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* * Hiperplasia Endometrial Classificação e Terapêutica * * Endométrio Normal Fase Proliferativa Relação Glândulas/Estroma < 50% Glândulas pouco aglomeradas * * Endométrio Normal Fase Secretora Relação Glândulas/Estroma ≥ 50% Glândulas organizadas, ausência de mitose * * Hiperplasia Endometrial Definição: Proliferação das glândulas endometriais que pode progredir ou coexistir com o carcinoma de endométrio. Histopatológico (HTP): Aumento da relação Glândula/Estroma + glândulas de formas e tamanhos variados, podendo exibir atipia celular. * * Estímulo estrogênico, sem contraposição pela progesterona. Condições associadas: Obesidade Nuliparidade SOP Menopausa tardia (>55anos) Diabetes Mellitus Sd. Lynch Tamoxifeno Fatores de risco * * Classificação WHO (1994) Morfologia Glândula/Estroma – Simples ou Complexa Presença ou ausência de atipia celular Scully RE, et al. Uterine corpus. In: Histological Typing of Female Genital Tract Tumours, 2nd ed., Springer-Verlag, New York 1994. p.13. Simples sem atipia Complexa sem atipia Simples com atipia Complexa com atipia * * Classificação Neoplasia intraepitelial endometrial (2000) Hiperplasia Endometrial (EH) Alterações observadas na anovulação ou situações de longa exposição ao estrogênio. Neoplasia intraepitelial endometrial (EIN) Lesões pré-cancerosas Mutter GL. Endometrial intraepithelial neoplasia (EIN): will it bring to chaos? The Endometrial Collaborative Group. Gynecol Oncol 2000; 76:76:287 * * WHO x EIN WHO EIN Categoria Funcional Manejo Mutter GL. Endometrial intraepithelial neoplasia (EIN): will it bring to chaos? The Endometrial Collaborative Group. Gynecol Oncol 2000; 76:76:287 * * Simples sem atipia Glândulas parcialmente aglomeradas Dilatação cística com ocasional evaginação luminal Mitoses pouco presentes Kurman, RJ. tumors of the Uterine Corpus and Gestational Trophoblastic Disease. Atlas of Tumor Pathology, version 2.0, American Registry of Pathology, Washington DC 1995. * * Complexa sem atipia Aglomeração acentuada – Glândula/Estroma>50% Desorganização e evaginação luminal Mitoses sempre presentes Kurman, RJ. tumors of the Uterine Corpus and Gestational Trophoblastic Disease. Atlas of Tumor Pathology, version 2.0, American Registry of Pathology, Washington DC 1995. * * Complexa com atipia Glândulas irregulares e aglomeradas com atipia celular Diferencia-se do carcinoma de endométrio pela presença de estroma residual separando as glândulas Kurman, RJ. tumors of the Uterine Corpus and Gestational Trophoblastic Disease. Atlas of Tumor Pathology, version 2.0, American Registry of Pathology, Washington DC 1995. * * Mulheres entre 18 – 90 anos (1985 a 2003) – Incidência geral de 133 em 100 000 mulheres. – Mais comum entre 50 e 54 anos e raramente abaixo dos 30 anos. Hiperplasia simples e complexa sem atipia – Pico entre 50 e 54 anos. Hiperplasia com atipia – Pico entre 60 e 64 anos. Reed SD. Incidence of endometrial hyperplasia. Am J Obstet Gynecol 2009; 200:678.e1. Epidemiologia * * Espindola D. Management of abnormal uterine bleeding and the pathology of endometrial hyperplasia. Obstet Gynecol Clin North Am 2007;34:717-37 Apresentação Clínica * * * * Baixa reprodutibilidade da classificação da WHO Concordância entre patologistas Hiperplasia simples sem atipia: 24 – 44% Hiperplasia com atipia: 25 – 38% Hiperplasia complexa: 16- 18% Lacey J: Endometrial hyperplasia and the risk of of progression to carcinoma. Maturitas 63 (2009) 39-44 * * Hiperplasia simples e complexa – Prevalência de carcinoma concomitante ainda não foi bem documentada. Hiplerplasia com atipia – Gynecologic Oncology Group Trial 2006 Carcinoma concomitante em 42.6% das histerectomias !! Trimble CL et al. Concurrent endometrial carcinoma in women with a biopsy diagnosis of atypical endometrial hyperplasia: a Gynecologic Oncology Group study. Cancer 2006; 106:812-9 * * Hip. simples – RR = 2.0 Hip. complexa – RR = 2.8 Hip. com atipia – RR = 14 Risco absoluto de progessão para carcinoma após 20 anos: Lacey Jr et al. Endometrial carcinoma risk among women diagnosed with endometrial hyperplasia: the 34-year experience in a large health plan. Br J Cancer 2008; 98:45-53cc Kurman RJ et al. The behavior of endometrial hyperplasia. A long-term study of “untreated” hyperplasia in 170 patients. Cancer 1985;56:403-12 Hip.simples sem atipia – 1% Hip.complexa sem atipia – 3% Hip. com atipia – 29% Incidência de Ca Risco relativo de desenvolver Ca Hip.sem atipia < 5% Hip.com atipia – 28% Lacey Jr et al. Absolute risk of endometrial carcinoma during 20-year follow-up among women with endometrial hyperplasia. J Clin Oncol 2010; 28: 788-792 * * Terapêutica Risco de progressão ou presença de carcinoma de endométrio concomitante Hiperplasia sem atipia X Hiperplasia com atipia Progesterona X Histerectomia * * Hiperplasia Endometrial Sem Atipia Conduta expectante – Regressão expontânea de 70% Terapia com progestágenos Acetato de medoxiprogesterona - 10 mg diariamente por 3 a 6 meses, regime contínuo evita sangramento irregular. DIU medicado (Mirena) – Maior taxa de regressão quando comparado a progesterona oral ( 92% e 66%) para a hiperplasia complexa. Sem diferença na hiperplesia simples. Progesterona micronizada – 100 a 200 mcg VV do 10º ao 25º dia do ciclo ACO – Pacientes que desejam contracepção e/ou não toleram a pogesterona isolada. Giuntoli RL et al. Management of endometrial hyperplasia. UpToDate 2012 * * Hiperplasia Endometrial Sem Atipia Seguimento: Biopsia de endométrio 3 a 6 meses após inicio do tratamento. Persistência - aumentar dose ou associar DIU medicado Evolução para hiperplasia com atipia – Avaliar histerectomia Profilaxia : Acetato de medroxiprogesterona 5-10mg , 12 a 14 dias ao mês. Acetato de medroxiprogesterona 150 mg IM a cada 3 meses DIU medicado Progesterora micronizada 200mg VV, 12 a 14 dias ao mês. Giuntoli RL et al. Management of endometrial hyperplasia. UpToDate 2012 * * Hiperplasia Endometrial Com Atipia Elevado risco de Ca de endométrio concomitante Mulheres com prole constituída: Pós-menopausa – Histerectomia + Ooforectomia Congelação no per-operatório é método falho Avaliar acometimento ovariano é de suma importância para estadiamento do Ca de endométrio – ocorre em 5% dos casos Pré-menopausa – Histerectomia + Ooforectomia? Giuntoli RL et al. Management of endometrial hyperplasia. UpToDate 2012 * * Hiperplasia Endometrial Com Atipia Desejo de preservar fertlidade ou contra-indicação à cirurgia Tratamento com progestágenos: Acetato de megestrol 80 a 160mg, 2 vezes ao dia Acetato de medroxiprogesterona 600 mg/dia DIU medicado Giuntoli RL et al. Management of endometrial hyperplasia. UpToDate 2012 * * Hiperplasia Endometrial Com Atipia Seguimento e prognóstico Tramento conservador: 14% persistência e 23% de recorrência em metanálise com seguimento entre 6 e 98 meses Bx de endométrio após 3 meses do início do tratamento Falha de tratamento se persistência após 9 meses – avaliar histerectomia Manter progesterona em caso de regressão – repetir bx de endométrio a cada 6 a 12 meses Giuntoli RL et al. Management of endometrial hyperplasia. UpToDate 2012 * * Conclusões Hiperplasia endometrial é definida como uma proliferação anormal das glândulas endometriais que pode ou não progredir ou coexistir com carcinoma de endométrio. Classificação - WHO A presença de atipia celular é o fator de risco mais importante para coexistência ou progressão para carcinoma de endométrio. Resulta da exposição excessiva ao estrogênio sem contraposição da progesterona. A histerectomia é o tratamento de escolha para a hiperplasia com atipia em mulheres com prole definida. A hiperplasia sem atipia pode ser tratada com progestágenos. *
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