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Resumo Direito Civil II - AV2

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Direito Civil - Obrigações - Lugar do Pagamento e Tempo do Pagamento
Lugar do Pagamento
            Todo pagamento deve ser efetuado onde o devedor é domiciliado (regra).
            Se forem designados 2 lugares, o credor escolherá o local.
            Se for em relação a imóvel, será onde o bem se situa.
            Ocorrendo motivo grave, o devedor poderá pagar em outro lugar e o credor não possuirá prejuízos.
            Quando o credor aceita o pagamento em outro lugar, ele renuncia seu direito e obrigação do devedor previstos no contrato.
Tempo do pagamento
            Se não foi combinado/ajustado o credor poderá cobrar imediatamente.
            Cabe ao credor provar que o devedor tinha ciência das obrigações condicionais.
            O credor poderá cobrar a dívida antecipadamente nos casos de falência do devedor ou de concurso de credores, se os bens hipotecados forem garantias reais de outro credor; se as garantias reais, fidejussórias e de débito sejam insuficientes e sendo o devedor intimado a aumentá-las se recusar.
OBRIGAÇÕES DIVISÍVEIS E INDIVISÍVEIS
Bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam.
Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por vontade das partes.
Havendo mais de um devedor ou mais de um credor em obrigação divisível, esta presume-se dividida em tantas obrigações, iguais e distintas, quantos os credores ou devedores.
Exemplo: dois devedores devem juntos, por contrato, dez mil reais ao credor. O credor pode cobrar cinco mil reais de cada um dos devedores.
Entretanto, ainda que a obrigação tenha por objeto prestação divisível, não pode o credor ser obrigado a receber, nem o devedor a pagar, por partes, se assim não se ajustou.
Obrigação indivisível
A obrigação é indivisível quando a prestação tem por objeto uma coisa ou um fato não suscetíveis de divisão, por sua natureza, por motivo de ordem econômica, ou dada a razão determinante de negócio jurídico.
Exemplo: um quadro, um carro, ou um animal, são objetos indivisíveis por que seu fracionamento altera a substância da coisa. 
Se havendo dois ou mais devedores, a prestação não for divisível, cada um será obrigado pela dívida toda.
O devedor, que paga a dívida, sub-roga-se no direito do credor em relação aos outros coobrigados.
Pluralidade
Se a pluralidade for dos credores, poderá cada um destes exigir a dívida inteira; mas o devedor ou devedores se desobrigarão, pagando:
·       A todos conjuntamente;
·       A um, dando este caução de ratificação dos outros credores.
Credores
Se um dos credores receber a prestação por inteiro, a cada um dos outros assistirá o direito de exigir dele em dinheiro a parte que lhe caiba no total.
Se um dos credores remitir a dívida, a obrigação não ficará extinta para com os outros; mas estes só a poderão exigir, descontada a quota do credor remitente. O mesmo critério se observará no caso de transação, novação, compensação ou confusão.
Perda da indivisibilidade
Perde a qualidade de indivisível a obrigação que se resolver em perdas e danos.
Se houver culpa de todos os devedores, responderão todos por partes iguais.
Se for de um só a culpa, ficarão exonerados os outros, respondendo só esse pelas perdas e danos.
Base: Código Civil - artigos 257 a 263.
DAS OBRIGAÇÕES SOLIDÁRIAS
        CONCEITO
        Dispõe o art. 264 do Código Civil:
“Há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais de um credor, ou mais de um devedor, cada um com direito, ou obrigado, à dívida toda”.
       Caracteriza-se a obrigação solidária pela multiplicidade de credores e/ou de devedores, tendo cada credor direito à totalidade da prestação, como se fosse credor único, ou estando cada devedor obrigado pela dívida toda, como se fosse o único devedor.
        Destas formas, o credor poderá exigir de qualquer codevedor o cumprimento por inteiro da obrigação. Cumprida por este a exigência, ficam liberados os demais devedores ante o credor comum (art. 275 - CC).
        Assim, se Carlos e Vilmar danificarem o caminhão de Antônio, causando-lhe estragos no valor de 12.000 reais, como a obrigação em que incorrem é solidária (art. 942 – CC), Antônio poderá exigir de um só deles, se quiser, o pagamento dos 12.000 reais. Por outro lado, se Vilmar pagar o total da indenização, Carlos fica plenamente liberado perante o credor comum. Assim, se algum dos devedores for ou se tornar insolvente, quem sofre o prejuízo de tal fato não é o credor, mas o outro devedor, que pode ser chamado a solver a dívida por inteiro.
        Na solidariedade não se tem uma única obrigação, mas tantas obrigações quantos forem os titulares. Cada devedor passará a responder não só pela sua quota como também pelas dos demais; e, se um devedor vier a cumprir por inteiro a prestação, poderá recobrar dos outros as respectivas partes.
        Pode entretanto o credor dividir a obrigação cobrando uma quota somente, sem que com isso perca a dívida quanto ao restante o caráter de solidariedade que lhe é próprio.
        CARACTERÍSTICAS DA OBRIGAÇÃO SOLIDÁRIA
i)    pluralidade de sujeitos ativos ou passivos;
ii)  multiplicidade de vínculos, sendo distinto ou independente o que une o credor a cada um dos codevedores solidários e vice-versa;
iii) unidade de prestação, visto que cada devedor responde pelo débito todo e cada credor pode exigi-lo por inteiro.
iv) corresponsabilidade dos interessados, já que o pagamento da prestação efetuado por um dos devedores extingue a obrigação dos demais, embora o que tenha pago possa reaver dos outros as quotas de cada um.
 
        Na solidariedade ativa, o credor que recebe a prestação age na qualidade de representante dos cocredores. Por sua vez, o devedor que paga representa, igualmente, os demais codevedores. Em ambos os casos há um mandato tácito e recíproco para o recebimento e para o pagamento.
        Dispõe o art. 265 – CC:
“Art. 265. A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontadedas partes”.
        Não se admite responsabilidade solidária fora da lei ou do contrato. Desse modo, se não houver menção explícita no título constitutivo da obrigação ou em algum artigo de lei, ela não será solidária, porque a solidariedade não se presume. Será, então, divisível ou indivisível, dependendo da natureza do objeto.
        ESPÉCIES DE OBRIGAÇÃO SOLIDÁRIA
        Uma das principais características da obrigação solidária é a multiplicidade de credores ou de devedores. Desse modo, pode ela ser solidariedade ativa, ou de credores, solidariedade passiva, ou de devedores.
i)  solidariedade ativa - há multiplicidade de credores, com direito a uma quota da prestação. Todavia, em razão da solidariedade, cada qual pode reclamá-la por inteiro do devedor comum. Este, no entanto, pagará somente a um deles. O credor que receber o pagamento entregará aos demais as quotas de cada um. O devedor se libera do vínculo pagando a qualquer cocredor, enquanto nenhum deles demandá-lo diretamente (CC, art. 268).
ii)  solidariedade passiva - havendo vários devedores solidários, o credor pode cobrar a dívida inteira de qualquer deles, de alguns ou de todos, conjuntamente. Qualquer devedor pode ser compelido pelo credor a pagar toda a dívida, embora, na sua relação com os demais, responda apenas pela sua quota-parte.
PAGAMENTO EM CONSIGNAÇÃO
1)    Conceito e Natureza jurídica – art. 334
Consignar é depositar em juízo. Pagamento em consignação é o depósito da coisa devida. A consignação é o meio indireto de pagamento ou de adimplemento. *Pode ser feito por depósito bancário. Art. 890 CPC – há um procedimento específico para ação de consignação. A ação consignatória tem como pólo passivo o credor e ativo o devedor. O processo é um instrumento do direito material; por não conseguimos resolver nossas pendências pela auto-tutela precisamos do processo.
2)    Objeto – art. 334
Coisa devida– móvel ou imóvel, determinada – art. 341 ou indeterminada – art. 342
A coisa devida é o objeto a ser consignado, depositado. Essa coisa devida a ser consignada pode ser móvel ou imóvel, determinada ou indeterminada e não somente dinheiro. Coisa determinada ou corpo certo pode se tratar de coisa móvel ou imóvel. Imóvel através da entrega das chaves.
3)    Hipóteses legais – art. 335 – I a V
Não é algo taxativo, não são apenas as hipóteses legais que dão espaço para a consignação. Circunstâncias em que a consignação é autorizada (tem lugar):
I – quando o credor se recusa a receber, sem justa causa, ou não der a quitação de forma devida, podemos dizer que esse credor entra em mora e dá lugar para o pagamento em consignação. Vemos anteriormente que, ao credor se recusar a dar a quitação, o devedor pode reter o pagamento ou realizar o pagamento em consignação, sendo o ultimo mais seguro. Nesse artigo, nos deparamos com a mora do credor. A mora é muito característica quando o devedor a constitui, mas não se restringe apenas ao devedor, pois o credor pode entrar em mora, não aceitando o pagamento injustamente. O devedor não só tem o dever de pagar, como também o direito de realizar o mesmo, libertando-se. O devedor deve consignar o pagamento para evitar entrar em mora. A consignação julgada procedente extingue a obrigação e libera o devedor. 
II – quando parte de uma obrigação quesível, em que o credor deve ir até o devedor buscar o pagamento e o credor não aparece, o devedor não tem dever, mas direito de consignar. Se o devedor não consigna fica mais difícil provar a mora do credor. Portanto, é mais seguro para o devedor, para mostrar sua intenção de pagar, se liberar da obrigação, consignar. 
III – quando há situações em que o pagamento fica difícil. O pagamento não pode ser feito ao incapaz, a não ser que seja provado que este reverteu o pagamento em beneficio próprio. Assim, quando é preciso pagar ao incapaz e não se encontra seu representante ou este é desconhecido, por exemplo, o devedor deve consignar o pagamento. Há casos também em que o credor é desconhecido, e o devedor pode consignar o pagamento, assim o credor será citado por edital. Credor declarado ausente ou que reside em lugar incerto, de acesso perigoso ou difícil, quando são obrigações portáveis, em que o devedor deve levar o pagamento até o credor, pode haver a consignação do pagamento.
IV – quando há dúvida sobre quem deva receber legitimamente o pagamento, o devedor deve consignar o pagamento para não correr o risco de entrar em mora.
V – quando há litígio sobre o objeto do pagamento também deve haver pagamento em consignação.
4)    Requisitos – art. 336
São o que a consignação deve ter para alcançar a eficácia desejada e a eficácia desejada da consignação é a extinção da obrigação. Observação: a consignação pressupõe coisa, móvel ou imóvel. Portanto, não tem como consignar uma obrigação de fazer. 
a)     Subjetivos: pessoas: o devedor deve consignar contra o credor ou os credores.
b)    Objetivos: objeto, modo e tempo. A consignação deve ser feita no vencimento da obrigação, ou pelo menos, perto desta data. 
Lembre-se: A consignação terá força de pagamento, ou seja, terá caráter extintivo e liberatório. 
Art. 337 – se refere ao lugar da consignação. A partir do momento em que for feita a consignação, a mora será afastada. A mora acarreta incidência de verbas e agrava os riscos sobre a conservação da coisa. O depósito deve ser feito no lugar previsto para o pagamento. * Tudo depende se a obrigação é portável ou quesível. * 
5)    Levantamento do depósito pelo devedor
Art. 338 – “enquanto o credor não declarar que aceita o depósito, ou não o impugnar, poderá o devedor requerer o levantamento, pagando as respectivas despesas, e subsistindo a obrigação para todas as consequências do direito”.
Art. 339 – “julgado procedente o deposito, o devedor já não poderá levantá-lo, embora o credor consinta, senão de acordo com os outros devedor e fiadores”.
a)     Antes da resposta do credor -> o devedor pode levantar sem consentimento do credor.
b)    Depois da resposta, mas antes da sentença -> o devedor só pode levantar com consentimento do credor (porque uma parte só pode desistir da ação com consentimento da parte contrária). 
c)     Depois da sentença de procedência -> o devedor só pode levantar com consentimento do credor e co-devedores.
A consignação é um mecanismo para evitar a mora do devedor, quando o credor injustamente não quer receber.
- Se for julgada procedente a consignatória significa que o devedor estava certo, portanto a consignação vai ter força de pagamento e este tem força para extinguir a obrigação e liberar o devedor.
- Se for julgada improcedente a consignatória significa que a recusa do credor estava correta e o devedor está em moradesde o dia do vencimento da obrigação. 
- Quando a consignatória é julgada parcialmente procedente, a divida é parcialmente extinta, sendo que o devedor está em mora por parte da dívida. 
Observação: o devedor é autor da ação consignatória e credor é réu da mesma.
Fontes das obrigações
1. No Direito Romano: As obrigações nascem dos contratos e dos delitos. O Delito é a fonte mais antiga, mas o contrato foi quem agiu primeiro em relação às obrigações. O Contrato é a fonte mais comum para a obrigação. Posteriormente, o delito foi considerado fonte da obrigação.
Surgiu, em Roma, a quadripartida das fontes (ultima configuração de fontes do Direito Romano):
a) Contrato – compreendendo as convenções, as avenças firmadas entre duas partes;
b) Quase-contrato – Tratava-se de situações jurídicas assemelhadas aos contratos, atos humanos lícitos equiparáveis aos contratos. Atos unilaterais de vontade, como a gestão de negócios;
c) Delito – consistente no ilícito dolosamente cometido, causador de prejuízo para outrem;
d) Quase-delito – Consiste nos ilícitos em que o agente atuou culposamente, por meio de comportamento carregado de negligencia, imprudência ou imperícia. Ato ilícito doloso.
2. Código de Napoleão: Recepciona todas as fontes do Direito de Roma, inserindo uma quinta fonte: Lei (obrigação surgida diretamente da lei), é aquela obrigação que não se enquadrava em nenhuma das quatro fontes anteriores. Seria fonte de obrigação nos casos em que não há interferência da vontade. Como na obrigação alimentar.
3. Direito brasileiro:
Fontes da obrigação no Brasil:
a) Contrato – Uma vez firmados, passam a estabelecer uma relação de credito.
b) Atos unilaterais (declaração unilaterais de vontade) – A obrigação já existe sem a necessidade de outra pessoa, não necessitando de pelo menos dois indivíduos como é no contrato. Formados por manifestação de uma vontade, como testamento e a promessa de recompensa.
c) Atos ilícitos – Ao praticar o ato ilícito (ação ou omissão culposa ou dolosa do agente), e causando dano a vitima, surge a obrigação de reparar o dano causado. Definição no art. 186, complementado pelo art. 927 CC.
art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
d) Diretamente da lei – Não se enquadra nas fontes anteriores, mas que se encontra na lei.
** Lei – é uma fonte indireta de todas as obrigações.

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