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AULA 1 A 10

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AULA 1 – AS PESSOAS COM DEFICIÊNCIAS
INTRODUÇÃO
Percebe-se que o desconhecimento sobre a deficiência e as representações sociais traz uma valoração que, ao longo do tempo, distorceu o conceito do deficiente, prejudicando e impedindo suas possibilidades de desenvolvimento.
Essas visões foram criadas em uma visão pré-científica, que marcou profundamente esta história, trazendo preconceito e exclusão.
DISCRIMINAÇÃO
Ao longo do tempo, na história da humanidade, o ser humano sempre sofreu pelas diferenças que trazia.
A discriminação fazia com que homens e mulheres, crianças e idosos sofressem a rejeição dos puros, nobres e ricos burgueses – uma elite considerada “escolhida por Deus”. Essa discriminação atingia também os deficientes, independente de sua classe social.
SÉCULO XIX
Os portadores de deficiência, impossibilitados de trabalhar, causavam ônus e prejuízos aos seus acompanhantes, visto que não faziam parte da produção e sustento do grupo.
O discurso pré-científico, ou seja, que antecedeu a investigação científica, não tratava as pessoas com deficiência como se deveria. Pelo contrário, bania-as da sociedade e as tratava como animais.
SÉCULO XX
No passado, não se buscavam tentativas de inclusão ou mesmo de um despertar das capacidades sufocadas nos deficientes.
Atualmente já se pode notar uma mudança nesse quadro, até mesmo legislativa, com a lei 8.213 que exige que as empresas mantenham um número x de funcionários deficientes trabalhando.
EXCLUSÃO SOCIAL
Na busca de uma “normalidade”, na tentativa de explicar as diferenças, surgem os feiticeiros chamados de xamãs. Estes eram curiosos e religiosos que a todo custo queriam extirpar o demônio, o mal daquele que deveria ser igual a todos.
Consideradas hereges, endemoniadas, as pessoas deficientes eram mortas ou abandonadas. 
Por se acreditar que elas possuíam demônios, eram muitas vezes assassinadas.
O abandono do idoso e do recém-nascido deficiente estava ligado às questões de sobrevivência dos que eram considerados sãos.
 A influência de questões míticas e religiosas possibilitou uma visão sobre a pessoa com deficiência como um alguém que deveria ser deixado à sua própria sorte.
A busca da humanidade pela cientificidade fez emergir uma série de tentativas, em busca de uma melhor qualidade de vida das pessoas com necessidades especiais.
 Ao mesmo tempo, trouxe conceitos de padrões de normalidade, que por muitas vezes, no lugar de possibilitar a integração deste na sociedade, funcionou como uma grande máquina de exclusão social.
GRÉCIA ANTIGA
Na Grécia antiga, as pessoas que estavam fora do padrão de beleza eram em geral direcionadas para a guerra.
Percebemos o quão grande era o padrão de normalidade da época: corpos belos, esculturais, direcionados para as competições de força e beleza. 
É só nos recordarmos das Olimpíadas, onde o culto ao corpo era valorizado, assim como a força e o poder.
Tal contextualização não difere muito dos acontecimentos atuais, do culto ao corpo, à beleza e à forma física. 
Cabe lembrar que as Olimpíadas são até hoje um evento mundialmente famoso e disputado.
IDADE MÉDIA
Na Idade Média, podemos constatar que os deficientes eram os eleitos por Deus, os escolhidos, os pecadores e os endemoniados.
Assim, aqueles considerados sãos extirpavam os demônios de seus corpos, surgindo assim uma cultura mística, onde o oculto e o desconhecido eram tratados de forma mágica, com fórmulas não convencionais.
 Tortura, fogueira, tudo era possível e utilizado para afastar o mal, que dominava e conduzia a comportamentos aversivos.
Expostas a um mundo cruel, eram realizadas as trepanações, que consistiam em furar o crânio do “paciente”, para que fosse liberado todo o mal.
 Segundo Telford (Charles Witt Telford recebeu um mestrado em Psicologia da Universidade de Idaho em 1927) e Sawrey (1988), “é de supor que o homem pré-histórico tivesse uma concepção demonológica da natureza”.
 Percebe-se que os anos em que transcorreu a Idade Média foram anos perdidos no contexto científico.
RENASCIMENTO
Durante o Renascimento, há uma mudança na estrutura de tratamento. Podemos dizer que este é um início do conhecimento científico.
 Na época, surgem as primeiras explicações médico-científicas. Porém, estas ainda estavam muito distantes de um processo humanizado.
- O hospital de Bicêtre:
Há um processo de isolamento das pessoas que possuíam doenças mentais.
 
O hospital de Bicêtre, localizado nos subúrbios de Paris, que servia de asilo e prisão, entre outras funções, acomodou pessoas famosas, como o Marquês de Sade, com suas ideias que degradavam a sociedade da época.
Você se lembra dos bobos da corte? 
Eles eram anões, corcundas ou deficientes, e entretinham os reis e rainhas, animando-os no palácio real. 
Cabia a estas pessoas diferentes uma única função: usar sua aparência para fazê-los rir.
SÉCULO XVI
No inicio do século XVI, finalmente se chegou a um modelo mais próximo do que seria a ciência, que de certa forma autorizava as ações que possibilitassem o conhecimento das possíveis causas que levavam uma pessoa a ser diferente e possuir uma deficiência.
Segundo Telford e Sawrey, “ Paracelso tornou-se famoso por um tratado em que defendeu o us da medicina no tratamento das doenças mentais, em vez de exorcismos e palavras mágicas”.
Essa mudança vem mudar a história a respeito do cuidado e tratamento das pessoas com deficiência. 
Pinel, também tirando as amarrasdos loucos, busca a mudança e a quebra de paradigma, que passa do cárcere ao cientificismo da doença e deficiência mental.
É importante ressaltar que ambos não estavam claramente identificados na época, sendo de extrema importância a diferenciação, a contextualização e o cientificismo que responsabilizava cada um pela sua tutela.
Ou seja, cabe a cada um cuidar e se responsabilizar pelos seus.
DA MAGIA À CIENCIA, DA IGNORÂNCIA AO CONHECIMENTO
Ao longo do tempo, surgem as concepções quantitativas que, diferenciando os grupos normais e anormais, diferem das concepções qualitativas. Estas consistem na possibilidade de diferenciar traços e características diferentes da humanidade.
Pessoas que nascem com deficiência: Os aspectos biológicos e sociais não eram, até então, investigados. Na história da excepcionalidade, tratamos tanto de pessoas que nasciam com deficiência quanto de pessoas que apresentavam juízos de valores diversos do conceito da época.
Deficientes de guerra: Além de todo este contexto histórico, ainda herdamos os deficientes da guerra. Assim, biologicamente, falando até nas deficiências adquiridas, o mundo discute até hoje a questão de ser diferente.
AULA 2 – CONCEPÇÃO QUALITATIVA X CONCEPÇÃO QUANTITATIVA – O NORMAL E O PATOLÓGICO
INTRODUÇÃO
Nesta aula, você conhecerá e discutirá as noções sobre o normal e o patológico, e ainda as concepções qualitativas e quantitativas dos termos.
Abordaremos também a visão diferenciada sobre o tema deficiência, as transformações dos modelos institucionalizados propostos por uma visão psicométrica e a valorização da criatividade como possibilidade de mudança de paradigmas.
Ao pensarmos em qualidade, identificamos uma categoria filosófica, que distingue as diversas experiências e que não pode ser expressa numericamente.
 Como Telford e Sawrey relatam, “(...) entende-os como constituindo categorias ou classes separadas e, em muitos aspectos, distintos das pessoas” (p. 24, RJ).
 Já a concepção quantitativa “(...) constitui apenas diferenças de grau, e não de espécie” (p. 24).
DEFICIÊNCIAS QUANTITATIVAS E QUALITATIVAS
Números, quantificações e normatizações impossibilitam o desabrochar de características antes camufladas, mas que podem ser reconhecidas e sentidas com o coração.
O “padrão” das pessoas que apresentam deficiências quantitativas acaba, de alguma forma, sobrepondo as pessoas que apresentam deficiências qualitativas, tendo em vista a necessidade do padrão numérico.
DIFERENÇAS INDIVIDUAIS E POSSIBILIDADES
Toda a questão da deficiência quantitativa e qualitativa deve levar em contaas diferenças individuais e as possibilidades das pessoas.
Estas possuem características únicas de um sujeito em movimento, ou seja, da pessoa que, mesmo com suas limitações, crê na possibilidade de mudanças positivas.
Telford e Sawrey, em seu livro O Indivíduo Excepcional, afirma:
 Provavelmente, a questão da natureza básica das diferenças intelectuais entre as pessoas excepcionais e normais faz parte de uma questão mais vasta: a da natureza das diferenças individuais em geral, e talvez não tenha sequer uma resposta significativa (1988, p. 29).
ANTIGOS MODELOS
Criaram-se modelos que foram, ao longo do tempo, institucionalizados e que trouxeram discriminação e repúdio. Na verdade, nem mesmo o sujeito muito inteligente, assim como o pouco inteligente, era absorvido pela sociedade da época.
 Ao longo da história da educação, tornou-se mais apropriado separar as diferenças, de forma que estas pudessem ser mais cuidadas e atendidas nas suas especificidades.
Para isso, instituíram-se escolas de atenção à pessoa que necessita de educação especial. 
Mas vamos repensar: e o valor quantitativo e qualitativo? Como descartar a possibilidade do ser criativo que, na solução dos seus problemas, cria mecanismos de suporte e ação?
A escola só esta preparada para lidar com a questão da normalidade, da qualidade, e tudo que for diferente é descartado. 
ORGANIZANDO O ARQUIVO QUANTITATIVO E QUALITATIVO
Cabe a cada um cuidar de seu próprio arquivo, injetando novas tecnologias, ampliando novos conhecimentos e redescobrindo algo que já estava em desuso. 
Muitos dos nossos arquivos apresentam promessas vivas de mudança; basta acreditar.
 Diferenças quantitativas. Se nos posicionarmos enquanto os arquivos citados, vamos pensar na quantidade de informações e na sua recepção. 
Nosso arquivo quantitativo e qualitativo necessita ser organizado, de forma que este venha somar à formação geral.
Nós ditos adultos normais devemos aprender a refletir, a questionar e pensar, inclusive a situação na qual nos encontramos.
PARÂMETROS DE INVESTIGAÇÃO
Aprender a questionar, aprender a pensar, simplesmente ser. A Psicologia do excepcional passa muitos anos buscando entender o ser especial e busca na Psicometria um estabelecimento de parâmetros que visem medir os fenômenos psíquicos.
Percebemos que tais definições não conseguem atender algo tão específico e particular, que é simplesmente medir fenômenos.
 Assim, ao contrário do positivismo, a visão qualitativa ultrapassa as barreiras, crendo no potencial qualitativo e humano de cada sujeito em especial. 
Assim surge a modernidade, com novos parâmetros de investigação e novas formas de ver o homem.
 A discussão entre quantitatividade e qualitatividade gera novos modelos e ainda novas técnicas de abordagem, seja educacional, seja afetiva.
PERFIL: NORMALIDADE E ANORMALIDADE
Há quanto tempo buscamos avaliar o que é ser normal e o que é ser anormal?
 E perfil? Do que se trata ter um perfil? Trata-se de uma norma técnica, estipulada e calcada em termos psíquicos?
É muito importante ressaltar que autossuficiência, integridade e caráter são construídos ao longo da vida. 
Tais traços representam uma pessoa, seja ela especial ou não.
Há muito tempo que se busca a resposta para tantas perguntas, sejam eles modelos faraônicos e vigor e beleza, modelos sedutores renascentistas, modelos de força, beleza e vigor.
Qualquer sujeito que fugia do padrão de beleza e vigor era discriminado e colocado em um estado de caos social.
DOENÇA FÍSICA E MENTAL
As matrizes que nortearam durante muitos anos os perfis personalógicos permitiu separar rigorosamente a doença física da deficiência mental.
Matrizes estas que serviram e servem ainda de parâmetros, de regras que buscam contextualizar o sujeito em um quadro ou perfil estipulado.
Não contamos neste quadro com a questão da criatividade e subjetividade humanas.
Estas, sim, possibilitam a quebra de paradigmas, tão almejada por todos os cientistas que desejaram a mudança, o respeito e a quebra de estereótipos e preconceitos.
Segundo Kaplan e Sadock (1984), “de acordo com essa nosologia, o retardo mental é reservado para o funcionamento subnormal devido a causas patológicas”.
Então, vamos mudar a discussão, já que muitos destes sujeitos são atuantes no mercado de trabalho. 
O que se percebe é que o mundo muda e os conceitos também.
Afinal, “de perto ninguém é normal”. 
Não existe perfil que atenda a todos os desejos, aos protótipos e modelos existentes
ALICERCES TEÓRICOS SOBRE O QUE É SER ESPECIAL
Idade média: A base histórica nos remonta além da discriminação relatada anteriormente, quando pessoas eram excluídas. Algumas eram colocadas à margem do rio para serem pegas por pedintes, que a utilizariam para o mesmo futuro; outras, os bobos da corte, eram usadas para fazer rir; outras, especiais, eram consideradas detentoras de poderes mágicos ou hereges; dentre outros.
Década de 60: Na década de 1960, surgem os movimentos de reabilitação no Brasil. Para saber sobre a história da deficiência visual no Brasil.
1994: Em 1994, a Declaração de Salamanca enfatiza que “a educação é um direito de todos, independentemente de suas condições” (UNESCO).
Dias de hoje: Percebe-se assim que, na verdade, a importância não se detém exclusivamente no conceito de normalidade, mas sim na possibilidade de que todos, indistintamente, necessitam de atenção especial em determinadas áreas de suas vidas.
DIFERENTES OLHARES
Nestes muitos olhares diferentes, o que existe de diferenças e igualdades? Do ponto de vista da atualidade, não podemos descartar as questões sociais no que se refere à pessoa especial.
Passamos de um modelo médico normatizador, chegamos a uma busca insensata com vistas a diminuir as diferenças existentes entre as pessoas e diminuir as marginalidades, visto que a pessoa com problemas era excluída pelo meio.
ESTÉTICA DO OPRIMIDO
Por volta da década de 70, surge uma nova forma de expressão artística, criada por Augusto Boal, intitulado Teatro do Oprimido.
Surge assim uma das possibilidades de voz sobre o tratamento, as dificuldades do dia a dia, uma visão social e uma forma de ser, representado por outra voz.
Opressão, exclusão e abandono. Esta ainda é a realidade brasileira, apesar das crescentes discussões sobre o tema.
 A base de toda e qualquer mudança é a educação. Nela, transformamos pessoas em seres pensantes, criamos novos paradigmas e pontes. 
Educar a família, educar a população, criar pontes são deveres de cada um de nós.
CONCLUINDO
A deficiência pode ser vista por diversos ângulos e sempre dependerá de quem os vê. 
O que deve mudar, além do olhar, é o fazer. É a possibilidade de criação de políticas públicas, onde estas pessoas possam ser inseridas.
 Os modelos institucionalizados surgem em pequenas ações, principalmente familiares. 
Porém, buscam uma melhoria da qualidade de vida da pessoa com deficiência. Enquanto as ações continuarem em nossos quintais, pouco será feito em prol de uma mudança significativa.
Devemos apostar na criatividade, não precisamos mais de letrados, e sim de pessoas contagiantes e felizes.
 A quebra de paradigmas começa em nossas pequenas ações.
 A Psicologia necessitou adquirir o status de ciência. 
Hoje, esta ciência carece de pessoas que possam investir no sujeito, de forma a minimizar o sofrimento humano.
AULA 3 – OS PRINCIPAIS TIPOS DE DEFICIÊNCIA – CONCEITOS, CAUSAS E CATEGORIAS
INTROUÇÃO
Nesta aula, veremos os diferentes conceitos sobre deficiência e as causas do seu surgimento, desde a fase pré-natal até a pós-natal. 
Discutiremos ainda os tipos de enquadre que norteiam o processo de avaliação e cuidado.
DESMISTIFICANDO O TEMA
Antes mesmo de discutirmos conceitos sobre deficiência, devemos nos lembrar que são pessoas que vivem e pensam como qualquer uma, e assim, podem ter suas “diferenças” vivenciadas de forma acentuada.
 Por isso, nada melhor do que o conhecimento do tema para que possamos desmistificá-lo, percebendo que, em algum momento da vida, podemos ser realmenteum pouco diferentes.
CONTEXTUALIZANDO A DEFICIÊNCIA 
Quando falamos em contextualizar a deficiência, nos referimos a conceitos lógicos e positivistas, que necessitam de um argumento comprovável para corroborar o assunto citado.
 Contra todo este manancial teórico e positivista, no entanto, existe um algo mais, que passa na verdade pelo viés da criatividade.
Assim, não desejamos aqui contextualizar no sentido de restringir possibilidades, mas sim de pensar em uma série de vertentes que podem ser trabalhadas. 
Então, falamos de um homem em uma visão holística.
 Ao analisarmos a palavra “deficiência”, temos uma concepção que surge no século XX e que carrega uma ideia de inatividade, ou mesmo de um conceito que foge ao centro da normalidade, ou seja, de uma média estatística.
Assim, em uma distribuição normal, ora temos os sujeitos que apresentam uma “deficiência para menos”, ora uma “deficiência para mais”
Segundo Mazzotta (1983), “de um modo geral, o termo excepcional tem sido empregado para designar pessoas que se afastam da normalidade” (p.12).
 O que cabe na verdade, em um discurso normatizador, é colocar o deficiente o mais próximo possível da eficiência. 
Assim, fala-se de adequação, reabilitação e enquadre, ou seja, tantos significados que buscam trazer o outro para a nossa visão de mundo.
 “Ser excepcional é ser raro ou incomum; é toda a categoria desviante” (Telford; Sawrey, 1977, p. 15).
DEFICIÊNCIA E DOENÇA MENTAL
Conclui-se que o termo “excepcional”, como sinônimo de deficiência, foi sendo substituído por outros, como “portador de necessidades especiais”, ou “educacionais especiais”.
Esses termos trazem uma grande discussão sobre o próprio significado do verbo “portar” e sobre o que caracteriza “necessidades”.
Tanto “deficiência” quanto “doença mental” são termos que passam por um intricado meio de normas técnicas, conceitos e pré-conceitos que, na verdade, fazem-nos perceber o total desconhecimento sobre o assunto.
 Deficiência não é doença. Ela se refere a um déficit, seja ele cognitivo, motor, entre outros.
NOVAS QUALIFICAÇÕES
A Organização Mundial de Saúde começa a se organizar para classificar as deficiências, visando diminuir o preconceito.
CIDID: Em 1989, a OMS (Organização Mundial de Saúde) elabora a Classificação Internacional de Deficiências, Incapacidades e Desvantagens (CIDID).
CIDDM-2: Em 1997, surgem novos títulos e conceituações, como a “Classificação Internacional das Deficiências, Atividades e Participação: um manual da dimensão das incapacidades e da saúde” (CIDDM-2).
Esse documento concebe a deficiência como “uma perda ou anormalidade de uma parte do corpo ou função corporal, incluindo funções mentais”.
 Diz-se que o termo “doença mental” abrange problemas emocionais, comportamentais, cognitivos e sociais. Portanto, apesar de ter grandes semelhanças com a deficiência, ela encontra-se na esfera da Psiquiatria.
 Porém, tanto uma quanto outra podem se entrelaçar em seus serviços, pois como o ser humano é total, necessita de atenção especial.
CAUSALIDADES DAS DEFICIÊNCIAS
Entre os vários tipos de causalidades para as deficiências, podemos apresentar três grandes momentos: pré-natal; perinatal e pós-natal
CAUSAS PRÉ – NATAIS: Qualquer ação que interfere no desenvolvimento pleno da criança durante a gestação. Tais fatos podem ser: doenças infectocontagiosas; ações externas, como raio-X; doenças da mãe, dentre outros fatores.
CAUSAS PERINATAIS: Ações que acometem a criança durante o parto ou imediatamente depois. Dentre os fatores mais preocupantes, está a pressão alta da mãe, gerando eclâmpsia.
CAUSAS PÓS – NATAIS: Problemas que afetam a criança após o parto.
OUTRAS CAUSAS
Além dessas causas, a realidade social do nosso país acaba impondo algumas dificuldades sociais que também facilitam o surgimento das deficiências.
 Nesse caso, podemos citar as dificuldades de orientações e esclarecimentos sobre as deficiências, a necessidade de acompanhamento específico para a gestante, o trato do recém-nato, entre outros.
Outros fatores são as dificuldades de acesso à rede de atenção básica, à saúde e à higiene. 
No nível estrutural, a dificuldade de acesso aos locais e ainda faltam rampas.
 O sistema de saúde acaba por se transformar em mais um vilão, que não ouve as queixas e ainda impossibilita a possibilidade de novas conquistas.
PREVENÇÃO E REDUÇÃO DAS DEFICIÊNCIAS
Os fatores etiológicos, através da investigação pelos estudos acadêmicos, podem propor mudanças estruturais, ambientais e sanitárias, de forma a minimizar os problemas e reduzir os danos.
 Dentre estas causas possíveis, temos, nos fatores já citados, a educação para a saúde como uma das saídas da prevenção das deficiências.
 Assim, mesmo sendo causas ambientais, genéticas ou multifatoriais, os profissionais da área da educação e da saúde podem influenciar a discussão que venha a criar: frentes de trabalho, educação nas escolas, formação continuada e dispositivos de atenção na rede básica de saúde.
 É importante ressaltar a necessidade de atenção primária e secundária:
PRIMÁRIA: Na atuação junto à vacinação, atenção à gestante evitando a deficiência física, motora, mental entre outras;
SECUNDÁRIA: Quando já existe o desenvolvimento da deficiência, buscando minimizar suas consequências.
AULA 4 – DESCVIO INTELECTUAL, DEFICIÊNCIA MENTAL E ALTAS HABILIDADES
INTRODUÇÃO
Ao longo dos anos, os termos “desvio intelectual”, “deficiência mental”, “oligofrenia”, “retardado”, “mongoloide”, entre outros, eram utilizados para se referir à pessoa com qualquer tipo de deficiência mental. 
Esses termos eram carregados de preconceito e tratavam como anormais todas as pessoas que necessitavam de ajuda diferenciada.
Desta forma, vamos discutir nesta aula as distinções entre tais termos.
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
Os termos universalmente utilizados para diferenciar as pessoas que possuíam algum atraso cognitivo eram conceitos passados e institucionalizados como tal. Tais termos simplesmente não permitiam os questionamentos necessários para uma mudança na visão das pessoas.
Ou seja, esses paradigmas institucionalizados impediam o pleno desenvolvimento de políticas de atenção às pessoas com necessidades especiais.
Por muito tempo, os movimentos buscavam a normalização. Esta universalização permeou os anos 1950, 60 e 70, quando era muito comum tratar a todos como excepcionais.
Em 1973, a Associação Americana de Deficiência Mental começa a pontuar a questão da deficiência intelectual. 
Mas as mudanças culturais só viriam dali a alguns anos, conforme veremos.
ANOS 1980: MUDANÇA CULTURAL
A mudança cultural começa nos anos 1980. O ano de 1981 é declarado o Ano Internacional da Pessoa com Deficiência pela ONU (Organização das Nações Unidas), que culminou com o programa mundial de ação para pessoas com deficiência, em 1982.
Para entendermos a confusa caminhada da deficiência e desvio intelectual, percebemos concretamente o status que tanto um quanto outro trazia em seu significado.
Porém, significativamente, as definições de desvio e deficiência perpassam ideias que indicam o atraso cognitivo e mental que dificulta o pleno desenvolvimento.
As características não são diferenciadas. O que difere é a forma de entendimento, atenção, receptividade e cuidado à pessoa com deficiência.
NOVAS NOMENCLATURAS
Os anos se passam, novas nomenclaturas são criadas, assim como novos critérios psicométricos de avaliação da inteligência, mas os diagnósticos devem passar por critérios estabelecidos de diagnósticos psicológicos que utilizam as entrevistas em seus vários tipos (direta ou indireta), a aplicação de testes psicológicos e ainda as avaliações de desenvolvimento psicomotor.
Em 1992, junto com o DSM IV (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), conceitua-se a deficiência mental como uma redução intelectual inferior à média.
Segundo Mazzotta, a AAMD se refere à deficiência intelectual como: “(...) funcionamento geral significativamente abaixo da média, associado ao déficit no comportamentoadaptativo, evidenciado durante o período de desenvolvimento” (Mazzotta, 1987, p. 10).
O autor afirma que, segundo alguns autores, há distinção entre ambas as nomenclaturas sobre deficiências mentais.
DESCONHECIMENTO E PRECONCEITO: OS PIORES IMPEDITIVOS
Devemos pensar que tais questões não mudaram as ações sobre a deficiência. O que mais impede o pleno desenvolvimento das pessoas é o preconceito, gerado pelo desconhecimento do assunto.
Quando Binet foi convidado para discutir o tema inteligência e criar o teste de coeficiente intelectual (QI), não imaginava a segregação e as dificuldades que aconteceriam após sua descoberta.
 Essa “marginalidade” da pessoa com deficiência intelectual afastava e dificultava um melhor acompanhamento, visando o pleno desenvolvimento da pessoa com deficiência.
Termos como “acima da média” ou “abaixo da média” serviram apenas para criar salas e orientações especiais.
CATEGORIA ESPECIAL
Ao falarmos de deficiência, falamos de um sujeito que vive à margem da sociedade, com quem, muitas vezes, a sociedade e a família não sabiam o que fazer.
Hoje, considera-se a deficiência mental não mais como um traço absoluto, mas uma categoria especial, que pode se apresentar de diversas formas.
Assim, fala-se de aspectos sociais e ainda da própria formação, educação e escolarização dos sujeitos.
Segundo Telford e Sawrey (1988), “é óbvio que a identificação do indivíduo mentalmente retardado envolve a aceitação de certos critérios. Já indicamos que, na prática, são correntemente usados múltiplos critérios” (p. 233).
SÍNDROME DE EDWARDS: Ela foi descrita inicialmente pelo geneticista britânico John H. Edwards. As características principais da síndrome são: atraso mental, atraso do crescimento e, por vezes, malformação grave do coração. O crânio é excessivamente alongado na região occipital e o pavilhão das orelhas apresenta poucos sulcos. A boca é pequena e o pescoço geralmente muito curto.
PARALISIA CEREBAL: É uma lesão de uma ou mais partes do cérebro, provocada muitas vezes pela falta de oxigenação das células cerebrais. Acontece durante a gestação, no momento do parto ou após o nascimento, ainda no processo de amadurecimento do cérebro da criança. É importante saber que o portador possui inteligência normal (a não ser que a lesão tenha afetado áreas do cérebro responsáveis pelo pensamento e pela memória).
SÍNDROME DE PRADER-WILLI: A incidência da síndrome é entre 1 em 12.000 e 1 em 15.000 nascimentos. A distinção do cromossomo por origem parental é devido ao imprinting, e a síndrome possui uma síndrome-irmã, a síndrome de Angelman que afeta os genes "imprintados" maternalmente na região.A síndrome de Prader-Willi é caracterizada por polifagia, pequena estatura e dificuldades de aprendizado.
SÍNDROME DE DOWN: A síndrome é caracterizada por uma combinação de diferenças maiores e menores na estrutura corporal. Geralmente a síndrome de Down está associada a algumas dificuldades de habilidade cognitiva e desenvolvimento físico, assim como de aparência facial. A síndrome de Down é geralmente identificada no nascimento. Pessoas com síndrome de Down podem ter uma habilidade cognitiva abaixo da média, geralmente variando de retardo mental leve a moderado.
AUTISMO: O autismo é uma disfunção global do desenvolvimento.É uma alteração que afeta a capacidade de comunicação do indivíduo, de socialização (estabelecer relacionamentos) e de comportamento (responder apropriadamente ao ambiente — segundo as normas que regulam essas respostas).
SÍNDROME DE ANGELMAN: É um distúrbio genético-neurológico nomeado em homenagem ao pediatra inglês Dr. Harry Angelman, que foi quem descreveu a síndrome pela primeira vez em 1965. Caracteriza-se por atraso no desenvolvimento intelectual, dificuldades na fala, distúrbios no sono, convulsões, movimentos desconexos e sorriso frequente.
PREVENÇÃO PRIMÁRIA, SECUNDÁRIA E TERCIÁRIA
Para a prevenção do atraso mental, postula-se, segundo Alfredo Fierro apud Coll, Marchesi e Palacios, a prevenção primária, secundária e terciária.
PRIMÁRIA: Implantação de medidas da gestação ao parto;
SECUNDÁRIA: Ações que minimizem os problemas apresentados;
TERCIÁRIA: Consiste na reabilitação e na busca de melhorias.
ALTAS HABILIDADES
Quando se fala de altas habilidades, não se entende o motivo de esta categoria estar atrelada à discussão da pessoa com deficiência.
 Ora, em conceitos negativos que tratam a pessoa com deficiência e as colocam no mesmo patamar que as pessoas com altas habilidades, como se dá tal diferenciação?
“A forma como a inteligência é definida constitui uma determinante parcial, pelo menos, do modo como o intelectualmente dotado ou excepcionalmente inteligente será definido” (Telford e Sawrey, 1988, p. 165).
 Uma forma de identificação das crianças com altas habilidades é através dos testes de inteligência.
Uma pessoa que obtenha resultados brilhantes apresenta características sociais e pessoais especiais.
 Desta forma, são vários os critérios de avaliação que surgiram recentemente, pois anteriormente as preocupações cercavam as crianças com deficiências mentais.
TIPOS DE ALTAS HABILIDADES
Segundo Maria Angela Monteiro Lima, há vários tipos de conceituações de altas habilidades, a saber:
INTELECTUAL: Apresenta flexibilidade, independência, fluência de pensamento, produção intelectual, julgamento crítico e habilidade para resolver problemas.
ACADÊMICO: Com capacidade de atenção, concentração, memória, interesse e motivação pelas tarefas e capacidade de produção.
CRIATIVO: Com capacidade de atenção, concentração, memória, interesse e motivação pelas tarefas e capacidade de produção.
SOCIAL: Revela capacidade de liderança, sensibilidade interpessoal, atitude cooperativa, sociabilidade expressiva, poder de persuasão, influência no grupo.
DE TALENTO ESPECIAL: Que revelam destaque em artes plásticas, musicais, literárias e dramáticas, revelando especial e alto desempenho. Lembrando que estas são as "tradicionais" e que nem todos apresentam todas as características.
PSICOMOTOR: Que se destaca por sua habilidade e interesse por atividades físicas e psicomotoras, agilidade, força e resistência, controle e coordenação motoras.
Estas conceituações são universais, podendo apresentar ainda interação entre elas.
 É importante também avaliá-las com testes de inteligência, entre outros, assim como avaliamos as pessoas que apresentam deficiência mental.
 A adoção de políticas de atenção para a educação da pessoa com altas habilidades é extremamente importante.
 Muitos podem pensar que, por apresentarem grande desenvolvimento, tais pessoas não necessitam de atenção.
Muito pelo contrário: as pessoas com altas habilidades necessitam de alternativas de atendimento, tanto que não nivelem tais pessoas a um nível abaixo do seu, como não influí-los a atender ou superar as expectativas da família ou da escola.
IMPLANTAÇÃO DE POLÍTICAS DE ATENÇÃO
Há uma grande necessidade de implantação de políticas de atenção às pessoas que necessitam de ajuda. 
Também é necessário criar materiais específicos, programas de atenção e programas educacionais, atividades escolares específicas, e para tal, recursos materiais adequados.
Em muitos momentos, fazem-se necessários processos intermediários de educação escolar, tais como a sala de recursos e ainda a inclusão propriamente dita.
 Ou seja, que a comunidade local – seja a família, os amigos, professores e comunidades – possa aprender a fazer parte do seu mundo, que não criemos mundos paralelos e que não treinemos as pessoas com deficiência para se adequar e se integrar à realidade vigente.
 A família faz parte deste processo. Trabalhar criança e escola sem a intervenção familiar se torna um processo difícil, visto que a pessoa com diferenças específicas deve ser vista de forma globalizada.
 Assim, devemos perceber o sujeito em sua totalidade.
AULA 5 – DESVIOS SENSORIAIS E NEUROMOTORES
INTRODUÇÃO
Ao minuciar a questão das deficiências sensoriais, percebemos que as ações pertinentes a estes tipos de deficiênciasremontam de muito tempo.
É notável que, em tempos de poucas aparelhagens e mínimos conhecimentos científicos, passamos por uma época em que imperou a criatividade e a vontade de possibilitar a quebra de paradigmas.
ÓRGÃOS DOS SENTIDOS
Nossos órgãos dos sentidos possuem receptores sensoriais. Alguns desses órgãos são os olhos, o nariz e a boca.
Ao recebermos os estímulos ambientais, como frio, calor, salgado e doce, nossas terminações nervosas processam tais estímulos, traduzem e transformam em informações (ex.: “está frio”, “tem muito sal”).
 O ato de sentir faz parte desta própria detecção e recepção destas informações, e a percepção é o processo cognitivo. 
Assim, as nossas sensações são interpretadas de forma cognitiva.
DEFICIÊNCIA AUDITIVA
Vamos detalhar tais informações quando há processos lesionais ou degenerativos que levam determinado sujeito a ser surdo.
 A deficiência sensorial de que estamos tratando é a surdez. Pois bem, vamos falar sobre esta dificuldade de compreender e ser compreendido.
Segundo Telford e Sawrey, “as definições quantitativas indicam, tipicamente, a deficiência auditiva como o grau de perda de audição, medido audiometricamente em termos de decibéis. A perda auditiva refere-se ao déficit no melhor ouvido, na gama de frequência da fala” (p. 396).
Assim, vamos de um extremo ao outro quando falamos de perdas auditivas, ou seja, nos referimos desde as perdas leves até as mais significativas.
Lembremos ainda que decibéis fazem parte de uma escala logarítmica que mede a intensidade sonora. Essa medição se faz através de um aparelho chamado audiômetro.
POSSÍVEIS CAUSAS DA SURDEZ
É importante a avaliação de profissionais especializados, pois tais diagnósticos devem abordar as informações clínicas do sujeito, além das questões emocionais e psíquicas, para que se possa perceber se tal problema de audição é de ordem clínica, emocional ou ainda se é consequência de uma desordem psiquiátrica.
As possíveis causas podem ser de herança genética, doenças infectocontagiosas contraídas na época da gestação ou outras doenças infantis.
Cabe lembrar que alguns sinais onde se apresenta uma ausência de resposta ou uma possível surdez podem ser de origem de distúrbios psíquicos, como o autismo. Ou seja, a criança pode parecer surda, mas não o é.
A VIDA SOCIAL DO SURDO
“A vida social do surdo é essencialmente a mesma dos que gozam de boa audição” (Telford; Sawrey, p. 423). Porém, a aceitação ou não da surdez pode implicar em uma relação mais ou menos difícil com as pessoas que a cercam.
A pessoa com surdez pode recorrer a aparelhos para melhorar a audição. 
Tais aparelhos ajudam a inserção da pessoa surda na comunicação entre os grupos.
 O MEC/ Secretaria de Educação Especial (1995) afirma que os educandos com deficiência auditiva podem ser atendidos nas escolas comuns, na classe comum, nas escolas integradas, na sala de recursos, com professor itinerante e classe especial. Tal fato depende da avaliação do aluno.
É importante pensar que algumas pessoas se adaptam à leitura labial e ao aparelho auditivo, enquanto outras se adaptam melhor à língua de sinais, que deve ser considerada uma linguagem natural, uma vez que atende a critérios linguísticos.
LIBRAS
Percebe-se o crescente número de unidades escolares, religiosas e instituições de ensino superior que buscam orientar seus alunos e comunidade quanto à necessidade da aprendizagem das LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais).
A língua de sinais é uma língua espacial-visual e existem muitas formas criativas de explorá-la.
Configurações de mão, movimentos, expressões faciais, gramaticais, localizações, movimentos do corpo, espaço de sinalização, classificadores são alguns dos recursos discursivos que tal língua oferece para serem explorados durante o desenvolvimento da criança surda, e que devem ser explorados para um processo de alfabetização com êxito (p. 25).
Postula-se que, mesmo para a aprendizagem da língua portuguesa, faz-se necessária a aprendizagem da língua de sinais.
DEFICIÊNCIA VISUAL
Continuando nossa comunicação, vamos falar da importância do olhar. Já dizia o poeta que “os olhos são a “janela da alma” (Jean-Baptiste Alphonse Karr).
 A visão é um sentido tão importante quanto a audição. Com os olhos vemos, percebemos, somos percebidos e sentidos.
A cegueira pode ter várias causas: doenças infectocontagiosas na mãe, infecções no próprio sujeito, acidentes, tumores e ainda males hereditários.
 Na área da educação, a deficiência visual se divide em dois tipos: “os portadores de cegueira e os portadores de visão subnormal (reduzida)” (Corrêa, 2010).
 A criança com deficiência visual e em qualquer nível de escolaridade pode ser trabalhada na escola com estimulação, com o método Braille.
Segundo a definição no livro O indivíduo excepcional:
 Deficiência visual em nível quantitativo é definida como acuidade visual de 6/60 ou menos no melhor olho com a correção apropriada, ou uma limitação tal nos campos de visão que o maior diâmetro do campo visual subentende uma distância angular não superior a 20 graus (p. 363).
OUTRAS POSSIBILIDADES
Falando de deficiência visual, podemos perceber que realmente os olhos são a janela da alma, mas quando tais janelas não conseguem se abrir, existem muitas outras possibilidades de conhecimento do mundo, além dos olhos.
Cada um de nós pode conhecer o mundo através de outras sensações, que podem enriquecer nossa experiência e somar com outras já vividas.
 As deficiências em si não nos tornam anjos, demônios ou santos. Elas possibilitam outros conhecimentos, outras expectativas da vida e outra visão.
Você pode perceber que estas diferenças tornam estas pessoas especiais, pois utilizam recursos que até então desconheciam.
 Um exemplo são as órteses e próteses, materiais estes que possibilitam uma melhor qualidade de vida.
DEFICIÊNCIAS NEUROMOTORAS
Agora falando de deficiências neuromotoras, devemos discorrer sobre o que se tratam tais deficiências.  
Segundo Telford e Sawrey, “(...) são os que têm todas as variedades e graus de dificuldade de movimento físico”.
Referimo-nos assim a pessoas que apresentam graus de dificuldades na locomoção, na coordenação e na fala.
Como analisar tais deficiências? 
Estas acontecem por algum estado lesional, seja por falta de oxigênio, infecções ou lesões ocorridas.
 É importante romper as barreiras, sejam pessoais, sejam relacionais, que possam impedir o sujeito a ter acesso.
CAUSAS DE DEFICIÊNCIAS NEUROMOTORAS
Apresentamos como causas a lesão cerebral, o atraso no aspecto psicomotor e acidentes diversos. A lesão cerebral, por exemplo, refere-se a “um defeito motor presente e dependendo no nascimento ou que aparece logo depois do parto” (Yanet, apud Telford, 1988). 
Classificar o atraso no desenvolvimento neuropsicomotor requer uma avaliação de aspectos específicos, como: quando e como andou, idade do fato acontecido, se engatinhou ou apenas se arrastou. 
É preciso ressaltar, neste momento, a importância dos aspectos ontogenéticos. Ou seja, nossa memória neuromotora necessita de uma redescoberta das ações perdida no tempo, na evolução pessoal e da espécie. 
Outrora, tais lesões ou problemas neuromotores indicavam incapacidade, seja para andar, engatinhar ou falar. Porém, já foi provado que basta perseverança, confiança, determinação e trabalho para que muito possa ser recuperado e adquirido. 
Nosso cérebro é um belíssimo maquinário, e basta a retomada do movimento para ganharmos força e vida. 
Quantos sorrisos, quantos pequenos gestos que fizeram este trabalho valer a pena! Às vezes o que parece pouco para uma pessoa comum é muito grande para um deficiente e sua família. 
A falta de oxigênio, as meningites e encefalites podem levar a vários graus de problemas motores; só não podem ofuscar o desejo de vencer e ultrapassar barreiras.
AULA 6 – AUTISMO E SÍNDROMES CORRELATAS
INTRODUÇÃO
Percebe-se que, durante muitos anos, a doença mental e a deficiência mental se confundiram, trazendo dificuldades sobre o real entendimento esobre os tratamentos mais adequados.
Durante este tempo, as dificuldades referentes ao diagnóstico diferencial levaram tais pessoas para os campos da reabilitação infantil e para as instituições filantrópicas, que buscavam o melhor tratamento.
Esta relação entre deficiência e doença necessariamente precisou ser trabalhada, para que se pudessem atender as necessidades específicas de cada caso.
SÍNDROME
Ao analisarmos a história da deficiência em si, percebemos que durante muito tempo as deficiências cognitivas, motoras e sensoriais, associadas às deficiências de uma forma geral, levava a uma confusão na identificação e no diagnóstico de várias síndromes, entre elas o autismo.
Lembrando que síndrome é um conjunto de sinais e sintomas que constituem um quadro, vários transtornos mentais graves apresentam vários sinais associados. 
Entre eles, dificuldade na linguagem, movimentos repetitivos e deficiência auditiva.
Quando falamos de comorbidades, estamos nos referindo a várias doenças etiologicamente relacionadas.
TRANSTORNOS GLOBAIS DE DESENVOLVIMENTO
Segundo Kaplan e Sadock, “os transtornos globais do desenvolvimento incluem um grupo de condições caracterizadas por dificuldade nas interações sociais recíprocas, desenvolvimento anormal da linguagem e repertório comportamental restritivo (2011)”.
 Tais transtornos iniciam em tenra idade e esta prematuridade dificulta o diagnóstico inicial.
Desta forma, é importante que todas as categorias profissionais da área da saúde, entre elas o psicólogo, possam realizar um diagnóstico diferencial de forma a melhor atender esta pessoa, analisar as consequências e ainda realizar projeto terapêutico compatível com a realidade específica de cada um.
Humberto Costa analisa que 10% a 20% da população de crianças e adolescentes sofrem de transtornos mentais (2005).
Ainda na mesma publicação, “o sujeito, criança ou adolescente, é responsável por sua demanda, seu sofrimento, seu sintoma (p. 11)”.
Assim, percebe-se o crescimento deste processo de adoecimento mental e a busca da participação do paciente, criança ou adolescente, pela história de sua vida, sua doença e a busca pela saúde.
SITUAÇÕES ESPECÍFICAS
Vamos pontuar algumas situações específicas.
Entre os séculos XVIII e XIX, o “diagnóstico de ‘idiotia’ cobria o campo da psicopatologia de crianças e adolescentes. Logo, a idiotia pode ser considerada precursora não só do atual retardo mental, mas das psicoses infantis, da esquizofrenia infantil e do adulto” (Bercherie, 1998, apud p.16, MS, 2013).
Ademais, no trabalho desenvolvido pelo Ministério da Saúde, no livro a Linha de cuidado para a atenção às pessoas com transtornos do espectro do autismo e suas famílias na rede de atenção psicossocial do SUS, percebe-se que os estudos sobre o transtorno “TEA” vêm sendo feitos há muito tempo, a saber:
1845 – Griesenger - Já fazia a distinção entre loucura do adulto e da criança;
1867 – Maudsley – Foi o pioneiro na literatura sobre a psicose na infância;
1906 – De Sanctis – Inicia a discussão sobre a dementia precocissíma;
1908 – Hellen – Dementia infantillis;
1911 – Eugen Bleuler – Discute a noção de autismo em seis casos;
1933 – Howard Pottes – Discute casos com sintomas antes da puberdade;
1943 – Leo Kanner – Fala pela primeira vez o nome de autismo e escreve Os distúrbios autísticos do contato afetivo;
1944 – Hans Asperger – Escreve Psicopatia autística na infância.
MUDANÇAS GRADATIVAS
1988 
Constituição Federal
1990 
A Lei 8.080 de 1990, que trata da implantação do SUS;
A Lei 8.069 de 1990, conhecida como o estatuto da criança e do adolescente (ECA);
1992
A II Conferência Nacional de Saúde Mental, em 1992, aponta efeitos perversos na institucionalização de crianças;
2001
A Lei 10.216 de 2001, que trata da reforma psiquiátrica;
2002
Portaria GM 336/ 2002 - Normatiza os CAPS: criam-se serviços específicos para crianças, adolescentes e jovens, chamados de CAPS infantil;
2009
Em 2009, a emenda constitucional sobre a lei da deficiência agrega em seu artigo 1º que deficientes são aqueles com impeditivos de longo prazo de natureza física, intelectual, sensorial e mental;
2010
Portaria GM 4279/2010: rede de atenção básica;
 2012
Portaria GM 793/2012: institui a rede de cuidado no SUS com a pessoa deficiente;
A Lei 12.764, de 2012, coloca que a pessoa com TEA é considerada deficiente para todos os efeitos legais.
LEGISLAÇÃO SOBRE O TEMA
Toda a legislação que surge sobre o tema tem como único objetivo lutar por uma saúde mental mais saudável. É importante afirmar que as pessoas com necessidades especiais são sujeitos, com direitos.
No nível histórico, temos um momento em que crianças com transtornos mentais eram tratadas como “idiotas”. 
Após esta fase, chamamos de transtornos globais do desenvolvimento (TGD) e, hoje, fala-se em transtorno do espectro do autismo (TEA).
AÇÕES DE PREVENÇÃO E TRATAMENTO
Para nós, o que realmente deve mudar são as ações de prevenção e tratamento de crianças e jovens que apresentam tais dificuldades. Mas necessitamos investir um pouco mais nestas definições. Então, vamos lá.
CID 10: OMS (Organização Mundial de Saúde), em sua 10º edição, e o DSM IV – APA, em sua 4º edição, colocam que o autismo infantil faz parte dos transtornos invasivos (ou globais) do desenvolvimento.
DSM IV-TR: O Transtorno do espectro do autismo (TEA) está incluído nos transtornos mentais no início da infância, sendo considerado também um transtorno do desenvolvimento.
O ESPECTRO DO AUTISMO
No autismo atípico, não conseguimos verificar a presença e prejuízo na interação social, na comunicação e nos interesses, ocorrendo após os três anos de idade.
A síndrome de Asperger considerada um polo mais leve do autismo. As crianças apresentam características autísticas, exceto quanto à linguagem, que é presente, acompanhada por um alto nível cognitivo.
No transtorno desintegrativo, há o desenvolvimento normal da criança de dois a seis anos. Depois disso, há uma perda definitiva e rápida das habilidades adquiridas da fala e da brincadeira. É bom lembrar que a brincadeira deve ter início, meio e fim, sendo muito importante para a criança, assim como a interação social e a autonomia. A criança apresenta estereótipos e não tem controle do esfíncter.
A síndrome de Rett ocorre devido a uma mutação do gene MECP 2, localizado no cromossoma X. Essas crianças apresentam o desenvolvimento normal até os 24 meses de idade. Após, as meninas – apenas elas, pois afetam o cromossoma X – perdem os movimentos voluntários das mãos, que mais parecem uma “lavagem de mãos” e apresentam risos não provocados e prejuízos motores.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
É bom reiterar a necessidade de um diagnóstico diferencial, pois estas crianças apresentam várias comorbidades, tais como manifestações físicas, mentais, neurológicas, depressão, entre outras.
Lembremos que o mutismo e a deficiência mental podem prejudicar o diagnóstico correto.
Pontua-se que este deve ser o organizador da rede, pois há a necessidade da reversão do modelo hospitalocêntrico.
ACOLHIMENTO INTEGRAL
Uma das diretrizes é a integralidade, que significa que sujeito apresenta uma diversidade de demandas, que faz necessário o acompanhamento integral.
Faz-se necessário cumprir a lei que trata da necessidade do acolhimento integral, como já verificamos; que o encaminhamento seja implicado, ou seja, deve-se acompanhar o caso até a finalização deste encaminhamento.
É importante ainda que ocorra uma construção permanente em rede implicando outros serviços; que se tenha ainda a noção de território atravessando a experiência do sujeito e a intersetorialidade com a ampliação do trabalho clínico.
AULA 7 – O ATENDIMENTO DO PSICÓLOGO À PESSOA COM DEFICIÊNCIA
INTRODUÇÃO
As diferentes áreas de formação contribuem para uma multiplicidade de visões que ajudam a entender e atender as demandas de uma pessoa com deficiência.
Considerando que cada sujeito é um ser único, faz-se necessário um diálogo permanente entre todas as visões que norteiam o referido campode saber.
Porém, também é preciso que este diálogo possa promover saúde e cuidado, considerando toda e qualquer diferença física, mental, emocional entre outras, e que possam criar redes de atenção a esta camada da população carente na prestação de serviços.
ATENDIMENTO DE QUALIDADE
A luta por um atendimento de qualidade, de um trabalho completo em saúde, passa por vários tipos de saberes.
 Quando falamos de uma pessoa com deficiência, estamos nos referindo a várias impossibilidades que devem ser trabalhadas no setor público, nas associações, no setor privado ou em outros dispositivos, que visem atender as demandas, as diferenças existentes em cada um.
Na verdade, este é o objetivo quando falamos de saúde de uma forma geral, porém trata-se de uma situação ímpar:
 “Existem pessoas que, além de viver à margem da sociedade, vivem na própria pele a estreita ligação entre as dificuldades na área da saúde física, emocional, na linguagem, no social e em tudo o que podemos imaginar”.
APRENDEROU REAPRENDER A VIVER
Estamos falando de pessoas que, devido a acometimentos na tenra idade, ou que sofreram tais ações bem mais tarde, vivem em um mundo de limitações, necessitando assim de aprender ou reaprender a viver, seja com ou sem dificuldades.
Imaginemos um quebra-cabeça. Ao juntarmos as peças, podemos perceber que a visão do sujeito em sua totalidade nos permite buscar de forma mais coerente uma melhor qualidade de vida.
Porém, para a melhor visão do todo, as partes necessitam estar interligadas.
Sabemos que não sabemos tudo. 
O desafio está em, mesmo diante de tantas dificuldades no discurso, estruturais, políticas, entre outras, buscarmos uma saída mais saudável para esta camada da sociedade.
MULTIDISCIPLINARIDADE E INTERDISCIPLINARIDADE
Teoricamente, necessitamos fazer uma diferenciação sobre este tema: a multidisciplinaridade e a interdisciplinaridade, visto que, de uma forma ou de outra, o que importa é a saúde global de uma pessoa com deficiência.
Na multidisciplinaridade, temos um sujeito visto e acompanhado por diversos pensamentos.
Já na interdisciplinaridade, temos pessoas que acompanham sujeitos, mas que os veem de forma única e completa.
Historicamente, tais temas surgem por necessidade da população na década de 60 e pelo crescente crescimento de novas visões de mundo e ainda de tratar, entender o sujeito. Contemporâneo nosso, Hilton Japiassu, um dos pioneiros da interdisciplinaridade no país, afirma:
 “As capelas científicas, fundadas sobre o signo da especialização, vivem muito mais à vontade em um mundo fechado, onde a verdade de cada um é menos contestada, do que em um mundo aberto, onde estão expostas aos ventos da crítica”.
INTEGRAÇÃO DE TODAS AS CATEGORIAS
Pensemos: cabe ao profissional de Psicologia o discurso sobre a integração de todas as categorias que visem trabalhar com a saúde do deficiente, visto que a necessidade de outras especialidades se fazem importantes no trato com o indivíduo.
A participação de psicólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, técnicos de enfermagem, fonoaudiólogo, pedagogo, ortoptistas, médicos, entre outros, são profissionais importantes no contexto avaliativo e de acompanhamento.
O Conselho de Fisioterapia e Terapia Ocupacional afirma que o trabalho com o sujeito que adoece é com o sujeito como um todo, e não apenas as partes deste. 
Assim, quando tratamos deste assunto em especial, concordamos com a necessidade das ações específicas, sem perder a referência do homem integral.
Emílio Figueira (2011) diz que, entre outras tantas funções do fisioterapeuta, uma é trabalhar a reabilitação, com o objetivo de buscar a proteção, o equilíbrio, correção e prevenção de deformidades.
FUNÇÕES DE CADA ESPECIALIDADE
Cada função tem sua importância, veja a seguir cada especialidade.
Terapeuta ocupacional: resgata suas habilidades, promove o conhecimento das atividades de vida diária, trabalhando a coordenação motora.
Fonoaudiólogo: busca a comunicação e o desenvolvimento das habilidades orofaciais.
Ortopedista: busca regularizar a musculatura ocular e melhorar o aspecto geral e ainda atingir as musculaturas oculares importantes no estado clínico geral na própria visão e coordenação visomotora.
Médico: objetiva a avaliação clínica e a prescrição de medicamentos que visam melhorar o estado do paciente.
Assistente social: busca possibilitar o entendimento sobre a deficiência, a demanda da família e as possibilidades de analizar e mudar a própria história;
Enfermeira: atua na atenção à saúde e nas emergências necessárias. 
Psicólogo: atua com a ludoterapia, psicomotrocidade, psicopedagogia, grupos, entre outras ações.
AULA 8 – AS PRÁTICAS DO PSICÓLOGO E SUAS POSSIBILIDADES
PRÁTICA DA PSICOLOGIA
A prática da Psicologia se regulamenta no Brasil a partir da Lei 4.119 de 1962. Efetivamente inicia-se uma nova visão do homem e do seu mundo.
 Na época, temos no artigo 13, entre as atribuições do psicólogo:
Diagnóstico psicológico
Orientação e seleção profissional
Orientação psicopedagógica 
Solução de problemas de ajustamento
FUNÇÃO DO PSICÓLOGO
Buscando a plenitude do sujeito na relação consigo e com seu espaço, a Psicologia amplia a forma de visão de homem e de mundo.
Partindo da ideia inicial que ser psicólogo é, entre outras coisas, atuar na solução de problemas de ajustamento e ainda em orientações psicopedagógicas, como retrata a legislação de 1962, estaríamos negando as potencialidades humanas e a própria criatividade.
Percebemos que a função do psicólogo extrapola o setting terapêutico. 
Percebemos que a pessoa com deficiência, além de sofrer de questões existenciais e humanas como qualquer outra, ainda pode apresentar sofrimento psíquico com as questões referentes à própria deficiência, nos espaços familiar, laboral e social.
FUNÇÃO DO PSICÓLOGO COM A PESSOA DEFICIENTE
Segundo Emílio Figueira, o trabalho do psicólogo com a pessoa deficiente deverá se basear na busca de resultados satisfatórios. Assim, a palavra “superação” é base da ação e da busca de uma melhor e maior aceitação da sua condição, porém sempre se direcionando para desenvolver-se plenamente.
Entender a deficiência, aceitá-la, não possuir autopiedade, é um princípio importante que sugere o início de mudanças significativas.
Kovács, apud Emílio (1997), enfatiza as etapas relacionadas ao enfrentamento da pessoa com relação à sua deficiência, em que podemos citar o contato e o manejo do problema.
Estamos falando de questões relativas à deficiência, em que o contato, o discurso e a troca são mais visíveis e pertencentes ao espaço específico das psicoterapias.
Porém, em se tratando de deficiência e de Psicologia, referimo-nos a uma gama de ações que norteiam este espaço.
DESAFIO DA PSICOLOGIA FRENTE AO DEFICIENTE
Estamos falando de uma ação bem mais abrangente, de uma clínica ampliada, de uma escuta e trabalho terapêutico, de ações de acolhimento, de um trabalho familiar, da busca de novas ações motoras, físicas entre outras.
 Este é um grande desafio e uma grande caminhada. Como psicólogos, vivemos um turbilhão de emoções, vivências peculiares que nos trazem vários enfrentamentos.
Desta forma, aprendemos a lidar também com a nossa onipotência. Lembremos que o outro não deve, não quer ou não pode atender as nossas expectativas.
 
A função do psicólogo é possibilitar mudanças, facilitar um encontro da pessoa consigo e com o mundo, além do reconhecimento das suas limitações e a busca da solução de problemas.
A força da psicologia está em permitir o reconhecimento do homem como sujeito de sua própria história. Sendo assim, há um grande número de possibilidades.
 Há muito tempo a história da deficiência é a da superação. Assim, cabe ao profissional acreditar no desejo do outro; não buscar a normatização e muito menos o enquadre do outro no mundo dos “normais”. 
Deve sim acreditar que o modelo normatizador e que o enquadre não é modelo de suficiência para qualquer pessoa, pois as normas rotulam e destroem.
O PSICÓLOGO A FAMÍLIA DO PACIENTE 
É importantepara o psicólogo trabalhar com a família, esta que desde o início aprende a lidar com questões específicas como nenhuma outra família. Esta participa, junto ao deficiente, das questões sobre as impossibilidades, as dificuldades e limitações.
Tanto a família quanto o deficiente devem buscar tratar tais dificuldades que surgem. 
Assim lidar com a família é importante para o deficiente, para a sua relação com a família, com o imaginário familiar e com os desejos, sonhos, aspirações, expectativas, pois só assim cada um pode buscar a tal felicidade.
Telford e Sawrey colocam que “a excepcionalidade não é um problema que reside exclusivamente num indivíduo; é antes, um acontecimento que ocorre numa dada família, comunidade, subcultura e sociedade” (p. 129).
 Toda a família fica envolvida com a deficiência, ri, vibra, chora ,renega.
 Estamos falando de questões emocionais importantes vividas pela família, de questões sociais e financeiras. A família sofre em todos os aspectos.
A FUNÇÃO DA FAMÍLIA
Como relatado por Telford e Sawrey, em seu livro O indivíduo excepcional:
A família deve encarar o problema da criança, da pessoa excepcional de uma forma mais realista; não negar a deficiência propriamente dita; evitar a autocomiseração; trabalhar as questões religiosas de culpa e vingança divina; analisar os sentimentos de ambivalência, culpa, vergonha, depressão e projeção (p. 138).
Os pais devem ser trabalhados terapeuticamente, seja o casal, seja individualmente, seja em grupo de familiares, de forma a ser analisado em suas próprias dores e fantasias.
É importante ressaltar que falar em trabalho de família é falar dos desejos, dos sonhos, das expectativas, do abandono. É falar na possibilidade de um reacordo, de uma nova possibilidade de negociação para uma nova vida.
 A família, como primeiro e mais importante núcleo social, pode iniciar um processo de aceitação da deficiência ou de negação e repulsa.
É importante colocar que não é função do psicólogo dar conselhos aos familiares, mas sim orientar, sugerir profissionais para acompanhamento do deficiente e fazer a escuta sobre a dor da família.
ATIVIDADES LABORAIS
E a profissionalização? O mercado vem crescendo com a Lei 8.213 de 24/07/1991, que estabelece cotas para deficientes. Porém, muitas empresas podem burlar a lei para fugir desta responsabilidade social.
 Cada um de nós deve sinalizar toda e qualquer ação que venha a impossibilitar as mudanças sociais necessárias. É importante repetir que inclusão social do deficiente não se refere a estes aprenderem a lidar com o mundo dos “normais”. É sim, nós aprendermos com eles, aprendermos a incluí-los, sem impossibilidades.
A pessoa com deficiência pode exercer suas atividades laborais, e se por ventura apresentarem restrições, estas que podem ser compartilhadas inclusive pelas outras pessoas. Trabalhar, sentir-se útil e amado faz parte da vida do deficiente.
 Muitos trabalhos e formações têm-se ampliado com esta abrangência do mercado, algo que beneficia a empresa e o deficiente. Temos visto a absorção e manutenção de tais profissionais que engajados no trabalho, apresentam disponibilidade e interesse.
Já na sociedade encontraremos segregação, preconceito estereótipo, estigma. 
Porém, esta mesma sociedade, através de seus olhos profissionais, percebe-se na linha de tiro, vivendo discussões bastante atuais.
PSICOTERAPIA
O trabalho pessoal (a psicoterapia) é importante para qualquer um, e neste caso especial do deficiente, crer na possibilidade de ser mais uma mão no mercado de trabalho, derrubando as próprias barreiras impostas pelo preconceito.
Ervin Goffman coloca que estigma era uma marca para toda a vida, era a escravidão. 
A partir da deficiência, a identidade social da pessoa carrega o atributo que o distância do que é considerado normal.
AULA 9 – AS VÁRIAS POSSIBILIDADES DE AÇÃO DO PSICÓLOGO NA PRÁTICA JUNTO À DEFICIÊNCIA
ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO
É mito pensarmos que a atuação do psicólogo junto à pessoa com deficiência se restringe à comunicação verbal.
Existem atuações importantes que buscam promover o pleno desenvolvimento do ser humano.
Muitas vezes, essas atuações lançam mão de atividades significativas que busquem a facilitação do desenvolvimento do deficiente, assim como uma análise do crescimento deste e da relação terapêutica, sendo esta tanto específica e direcionada quanto observadora e participante.
Assim, o psicólogo sai em busca de novas visões sobre o deficiente, novos olhares sobre suas ações, novos atos do teatro da terapia.
 É daí que surgem práticas como a Psicopedagogia, a Psicomotricidade e a Ludoterapia. É sobre essas práticas que falaremos a partir de agora.
PSICOPEDAGOGIA
Beatriz Judith Lima Scoz define psicopedagogia como:
Um conhecimento em contínuo processo de construção é a reflexão sobre a atuação da autora como educadora e psicopedagoga em seus muitos anos de trabalho, seja na clínica psicopedagógica, seja na instituição escolar.
Fruto da práxis, este livro representa uma tentativa de refletir sobre o estado da arte da psicopedagogia nos dias de hoje e, coerente com o tema proposto, apresenta novos questionamentos, uma vez que a psicopedagogia trata dos processos de ensino/aprendizagem que implica o perguntar e, ao mesmo tempo, o perguntar-se sobre si mesmo.
Promover a aprendizagem, contribuindo para os processos de inclusão escolar e social;
Compreender e propor ações frente às dificuldades de aprendizagem;
Realizar pesquisas científicas no campo da Psicopedagogia;
Mediar conflitos relacionados aos processos de aprendizagem.
Partindo da ideia central da Psicopedagogia, percebemos o quão vasto são as ações deste profissional.
 Avaliar, diagnosticar, promover ações e implantá-las com o objetivo de buscar melhorar o processo de aprendizagem e ainda atuar na inclusão escolar devem ser ações diárias.
 Em se tratando da Psicopedagogia, da relação criança/ escola, estamos atuando com relações importantes no que se refere ao poder, seja da escola, seja dos profissionais, seja do corpo docente e discente.
O imaginário e a realidade escolar se apresentam de forma diferenciada, tanto para quem apresenta sintomas, para quem os diagnostica, como para quem dirige a instituição.
 Assim, a psicopedagogia tem como objetivo promover ações que venham a avaliar as dificuldades de aprendizagens e os conflitos, descobrindo várias possibilidades de mudança, mesmo que estas possam interferir nas questões institucionais.
 “... A Psicopedagogia ocupa-se de investigar o aprender e o não aprender, o aprender e suas dificuldades, a não revelação do que de fato se aprendeu, a fuga das possíveis situações de conhecimento e a ausência do desejo de aprender” (Beauclair, 2009).
PSICOMOTROCIDADE
Segundo a legislação:
Art. 1º - A Psicomotricidade é uma ciência que tem como objetivo o estudo do homem através do seu corpo em movimento, em relação ao seu mundo interno e externo, bem como suas possibilidades de perceber, atuar, agir com o outro, com os objetos e consigo mesmo.
Está relacionada ao processo de maturação, onde o corpo é a origem das aquisições cognitivas, afetivas e orgânicas.
Psicomotricidade, portanto, é um termo empregado para uma concepção de movimento organizado e integrado, em função das experiências vividas pelo sujeito, cuja ação é resultante de sua individualidade e sua socialização.
Vamos nos reportar a tempos longínquos. 
Desde a época da Grécia antiga, do início dos jogos, estipula-se a importância do movimento. 
Este movimento, atrelado ao psíquico, propõe uma “parceria” equilibrada.
 
Lembremos a célebre frase: “mente sã, corpo são”.
Se fôssemos esmiuçar um pouco mais, lembraríamos que a motricidade, ou se queiramos chamar de educação psicomotora, inicia-se desde a gestação.
 No colo acolhedor do útero materno, estamos em um processo de educação de reconhecimento do corpo que nos permite assim, um bom ou um mau desenvolvimento.
Esta relação mundo interno x mundo externo se inicia desde a mais tenra idade e continua mundo afora.Didaticamente, a educação psicomotora se inicia nas primeiras relações infantis, incluindo ainda a creche e o ambiente escolar.
REEDUCAÇÃO PSICOMOTORA
Segundo Meur e Staes, a Reeducação Psicomotora:
É dirigida para crianças que já apresentam alguma problemática, sejam dificuldades ou atrasos psicomotores.
Assim, de base organicista, vislumbram mais a parte clínica.
Já quando os conhecimentos da Psicanálise vêm abrilhantar esta visão de mundo, temos a Terapia Psicomotora.
“É uma ciência que tem por objeto o estudo do homem através do seu corpo em movimento, nas suas relações com o mundo interno e externo”.
 Corpo, movimento, cognição e afetividade estão todas relacionadas, entrelaçadas. Uma em estreita ligação com a outra, influenciando-a e sendo influenciada.
 Seus resultados de prazer e dor, saúde e distúrbios estão bem intrincados. Isso é totalidade; isso é Psicomotricidade.
 La Pierre cria a modalidade da Psicomotricidade Relacional, uma visão muito mais psíquica que, trabalhando as emoções, possibilita um melhor desenvolvimento do ser.
LUDOTERAPIA
Como atender e avaliar uma criança diante da terapia do discurso? Muito se discutiu sobre as dificuldades da comunicação e ainda do procedimento mais legítimo desta forma de psicoterapia.
Melanie Klein, ao atender crianças em psicanálise, percebe que os brinquedos que ora trouxe para o espaço terapêutico, permitia a compreensão dos limites, dos conflitos e os meandros da personalidade.
 
Assim, “a criança expressa suas fantasias, seus desejos e experiências reais numa forma simbólica, através do brincar e dos jogos (Simon e Yamamoto)”.
É próprio da criança o ato de brincar. Os jovens brincam, crescem com suas brincadeiras, realizam-se afetivamente, exercitam-se, simbolizam. Quanto à pessoa com deficiência, brincar é um ato que expressa a realidade, os amores e dissabores. Possibilita crescimento, experiências e elaborações.
Assim, o brinquedo é e deve ser utilizado ou estar à disposição do espaço terapêutico. A comunicação e a troca podem ser permeadas pelo ato de brincar.
 AULA 10 – O PROCESSO DE INCLUSÃO SOCIAL E AS POLITICAS PÚBLICAS
Falar da deficiência no Brasil é buscar em nossa memória as várias intercorrências que por ventura levaram às várias agressões que chegaram até a morte.
Vamos lembrar a mancha das guerras, da desnutrição, da falta de educação, das dificuldades em implantar serviços dignos de atenção primária, visando à prevenção de ocorrências.
 Lembraremos ainda a atenção secundária no atendimento propriamente dito, e a terciária, quando tudo parece mais difícil.
POLÍTICAS PÚBLICAS
Percebe-se uma relação de “culpa” entre o opressor e o oprimido. A história continua, mas não falamos mais da frente de batalha. 
Referimo-nos a outras batalhas, muito duras, que geram caos bem maiores e intermitentes. Estas são veladas e, por isso, muito perigosas. Veja um exemplo dessa política pública falha, da qual estamos falando.
São políticas públicas nas diversas áreas da sociedade, que deveriam ser aplicadas a toda e qualquer pessoa.
 Vivemos em uma sociedade desde sempre excludente. 
Foram criados métodos avaliativos e normativos, com o objetivo de tecer parâmetros de tratamento, porém na verdade o desejo implícito era a exclusão.
FATOS HISTÓRICOS RELACIONADOS À DEFICIÊNCIA
Em 1881, discute-se na Suíça que a criança deficiente não deveria ser excluída da escola;
1945 - É criada a Sociedade Pestalozzi no Brasil, além da APAE e da ABBR no Rio de Janeiro;
Década de 50 - Aumento de entidades assistenciais;
Década de 60 - Surgimento da reabilitação no Brasil, com uma visão integradora;
1994 - Declaração de Salamanca.
SOBRE NOMENCLATURA
Luiz Alberto David Araujo, no livro A proteção constitucional das pessoas portadoras de deficiência, afirma sobre a denominação:
Excepcional: termo utilizado na Emenda Constitucional de 1969. Tem o conteúdo restritivo, posto que não se apresenta adequado para designar determinadas pessoas portadoras de deficiência;
Deficiente: esta designação fica ligada à ideia da própria deficiência, sem considerar a pessoa;
Pessoa portadora de deficiência: atualmente a expressão mais aceita, pois centra a questão na pessoa, e não na deficiência.
Percebe-se que ainda há uma tentativa de buscar uma nomenclatura que não seja reducionista. 
Porém, o que define a pessoa portadora de deficiência não é a dificuldade mental ou a falta de um membro do corpo, mas sim a dificuldade de relacionar-se na sociedade.
Segundo o consultor da ONU Romeu Sassaki, o termo mais apropriado ao tema é: pessoas com deficiência pois este termo não camufla a deficiência, apresenta dignidade ao tema, mostra a realidade, valoriza as diferenças e as necessidades da deficiência. Estas são discussões mais atuais.
MUDANÇAS DE PARADGIMAS
Percebe-se que, para falar de inclusão, precisamos falar de mudança de paradigmas, mudanças estas da vida individual de cada pessoa que não consegue tratar o deficiente como igual.
 O pensamento tradicional incute uma ideia de cura e de doença. 
Com este pensamento, muitas instituições de reabilitação cresceram apenas no quantitativo de sua clientela específica.
 Assim, reabilitação e doença andam juntas em seus conceitos retrógrados, ainda muito distantes da inclusão.
ESTUDO SOBRE A DEFICIÊNCIA E INCLUSÃO
Maria Salete Fábio, em seu estudo histórico sobre a deficiência, pontua:
“A inclusão social não é um processo que envolva somente um lado, mas sim um processo bidirecional, que envolve ações junto à pessoa com necessidades educacionais especiais e ações junto à sociedade”.
O Artigo 4º do Decreto no 3.298, de 20 de dezembro de 1999, passa a vigorar com as seguintes alterações:
I - Deficiência física - alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função física, apresentando-se sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, ostomia, amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral, nanismo, membros com deformidade congênita ou adquirida, exceto as deformidades estéticas e as que não produzam dificuldades para o desempenho de funções;
II - Deficiência auditiva - perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibéis ou mais, aferida por audiograma nas frequências de 500HZ, 1.000HZ, 2.000Hz e 3.000Hz;
III - Deficiência visual - cegueira, na qual a acuidade visual é igual ou menor que 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; a baixa visão, que significa acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; os casos nos quais a somatória da medida do campo visual em ambos os olhos for igual ou menor que 60o; ou a ocorrência simultânea de quaisquer das condições anteriores.
INTEGRAR A PESSOA DEFICIENTE SIGNIFICARIA COLOCÁ-LÁ NO MUNDO DA PRETENSA NORMALIDADE?
Em vez de ajudá-lo, a tentativa por si só poderia promover seu afastamento do mundo. 
Estes são os objetivos excludentes da sociedade.
 Já a inclusão faz-nos pensar na importância que se dá à necessidade de aprendermos a receber e cuidar do outro, buscando soluções.
Para qualquer ação em prol da deficiência, devemos apresentar soluções que possibilitem a integralização de todos os sentidos. 
Estar incluído é sentir-se bem em qualquer lugar, seja na escola, seja na sociedade.
POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A PESSOA DEFICIENTE 
Aqueles sujeitos relegados à própria sorte necessitam de leis específicas.
 Para falarmos de qualquer sujeito da história, devemos pensar na possibilidade de falar das leis de assistência, da saúde, da educação, entre outros.
Politicamente falando, temos a CORDE, que visa melhor assistir a qualquer pessoa com deficiência.
 Aos pensarmos na articulação de políticas públicas para a pessoa deficiente, entendendo o homem como um ser total, e ainda este como participante da polis, da cidade, devemos pensar na necessidade da transformação das ações existentes que venham possibilitar o acesso à saúde, à educação e à moradia,como preconiza a própria Constituição Federal de 1988.

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