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A Quarta Revolucao Industria1

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A Quarta Revolução Industrial
A Quarta Revolução Industrial é diferente de tudo o que a humanidade já experimentou. Novas tecnologias estão fundindo os mundos físico, digital e biológico de forma a criar grandes promessas e possíveis perigos. A velocidade, a amplitude e a profundidade desta revolução estão nos forçando a repensar como os países se desenvolvem, como as organizações criam valor e o que significa ser humano. Como fundador e presidente executivo do Fórum Econômico Mundial, Klaus Schwab esteve no centro dos assuntos globais por mais de 40 anos. Após observar em primeira mão como os líderes mundiais navegaram pela revolução digital, Schwab está convencido de que estamos no início de um período ainda mais emocionante e desafiador. 
 	A Quarta Revolução Industrial é algo fabricado por nós mesmos e está sob nosso controle, e como as novas formas de colaboração e governança, acompanhadas por uma narrativa positiva e compartilhada, podem dar forma à nova Revolução Industrial para o benefício de todos. 
 	Se aceitarmos a responsabilidade coletiva para a criação de um futuro em que a inovação e a tecnologia servem às pessoas, elevaremos a humanidade a novos níveis de consciência moral, esta revolução aprofundaria elementos da Terceira Revolução, a da computação e faria uma “fusão de tecnologias, borrando as linhas divisórias entre as esferas físicas, digitais e biológicas”.
Crescimento da Quarta Revolução Industrial e sua interferência no mercado de trabalho
Nova revolução, unindo mudanças socioeconômicas e demográficas, terá impactos nos modelos e formas de fazer negócios e no mercado de trabalho. Afetará exponencialmente todos os setores da economia e todas as regiões do mundo. Mas não do mesmo modo. Haverá ganhadores e perdedores. “As mudanças são tão profundas que, da perspectiva da história humana, nunca houve um tempo de maior promessa ou potencial perigo”. O mercado de trabalho será afetado dramaticamente, inclusive com trabalhos intelectuais mais repetitivos substituídos pela robotização. As mudanças são reais. Já estão aí.
Os impactos no mercado de trabalho já vem sendo debatido, com algumas previsões apocalípticas estimando que em 10 a 15 anos cerca de metade das vagas de funções como operadores de telemarketing, corretores, carteiros, jornalistas, desenvolvedores de software e outras terão desaparecido, pelo uso de softwares e robótica encharcados de algoritmos inteligentes. As vendas de robôs, segundo a International Federation of Robotics tem crescido continuamente. Em 2015 foram vendidos, no mundo todo, 255 mil, e estima-se que em 2018 serão 400 mil.
Mas a grande ameaça aos empregos não está mais na indústria. Os software inteligentes estão chegando ao setor de serviços. Hoje são capazes de dirigir veículos, atender clientes em serviços de telemarketing, preencher formulários de Imposto de renda, etc. Por exemplo, alguns bancos como o DBS, de Singapura, o Royal Bank of Canada e aqui no Brasil, o Bradesco, começam a experimentar o Watson da IBM nesta função de atendimento aos clientes.
 Nos EUA, os gastos com call center somam 112 bilhões de dólares e estima-se que cerca de 270 bilhões de chamadas de clientes não sejam atendidas adequadamente. Uma das causas principais são os problemas de acesso às informações e o cruzamento de inúmeros dados em tempo real, tarefa impossível para um ser humano apoiado por sistemas tradicionais, que disponibilizam scripts pré-programados. A ideia é colocar sistemas como o Watson, capazes de cruzar milhões de informações diferentes, como catálogos de produtos, manuais de treinamento, termos e condições contratuais, e-mails e chamadas anteriores dos clientes com problema similares, fóruns de debate sobe o tema, histórico de atendimento do call center, etc, para eliminar ou diminuir sensivelmente a taxa de solicitações não atendidas. Ainda são os primeiros passos, mas com a evolução exponencial da tecnologia, estes passos se acelerarão muito rapidamente. 
 	Embora o discurso dos fornecedores de tecnologia e das empresas envolvidas seja sempre o de que o produto vai aprimorar o trabalho das pessoas e não substituí-las, é inevitável que a cada habilidade aprendida pelos computadores, milhões de empregos tenderão a desaparecer. A tecnologia, ao longo do tempo, vai reduzir a demanda pelos postos de trabalho que demandam menos habilidades, como exatamente são os operadores de telemarketing. Foi assim nas linhas de produção robotizadas, nas funções de datilografia, nos ascensoristas e hoje, na redução significativa das vagas de secretariado.
A Quarta Revolução Industrial afetará de forma dramática o mercado de trabalho. Os primeiros estudos de seu impacto mostram que a classe média será a principal prejudicada, pois ocupam trabalhos em escritórios e são autores de trabalhos intelectuais, como advogados e desenvolvedores de software, que tenderão a desaparecer ou demandarão muito menos vagas que hoje. Claro, novos empregos serão criados, mas exigirão conhecimentos muito especializados e altos níveis de educação. Novas carreiras e funções, que ainda não conhecemos, serão criadas, mas a dúvida é se serão em número suficiente para recompor as vagas que desaparecerão.
Aqui no Brasil este fenômeno acontecerá mais lentamente, primeiro porque o nível de automatização de nossa indústria é baixo (temos 10 mil robôs enquanto a Coréia do Sul compra 30 mil novos robôs por ano e a China 20 mil) e temos abundância de mão de obra não qualificada, que ao lado de um empresariado conservador, que não investe intensamente em inovação tecnológica, vai segurar o “tranco” por algum tempo.Mas é inevitável que a Quarta Revolução Industrial chegue aqui também. Vai demandar um novo currículo educacional, que abandone a memorização de fatos e fórmulas para focar mais em criatividade e comunicação, coisas que as universidades brasileiras, em sua grande maioria, não estimulam.
Bibliografia
http://computerworld.com.br/quarta-revolucao-industrial-chegou-e-voce-nao-passara-imune-ela
 http://edipro.com.br/produto/a-quarta-revolucao-industrial/

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