Buscar

Trabalho Hepatites B e C - UNIPLI

Prévia do material em texto

Hepatites B e C:
Você, profissional da saúde, sabe o que é?
Niterói, março de 2013.
Curso de Graduação em Biomedicina 
Comunicação e Saúde - Prof.ª: Patrícia Olaya Paschoal.
Sabrina Sousa
Raysa Farias
Taís Ortiz
Vanessa Vicente
Niterói, março de 2013
Hepatites B e C
Você profissional da área da Saúde, Sabe o que é?
INTRODUÇÃO
O termo hepatite é utilizado para nomear a inflamação aguda ou crônica do fígado. Existem vários tipos de hepatite, dentre esses estão as hepatites virais, ou seja, o agente causador da doença é um vírus. Neste trabalho abordaremos apenas as hepatites do tipo B e C.
As hepatites virais são doenças infecciosas que afetam o fígado, mas têm caráter sistêmico, devido frequentemente afetar outros setores (A. OLIVEIRA LIMA). 
O agente causador da hepatite B (VHB) é um vírus DNA, bastante resistente e sobrevive até 7 dias no ambiente na forma infectante. Para este tipo de hepatite, existe vacina eficiente. Já o agente causador da hepatite C (VHC) é um vírus RNA, bem diferente do causador da hepatite B, e possui muitas variações (capacidade de desenvolver mutações) que enganam o sistema imunológico, o que dificulta a fabricação de vacinas .
 Tanto a hepatite B como a C podem ser crônicas, e as formas de transmissão também são similares: relações sexuais, transfusão de sangue, materiais perfuro cortantes contaminados, e também após o parto. Vale citar também, o alto risco de contaminação através de alicates de unha. No grupo de maior risco de contrair a doença estão: pacientes transfundidos, usuários de drogas (endovenosas), pacientes que realizam hemodiálise e trabalhadores da área da saúde (Dr. Estéfano G.J., 2003).
É muito importante que os profissionais da área da saúde, adquiram conhecimento necessário sobre a doença, não descuidem da prevenção, e atuem na comunidade promovendo a saúde através da informação.
OBJETIVO:
Esta pesquisa tem como objetivo avaliar o grau de conhecimento dos estudantes e profissionais da área da saúde, no que diz respeito a: prevenção, transmissão, risco de exposição a acidentes e normas de biossegurança; Estimar o percentual dos profissionais com o conhecimento básico sobre a hepatite B e C, e que estão em dia com calendário de vacinação para prevenção da hepatite B.
Mais não é só isso, além de avaliar, também objetivamos através desta pesquisa, detalhar o que realmente é a Hepatite; Qual a diferença entre os tipos B e C; Como são transmitidas; entre outras informações. E fazer um alerta a todos os que estão nas áreas de risco de contágio, como profissionais que precisam lidar com objetos contaminados em seu dia trabalho.
HEPATITE B 
O vírus e seus Antígenos: 
O vírus da hepatite B é um vírus de DNA de dupla hélice, pertencentes a família Hepadnaviridade. Sua estrutura possui um envoltório lipídico e um núcleo central denso. O envoltório lipídico expressa um antígeno, denominado antígeno de superfície, HBsAG e o núcleo denso possui um outro antígeno, uma proteína, conhecida como HBcAG. 
Epidemiologia: 
A OMS ( organização mundial da saúde) calcula que cerca de 300 milhões de pessoas estejam cronicamente infectados pelo HBV no mundo, com a faixa etária de 20 a 39 anos. 
Modo de transmissão:
 O HBV está presente em grandes concentrações nos fluidos corpóreos e sangue, e pode ser transmitido através do contato com estes materiais: transmissão perinatal (vertical); transmissão horizontal (transplante e doação de órgãos de doadores infectados); por relação sexual; transmissão percutânea (compartilhamento de objetos com as escovas de dentes, aparelhos de barbear, acidente com agulhas e outros instrumentos); hemotransfusão e outros.
HEPATITE C
O vírus: 
O HCV pertence a família Flaviviridae, gênero Hepacivirus, e é composto por um RNA de cadeia simples envolto por um envelope lipídico. Se apresenta com diversos genótipos, que tem diferentes respostas ao tratamento. Já foram descritos 11 genótipos e 76 subtipos. Destes, o mais agressivo e que apresenta menor resposta ao tratamento é o genótipo 1 (1a e 1b). Além das diferenças sorotipicas basais. O HCV é extremamente mutagênico, tornando a criação de uma vacina muito difícil. 
Epidemiologia:
 Pode-se considerar a hepatite C a principal causa de cirrose e carcinoma hepatocelular no ocidente. No Brasil estima-se que existam 4 milhões de indivíduos infectados (2% da população). 
Modos de Transmissão:
 O HCV está presente em baixas concentrações nos fluidos corpóreos. Por isso, a chance de transmissão por via sexual, percutânea e perinatal é bem menos provável. O sangue e a maior fonte de vírus C para a transmissão. As vias de transmissão do HCV são: uso de drogas (compartilhamento de agulhas); hemotransfusão; hemodiálise; e outros como relação sexual (bem menos que o vírus B).
METODOLOGIA
Nosso grupo de pesquisa saiu a convidar alunos da universidade e dos cursos da área de saúde para responder um questionário de conhecimentos básicos sobre as Hepatites B e C, questões que na teoria alunos e profissionais formados da área de saúde deveriam saber responder, com isso, realizar um levantamento de dados para construção dos gráficos. 
Realizamos entrevistas com estudantes e profissionais formados da área da Saúde, entre eles enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, técnicos de laboratório e etc. Dos estudantes na Área da saúde obtivemos um total de 60 pessoas entrevistadas, entre os profissionais formados um total de 10 pessoas. 
Além das entrevistas, também levamos informações através da distribuição de folders sobre a doença, suas causas, conseqüências e prevenção, para todos os interessados.
RESULTADOS 
Podemos observar nos gráficos abaixo o resultado das entrevistas, onde cada gráfico corresponde a uma pergunta, e comparamos os resultados dos dois grupo (estudantes e profissionais formados).
 
 
. No 1º gráfico foi levantado que grande parte dos estudantes conhecem as formas de prevenção de tais hepatites e os profissionais formados possuem o total conhecimento da prevenção.  
. O 2º gráfico revela que, tanto os estudantes da área de saúde, como os profissionais já formados nessa área sabem reconhecer quais são as principais vias de transmissão, porém o restante dos entrevistados mostram que ainda são leigos no conhecimento dessas vias.  
. Enquanto que no 3º gráfico ressalta que uma parte (23%) dos estudantes utilizam as vezes as luvas descartáveis em seus procedimentos, enquanto que uma parte regular (10%) dos profissionais formados não utilizam luvas, sendo assim os mesmos estão sujeitos a uma grande possibilidade de contaminação, tanto para esses profissionais quanto para os pacientes. 
. No 4º gráfico mostra que grande parte dos profissionais estão em dia com suas vacinações e obrigações, somente a minoria (25%) dos estudantes não estão em dia com a vacinação contra as doenças.  
. No 5º gráfico houve uma contradição, pois grande parte dos estudantes sabem informar o que seria a Hepatite B e C na teoria, porém os profissionais formados que deveriam demonstrar um maior conhecimento sobre o tema, mostraram não saber na teoria o que são as hepatites B e C, somente 30% souberam responder corretamente.   
DISCUSSÃO 
Os resultados indicam que os estudantes e profissionais formados da área da saúde em maioria significativa conhecem as formas de prevenção, utilizam luvas em seus procedimentos e estão em dia com o calendário de vacinação contra a Hepatite B.
Em contrapartida as situações mais preocupantes observadas nesta pesquisa foram a falta do conhecimento teórico da doença, e formas de transmissão, principalmente no grupo de profissionais formados na área da saúde. Como consequência disso, teremos profissionais despreparados, e incapazes de serem agentes multiplicadores da informação a comunidade.
O profissional que tem o conhecimento da doença, formas de transmissão,prevenção e de como agir diante dos acidentes é capaz de tomar providências necessárias diante das situações de perigo, tendo conhecimento dos riscos à sua própria saúde, devido à sua profissão. Por isso não se pode descuidar deste tema na sua formação, que é quando o estudante da área aprende sobre a Hepatite.
Existe também uma necessidade de fazer constantemente no ambiente de trabalho desses profissionais palestras e treinamentos, afim de minimizar os riscos desses profissionais de se contaminarem por falta de conhecimento.
CONCLUSÃO
Constatou-se através dessa pesquisa que parte dos estudantes como profissionais da área da saúde, mesmo tendo um alto risco de exposição às Hepatites B e C, não detêm conhecimento pleno sobre a fisiopatologia da doença, bem como todas as vias de transmissão dessas doenças e não adotam as medidas de precauções na sua totalidade.
A Hepatite B e C são doenças complexas e distintas. O que o artigo mais enfatiza é que a principal causa de contaminação é a escassez de conhecimento dos profissionais e estudantes da área da saúde.
De acordo com os dados obtidos pela pesquisa, concluímos que a má informação dos profissionais preocupa nossa sociedade, pois, eles seriam as principais pessoas e as mais aptas a conhecer sobre o assunto, e sua falta de conhecimento pode vir a prejudicar não só a eles próprios como seus pacientes.
Referências Bibliográficas
OLIVEIRA LIMA, Métodos de Laboratório Aplicados à Clinica, 8° Ed., Rio de janeiro, Editora Guanabara Koogan S.A.
Dr. Estéfano Gonçalves Jorge, 2003 (revisado em 10/2007) Disponível em <http://www.hepcentro.com.br/> Acesso em 22 abr. 2013.
Doenças infecciosas e parasitárias : guia de bolso / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. 8. ed. rev.– Brasília, Ministério da Saúde, 2010.
Dr Drauzio Varella- Hepatite C, disponível em: <http://drauziovarella.com.br/sexualidade/hepatite-c/> Acesso em 22 abr. 2013
Hepatite C - Por Mariana Araguaia, Equipe Brasil Escola, disponível em: <http://www.brasilescola.com/doencas/hepatite-c.htm> Acesso em 22 abr. 2013
HEPATITES B E C: O CONHECIMENTO DOS ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS DA ÁREA DA SAÚDE;. Glaucia Castilho Rossi; Paula Marilia das Dores Afonso II; Sthéfanie Lóren Gomes Oliveira; Márcia Lucia de Souza Furlan – Ver enferm. UERJ, Rio de Janeiro, 2010 jan/mar. 
HEPATITE B: CONHECIMENTO E MEDIDAS DE BIOSSEGURANÇA E A SAÚDE DO TRABALHADOR DE ENFERMAGEM; Joziane Pinheiro, Regina Célia Gollner Zeitoune – Esc Anna Nery Ver Enferma 2008 jun;
Falta a referência de um livro que Stephanie vai colocar. 
	Referencias Bibliográficas
1 - A. OLIVEIRA LIMA, Métodos de Laboratório Aplicados à Clinica, 8° Ed., Rio de janeiro, Editora Guanabara Koogan S.A. 
2- Dr. Estéfano Gonçalves Jorge, 2003 (revisado em 10/2007) Disponível em <http://www.hepcentro.com.br/> Acesso em 22 abr. 2013.
3- Doenças infecciosas e parasitárias : guia de bolso / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. 8. ed. rev.– Brasília, Ministério da Saúde, 2010.
4- Dr Drauzio Varella- Hepatite C, disponível em: <http://drauziovarella.com.br/sexualidade/hepatite-c/> Acesso em 22 abr. 2013
5- Hepatite C - Por Mariana Araguaia, Equipe Brasil Escola, disponível em: <http://www.brasilescola.com/doencas/hepatite-c.htm> Acesso em 22 abr. 2013

Outros materiais