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UEPG Fitormônios: giberelina Giberelinas Denominação giberelina – refere-se a um grupo de 126 substâncias já identificadas em plantas, fungos e bactérias – que possuem em comum estrutura química básica; Meados de 1926 (mesmo ano em que Went isolou a auxina) – E. Kurosawa, no Japão – estudava doença em arroz – “doença-da-plantinha-boba” Giberelina - histórico Sintomas: crescimento anormal das plantas de arroz; Agente causador do crescimento anormal: substância produzida pelo fungo infectante Gibberella fujikuroi; Giberelina - histórico Essa substância depois de isolada – denominada giberelina – 1934 químicos T. Yabuta e Y. Sumiki; 1956 – J.MacMillan – Inglaterra – isolou giberelina de sementes de feijoeiro; Em seguida as giberelinas foram identificas em muitas outras espécies – hoje acredita-se que ocorram em todas as plantas; Giberelina - histórico Giberelinas – presente em diferentes quantidades em todas partes das plantas – maiores concentrações em sementes imaturas; 126 já formam isoladas – maioria das plantas contém 10 ou mais giberelinas diferentes; Ocorrem variações nos tipos predominantes dessas substâncias entre as espécies vegetais; Acordo: todas as giberelinas deveria ser designadas por números – seguindo a ordem de descoberta e identificação – AG1, AG2, AG3... (AG ou GA = giberelina); Giberelina - histórico Apesar do grande número – poucas giberelinas são ativas – destaca-se o ácido giberélico ou AG3 – como principal bioativo na maioria das plantas; AG3 - também é produzido pelo fungo Gibberella fujikuroi; Giberelina – estrutura química e precursores Giberelinas são definidas mais por sua estrutura química do que sua atividade biológica; Giberelina – precursores e estrutura química Todas são diterpenóides tetracíclicos – constituídos de quatro unidades de isoprenóides; Até pouco tempo atrás acreditava-se que o ácido mevalônico – único precursor imediato dos terpenóides – (compostos que formam as giberelinas); “Últimas pesquisas demostraram – existência de duas rotas de biossíntese de terpenóides: uma dependente (ocorre no citossol) e outra independente (ocorre nos cloroplastos) do ácido mevalônico”; Giberelina – locais de biossíntese Plantas superiores – sítios de biossíntese das giberelinas: frutos e sementes em desenvolvimento; zonas de alongamento da gema apical caulinar; folhas e entrenós jovens e em crescimento ativo; ápice de raízes; embriões em germinação. Níveis mais altos de giberelinas encontrados em sementes imaturas e nos frutos em desenvolvimento; Giberelina biossíntes e – transporte Pesquisas recentes propõem que giberelinas sejam produzidas em locais próximos ou no próprio local de sua ação; Outras pesquisas mostram que as giberelinas e seus intermediários podem ser transportados pelo floema e xilema; Genes que codificam enzimas-chave da biossíntese de giberelinas já foram identificados em várias espécies vegetais. Giberelina – efeitos Crescimento do caule Reversão de nanismo genético Dentre todos os efeitos das giberelinas nas plantas – um dos mais proeminentes – crescimento caulinar; “Giberelinas – possuem capacidade única entre os demais hormônios vegetais – estimular o crescimento caulinar em plantas intactas”; Giberelina – efeitos Crescimento do caule Reversão de nanismo genético Comprovação: aplicação desse hormônio em mutantes anões – produz crescimento normal; Conclusão: como os mutantes são incapazes de sintetizar giberelina – crescimento dos tecidos requer o hormônio GA; Giberelina – efeitos Crescimento do caule Reversão de nanismo genético Efeitos são devidos ao estímulo que as GA promovem nas taxas de alongamento e divisão celular; Aplicação do GA1 ou GA3 promovem alongamento dos entrenós em gramíneas – cana-de-açúcar, arroz e trigo – alvo de ação – meristema intercalar que produz novas células; Arroz irrigado – aplicação de GA1 chega a crescer até 25 cm; Aplicação em cana-de-açúcar – provoca aumento dos entrenós – aumentando produção bruta de seus produtos; Uma cultivar anã do feijão (Phaseolus vulgaris) foi tratada com giberelina (direita) para produzir plantas normais, altas. A planta da esquerda não foi tratada e serve como controle. Giberelina – efeitos Crescimento do caule Reversão de nanismo genético Giberelina – efeitos Promovem a frutificação e a partenocarpia Giberelinas e auxinas – estímulos na indução do estabelecimento do fruto; Fruto provém do ovário após a fertilização; Aplicação exógena ou transformação genética que leva o aumento desses hormônios – leva a formação de frutos partenocárpicos; Giberelina – efeitos Promovem a frutificação e a partenocarpia Exemplos de frutos partenocárpicos obtidos por giberelinas e auxinas: maçãs, groselhas, pepinos e berinjelas; Exemplos de frutos partenocárpicos obtidos apenas por giberelinas: mexericas, amêndoas e pêssegos; Uvas de mesa (Vitis vinifera var. Thompson) sem sementes é aplicado giberelina – formação de fruto grandes e cachos mais soltos; A giberelina induz o crescimento em uvas Thompson sem sementes. O cacho da esquerda é o controle não tratado, enquanto o da direita foi aspergido com giberelina durante o desenvolvimento do fruto. Giberelina – efeitos Promovem a frutificação e a partenocarpia Giberelina – efeitos promovem o desenvolvimento e germinação de sementes Um dos sistemas – mais estudados – indução pela giberelina da síntese e secreção de alfa-amilase; Síntese e secreção da alfa-amilase ocorre na camada da aleurona de cereais; Sementes tem receptores de membrana – ocorre transdução de sinais na regulação da transcrição da alfa-amilase; Giberelina – efeitos promovem o desenvolvimento e germinação de sementes O que é a camada de aleurona? Camada de aleurona: envolve o endosperma e contém numerosos corpos protéicos, assim como vesículas que armazenam lipídios (oleossomos); Qual a função da camada de aleurona? Limita-se a síntese de enzimas hidrolíticas; Giberelina – efeitos promovem o desenvolvimento e germinação de sementes Endosperma amiláceo: local que armazena reservas (principalmente amido) nas sementes; Giberelina – efeitos promovem o desenvolvimento e germinação de sementes Reservas do endosperma (carboidratos e proteínas) são “quebrados” por enzimas hidrolíticas – durante a germinação - formando açúcares e aminoácidos; Esses compostos (açúcares e aminoácidos) transferidos para o embrião em germinação; As enzimas a e B amilase atuam sobre a degradação do amido; Alfa amilase produz oligossacarídeos e a beta amilase produz maltose (dissacarídeos); Giberelina – efeitos promovem o desenvolvimento e germinação de sementes Maltose (dissacarídeo) convertido em glicose pela enzima maltase; Esse processo – na década de 60 – veio comprovar as observações do Botânico G. Haberland em 1890; Segundo Haberland – secreções das enzimas degradadoras de amido pela camada de aleurona dependia do embrião; Giberelina – efeitos promovem o desenvolvimento e germinação de sementes Haberland sugeriu uma substância difusível produzida pelo embrião que estimularia a produção da alfa-amilase pela camada de aleurona; 1994 – Lenton et al. Comprovaram que giberelinas – sintetizadas e liberadas pelo embrião são transportadas ao endosperma durante a germinação; Dessa forma – giberelina acelera a germinação das sementes e assegura a produção do malte da cevada – produção de cerveja; Funções da giberelina ou ácido giberélico. Embrião secreta giberelina – passa para a camada de aleurona – onde ocorre a síntese da enzima amilase – que passa para o endosperma – digere o amido – liberando glicose – para ser usada pelo embrião; Giberelina – efeitos Superação de dormência em sementes e gemas Sementes de várias plantas – requerem período de dormência – antes da germinação; Geralmente dormência não pode ser quebrada – exceto pela exposição ao frio ou à luz; Giberelina – efeitos Superação de dormência em sementes e gemas Algumas plantas – alface, tabaco e aveias – giberelina substitui o frio e a luz para quebra da dormência – promovendo o crescimento do embrião e a emergência da plântula; Vários experimentos mostram que a giberelina (GA3) quebra a dormência da semente e acelera a germinação; Giberelina – efeitos Superação de dormência em sementes e gemas Existem também plantas cujas gemas entram em dormência na época de frio; Esse tipo de dormência de gemas – a giberelina também quebra; Plantas de azaleia (Rhododendron pulchrum) pulverizadas com água – demoram 60 dias para quebrar a dormência; Aplicação de giberelina em concentração adequada – antecipa a floração – induzindo a abertura do botão floral – 10 dias antes – devido a quebra de dormência; UEPG Fitormônios: giberelina
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