempe- ratura ambiente (2ü°C)são chamados de gorduras, e os líquidos em temperatura ambiente são chamados de óleos.Dois tipos de blocos construtores compõem os triglicerídeos: ácidos graxas e glicerol. O glicerol é uma molécula pequena com três grupos hidroxila (-OH) Oogo é um álcool).Os ácidos graxos são uma longa cadeia hidro- carbonada apoIar e um grupo funcional polar carboxila (- COOH). Um triglicerídeo contém três moléculas de ácidos graxos e uma molécula de glicerol.O grupo carboxilade um ácido graxo pode re- agir com o grupo hidroxila do glicerol, resultando em uma ligação covalente chamada de ligação éster e água. (Figura 3.18). Os três ácidos graxos numa molécula de triglicerídeo não ne- cessitam ter todos o mesmo comprimento de cadeia carbonada ou estrutura: • Em ácidos graxos saturados, todas as ligações entre os áto- mos de carbono em uma cadeia hidrocarbonada são ligações simples - não existem ligações duplas. Ou seja, todas as cone- xões são saturadas com átomos de hidrogênio (Figura 3.19A). Essas moléculas de ácidos graxos são relativamente rígidas e lineares, e se adaptam fortemente umas às outras, como os vários lápis de uma caixa. • Em ácidos graxos insaturados, a cadeia de hidrocarbonetos contém uma ou mais duplas ligações. O ácido oléico, por exemplo, é um ácido graxo monoinsaturado com uma dupla li- gação próxima ao meio da cadeia hidrocarbonada, que causa uma dobra na molécula (Figura 3.19B). Alguns ácidos graxos têm mais de uma ligação dupla e dobras múltiplas; eles são ácidos graxos poliinsaturados. Essas dobras previnem as molé- culas de gordura insaturada de interagirem fortemente. As dobras nas moléculas de ácidos graxos são importantes na determinação da fluidez e do ponto de fusão de um lipídeo. Os triglicerídeos das gorduras animais tendem a ter muitos ácidos graxos satura dos de cadeia longa, interagindo fortemente; essas gorduras são em geral sólidas à temperatura ambiente e têm um alto ponto de fusão. Os triglicerídeos das plantas, como óleo de milho, tendem a ter ácidos graxos insaturados ou curtos. Devido a essas dobras, esses ácidos graxos interagem de forma menos com- pacta e apresentam um baixo ponto de fusão; esses triglicerídeos são normalmente líquidos em temperatura ambiente. Gorduras e óleos são excelentes armazenadores de ener- gia. Em 1900, o engenheiro alemão Rudolf Diesel usou óleo de amendoim para fazer funcionar um de seus pri- meiros motores de automóvel, e recentemente houve o ressurgimento da tecnologia do biodiesel. Uma bem su- cedida aplicação converte o óleo de cozinha usado em "combustívelde batatas fritas". Os lipídeos e a água não interagem; quando água e lipídeos se misturam, formam duas fases distintas. Muitas substâncias bio- logicamente importantes - íons, açúcares e aminoácidos livres - solúveis em água mostram-se insolúveis em lipídeos. Como os triglicerídeos, os fosfolipídeos contêm ácidos gra- xos ligados ao glicerol por ligações ésteres. Em fosfolipídeos, en- tretanto, qualquer um dos diversos compostos contendo fosfato substitui um dos ácidos graxos (Figura 3.20A). O grupo funcional fosfato tem carga elétrica negativa, então essa porção da molécula é hidrofilica, atraindo moléculas polares de água. Já os dois ácidos graxos são hidrofóbicos, agregando-se distantes da água. Em ambiente aquoso, os fosfolipídeos se organizam em fila de forma que as"caudas"hidrofóbicas e apoiares interajam forte- mente, e as" cabeças" contendo fosfato fiquem voltadas para fora, onde atuam com a água. Os fosfolipídeos assim formam uma bi- camada, uma folha com duas moléculas de espessura, da qual a água é excluída (Figura 3.20B). As membranas biológicas têm esse tipo de estrutura em bicamada lipídica; dedicaremos todo o Capítulo 5 às suas funções biológicas. Todas as ligações entre átomos de carbono são simples, produzindo um ácido graxo saturado (cadeia carbônica é linear). A cadeia linear permite a esta molécula interagir fortemente com outras moléculas similares. As dobras previnem o empacotamento próximo. Duplas ligações entre dois carbonos produzem um ácido graxo insaturado (cadeia carbônica tem dobras). Figura 3.19 Ácidos graxos satura dos e insaturados (A) A cadeia hidrocarbonada linearde um ácido graxo saturado permite à molécula interagirfortemente com outras moléculas similares. (8) Emácidos graxos insaturados, dobras na cadeia previnemempa- cotamento próximo. Note a convenção nos modelos moleculares de preenchimento espacial aqui demonstrados: cinza, H; vermelho, O; preto,C. CH3 I H3C-N+-CH3 I CH2 I CH2 Io I Fosfato '0 -p=o I O I H2C--CH -CH2 I I O O I I c=o c=o I I CH2 CH2 Cadeias Hidro- carbonadas A "cabeça" hidrofilica é atraída pela água, que é polar. c,b"" r hidrofílica -t CargapositivaCarga negativa Cauda hidrofóbica Certas classes de lipídeos não se baseiam na estrutura glicerol- ácido graxo. Por serem constituídas amplamente de carbono e hi- drogênio e serem apoIares, estas moléculas ainda classificam-se como lipídeos. CAROTENÓIDES Os carotenóides são urna família de pigmentos absorventes de luz encontrados nas plantas e nos animais. O be- ta-caroteno (~-caroteno) é um pigmento que fixa a energia solar nas folhas durante a fotossíntese. Nos humanos, uma molécula de ~-caroteno pode ser degradada em duas moléculas de vitamina A (Figura 3.21), a partir das quais produzimos o pigmento rodop- 13-caroteno / ~ Figura 3.20 Fosfolipídeos (A)Fosfatidilcolina (Iecitina) de- monstra a estrutura de uma molécula ,de fosfolipídeo. Em outros fosfolipídeos, os aminoácidos serina, o açúcar álcool inositol ou outros compostos substituem a colina. (B) Em ambiente aquoso, as interaçães hidrofóbicas unem as "caudas" de fosfolipídeos no interior de uma bicamada de fosfolipídeo, As "cabeças" hidrofílicas estão voltadas para fora em ambos os lados da bicamada, onde interagem com as moléculas de água ao redor, Em ambiente aquoso, as "caudas" ficam distantes da água e as "cabeças" interagem com a água, formando uma bicamada. "Cabeças" Hidrofílicas - "Caudas" Hidrofóbicas dos Ácidos graxos - "Cabeças" Hidrotnicas sina, necessário para a visão, Os carotenóides são responsáveis pelas cores das cenouras, dos tomates, das abóboras, das gemas de ovo e da manteiga. ESTERÓIDES Os esteróides são uma família de compostos orgâ- nicos cujos anéis múltiplos compartilham carbonos (Figura 3.22), O esteróide colesterol é um importante constituinte das membra- nas. Outros esteróides funcionam como hormônios, sinais quími- cos que transportam mensagens de uma parte do corpo para outra (ver Capítulo 47). Sintetizado no fígado, o colesterol é o material inicial para a produção de testosterona e de outros hormônios esteróides, bem como de sais biliares que ajudam a emulsificar gorduras da dieta, o que permite que possam ser digeridas. O co- lesterol é absorvido de alimentos como leite, manteiga e gorduras animais. Figura 3.21 O 13-caroteno é fonte de vitamina A O carotenóide ~-caroteno ésimétrico ao redor da sua dupla ligação central; quando a ligação é quebrada o resultado são duas moléculas de vitamina A A fórmula estrutural simplificada usa- da aqui é a taquigrafia química padrão para moléculas orgânicas grandes com muitos átomos de carbono, Fórmulas estruturais estão simplificadas por omitir o C (indicando um átomo de carbono) nas intersecçães das linhas representando ligações covalentes, Átomos de hidro- gênio (H) para preencher todos os sítios de ligação disponíveis em cada C são considerados. o colesterol é um constituinte de membranas e é a fonte de hormônios esteróides. A vitamina 02 pode ser produzida na pele pela ação da luz sobre um derivado do colesterol. o CH20H d55H3C~C/OHHOH3CO /./ o cortisol é um hormônio secretado pelas glãndulas adrenais. A testosterona é um hormônio sexual masculino. Figura 3.22 Todos os esteróides têm a mesma estrutura em anelOs esteróides demonstrados aqui, todos importantes em vertebrados, compõem-se de carbono e hidrogênioe são altamen- te hidrofóbicos.Entretanto, pequenas variações químicas, como a presença ou ausência de um grupo hidroxila,podem produzirenor- mes diferenças funcionais entre estas moléculas. VITAMINAS As vitaminas são moléculas pequenas não-sin- tetizadas no corpo e devem ser adquiridas de fontes dietéticas (ver Capítulo 56). Por exemplo, a vitamina A é formada a partir do ~-caroteno encontrado em vegetais verdes e amarelos (Figura 3.21). Em humanos, a deficiência de vitamina A causa perda de turgidez na pele, nos olhos e nas superfícies corporais internas; crescimento e desenvolvimento retardado; e cegueira noturna, sintoma de diagnóstico para a deficiência. As vitaminas D, E e K também são lipídeos. CERAS O brilho do cabelo humano não existe somente para propósitos cosméticos. Glândulas na pele secretam uma camada de cera que repele a água e mantém o cabelo flexível.Os pássaros que vivem próximos à água têm uma camada de cera semelhante sobre suas penas. As folhas brilhantes do azevinho, comuns nos feriados de inverno, têm também essa camada. Finalmente, as abelhas fabricam os favos a partir de cera. Todas as ceras têm a mesma estrutura básica: são formadas por uma ligação éster entre um ácido graxo satura do de cadeia longa e um álcool de cadeia longa saturado. O resultado é uma molécula muito longa, com 40 a 60 grupos CH2. Por exemplo, aqui está a estrutura da cera da abelha: \ 0-CH2 Ligação éster A estrutura altamente apoIar contribui para a impermeabilidade da cera à água. 3.4 RECAPITULAÇÃO Os lipídeos são moléculas apoiares compostas amplamen- te de carbono e hidrogênio. São importantes no armazena- mento de energia e estruturas biológicas. As membranas celulares contêm fosfolipídeos, compostos de ácidos gra- xos hidrofóbicos ligados ao glicerol e a um grupo fosfato hidrofílico. • Você pode desenhar as estruturas moleculares de ácidos graxos e glicerol e demonstrar como eles se ligam para for- mar um triglicerídeo? Verp. 55 e Figura 3.18. • Qual é a diferença entre gorduras e óleos? Verp. 55. • Você pode explicar como a natureza polar dos fosfolipídeos resulta na formação da bicamada? Verp. 55 e Figura 3.20. • Por que os esteróides e algumas vitaminas são classifica- dos como Iipídeos? Verp. 56-57. Embora todas as grandes moléculas discutidas neste capítulo sejam encontrados apenas nos organismos vivos, a classe final de moléculas biológicas que discutiremos é especialmente liga- da ao mundo vivo. A função dos ácidos nucléicos não é nada menos que a transmissão do "protótipo" da vida para cada novo organismo. 3.5 Quais são as estruturasquímicas e funções dos ácidos nucléicos? Os ácidos nucléicos são polímeros especializados no armazena- mento, na transmissão e no uso da informação genética. Existem dois tipos de ácidos nucléicos: o DNA(ácido desoxirribonucléico) e o RNA (ácido ribonucléico). O DNA é uma macromolécula que codifica a informação hereditária e a passa de geração a geração. Por meio de um RNA intermediário, a informação codificada no DNA é também usada para especificar a seqüência de aminoá- cidos das proteínas. A informação flui de DNA para DNA na re- produção, mas nas atividades não-reprodutivas da célula, a infor- mação flui de DNA para RNA e para proteínas, que, finalmente, desempenham suas funções vitais. Os nucleotídeos são os blocos construtores dos ácidos nucléicos Os ácidos nucléicos são compostos de monômeros chamados nucleotídeos, cada um dos quais consiste em um açúcar pento- se, um grupo fosfato e uma base contendo nitrogênio. As bases dos ácidos nucléicos têm uma das duas formas químicas: uma estrutura em um anel único chamada de pirimidina ou uma estrutura de anéis fundidos chamada de purina (Figura 3.23). (As moléculas que consistem em um açúcar pentose e de uma base nitrogenada, mas sem grupo fosfato, são chamadas nucleo- sídeos). No DNA, o açúcar pentose é a desoxirribose, a qual difere da ribose encontrada no RNA por um átomo de oxigênio (ver Figura 3.14.)
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