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Universidade Federal Rural do Semi-Árido Departamento de Ciências Exatas e Naturais Disciplina: Cálculo Numérico Período: 2013.1 Aluno(a): 7 a Lista de Cálculo Numérico - Noite - 06/06/2013 Método do ponto �xo- MPF De�nimos p como um ponto �xo de uma função g se g(p) = p. Em geral, o problema de se encontar uma raiz para a função g é semelhante ao problema de se encontar os pontos �xos da função g. Ou seja, encontar g(x) = 0, é equivalente ao problema, φ(x) = 0 em φ(x) = x− g(x). 1 a Equivalência Se f(p) = 0 ⇐⇒ De�ne um fução g com ponto �xo em p. Exemplo: g(x) = x− f(x) com g(p) = p g(p) = p− f(p) = p =⇒ f(p) = 0 2 a Equivalência Se g(x) = x + 3f(x) com g(p) = p. Isto é equivalente à g(p) = p + 3f(p) = p =⇒ 3f(p) = p− p = 0. Exemplo Encontre os ponto �xos da função f(x) = x2 − 2, no intervalo −2 ≤ x ≤ 3. Solução: Para encontramos os números p que satisfaz a condição f(p) = p, basta resolvermos a equação p2 − 2 = p, ou s seja, p1 = 1 e p2 = 2. Teorema i) Se g ∈ C[a, b] e g(x) ∈ [a, b], para todo x ∈ [a, b], então g tem um ponto �xo em [a, b]. ii)Se, adicionalmente, g′(x) existe em (a, b) e uma constante positiva k < 1 existe, tal que |g′(x)| ≤ k, para todo x ∈ (a, b), então o ponto �xo em [a, b] é único. Demonstração: Parte i) Se g(a) = a ou se g(b) = b, então g tem um ponto �xo em um ponto extremo. Se não, então g(a) > a e g(b) < b. De�na a função h(x) = g(x)− x contínua sobre [a, b] com h(a) = g(a)− a > 0 e h(b) = g(b)− b < 0. Do teorema do valor intermediário (TVI) existe p ∈ (a, b) tal que h(p) = 0. Então este número p é um ponto �xo para g, ou seja: h(p) = g(p)− p = 0 =⇒ g(p) = p 1 Parte ii)Suponha que,|g′(x)| ≤ k < 1 e que p, q ∈ [a, b] são ponto �xos de g. Se p 6= q, o TVM (Teorema do Valor Médio) estabelece que existe um número p < α < q e consequen- temente em α ∈ [a, b] tal que: g(p)− g(q) p− q = g ′(α) Assim, sendo: |p− q| = |g(p)− g(q)| = |g′(α)|.|p− q| ≤ k|p− q| < |p− q|, que é um contradição. Logo p 6= q. Portanto p = q e o ponto �xo é único. Exemplo Seja g(x) = x2 − 1 3 em [−1, 1]. O teorema do valor extremo estabelece que o mínimo absoluto de g ocorre em x = 0 e g(0) = −1 3 . Do mesmo modo, o máximo absoluto de g ocorre em x = ±1 e tem o valor g(±1) = 0. Além do mais, g é contínua, e: |g′(x)| = |2x 3 | ≤ 2 3 , para todo x ∈ (−1, 1) Portanto g satisfaz todas hipotéses do teorema anterior e deste modo g tem um único ponto �xo no intervalo [−1, 1]. Neste exemplo, o ponto �xo único p no intervalo [−1, 1] pode ser determinado algebricamente. Se: p = g(p) = p2 − 1 3 , entao p2 − 3p− 1 = 0, que, aplicando-se a fórmula qudrática, apresenta como resultado: p = 1 2 (3− √ 13) Note que g também tem um único ponto �xo p = 1 2 (3 + √ 13) para o intervalo [3, 4]. Entretanto, g(4) = 5 e g′(4) = 8 3 > 1, e assim sendo, g não satisfaz as hipóteses do teorema anterior no intervalo [3, 4]. Portanto, as hipóteses do teorema são su�cientes, mas não necessárias, para garantir um único ponto �xo. 2
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