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ADELAIDE Contabilidade 1 2015.2. Resumo Aulas 1 6

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Contabilidade 1
Resumo aulas 1-6
Aula 1
É por meio da Contabilidade que o administrador avalia a capacidade da empresa de efetuar pagamentos a curto e longo prazos e define os níveis de estoque de mercadorias que deverá manter.
Independentemente do ramo de atividade, há diversos grupos interessados (stakeholders) nas finanças de uma empresa, como os sócios, os funcionários, os fornecedores, os bancos.
Conselhos de classe: Conselho Regional de Contabilidade (CRC); Conselho Federal de Contabilidade (CFC) - visam a fiscalizar e promover a atividade profissional.
Comissão de Valores Mobiliários (CVM) – vinculada ao Ministério da Fazenda; normatiza e controla o mercado de valores mobiliários (ações e outros títulos emitidos pelas sociedades anônimas) e autorizados pelo Conselho Monetário Nacional.
A Contabilidade está voltada também para a manutenção dos registros que atendem às exigências legais.
Contabilidade econômica vs. contabilidade administrativa
c. econômica: a determinação do lucro ou prejuízo de uma empresa (ações realizadas no passado)
c. administrativa: controle e planejamento do patrimônio e das atividades dessa organização (ações relativas ao futuro).
O frei Luca Paccioli lançou o Método das Partidas Dobradas. 
Livro de referencia na área contábil: Contabilidade Introdutória (1970)
Aula 2
Os postulados, princípios e convenções são regras aceitas a fim de analisar e registrar os fatos contábeis.
Fatos contábeis – quaisquer transações ou eventos que provoquem alterações nos bens, nos direitos e nas obrigações das empresas e podem provocar o aumento ou diminuição do patrimônio líquido das empresas.
Os Princípios Fundamentais da Contabilidade conforme determinam a CVM e o Instituto Brasileiro de Contadores (Ibracon).
Postulados Contábeis:
	Entidade contábil – quaisquer duas entidades contábeis devem ser consideradas distintamente. 
O patrimônio de uma firma (pessoa jurídica) não deve incluir bens de outra, mesmo que ambas tenham o mesmo dono.
	Da continuidade – a empresa é uma entidade contábil em andamento, que não pressupõe descontinuidade ou parada de funcionamento.
Em uma empresa ativa é comum a utilização do custo histórico para a avaliação dos bens. Se uma empresa for descontinuada, liquidada ou para de funcionar, os contadores avaliarão seus bens considerado o valor de mercado obtido por ocasião de liquidação. 
Valor de mercado – valor praticado para compra e venda de equipamentos semelhantes, em condições de uso parecidas.
Depreciação – perda de valor de bens físicos, tangíveis e sujeitos a desgaste por uso, ação da natureza ou obsolescência. 
Princípios contábeis
- devem ser relevantes e práticos.
Exemplos:
	Realização receita realizada = bem ou serviço entregue e pagamento recebido.
	Custo histórico como base de valor – a avaliação dos bens ou dos direitos deve ser feita com base no valor original ou no custo histórico. O valor de registro da aquisição (valor de compra) deve incluir as despesas que a empresa tiver para colocar o bem em funcionamento.
	Confrontação das despesas com as receitas – as despesas e receitas só devem ser reconhecidas no período contábil em que houve efetivamente sua utilização. Portanto, deve ser feito o confronto das despesas ou receitas com o episódio que as gerou, chamado de fato gerador. Toda receita é obtida mediante uma despesa. 
	Denominador comum monetário – todos os bens da empresa valorados por uma moeda comum. (por exemplo, o real).
Convenções contábeis
	Consistência ou uniformidade – padronização dos relatórios contábeis, visando facilitar sua utilização por uma série de usuários que não sejam contadores. 
	Conservadorismo ou prudência – entre 2 valores prováveis de receita, você deve escolher o menor; entre 2 valores prováveis de despesa, você deve escolher o maior. 
	Materialidade - a fim de evitar o desperdício de tempo e dinheiro, a Contabilidade deve registrar somente os fatos relevantes. 
	Objetividade – deverá ser escolhida sempre a fonte objetiva
Para o CFC, os Princípios Fundamentais da Contabilidade são:
-da Entidade
-da Continuidade
-da Oportunidade
- do Registro pelo Valor original = custo histórico com base de valor
-da Atualização monetária = princípio do denominador comum monetário
-da Competência = princípios da realização e da confrontação das despesas com as receitas
-da Prudência = princípio da convenção do conservadorismo
Atenção! Há uma hierarquia decrescente entre postulados, princípios e convenções. 
Porém, o CFC não faz nenhuma hierarquia entre estas regras, todas sendo consideradas princípios. 
Aula 3. Relatórios contábeis
Os relatórios contábeis são exigidos como comprovação da situação econômico-financeira-patrimonial da entidade contábil.
O Método das Partidas Dobradas – não há gastos (débitos) sem que haja ganhos (créditos), ou seja todo débito corresponde a um crédito. 
- a organização dos débitos e créditos em duas colunas chama-se RAZONETE 
Por esse método, cada movimentação financeira feita é registrada no livro Razão, onde a cada valor de crédito se associa um débito correspondente, de mesmo valor.
O exercício social terá duração de um ano, ou seja, nesse período as empresas registram, controlam e apuram seus resultados. As movimentações são anuais, o que significa dizer que transações ocorridas no ano de 2004 serão apuradas em 2004. Normalmente, o exercício social se estende de 1º de janeiro até 31 de dezembro do mesmo ano.
Os relatórios ou demonstrações contábeis obrigatórios são:
	Balanço Patrimonial (BP)
	Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)
	Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPAc)
	Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC)
	Demonstração do Valor Adicionado ( DVA) – se companhia aberta.
Existem dois tipos de sociedade: limitadas ou anônimas (por ações) também chamadas de companhias.
As sociedades anônimas (que devem publicar suas Demonstrações Financeiras) podem ser de capital aberto e de capital fechado. 
Informações complementares às Demonstrações Contábeis: as Notas Explicativas, o Parecer dos Auditores e o Relatório da Administração.
Além de controlar as condições que poderiam levar uma empresa à falência, os registros contábeis constantes permitem que elas analisem seus resultados e tomem decisões, de forma a manter as políticas de desenvolvimento adotadas ou modifica-las, se for preciso.
DRE
Objetivo: apurar os resultados obtidos pela empresa (lucro ou prejuízo) durante o período (exercício social). 
Isso é feito por meio do confronto entre as receitas, custos e despesas da empresa.
DLPAc
Objetivo: demonstrar as variações da conta Lucros ou Prejuízos Acumulados durante o exercício social.
DFC - a companhia fechada com Patrimônio Líquido, na data do balanço, inferior a 2 milhões R$ não estará obrigada à elaboração e publicação da DFC. 
Indica a origem de todo o dinheiro que entrou no Caixa, bem como a aplicação de todo o dinheiro que saiu do Caixa em determinado período, e ainda, o Resultado do Fluxo Financeiro.
Três fluxos principais:
	Fluxo das Operações
	Fluxo dos Financiamentos
	Fluxo dos Investimentos.
DVA – passou a ser obrigatória após a nova Lei das S/As.
-indica o valor da riqueza gerada pela companhia, a sua distribuição entre os elementos que contribuíram para a geração dessa riqueza: empregados, financiadores, acionistas, governo, etc.
BP	
Objetivo: registrar os principais fatos que afetaram o patrimônio da empresa.
O levantamento de tudo que a empresa tem em bens e direitos menos as obrigações.
Direitos – valores a serem recebidos de terceiros por vendas a prazo ou valores de propriedade da empresa que se encontram em posse de terceiros. : duplicatas a receber, conta corrente, empréstimo a diretores, títulos a receber.
Obrigações – dívidas assumidas pela entidade e que deverão ser pagas no futuro.
Os bens são de 2 tipos : tangíveis e intangíveis.
Aula 4. Balanço Patrimonial
Ativo – bens e direitos de uma entidade.
Passivo – dívidas.
Patrimônio Líquido – recursos investidos pelos acionistas ou donos da entidade.
- relatório preparado com o objetivo de registrar os principais fatos que afetaram o patrimônio. 
No caso da sociedade limitada, o capital da entidade é divido em quotas e não há negociação em bolsa de valores.
Classificação das contas do Ativo
As contas do Ativo são agrupadas de acordo com o grau decrescente de liquidez = a capacidade do bem ou do direito de se transformar em dinheiro mais ou menos rapidamente.
	Ativo Circulante – retrata as contas que têm mais liquidez. Os bens e direitos que se transformarão em dinheiro em até 12 meses (curto prazo).
Exemplo: Caixa, Bancos (conta corrente), Duplicatas a Receber (Clientes) e Estoques (Mercadoria).
	Ativo Não Circulante – Realizável a Longo Prazo; Investimentos; Imobilizado e Intangível. 
Ele agrupa bens e direitos que se transformarão em dinheiro em um prazo superior a 12 meses (longo prazo). 
Exemplo: Empréstimos Concedidos e Títulos a Receber.
Existem direitos que, mesmo sendo concebíveis a curto prazo, devem ser classificadas no Realizável a Longo Prazo. Isso acontece com Empréstimos Concedidos a Diretores e a Empresas Coligadas e Controladas. 
Os subgrupos do Não Circulante com menor grau de liquidez são os Investimentos Imobilizado e Intangível, que antes das alterações da Lei das SAs eram conhecidas como Permanente.
No Imobilizado serão classificados os bens corpóreos ou direitos destinados à manutenção da atividade principal da empresa. Essa atividade está descrita no estatuto ou contrato social.
Exemplo: máquinas e equipamentos, veículos, imóveis.
Investimentos– os bens e direitos que não são necessários à atividade operacional da entidade.
	Intangível – os bens incorpóreos destinados à manutenção da empresa.
Classificação das Contas do Passivo Exigível e do Patrimônio Líquido
- evidencia todas as obrigações (dívidas) que a entidade possui com terceiros (CAPITAL DE TERCEIROS).
As contas do Passivo são agrupadas de acordo com o grau decrescente de exigibilidade.
	Passivo Circulante – as dívidas que deverão ser pagas em até 12 meses.
Exemplo: Salários a Pagar, Impostos a Recolher, Duplicatas a Pagar.
	Passivo Não Circulante - as dívidas que deverão ser pagas em um prazo superior a 12 meses.
A liquidez está para o ativo assim como a exigibilidade está para o passivo. 
O Patrimônio Líquido engloba contas que representam:
- o capital investido pelos sócios (Capital Social)
-os resultados acumulados (Lucros ou Prejuízos Acumulados)
-reservas como Reserva Legal e Reserva Estatutária.
A reserva legal está restrita à compensação de prejuízos e ao aumento do capital social.
O Patrimônio Líquido (capital próprio) = diferença entre o Ativo e Passivo Exigível.
O PASSIVO A DESCOBERTO acontece quando o Ativo (bens e direitos) é menor que o Passivo (obrigações).
Deduções do ativo
- contas que reduzem o montante do Ativo.
Provisão para devedores duvidosos: valor estimado das duplicatas a receber que a entidade acredita que não serão pagas pelos clientes.
É PRECISO FAZER A PROVISÃO porque o Balanço Patrimonial deve mostrar o Ativo que a empresa acredita que será realizável de fato, isto é, recebido.
Duplicatas descontadas – quando a entidade necessita de recursos e não quer aguardar o vencimento e o recebimento de duplicatas, ela as negocia com os bancos. Os bancos antecipam os recursos para as entidades, porém descontam juros e despesas bancárias. A parcela paga ao banco será lançada apenas na DRE.
Depreciação acumulada - a perda acumulada da eficiência funcional (vida útil) do bem, devido ao uso, obsolescência, exposição a fatores climáticos, entre outros.
A Depreciação é um evento que está diretamente relacionado com a perda de capacidade de um bem gerar benefícios, ao passo que a Amortização está relacionada com os direitos. Pagar uma dívida em prestações é amortizar esta dívida. 
Deduções do Passivo 
- contas que reduzem seu montante.
A mais importante: conta Prejuízos Acumulados.
Os prejuízos são dos acionistas ou donos da empresa, logo esta conta deve estar no Passivo, incluída no Patrimônio Líquido. 
Aula 5.Situação financeira vs. situação econômica
A situação financeira da empresa é encontrada quando utilizar o regime de caixa. 
A situação econômica da empresa será encontrada quando utilizar o regime de competência. 
Situação financeira = resultado entre as receitas recebidas e despesas pagas analisando a movimentação da conta Caixa.
A situação econômica de uma empresa, também chamada de resultado econômico, é o que mostra a Demonstração do Resultado do Exercício.
A DRE está baseada no princípio da Confrontação entre receitas e despesas.
A apuração do resultado econômico não considera as alterações dos recebimentos das receitas e dos pagamentos das despesas.
A tributação brasileira considera, para cálculo do Imposto de Renda e da Contribuição Social, o lucro apurado pela situação econômica e não o da situação financeira.
A depreciação de um bem é uma despesa escritural (aquela contabilizada para efeito de redução do resultado, de forma a atender a convenção do Conservadorismo).
É comum a empresa modificar o resultado de sua situação econômica por meio de contabilização de despesas que não influenciam diretamente sua situação financeira, a fim de reduzir o lucro tributário e, consequentemente, o imposto devido ao governo.
Ex: a despesa com a depreciação de bens materiais permanentes.
A inclusão das despesas com depreciação atende a 2 princípios contábeis:
- ao postulado da Continuidade
- à convenção do Conservadorismo ou Prudência.
Devido ao reconhecimento contábil do desgaste do bem, houve a redução do valor do Ativo Permanente no Balanço Patrimonial da empresa, pelo surgimento de uma Conta Retificadora do Ativo, chamada Depreciação Acumulada. 
O reflexo no caixa evidencia a situação financeira, enquanto o reflexo no lucro indica o resultado econômico.
A diferença entre o Ativo Circulante e o Passivo Circulante é o Capital Circulante Líquido.
O Capital Circulante Líquido evidencia a situação financeira da empresa a curto prazo, pois mostra a diferença entre o que ela tem em direitos de alta liquidez e o que possui em obrigações de alto grau de exigibilidade.
CCL = AC-PC
A conta Caixa somamos o resultado financeiro.
O resultado econômico é lançado na conta Lucros Acumulados do Patrimônio Líquido.
Aula 6. Regimes de Contabilidade
	Em Contabilidade, regimes são formas de reconhecimento contábil de receitas e despesas/custos. 
São dois os Regimes de Contabilidade: o de Caixa e o de Competência. 
Regime de Caixa- na apuração dos resultados do exercício, são considerados apenas os pagamentos e os recebimentos efetuados no período.
Só pode ser utilizado em entidades sem fins lucrativos.
Para as empresas que objetivam lucro, a legislação determina que se utilize o Regime de Competência para calcular o resultado de um exercício.
Regime de Competência
A DRE é uma demonstração contábil obrigatória, que utiliza contas de resultado, isto é, receitas menos despesas.
O resultado apurado pela DRE é adicionado a uma determinada conta do PL no BP (Lucros ou Prejuízos Acumulados)
O que importa é quando se realiza o fato gerador da Receita e quando aquilo que originou a Despesa foi consumido. Esta demonstração contábil obrigatória é regida pelo Regime de Competência. 
O princípio da confrontação entre receitas e despesas, assim como o da realização de receitas, serve de base para o Regime de Competência. 
Se uma empresa presta um serviço, ela adquiriu o direito de receber por ele. Ela pode lança-lo como uma receita mesmo que o Caixa ainda não tenha registrado a contrapartida.
Portanto, o Regime de Caixa – considera apenas o fluxo de dinheiro do caixa.
Regime de Competência – considera o acontecimento dos fatos geradores de receitas ou despesas.
Portanto, dois princípios contábeis explicam o Regime de Competência: Realização da Receita e Confrontação das Despesas.
O Princípio da Realização
da Receita: sua geração se dá quando há a transferência do bem ou serviço ao comprador em troca de dinheiro (à vista), de direito a receber (a prazo) ou de outro ativo (permuta, troca). 
Para obter um resultado mais preciso, as empresas fazem estimativas de valores que não receberão de maus pagadores. Este valor é calculado a partir da média em porcentagem do que não foi recebido nos 3 exercícios anteriores. Assim, a empresa poderá subtraí-lo do total de Duplicatas a Receber, sob o título de Provisão Estimativa para Devedores Duvidosos na DRE. Ela é listada como uma dedução no Ativo Circulante. 
Embora a Receita seja integralmente lançada na DRE, o desconto relativo a Devedores duvidosos é lançado em relação ao que falta ser recebido e não ao montante total.
Gasto x Despesa
Um gasto somente se tornará despesa no ato do seu consumo. Gasto = desembolso de dinheiro
Quando algum gasto passa a ser despesa, deve sair do Ativo do BP e ser lançado na DRE (ex. Despesas com seguros).
Ganho x Receita
Um ganho somente poderá se transformar em uma receita quando for consumada a transferência do bem ou serviço.
Os períodos contábeis são independentes entre si. Receita e Despesa partem do zero, não sendo influenciadas por resquícios de valores referentes aos períodos anterior e posterior.

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