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20/9/2010 1 Universidade Federal do Pará Instituto de Geociências Faculdade de Oceanografia ECOLOGIA AQUÁTICA Prof. Mayk de Almeida Ecossistemas costeiros Aspectos gerais •Os oceanos estão interligados e perfazem mais de 70% da superfície da Terra •O oceano é contínuo, não separado como o ambientes terrestre e de água doce •A temperatura, salinidade e profundidade (pressão) são as principais barreira s para o movimento livre dos organismos marinhos •O Mar é profundo e a vida se estende desde a superfície ao leito do oceano •Mais diversificada em regiões costeiras e próximos a Ilha Oceânicas 20/9/2010 2 Zona costeira • Região que abrange ao relevo do litoral e da plataforma continental • Convencionalmente estabelecida até 200 m Ecossistemas Costeiros Litoral Brasileiro Representam 8% da superfície terrestre, apresentam elevada biodiversidade e produtividade Banhado pelo Oceano Atlântico, tem 9.198 km de extensão, que seguem desde o Amapá ao Rio Grande do Sul Zona Costeira Amazônica (ZCA) • Influência do Rio Amazonas ‐Formação de uma das extensas costas lamosas • Apresenta diversos ambientes como estuários, manguezais, planícies de marés, dunas, praias, e entre outros Gramas marinhas Gramas Marinhas (Seagrass) Termo genérico – não são da família Poaceae Semelhança morfológica Porte herbáceo Predominantemente submersas Podem viver em profundidades de até 60m Representantes marinhos das angiospermas 20/9/2010 3 • Elevada riqueza e abundância associada: – Abrigo, refúgio, áreas de alimentação para animais – substrato para outras algas • Alta produtividade ‐ Exportação de matéria orgânica (detritos) Importância ecológica • Representantes: Zostera sp. (temperados) e Thalassia sp. (tropical) ou erva de tartaruga ou do manati (peixe‐boi‐ marinho) Importância ecológica Tartaruga verde do atlântico ‐ Chelonia mydas Trichechus manatus Marisma •São áreas alagadas periodicamente por águas salinas, recobertas por plantas de pequeno e médio porte (gramas e juncos), sobre a zona de entre‐maré de costas protegidas (margens de baías, enseadas, barras, desembocaduras de rios, lagunas e reentrâncias costeiras) •Região arenosa entre maré • Suportam alta salinidade • Suportam baixas temperaturas (ar e água) – suportam a geadas (abaixo de 0ºC) •Se comportam como vegetação pioneiras, colonizando terrenos recém depositados e pouco consolidados 20/9/2010 4 •Espécies mais comuns: Spartina alterniflora e Spartina densiflora –Gramas halófitas ‐ 1 a 1,8 metros de comprimento –Alta densidade (5000 hastes/m2) e alta taxa de renovação foliar –Impede a entrada de luz abaixo de sua copa, excluindo outras espécies de plantas destes habitat –Capturando sedimentos em suspensão e prevenindo a erosão das margens, bem como tratando áreas eutrofizadas (nitrogênio) Gênero Juncus Uca X Spartina alterniflora - Mutualismo Facultativo • Caranguejos Panopeus sp.� ambientes de proteção para indivíduos jovens 20/9/2010 5 Marisma Baixa Marisma Alta Evidências de controle da produtividade de S. alterniflora na Georgia (E.U.A.) via consumo por moluscos Littoraria irrorata D e n si d a d e d e M o lu sc o B io m a ss a d e S p a rt in a Praia e dunas •O ecossistema praias e dunas está sujeito à influência de fatores ambientais como marés, ventos, chuvas e ondas, o que faz com que seja uma região muito dinâmica •Baixa diversidade de espécies e poucos indicador es de dominância entre elas (distribuição homogênea) •O substrato das praias é formado por areia de origem marinha e conchas •O substrato é periodicamente inundado pela maré, o que limita o desenvolvimento de certos tipos de plantas e animais. •Entre a zona de maré se desenvolve apenas algas e fungos microscópicos, podendo existir Spartina •O estrato herbáceo ocorre somente nas dunas e o arbustivo varia entre 1 e 1,5 m de altura e 3 cm de diâmetro •As epífitas ocorrem no estrato arbustivo, são elas: bromélias, fungos, líquens, musgos e orquídeas • Vegetação herbácea – Sistemas de raízes muito densos – estabilidade as dunas – Crescimento relativamente rápido –suportam ao estresse do ambiente • Vegetação arbustiva e arbórea –Fixam e ajudam a aumentar a matéria orgânica no solo (aumentando os nutrientes) 20/9/2010 6 Manguezal • Ecossistema costeiro de transição ‐ ambientes terrestre/marinho – característico de regiões tropicais e subtropicais –sujeitos ao regime de mar e influencia dos rios (periodicamente inundado) • É constituído de espécies vegetais lenhosas típicas (angiosperma), micro e macroalgas, adaptadas à flutuação de salinidade e caracterizados por colonizarem sedimento lodosos e com baixo O2 • Apresenta condições propícias para alimentação, proteção e reprodução de muitos animais, sendo considerado um importante transformador de nutrientes em matéria orgânica ‐ “berçários” naturais •Em virtude do solo salino e da deficiência de oxigênio, predomina no ecossistema vegetais halófitos •A forma e distribuição das raízes da vegetação lenhosa permitem a oxigenação e sustentação a organismo no solo lodoso e com grande hidrodinâmica •Por suas características peculiares, o manguezal apresenta vegetações típicas, adaptadas às condições reinantes nesse ecossistema •No Brasil os gêneros são: Rhizophora, Avicenia e Laguncularia 20/9/2010 7 • Gênero Rhizophora – mangue vermelho • Desenvolve • Solos lamosos •Alta hidrodinâmica •Ampla variação de salinidades • Adaptações •Raízes escoras (rizóforos) • Lenticelas (trocas gasosas) • Viviparidade (propágulo) •Folhas com cutículas (evita a perda de água) Gênero Rhizophora • Gênero Avicennia ‐ mangue siriúba • Desenvolve • Solos mais arenosos •Baixa hidrodinâmica (regiões mais protegidas) • Salinidades mais altas • Adaptações • Lenticelas (trocas gasosas) •Raízes ramificadas que penetram horizontalmente no substrato •Raízes áreas respiratória (pneumatóforos) • Glândulas excretam sal nas folhas •Folhas com cutículas (evita a perda de água) Gênero Avicennia 20/9/2010 8 • Gênero Laguncularia – mangue branco • Desenvolve – Predomina em terrenos mais altos e arenosos –Toleram baixa salinidade –Locais com baixa inundação –Bordas de praias arenosas de costas de baixa energia, sozinhas ou misturadas com Conocarpus erectus • Adaptação ao ambiente •Raízes nutritivas com pequenos e poucos pneumatóforos • Glândulas excretam sais (folhas) Gênero Laguncularia • Conocarpus erectus ‐ mangue de botão • Desenvolve –Encontra‐se em terras elevadas e secas atrás do mangue Propriamente dito –Locais não pantanosos, tais como praias de areias e costas Rochosas – Recebem a designação de mangue pelos densos bosques que podem formar ao redor de algumas lagunas salobras –Pouca ocorrência no litoral brasileiro 20/9/2010 9 A vegetação de mangue serve para fixar o substrato, impedindo assim a erosão e ao mesmo tempo estabilizando a costa Desempenha importante papel como exportador de matéria orgânica para o estuário, contribuindo para produtividade primária na zona costeira Condições ideais para reprodução, berçário, criadouro e a brigo para várias espécies de fauna aquática e terrestre, de valor ecológico e econômico Os mangues produzem mais de 95% do alimento que o homem captura do mar Sua manutenção é vital para a subsistência das comunidades pesqueiras que vivem em seu entorno 20/9/2010 10 •São ecossistemas que se formam sobre as águas rasas das regiões costeiras tropicais, originados pela deposição de sedimento calcário por organismos bioconstrutores, estando em associaçãocom diversas espécies • Cnidários de vida inteiramente séssil (pólipos) podem formar grandes colônias que em sua maioria constroem esqueletos calcários, tais esqueletos são responsáveis pela estrutura rochosa chamada recifes de coral •Crescem na região fótica de mares tropicais, de forte ação de ondas, forte o suficiente para manter disponível na coluna d’água alimento e oxigênio dissolvido Recifes Biológicos • Algas coralináceas: macro‐algas vermelhas (Divisão Rhodophyta) capazes de depositar carbonato de cálcio em suas paredes celulares – Auxilia a alga obter dióxido de carbono da água para fotossíntese –São especialmente resistentes e duras sendo bioconstrutores de recifes – Produtividade dos recifes de corais –cresce nas águas tropicais pouco férteis • Gênero Halimeda: macro‐alga verde (Divisão Chlorophyta) capaz de depositar carbonato de cálcio em sua parede celular • Quando essas algas morrem e se decompõem, desempenham um papel Importante na produção de areia branca de carbonato ‐ característico de águas tropicais • Zooxantelas: dinoflagelados (Divisão Pyrrophyta) esféricos, de coloração dourada, responsáveis pela fotossíntese em recifes de coral, em águas tropicais, notoriamente pobres em nutrientes •Os tecidos dos corais podem conter cerca de 30.000 dinoflagelados simbiônticos por mm3, principalmente nas células do tubo digestivo dos corais • Nesse caso ao invés de sintetizar amidos, as algas sintetizam glicerol, utilizado diretamente para nutrição dos corais 20/9/2010 11 Os benefícios dos recifes de corais
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