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Filo: Nemathelminthes Classe: Nematoda Ordem: Spiruridea Família: Spiruride Espécie: Habronema muscae HD: equídeos HI: Musca domestica Habitat: estômago, raramente ceco e cólon Espécie: Habronema microstoma (ou Habronema majus) HD: equídeos HI: Stomoxys calcitrans Habitat: estômago Espécie: Draschia megastoma HD: equídeos HI: Musca domestica Habitat: nódulos na parede do estômago (principalmente região glandular) Morfologia Parasitos delgados, medindo de 1-3cm de comprimento Boca com lábios Machos com extremidade posterior enrolada em espiral Ovos alongados, de parede fina e lisa e são larvados quando postos (ovovivíparos) Ciclo Biológico Adultos no estômago copulam e fêmea libera ovos com L1, que saem para o ambiente nas fezes (o ovo pode se romper antes de sair para o ambiente). A larva do HI presente nas fezes ingere L1 já eclodido (MI: Passivo Oral/EI: L1), e essa muda para L2. Quando a larva se torna adulta, a larva L2 muda para L3. O HI regurgita e deposita L3 nos lábios e na comissura labial do HD (MI: Passivo Oral/ EI: L3) ou o HD pode ingerir o HI contendo a larva L3. L3 é liberada no estômago, onde há muda para L4, L5 e desenvolvimento para adultos. O ciclo se fecha. (Habronemose gástrica) A mosca também pode depositar L3 em locais como na pele com solução de continuidade - Habronemose Cutânea, na conjuntiva - Habronemose Ocular/Conjuntival, em narinas (onde será aspirada para o pulmão) - Habronemose Pulmonar. Nesses casos, pode ocorrer certa migração, mas o ciclo não se fecha, termina em L3. Patogenia e Manifestações Clínicas Habronemose Gástrica: geralmente assintomática quando é causada por Habronema sp.; em caso de Draschia megastoma, é mais patogênica. Agressão traumática e lítica pela fixação. Agressão irritativa, pela presença na mucosa e pela carga parasitária. Pode causar gastrite como reação do trato. Aumento da produção de muco (gastrite catarral), cólica, anorexia, perda de peso, prostração Draschia megastoma Invade a mucosa gástrica, formando nódulos em região glandular Nódulos podem romper, causando peritonite e morte. Habronemose Cutânea ou "Ferida de Verão", comum no Brasil. Larva migra pela ferida Intenso prurido, com escarificação e causar ferimentos no animal. Formação de granuloma avermelhado, que pode chegar a grandes dimensões. Ferida não cicatriza. Habronemose Ocular Conjuntivite parasitária, com úlceras nodulares principalmente em canto medial Secreção ocular Fotossensibilidade Habronemose Pulmonar Tosse Espirros Suscetibilidade a infecções secundárias Confirmação de Diagnóstico Exame coproparasitológico: flutuação e Bearmann-Morais Diagnóstico é difícil, pois libera poucos ovos Lavado gástrico Endoscopia: ver o parasito adulto na habronemose gástrica. Xenodiagnóstico: colocar larvas de mosca criadas em laboratório em fezes suspeitas e então dissecção de adultos para identificar larvas L3 Necropsia Achado de matadouro Habronemose cutânea: diagnóstico clínico (ferida que não cicatriza); raspado; biopsia e histopatologia. Epidemiologia Cosmopolita Mais comum em climas tropicais e subtropicais (com clima quente e úmido), favorecendo o ciclo do HI Patologia ocorre independetemente da idade do animal Mais frequente em criações extensivas Profilaxia Diagnóstico e tratamento dos animais parasitados Higiene das instalações com remoção das fezes diariamente Uso de esterqueiras Controle dos vetores Evitar que o animal se machuque Cobrir feridas abertas Uso de repelente em feridas abertas Família: Thelaziidae Gênero: Spirocerca Espécie: Spirocerca lupi HD: canídeos e ocasionalmente gatos HI: besouros coprófagos (tecidos) HP: galinhas, roedores, cobras, lagartixas (vísceras) Habitat: Adultos na parede do esôfago; larvas na parede da artéria aorta Morfologia Ovos pequenos, alongados, de casca espessa e com larva no interior Adultos medindo de 3-8cm de comprimento Fêmeas maiores que os machos Coloração avermelhada Ciclo Biológico Adultos copulam em nódulo no esôfago e a fêmea faz ovipostura de ovo om L1, que segue o TGI, sendo liberado no ambiente com fezes. No ambiente, o HI ingere ovo com L1 (MI: Passivo Oral/EI: ovo com L1), onde muda para L2 e L3. O HD ingere HI/HP com L3 nos tecidos (MI: PO/EI: HI/HP com L3). L3 vai para o estômago, penetra na parede do estômago e migra para artéria aorta, migrando por 3 meses em sua parede. Ela cai na circulação, voltando para o esôfago, mudando para L4, L5 e se desenvolvendo em adultos. Patogenia e Manifestações Clínicas Larvas migrando na aorta Agressão irritativa, pela presença da larva. Inflamação (arterite), com pontos de hemorragia e necrose. Estenose: cicatrização após saída da larva. Aneurisma. Pode haver ruptura em casos graves. Adultos em nódulos granulomatosos de até 4cm Agressão irritativa. Agressão traumática. Resposta inflamatória. Agressão mecânica/obstrutiva, com obstrução parcial, levando a alterações digestivas. Perda de apetite, emagrecimento, aumento da salivação, regurgitação. Complicações: tumores malignos em região de esôfago ou tecidos vizinhos Osteossarcomas Osteopatias Espondilose das vértebras torácicas Confirmação de Diagnóstico Exame coproparasitológico Técnicas de flutuação Exames seriados Pesquisa de ovos em conteúdo regurgitado Endoscopia Radiografia (Estomacal, com contraste) Epidemiologia Cosmopolita Mais comum em clima quente Em áreas endêmicas - 100% de cães infectados (uma cidade nos EUA) Profilaxia Diagnóstico e tratamento de animais parasitados Controle do HI Evitar cães errantes Evitar predação de HP ------------------------------------------------- Filo: Nemathelminthes Classe: Nematoda Ordem: Spirurida Superfamília: Filarioidea Família: Dipetalonematidae Gênero: Dirofilaria Espécie: Dirofilaria immitis Hospedeiro definitivo: caninos, felinos, furões, carnívoros silvestres Hospedeiro intermediário: mosquitos culicídeos (Aedes sp, Anopheles sp, Culex sp) Habitat: Artérias pulmonares (coração direito quando há alta carga parasitária) Localização ectópica: bolsa escrotal e cavidade abdominal Morfologia Adultos alongados, finos, cilíndricos e esbranquiçados Abertura oral sem lábios e rodeada por duas papilas laterais e seis papilas mediais pequenas Em cães: Fêmeas com 25 a 31cm Cauda arredondada Em cães: Macho com 12 a 20cm Cauda espiralada Gatos: macho com 15cm e fêmea com 22cm Fêmeas vivíparas L1 = microfilária Com extremidade anterior afilada e posterior obtusa; sem bainha. Ciclo Biológico Os adultos copulam no HD. A fêmea libera a microfilária (L1) na circulação. O HI (mosquito) se infecta ao realizar repasto sanguíneo e ingerir L1 (MI: Passivo Oral/EI: L1). No HI, há muda para L2 e L3. Quando o mosquito realiza novo repasto sanguíneo, L3 pode penetrar ativamente pela solução de continuidade da pele (MI: Ativo Cutâneo/EI: L3). L3 no tecido subcutâneo muda para L4 e L5, quando cai na corrente sanguínea, migra para o coração e depois para a Artéria Pulmonar onde desenvolve em adultos. PPP: 6-9 meses (canino), indo até 10 meses (felino) Patogenia e Manifestações Clínicas Agressão irritativa pela presença de parasitos na artéria, causando arterite, com endocardite associada. O parasita não se fixa, apenas fica se mantendo contra a corrente sanguínea. Agressão mecânica obstrutiva, que depende da carga parasitária. Wolbachia sp. é uma bactéria obrigatória (simbionte), sendo importante para a sobrevida do adulto e essencial para a fertilidade da fêmea. O tratamento é feito contra a bactéria. Reação Inflamatória, causando arterite da artéria pulmonar e endocardite, podendo gerar estenose e hipertensão pulmonar, pela dificuldade de passar sangue do coração para o pulmão. Para compensar esse quadro, o Ventrículo direito hipertrofia e pode sofrer dilatação,causando Cor Pulmonale (alteração no lado direito, secundária a uma alteração pulmonar). Pelo acúmulo de sangue do Ventrículo Direito pela obstrução da Artéria Pulmonar, há um refluxo da válvula tricúspide, causando sopro. O Átrio Direito sofre dilatação atrial, que acaba causando congestão na veia cava pelo acúmulo de sangue, levando a congestão e edema. Insuficiência Cardíaca Congestiva Direita, causando agregação plaquetária, causando trombos, embolia e infarto. Síndrome da veia cava Pela alta carga parasitária. ICCD, disfunção hepática (depende da carga parasitária, chegando até o fígado) e hemólise. Anemia, hemoglobinemia, icterícia, hemoglobinúria, bilirrubinúria. Lesão renal Complexo Antígeno-Anticorpo Glomerulonefrite Insuficiência renal e hepático Manifestações Clínicas (Caninos) Grande parte assintomáticos (70%) Doença aguda ou crônica Redução de atividade física Prostração Anorexia Tosse Seca Dispneia e taquipneia Cianose Hemoptise (sangramento nasal) Síncopes/Convulsões Edema Manifestações Clínicas (Felinos) Comumente assintomático (com 3 a 10 parasitas apenas) Pode apresentar autocura Alterações respiratórias Confundíveis com asma Vômito, anorexia, prostração Morte súbita Sintomas neurológicos Homem (hospedeiro acidental) Nódulos pulmonares Confundidos com neoplasia Migrações para demais órgãos. Confirmação de Diagnóstico Exame físico (sinais respiratórios, cardíacos) Procura de microfilárias no sangue Exame direto Esfregaço Sanguíneo Ambos não são muito bons, pois usa-se pequeno volume de sangue. A chance de encontrar a larva é pouca. Método de Knott (usando 1mL de sangue + 9mL de formol, centrifugar) Filtração (usando filtro especial, retendo o parasita) Gota espessa FALHAS por Falso negativo: Quando há infecções amicrofilarêmicas Único sexo Eliminação imunomediada de L1 Infecção recente (pré-patente) Drogas profiláticas Esterilidade induzida por medicamento Diferenciar Dirofilaria immitis e Dipetalonema reconditum. Verificar comportamento em lâmina D. immitis tem movimentos lentos e ondulantes; extremidade anterior afilada e posterior obtusa D. reconditum tem movimentos rápidos e progressivos; extremidade anterior obtusa e posterior em forma de gancho. Usar corante histoquímico para atividade de fosfatase ácida D. immitis com manchas positivas vermelhas distintas de fosfato ácido no poro excretor e poro anal D. recoditum fica totalmente rosa D. repens: poro anal Testes sorológicos Antígeno ELISA Fêmeas FALHAS Infecções com baixa carga parasitária Único Sexo Formas imaturas Anticorpo Só revela exposição e não necessariamente infecção Ecocardiograma Radiografia PCR Necropsia Epidemiologia Cosmopolita, mas é mais comum em regiões litorâneas. Felino: Com menor número de adultos Curto tempo de vida do parasito (2-3 anos) Microfilaremia inexistente ou baixa Podem se curar espontaneamente 1 verme adulto pode levar a morte. Canino: Gravidade determinada pelo porte do hospedeiro, número de parasitas adultos, resposta imune, duração de infecção e nível de atividade do hospedeiro. Cão como reservatório L1 sobrevive até 18 meses na circulação dos cães Infecção transplacentária - microfilaremia transitória. Zoonose (homem como hospedeiro acidental) No Brasil, a prevalência declinou de 7,9% em 1988 para 2% em 2001 Niterói: 2005=0; 2009=12% Região dos Lagos: 2005=32,5%; 2009=80% Wolbachia sp. Profilaxia Combate ao HI Telar canis, repelentes nos animais, inseticida no ambiente. Tratamento profilático Ivermectina e outros Collie não pode usar (se fudeu) Diagnóstico e tratamento dos animais infectados Educação do proprietário: posse responsável Gênero: Dirofilária Espécie: Dirofilária repens Hospedeiro Definitivo: Caninos e Felinos Hospedeiro Intermediário: Mosquitos (Aedes sp., Anopheles sp., Culex sp.) Habitat: tecido cutâneo e coração Levemente patogênica Homem Hospedeiro Acidental Gênero: Dipetalonema Espécie: Dipetalonema reconditum Sinonímia: Acantocheilonema reconditum Hospedeiro Definitivo: Caninos Hospedeiro Intermediário: Pulga Ctenocephalides sp., piolhos e carrapatos Habitat: Tecido subcutâneo Patogenia e Manifestações Clínicas Aparentemente apatogênico Infecção transitória Ulcerações cutâneas Abscessos subcutâneos ocasionais Epidemiologia Mesmas áreas endêmicas que Dirofilaria immitis Gênero: Onchocerca Espécie: Onchocerca reticulata Hospedeiro Definitivo: equídeos Hospedeiro Intermediário: dípteros (Culicoides sp.) Habitat: tecido subcutâneo, ligamentos e membros. Espécie: Onchocerca volvulus Hospedeiro Definitivo: humano Hospedeiro Intermediário: Simulium sp. (borrachudo) Habitat: enovelados em tecido subcutâneo, sob a forma de nódulos fibrosos. Espécie: Wuchereria bancrofti Hospedeiro Definitivo: humanos Hospedeiro Intermediário: Culex sp. Habitat: vasos e gânglios linfáticos "Elefantíase"
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