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CCA0330 REDAÇÃO PUBLICITÁRIA PARA MÍDIAS AUDIOVISUAIS 2016.2 ADRIANO CHAGAS TELEVISÃO E CINEMA O QUE É UM ROTEIRO? • “Cena de um homem dirigindo para casa. Ele relembra o momento em que foi demitido. O clima é de tensão, o personagem está abatido, sua visão é turva, chove na cidade. Chegando em casa, ele se dirige para um pequeno quarto escuro e prepara uma forca. A tensão do filme se acentua. O homem sobe num banquinho e tira o terno. Nesse momento a câmera tira o foco do nosso personagem. Ouve-se o barulho do banquinho sendo derrubado. Silêncio. O homem, porém, sai do quarto, tranquilamente, e nu. A câmera revela que , na verdade, ele enforcou suas roupas. Uma locução em off conclui algo como: ‘Não arrisque seu sucesso. Use roupas tal’. Entra uma assinatura e logo da loja roupas tal.” O ROTEIRO • É um texto sintético, baseado no argumento, de cenas, sequências, diálogos e indicações técnicas de um filme. (BARRETO, 2004) • Organização (estrutura) das ideias do criador; • Elaborado para vender o produto; • É a linha guia do filme; • O gênero atrai o interesse: humor, suspense, drama. O FILME PUBLICITÁRIO • É uma ação dramática com início, meio e fim, só que com uma sequência de imagens ou cenas, para projeção em uma tela. • É um filme para vender. É esse o ponto fundamental: vender um produto, uma ideia, o que for. Mas tem que vender. • O publicitário deve ser cuidadoso com o fluxo de informações passado ao espectador. O desafio da publicidade nesse meio não é apenas chamar a atenção do consumidor no início do comercial, mas mantê-lo ligado, atento e seduzido em cada segundo de duração da mensagem publicitária para que ele não troque de canal. ABORDAGENS • O testemunho tem o objetivo de emprestar a credibilidade da celebridade ao produto e conseguir, por meio da sua imagem, maior simpatia, do consumidor ao comercial. • Há histórias com aumento gradual de tensão. Os finais devem ser compreensíveis para a média do seu público-alvo e suficientemente instigantes para serem agradáveis de ver inúmeras vezes. • O humor também funciona como ferramenta para capturar a atenção dos consumidores. Seja sutil, divirta e não desrespeite sua inteligência explicando a piada. TOMADAS E PLANOS Plano (shot) • Imagem entre dois cortes (Liga e desliga da câmera) Cena • É o conjunto de planos Sequência • É o conjunto de Cenas Tomadas (takes) • Número de vezes que o plano será repetido TOMADAS E PLANOS • Grande Plano Geral (GPG) – introdução, maiores abertura de câmera e distância • Plano Geral – é o maior para tv, pode vir acompanhado de pan • Planos de situação - localizam o espectador no espaço cênico TOMADAS E PLANOS Plano Geral Aberto Mostra o espaço da ação Plano Geral Fechado Mostra relação do ator em relação ao espaço cênico TOMADAS E PLANOS • Plano americano Enquadra o personagem do joelho para cima. Popular em Hollywood nos anos 1930 e 1940. TOMADAS E PLANOS Plano médio Enquadrado da cintura para cima Plano próximo Ou Primeiro Plano. Do busto para cima. TOMADAS E PLANOS Close (ou primeiríssimo plano)- muito usado em novelas Superclose - Close fechado do ator (queixo e limite da cabeça) Detalhe (cut up) - Parte do corpo (detalhes do olho) TOMADAS E PLANOS Plano Sequência Plano de toda a cena A câmera desloca-se no espaço cênico Toda a sequência rodada em um único plano TOMADAS E PLANOS Plano de Conjunto Fechado Enquadramento de dois atores com a mesma função dramático Plano de Conjunto Aberto Enquadramento de três ou mais atores com a mesma carga dramática TOMADAS E PLANOS Câmera sobre o ombro (Over Shoulder) Plongée Câmera de cima para baixo TOMADAS E PLANOS Contra Plongée Câmera de baixo para cima Câmera subjetiva O ator tem o ponto de vista da câmera MOVIMENTOS DE CÂMERA Travelling Steadycam Câmera na Mão Grua Foco na Lente ◦ Simula movimento MOVIMENTOS DE CÂMERA MOVIMENTOS DE CÂMERA • Pan – mesma velocidade do início ao fim. Descreve um panorama ou acompanha um movimento. Melhor da esquerda para a direita. • Tilt – descreve um objeto, na vertical – prédio/pessoa • Zoom in – na lente • Zoom out – na lente • Truck e Dolly – dependem de maquinária FUNCIONALIDADE DOS PLANOS • Localização GPG, PG e Conjunto • Ação Americano, médio e primeiro plano • Emoção ou características do produto Close, superclose e detalhe DA CONCEPÇÃO AO PRODUTO FINAL 1.IDEIA 2.STORY LINE 3.SINOPSE 4.PERFIL DE PERSONAGENS 5.ARGUMENTO 6.ESTRUTURA 7.ROTEIRO O BRIEFING • É um dos elementos que fazem com que o roteiro para filme publicitário seja tão diferente do roteiro para cinema; • Traça limites; • Apresenta algumas ideias que devem constar no filme e delimita o tempo; • Verba para produção; • Assunto e mensagem. A IDEIA As ideias não surgem simplesmente do nada, existe sempre uma fonte de inspiração. Segundo o roteirista Lewis Herman, as ideias podem ser originadas: • Ideia selecionada – Tem se a ideia a partir de alguma lembrança ou experiência pessoal. • Ideia verbalizada – Quando a ideia surge de alguma conversa ou história que ouvimos. Muitas vezes um comentário ou até uma conversa alheia pode fornecer uma ideia. • Ideia lida – Quando a ideia surge a partir de algo que lemos. Pode ser: jornal, revista, livro, folheto. • Ideia proposta – Quando alguém propõe uma ideia a você. Pode se dar de maneiras diferentes por exemplo: Um produto recomenda um roteiro sobre uma história ou ideia já existente. • Ideia procurada – Quando você deseja escrever sobre um determinado tema. Para tanto você deve estudar ou pesquisar sobre o tema em questão. O STORYLINE • Um storyline é um resumo da história a ser transformada em roteiro, ele possui no máximo cinco linhas e contém apenas o conflito principal de sua história. • A apresentação do conflito – Qual é o conflito? • O desenvolvimento do conflito – Qual o resultado do conflito? • A solução do conflito – Como se resolve? A SINOPSE • É uma narração breve. É o roteiro sem as divisões de cenas, as falas, as locuções. Ela é objetiva e traz apenas a ideia principal, descrita, é claro de maneira interessante e vendedora, sedutora. (BARRETO, 2004) • Apresentação – desenvolvimento – solução. • Apresenta informações sobre as personagens principais e sobre o local onde se passa a história. • A trama principal ou conflito essencial pode ser desenvolvido com mais detalhes. A história deve ser situada no tempo e espaço, mas não é necessário uma descrição dos ambientes. A sinopse é, assim como o story line, um resumo da história, de forma que deve conter apenas o que for importante. As informações sobre as personagens são superficiais. • É necessário que a sinopse contenha quatro elementos: Temporalidade / Localização / Percurso da ação / Desfecho AVALIAÇÃO DA SINOPSE • Objetivo do cliente: Você abordou? Ele está claro? • A ideia é original? • É simples? • Tem impacto? • A história cabe em 30 segundos? • Ficou claro qual é o produto anunciado? • Custo; • Target; • Tempo de produção; • O gênero da história forma uma unidade com as outras peças da campanha? PERFIL DE PERSONAGENS • O perfil é um conjunto de informações físicas e psicológicas da personagem, podendo estar incluída a história ou antecedentes desta. Quando você conhece bem alguém é fácil prever suas reações. Por isso um perfil bem elaborado torna mais fácil a construção dos diálogos e do desenvolvimento da história. Quanto melhor e mais precisas as informações, mais força vital terá a personageme, portanto, terá um forte respaldo emocional, ao ponto da personagem ter “vida própria”. PERFIL DE PERSONAGENS • Responda: • Aparência física • Saúde • Forma de vestir • Postura física • Movimento/ ritmo • Conteúdo da fala • Hábitos Visuais • Fragmentos de trabalho • Hobby • Micro ações • Detalhes do ambiente • História pessoal • Nível educacional • Antecedentes familiares e sociais • Preferência amorosa • O que gosta e o que não gosta • Preconceitos, manias e defeitos • Necessidades, desejos, objetivos, arrependimentos e rancores • Falhas • Característica que pode perde-lo ou salva-lo • Problema externo ou interno ROTEIRO - EXEMPLOCENA 13 Casa de Aderbal – sala int./dia A sala é pequena e tem poucos móveis. Um sofá velho e uma mesinha de centro. Aderbal está sentado no sofá, lendo uma revista. A porta se abre e Flávia entra. Aderbal joga a revista em cima da mesa. FLÁVIA Você queria falar comigo? ADERBAL (tímido) É que eu, eu. FLÁVIA (irritada) Eu o que? Aderbal!? Aderbal pega a revista, a abre e abaixa a cabeça. FLÁVIA Você é um palerma, Aderbal! Flávia sai irritada e bate a porta com força. Aderbal joga a revista no chão. CORTA PARA: Cena XX (ambiente/ locação) (luz do ambiente) (Descrição do ambiente) (Descrição da ação) (nome do personagem) (rubrica) (fala) (descrição da ação) (efeito de transição) FORMATOS DO ROTEIRO Texto do Roteiro • Evite redundâncias Cabeçalho • Onde a cena se passa • O título da cena • Diurna ou Noturna • Informar mudança de espaço ou tempo Linha de Ação • Ambiente. Ex: Apartamento do João • Rubricas entre parênteses. Ex: (Olhando pelo retrovisor) • Sempre apresentar o personagem na primeira aparição. Ex: (JOÃO, 35 anos, classe média, boa aparência) • Descrição de sons Diálogos • Nome dos personagens em MAIÚSCULO • Rúbrica dos personagens. Ex: (Irritado) • Colocar – hífen no início do diálogo ESTRUTURA DO ROTEIRO
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