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Constitucional I (Aula 1)
Origem do constitucionalismo moderno.
O constitucionalismo moderno tem origem na transição do modelo de Estado absolutista para o modelo de Estado liberal, como uma decorrência das chamadas revoluções liberais. Sendo assim de um modelo caracterizado pela concentração das funções estatais e pelo exercício arbitrário do poder (Estado absolutista),migramos para um modelo caracterizado pela existência de uma constituição que cria, divide e limita o exercício das funções executivas, legislativas e judiciária, sendo tal modelo preservado por um sistema de fiscalização recíproca entre os poderes, denominada SISTEMA DE FREIOS E CONTRAPESOS (Estado liberal).
Conceito de constituição.
A constituição deve ser entendida como a lei fundamental e suprema de um Estado, contendo normas relativas à sua organização, à definição de direitos, deveres e garantias individuais e sociais, além do estabelecimento de regras relativas ao processo legislativo.
Classificações da constituição.
Quanto à forma
Constituição escrita é aquela que reúne em um único documento, solenemente aprovado por um órgão constituinte, todas as normas constitucionais. Além disso, tende a ser uma constituição analítica, longa e detalhada, disciplinando de forma por menorizada os temas que consagra.
Constituição não escrita é aquela composta por variados documentos constitucional elaborados em momentos diversos e por razões próprias. Além disso, tal constituição é dotada de um caráter essencialmente principiológico, consagrando valores constantemente transformados no seio da sociedade, o que reforça o papel dos costumes e da jurisprudência como fontes do direito.
 Quanto à estabilidade
Constituição rígida é aquela que somente pode ser alterada através de um procedimento especial, mais solene e dificultoso do que aquele empregado na elaboração das leis.
Constituição flexível é aquela que admite a alteração do seu texto através de procedimento idêntico à aquele empregado na elaboração da lei.
Ex: Magna carta = lei -> fez uma lei pode revogar a magna carta.
Constituição semirrígida é aquela que em parte do seu conteúdo, somente admite modificação através de procedimento especial, a exemplo de uma emenda constitucional (parte rígida), no entanto, seu conteúdo restante admite alteração através de lei (parte flexível).
Constituição imutável é aquela que não admite alteração do seu texto, sendo uma constituição em desuso, à medida que tende a perder a legitimidade em face das transformações da sociedade.
	
	Nº de votações em cada casa no congresso
	Quorum
	L.O
	 1
	Maioria simples ou relativa – maioria dos presentes.
	L.C
	 1
	Maioria absoluta- maioria dos membros da casa
	E.C
	 1
	Maioria qualificada – 3/5 ou 60% dos membros da casa.
L.0 = Lei Ordinária
L.C = Lei Complementar
E.C = Emenda Constitucional
QUESTÃO
Na hipótese de uma lei se incompatibilizar com uma constituição semirrígida, estaremos diante do fenômeno da inconstitucionalidade?
Só haverá inconstitucionalidade caso a parte violada seja a parte rígida, se for a parte flexível não é caso de inconstitucionalidade é caso de revogação.
Aula 2.
Quanto à origem
Constituição promulgada é aquela que tem origem da vontade do povo, ainda que, por vezes, sua elaboração seja delegada a um órgão representativo denominado Assembleia constituinte.
Constituição outorgada é aquela imposta ao povo, sendo proveniente de um ato arbitrário, o que lhe confere um caráter essencialmente antidemocrático.
Constituição cesarista ou bonapartista é aquela elaborada sem a participação do povo, no entanto, para que entre em vigor deve ser aprovada através de um referendo. 
Quanto ao modo de laboração
Constituição dogmática – Em geral, é uma constituição escrita e analítica, que consagra em seu texto, de forma detalhada as ideias predominantes na sociedade sobre a teoria política e a teoria do direito, no momento de sua elaboração.
OBS1- Em razão das transformações experimentadas pela sociedade é uma tendência que tal constituição deixe de representar seus interesses, o que explica o elevado número de emendas constitucionais a que se submete.
OBS2- A constituição federal de 1988 é dogmática, o que explica, em certa medida, o grande número de emendas constitucionais ao qual foi submetida ao longo de sua vigência. No entanto, tal constituição é dotada de diversos princípios que são normas abertas, por enunciarem valores, o que favorece a ocorrência do fenômeno da MUTAÇÃO CONSTITUCIONAL, ou seja, da mudança de sua interpretação.
Constituição histórica- é uma constituição sintética enunciando, em regra normas de caráter principiológico, além do seu caráter costumeiro, e reforça o papel da jurisprudência em seu processo contínuo de mutação constitucional, de mudança em sua interpretação.
Quanto à extensão.
Constituição analítica – é uma constituição longa e detalhada, sendo tipicamente adotada em países que consagram o sistema Civil Law. Portanto, em geral também será dogmático.
Constituição sintética- é uma constituição estritamente principiológica, o que denota a elaboração de um texto dotado de poucos dispositivos, sendo típica de países que consagram o sistema Common Law, o que a torna uma constituição costumeira.
Quanto à finalidade
Constituição de garantia – é a constituição tipicamente liberal,que tem origem no final do século 18,objetivando consagrar estritamente os direitos fundamentais de primeira geração (direito individuais) que buscavam proteger a autonomia individual do arbítrio do Estado.
Constituição de balanço – é aquela que preserva os direitos de primeira geração (direitos individuais), mas também consagram os direitos de segunda geração (direitos sociais), que exigem do Estado a promoção de políticas, visando concretizar a igualdade material, a justiça social.
Constituição dirigente – Consagra, simultaneamente, os direitos individuais e sociais, no entanto, se diferencia da constituição de balanço porque estabelecem políticas mínimas vinculando o Estado à realização de determinados programas, por isso, é chamado de constituição dirigente.
AULA 3
Quanto ao conteúdo 
Constituição formal – é o texto constitucional propriamente dito, solenemente aprovado por um órgão constituinte. Em consequência, todas as normas que integram o corpo da constituição somente poderão ser alterados através de emenda constitucional, independentemente de sua relevância.
Constituição material – é o conjunto de temas ou matérias que guardam relevância constitucional, estejam ou não consagrados no corpo da constituição.
Espécies de supremacia da constituição 
Supremacia formal – Decorre da rigidez jurídica da constituição. Por ser juridicamente rígida, a constituição não admite ser alterada através de procedimento legislativo ordinário, o que a coloca em uma posição hierárquica superior em relação a todas as demais normas existentes.
Supremacia material – Decorre da rigidez sociológica, dá especial proteção que uma sociedade dedica a constituição.
A constituição e o conflito de normas no tempo
O conflito entre a constituição nova e a constituição anterior
Em um ordenamento jurídico somente há espaço para a vigência de uma constituição. Sendo assim, ao entrar em vigor uma constituição nova, temos a REVOGAÇÃO GLOBAL da constituição anterior.
No entanto, nada impede que a constituição nova determine que algumas normas da constituição revogada permaneçam vigentes no ordenamento jurídico que se inicia, o que poderá ocorrer através de 2 fenômenos:
Recepção material- Ocorre quando a constituição nova determina, expressamente, que uma norma da constituição anterior seja incluída em seu texto.
Desconstitucionalização das normas constitucionais- Ocorre quando a constituição nova determina, expressamente, que uma norma da constituição anterior permaneça vigente na nova ordem jurídica, no entanto, com hierarquia de norma infraconstitucional, como lei.O conflito entre a constituição nova e o ordenamento infraconstitucional anterior.
Ao entrar em vigor uma nova constituição, não ocorre o fenômeno da revogação global do ordenamento infraconstitucional anterior, caso contrário, estaríamos diante de um vácuo normativo incontornável, com consequências gravíssimas sobre o princípio da segurança jurídica.
Em consequência, todas as normas infraconstitucionais anteriores devem ser submetidas a um processo de filtragem constitucional, verificando-se sua compatibilidade material com a nova constituição.
Portanto aquelas normas que demonstrarem compatibilidade material com a constituição nova serão submetidos a um juízo de recepção, permanecendo em vigor, como uma decorrência do princípio da continuidade da ordem jurídica.
Em contrapartida, aquelas que demonstrarem incompatibilidade material, serão objetos do fenômeno da não recepção, tendo-se por revogadas tacitamente. 
QUESTÃO:
Aponte 2 diferenças entre os fenômenos da recepção material e da recepção:
Recepção – Tácita e infraconstitucional.
Recepção material- Expressa e constitucional 
A inexistência de inconstitucionalidade formal superveniente.
A jurisprudência do STF é pacífica no sentido de não admitir a chamada inconstitucionalidade formal superveniente. Sendo assim, para que uma norma infraconstitucional anterior a constituição nova seja objeto de recepção, bastará que seja materialmente compatível, independentemente da forma como foi elaborada durante a vigência da constituição anterior.
Ex: O código penal nasceu como um decreto-lei, durante a vigência da constituição federal de 37. A constituição federal de 88 determina que matéria penal somente seja disciplinada através de lei (art 5º § XXXIX). Portanto, a partir da promulgação da nova constituição, o código penal, que foi recepcionada por ser materialmente compatível, assumiu status de lei.
A declaração de inconstitucionalidade e o efeito repristinatório.
Inicialmente, devemos observar que o fenômeno da declaração de inconstitucionalidade, com efeito repristinatório jamais deverá ser confundido com o fenômeno da repristinação.
Segundo o art 2º,§3 da LINDB, a repristinação ocorre quando uma lei 1 é revogada por uma lei 2 e esta, por sua vez também vem a ser revogada por uma lei 3, que determina a restauração da vigência da lei 1.
Lei 1 Lei 2 Lei 3
revogação revogação	Lei 1
Por outro lado,a declaração de inconstitucionalidade com efeito repritinatório ocorre quando uma lei 1 é aparentemente revogada por uma lei 2, que vem a ser declarada inconstitucional.
Logo, a lei 2 jamais poderia ter revogado validamente a lei 1, o que repercute na restauração da sua eficácia(efeito repristinatório).
Lei 1 Lei 2 STF
 Revogação Ação judicial	Lei 1
AULA 4
A eficácia do preâmbulo da constituição.
A jurisprudência do supremo tribunal federal consolidou o entendimento no sentido de que o preâmbulo da constituição não integra o seu corpo normativo, sendo assim, deve ser compreendido como uma peça de informação a orientar o intérprete da constituição quanto aos valores que inspiravam a assembleia nacional constituinte, no momento de sua elaboração. Em consequência, não será possível, fundamentar no preâmbulo da constituição a declaração da inconstitucionalidade de qualquer norma jurídica, o que somente poderá ocorrer em relação ao seu corpo normativo.
Classificações das normas constitucionais
Quanto sua eficácia 
Classificação de José Afonso da Silva.
Normas constitucionais de eficácia plena – São aquelas que consagram em seu conteúdo TODOS os elementos INDISPENSÀVEIS à geração imediata dos seus efeitos, sendo, portanto, normas Autoaplicáveis ou Autoexecutáveis.
Além disso, tais normas são dotadas de eficácia integral à medida que não admitem a restrição de seu conteúdo através de lei, ainda que isso possa ocorrer através de emenda constitucional (desde que não seja uma CLAÚSULA PÉTREA).
EX: Art 2º, art 5º,§ I, art 5º, § v
Normas constitucionais de eficácia contida – São aquelas que consagram em seu conteúdo elementos SUFICIENTES para a geração imediata dos seus efeitos. Logo, também são normas Autoaplicáveis ou Autoexecutados. No entanto, tais normas não oferecem garantia de eficácia integral à medida que autorizam a restrição do seu conteúdo através de norma infraconstitucional, através de lei.
EX: Art 7º, § I, art 7º XI, XIX.
Classificação de Maria Helena Diniz.
Normas constitucionais de eficácia absoluta – São aquelas que não admitem a restrição do seu conteúdo, nem mesmo através de emenda constitucional, razão pela qual, são denominadas CLAÚSULAS PÉTREAS da constituição, cuja fonte material é encontrada no Art 60º, § 4º, I – IV,CRFB.
EX: Art 18º, caput (forma federativa), art14º caput (voto direto e secreto), Art 2º(separação dos poderes), Art 5º (direitos e garantias individuais)
Normas constitucionais de eficácia plena- Igual ao conceito de classificação de José Afonso da Silva
Normas constitucionais de eficácia relativa restringível- Igual a norma constitucional de eficácia contida José Afonso da Silva.
Normas constitucionais de eficácia relativa dependentes de complementação legislativa- São aquelas que José Afonso da Silva denominou normas constitucionais de eficácia limitada. No entanto, ainda que a autora ratifique o entendimento no sentido de que tais normas não geram efeitos positivo imediato, ao menos, são dotadas de eficácia negativa imediata, gerando efeito invalidatório sobre todas as normas infraconstitucionais que com elas sejam compatíveis.
Quanto à finalidade.
Classificação de Luis Roberto Barroso
Normas constitucionais de organização- São aquelas que têm por finalidade organizar o Estado definindo sua estrutura 
EX: Art 44(poder legislativo), art 76º (poder executivo), art 92º(poder judiciário). 
Normas constitucionais definidora de direitos- São aquelas que consagram direitos e garantias individuais e sociais.
EX: Art 5º(direitos individuais), art 6º(direito sociais), art 14º (direitos políticos).
Normas constitucionais programáticas- São aquelas que estabelecem programas, linhas de atuação para o Estado, vinculando-o à realização de determinadas políticas, cujo objetivo é a promoção da igualdade material, da justiça social. Tais normas exigem a realização imediata de tais políticas, ainda que por vezes, deixe em aberto a forma de promovê-las, que deverá ser escolhida pelo governante. No entanto, a ausência absoluta de qualquer destas políticas caracterizará uma inconstitucionalidade por omissão.
EX: Art 215 e 218 CF.
AULA 5
Teoria do poder constituinte.
Espécies de poder constituinte.
Poder constituinte originário (PCO)
A.1- Conceito
O PCO deve ser entendido como a manifestação suprema da vontade política de um povo, sendo responsável pela instauração de uma nova ordem constitucional. Trata-se de um poder distinto, anterior e fonte de autoridade de todos os demais poderes existentes na sociedade.
Devemos observar, ainda, que o PCO é um poder essencialmente político titularizado pelo povo, mas, absolutamente imprevisível quanto ao momento e quanto à sua forma de sua manifestação. Além disso, em regra, o seu exercício é delegado a um órgão representativo denominado assembleia constituinte, que se encarrega da elaboração da constituição.
A.2- Formas de expressão.
Em razão de sua essência política, não é possível prever a forma através da qual o PCO será exercido. No entanto, é possível destacar suas formas mais usuais de manifestação, que são as seguintes:
1. A- Assembleia Nacional Constituinte pura- É aquela cujos membros são eleitos pelo povo com a finalidade exclusiva da elaboração da constituição. Em consequência, encerrados os trabalhos constituintes, a assembleia é dissolvida e os seus membros deixam de exercer mandato.
1. B- Assembleia Nacional Constituinte congressual- É aquela cujos membros são eleitospelo povo visando à elaboração da constituição, contudo, em paralelo, atuam como membros do poder legislativo. Portanto, após a promulgação da constituição e a consequente dissolução da assembleia nacional constituinte, os seus integrantes permanecem no exercício de mandato, como integrantes do poder legislativo (poder constituído).
2- Movimento revolucionário.
Ainda que não seja um entendimento pacífico na doutrina, prevalece entre os constitucionalistas a ideia de um movimento revolucionário espelhar os anseios do povo o que repercutiria no exercício legítimo do PCO, quando da elaboração de uma constituição revolucionária.
A.3- Características do PCO.
1 – Inicial 
É inicial porque a sua obra- a constituição- instaura uma nova ordem jurídica. Sendo assim, todas as normas infraconstitucionais pré-existentes devem ser submetidas a uma filtragem, a um juízo de compatibilidade material com a nova constituição, somente, sendo recepcionadas aquelas que demonstrarem tal compatibilidade.
Da mesma forma, todas as normas infraconstitucionais posteriores à promulgação da constituição, somente serão válidas se encontrarem fundamentos na nova ordem constitucional, caso contrário, serão inconstitucionais.
2- Ilimitada 
È ilimitado porque a constituição nova não deve obediência à constituição anterior, não havendo garantia quanto à permanência de clausulas pétreas ou de direitos adquiridos durante a vigência da constituição anterior.
EX: Aposentadoria.
OBS: Após a 2º guerra mundial, e como consequência dela, observamos o surgimento do direito internacional dos direitos humanos, como decorrência da assinatura e da ratificação de tratados e de convenções relativas à matéria. Como integrantes do sistema internacional de proteção aos direitos humanos, o Brasil está obrigado a observa-los no plano interno. Em consequência, podemos dizer que uma nova constituição encontraria como limite material os referidos diplomas internacionais, a desafiar a ideia tradicional da ilimitação do PCO.
3-Incondicionada.
É incondicionado porque não existem requisitos ou condições jurídicas para que venha se manifestar, o que o torna, como mencionado, um poder essencialmente político, imprevisível quanto ao momento e quanto à forma de manifestação.
Poder constituinte derivado (PCD)
B.1- Espécies de PCD
1- PCD reformador
É o poder encarregado pelo PCO de implementar modificações na constituição, sempre observando determinados limites(impostos pelo PCO) sob pena de incidir em inconstitucionalidade.
Limites ao exercício do PCD reformador na CRFB/ 88 
Limites formais- Art 60º, I,II e III, CRFB / Art 60º,§ 2º,3º e 5º,CRFB
Limites circunstâncias- Art 60,§ 1º CRFB
Limites materiais (clausulas pétreas)-A)Explícitas- Art 60º,§ 4,I-IV
 B)Implícitos- Art 2º,ADCT/ Art3º ADCT
AULA 6
 2- PCD decorrente
É aquele encarregado pelo PCO de elaborar constituições estaduais, sempre observando os princípios de organização estabelecidos na constituição federal, sob pena de incidirem em inconstitucionalidade.
B.2- características do PCO.
1- Derivado- É derivado porque somente existe uma razão da vontade do PCO, o que o torna um poder secundário. 
2- Limitado- É limitado porque somente atua de forma legítima quando observa os limites jurídicos impostos pelo PCO, caso contrário,incide em inconstitucionalidade.
3- Condicionado- É condicionado porque é um poder essencialmente jurídico, somente podendo se manifestar observando requisitos ou condições jurídicas fixadas pelo PCO, o que o torna um poder dependente e subordinado.
Hermenêutica Constitucional
Métodos clássicos de interpretação jurídica.
Método Gramatical
Segundo tal método, a norma jurídica deve ser o resultado de um enunciado normativo (texto da norma) interpretado. Logo, a interpretação jurídica não se esgota no enunciado, devendo o intérprete tê-lo como um ponto de partida, sempre observando como limite os sentidos possíveis das palavras.
Método Histórico
Tal método propõe ao intérprete uma investigação a partir de 2 perspectivas: 1º Quais foram os valores e interesses que motivaram o legislador, no momento da elaboração da lei; 2º em consequência, quais seriam os valores e interesses que o legislador tutelaria à época, se tivesse ciência dos fatos atuais.
Método Sistemático
Em um ordenamento jurídico plural e hierarquizado, passa a ser uma exigência, passa a ser uma exigência sua interpretação sistemática de forma a conferir unidade e coerência ao conjunto normativo. Sendo assim, a título de exemplo, uma lei somente poderá ser interpretada de forma razoável quando o intérprete o fizer levando em consideração os fundamentos constitucionais predominantes.
Método Teológico
Tal método propõe ao intérprete desvendar os fins perseguidos pelo legislador. Sendo assim, será indispensável que o intérprete parta de um texto ( método gramatical),observado historicamente (método histórico),levando em consideração o sistema normativo no qual está inserido (método sistemático).
Princípios de interpretação da constituição.
Princípio da supremacia da constituição
Ao interpretar a constituição, o intérprete deverá reconhecer-lhe, uma norma jurídica dotada de supremacia formal, ou seja, uma norma hierarquicamente superior as demais, e de supremacia material, o que decorre da relevância das matérias nela consagradas.
Princípio da unidade da constituição
Tal princípio impõe ao intérprete da constituição 2 considerações fundamentais:
Entre normas constitucionais não existe hierarquia formal, independente das matérias que veiculem;
Como toda a norma constitucional originaria provém da mesma fonte (PCO), a jurisprudência do STF é pacífica no sentido de não admitir que tais normas sejam declaradas inconstitucionais. Portanto, ainda que apresente conflito aparente (em um caso concreto), o intérprete deverá realizar uma ponderação de interesses, buscando uma solução interpretativa, que acomode os interesses em disputa.
Princípio da presunção da constitucionalidade dos atos do poder público.
A constituição é obra do PCO, que é um poder incontrastável e, portanto, superior a qualquer outro poder existente na sociedade. Em consequência, ao instituir o poder executivo, poder judiciário, poder legislativo, a constituição os coloca na condição de órgãos constituídos, sobre os quais recai um dever comum: o respeito à supremacia da constituição.
Portanto, todos os atos oriundos do poder público nascem presumidamente constitucionais, ainda que, tal presunção seja apenas relativa, vale dizer, permanece intacta até o momento de uma declaração definitiva de inconstitucionalidade.
Princípio da interpretação conforme a constituição.
Tal princípio guarda relação direta com o princípio da presunção da constitucionalidade dos atos do poder público. Logo, diante de variadas interpretações possíveis, ainda que algumas delas indiquem algum juízo de inconstitucionalidade de um ato do poder público, se, ao menos uma, conduzir a um juízo positivo de constitucionalidade, a presunção estará, mantida.
No entanto, a partir de então, todas as demais interpretações deverão ser afastadas, somente sendo admitida aquela que conformou o ato com a constituição.
Princípio da máxima efetividade da constituição.
Todo ato do poder público deve ser investido de uma finalidade, ao menos. Sendo assim, na hipótese de variadas opções decisórias se apresentarem como aptas a atingir tal finalidade, o poder público deve escolher aquela que menor restrição impuser, aos direitos fundamentais, pois, com isso, estará conferindo máxima efetividade à constituição.
Princípio da concordância prática.
Tal princípio guarda relação direta com o princípio da unidade da constituição, segundo o qual, nenhuma norma constitucional originária pode ser declarada inconstitucional. Em consequência, diante de conflitos aparentes entre normas constitucionais (casos concretos), o intérprete deverá oferecer uma solução no planoda ponderação de interesses, compatibilizando, na medida do possível, os interesses em colisão. 
Princípio da proporcionalidade.
Adequação-Tal subprincípio exige que o intérprete verifique se o ato praticado pelo poder público tem aptidão para realizar a finalidade para qual foi idealizado. Portanto, estamos diante de uma relação meio/fim, sendo adequado o ato capaz de realizar os fins propostos.
Necessidade ou exigibilidade- Tal subprincípio, também conhecido como subprincípio da menor ingerência possível, é a representação da máxima efetividade da constituição. Sendo assim, um ato do poder público somente será necessário ou exigível, caso seja a opção que menor restrição impõe aos direitos fundamentais.
Proporcionalidade em sentido estrito- tal subprincípio exige que o intérprete realize uma ponderação de interesses, evidenciando uma relação custo/benefício. Portanto, um ato do poder público somente será proporcionalmente em sentido estrito, caso os benefícios por ele engendrados compensem os ônus ou as restrições que impõe.

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