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CCJ0053-WL-B-RA-03-Teoria Geral do Processo-Interpretação da Lei Processual Civil

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Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Teoria Geral do Processo 
Prof.: Rodrigo Duarte de Melo 
Disciplina: 
CCJ0053 
Aula: 
003 
Assunto: Interpretação da lei processual civil. Lei processual no 
espaço e no tempo. Fontes do processo civil (analogia, costumes 
e princípios gerais do direito. 
Folha: 
1 de 23 
Data: 
06/08/2013 
 
MD/Direito/Estácio/Período-04/CCJ0053/Aula-003/WLAJ/DP 
Plano de Aula: Plano de Aula: Teoria Geral do Processo 
TEORIA GERAL DO PROCESSO 
Título 
Interpretação da lei processual civil. Lei processual no espaço e no tempo. Fontes do processo civil (analogia, 
costumes e princípios gerais do direito. 
Número de Aulas por Semana 
Número de Semana de Aula 
3. 
Tema 
Interpretação da lei processual civil. A lei processual no espaço e no tempo. Fontes do processo civil (analogia, 
costumes e princípios gerais do direito). 
Objetivos 
●- Conhecer noções preliminares sobre a ciência processual, sob o ponto de vista cível, penal e trabalhista 
em especial as regras de hermenêutica utilizadas pelo operador do direito. 
●- Reconhecer a aplicação da lei processual no tempo e no espaço. 
●- Diferenciar o modelo processual adotado em cada esfera da Justiça. 
●- Conhecer as fontes do direito processual, especialmente, a aplicação da analogia, costumes e princípios 
gerais do direito na prestação jurisdição pelo Estado-juiz. 
Estrutura do Conteúdo 
1. As diversas formas de interpretação da lei processual civil; 
2. A aplicação da lei processual no espaço e no tempo e a sua natureza; 
3. Finalidade do Direito Processual Civil, Penal e do Trabalho; 
4. A analogia, os costumes e os princípios gerais do direito e a sua aplicação no processo civil. 
Aplicação Prática Teórica 
1ª Questão 
 
Sílvio promove ação de conhecimento em face de Francisco postular do réu indenização por dano material 
no valor de R$ 45.000,00 (quarenta e cinco mil reais). Citado, o réu oferece contestação e alega a incapacidade 
do autor, por ser relativamente incapaz, bem como, no mérito que já ocorreu a prescrição, considerando que o 
prazo previsto na lei civil para cobrança do crédito já esgotou quando da propositura da ação. O juiz, ao examinar 
os autos constata que o autor já adquiriu a maioridade e, então, acolhe a defesa do réu, reconhecendo a 
prescrição, proferindo sentença de improcedência do pedido. 
Indaga-se: 
Foi correta a decisão do juiz, diante da forma como se deve interpretar a lei processual? Justifique. 
 
RESPOSTA: SIM. O juiz analisou primeiramente a capacidade e depois o mérito que se encontrava prejudicado 
pela perda de prazo. 
 
2ª Questão 
 
Assinale a alternativa incorreta, que diga respeito a aplicação da lei no espaço: 
 
a) A jurisdição civil, contenciosa e voluntária (não contenciosa), é exercida pelos juízes em todo o território 
nacional, conforme determina o CPC; 
b) Em todos os processos que correm no território nacional devem-se respeitar as normas do CPC; 
c) A norma do art. 1º do CPC é válida mesmo que o direito material a ser aplicado seja oriundo do 
estrangeiro; 
d) Os processos que correm fora do território nacional tem eficácia no Brasil. 
 
RESPOSTA: D. Os processos que correm fora do território nacional tem eficácia no Brasil. Artigo 105 alínea I da 
CF. e artigo 483 CPC. 
 
CRFB/88 
 
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: 
 
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Assunto: Interpretação da lei processual civil. Lei processual no 
espaço e no tempo. Fontes do processo civil (analogia, costumes 
e princípios gerais do direito. 
Folha: 
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Data: 
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I - processar e julgar, originariamente: 
(---) 
i) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas 
rogatórias; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004). 
 
CPC – Código de Processo Civil - LEI No 5.869, DE 11 DE JANEIRO DE 1973. 
 
DA HOMOLOGAÇÃO DE SENTENÇA ESTRANGEIRA 
 
Art. 483. A sentença proferida por tribunal estrangeiro não terá eficácia no Brasil senão depois de 
homologada pelo Supremo Tribunal Federal. 
 
Parágrafo único. A homologação obedecerá ao que dispuser o Regimento Interno do 
Supremo Tribunal Federal. 
 
Aplicação Prática Teórica (OUTRAS QUESTÕES) 
Questão nº 1 
 
Fábio instaura processo em face de Carlos, perante um órgão integrante da Justiça Estadual, requerendo a 
desconstituição de uma obrigação representada em um título de crédito. O demandante, na própria petição inicial, 
postula ao magistrado a antecipação dos efeitos da tutela para que o seu credor seja impedido de executar em 
juízo esta dívida enquanto perdurar a presente demanda. Este pleito se afigura possível? 
 
RESPOSTA: SIM. Trata-se do instituto da tutela antecipada, Art. 273 do CPC, em que o juiz poderá a 
requerimento da parte, antecipar total ou parcialmente os efeitos da tutela pretendida no pedido inicial, desde que 
inexistindo prova inequívoca, se convença da alegação e cumpra os requisitos dos parágrafos e incisos seguintes. 
 
CPC/73 - LEI N° 5.869, DE 11 DE JANEIRO DE 1973 
 
Art. 273. O juiz poderá, a requerimento da parte, antecipar, total ou parcialmente, os efeitos da 
tutela pretendida no pedido inicial, desde que, existindo prova inequívoca, se convença da 
verossimilhança da alegação e: (Redação dada pela Lei nº 8.952, de 1994) 
 
I - haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação; ou (Incluído pela Lei nº 
8.952, de 1994). 
II - fique caracterizado o abuso de direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório do 
réu. (Incluído pela Lei nº 8.952, de 1994). 
§ 1o - Na decisão que antecipar a tutela, o juiz indicará, de modo claro e preciso, as razões do 
seu convencimento. (Incluído pela Lei nº 8.952, de 1994). 
§ 2o - Não se concederá a antecipação da tutela quando houver perigo de irreversibilidade do 
provimento antecipado. (Incluído pela Lei nº 8.952, de 1994). 
§ 3o - A efetivação da tutela antecipada observará, no que couber e conforme sua natureza, 
as normas previstas nos arts. 588, 461, §§ 4o e 5o, e 461-A. (Redação dada pela Lei nº 
10.444, de 2002). 
§ 4o - A tutela antecipada poderá ser revogada ou modificada a qualquer tempo, em decisão 
fundamentada. (Incluído pela Lei nº 8.952, de 1994). 
§ 5o - Concedida ou não a antecipação da tutela, prosseguirá o processo até final julgamento. 
(Incluído pela Lei nº 8.952, de 1994). 
§ 6o - A tutela antecipada também poderá ser concedida quando um ou mais dos pedidos 
cumulados, ou parcela deles, mostrar-se incontroverso. (Incluído pela Lei nº 10.444, de 
2002). 
§ 7o - Se o autor, a título de antecipação de tutela, requerer providência de natureza cautelar, 
poderá o juiz, quando presentes os respectivos pressupostos, deferir a medida cautelar em 
 
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caráter incidental do processo ajuizado. (Incluído pela Lei nº 10.444, de 2002). 
 
Questão nº 2 
 
De acordo com o princípio da correlação: 
 
a) o juiz decidirá a lide nos limites em que foi proposta, sendo-lhe defeso conhecer de questões, não 
suscitadas, a cujo respeito a lei exige iniciativa da parte; 
b) não é justo que a Fazenda Pública tenha prazo em dobro para recorrer e em quádruplo para contestar; 
c) a Fazenda Pública tem direito ao devido processo legal; 
d) o juiz pode teriniciativa probatória desde que a mesma seja correlacionada aos fundamentos de defesa 
constantes na contestação. 
 
RESPOSTA: A. O juiz decidirá a lide nos limites em que foi proposta, sendo-lhe defeso conhecer de questões, não 
suscitadas, a cujo respeito a lei exige iniciativa da parte. Art. 128 do CPC. 
 
 
==XXX== 
 
 
RESUMO DE AULA (WALDECK LEMOS) 
 
3ª AULA – Princípios Processuais 
 
Teoria Geral do Processo - Prof. Rodrigo Duarte de Melo – Aula-02 
 
PRINCÍPIOS PROCESSUAIS 
 
INSTITUTIVOS: 
 
1 – Princípio do Devido Processo Legal: (celeuma: Art. 285-A) (CAI NA PROVA). 
 
- Art. 5º, LIV e LV da CF. Art. 5º, LIV da CF. Ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o 
devido processo legal. Art. 5º, LV da CF. Aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos 
acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela 
inerentes. 
- Não haverá condenação (ou qualquer outra espécie de sanção) sem o devido processo legal. 
- Qualquer princípio que for violado, afetará o princípio do devido processo legal. O processo deve seguir 
seus trâmites legais, sempre observando os ditames da lei. 
 
 
 
 
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Assunto: Interpretação da lei processual civil. Lei processual no 
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- Por conta disso a lei estabelece vários ritos: 
 
a) Procedimento Comum: Ordinário e Sumário; 
b) Procedimento Especial; 
c) Procedimento Sumaríssimo. 
 
 Principio do devido processo legal: não basta as partes terem o direito de acesso ao judiciário. 
Para que o socorro jurisdicional seja efetivo é preciso que o órgão jurisdicional observe um processo 
que assegure o respeito aos direitos fundamentais, o devido processo legal. 
O artigo 285-A permite que o juiz dispense a citação e julgue improcedente o pedido do autor quando 
a matéria controvertida for unicamente de direito e no juízo já houver sido prolatada sentença em 
caso semelhante. 
 
A Lei nº 11.277/2006 incluiu o Art. 285-A no Código de Processo Civil, com a seguinte redação: 
 
“Art. 285-A. Quando a matéria controvertida for unicamente de direito e no juízo já houver sido 
proferida sentença de total improcedência em outros casos idênticos, poderá ser dispensada a citação 
e proferida sentença, reproduzindo-se o teor da anteriormente prolatada. 
§ 1° Se o autor apelar, é facultado ao juiz decidir, no prazo de 5 (cinco) dias, não manter a 
sentença e determinar o prosseguimento da ação. 
§ 2° Caso seja mantida a sentença, será ordenada a citação do réu para responder ao recurso”. 
 
2 – Princípio do contraditório: 
 
- Consiste na igualdade de oportunidades de manifestação das partes em todos os atos processuais. Tem 
de ser respeitado em todo o processo e não apenas na contestação. 
Art. 5°, LV CRFB: Aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral, são 
assegurados o contraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes. 
 
- Art. 5º, LV da CF. – É um corolário do princípio do devido processo legal. 
- Trata-se do direito de defesa – “defesa genérica”. 
- Possibilidade de contestar tudo que foi apresentado. 
 
 Principio do contraditório: deriva também do principio do devido processo legal. É uma exigência 
da estrutura dialética do processo. Diz respeito às relações entre as partes. Seu pressuposto é a ideia 
de que a verdade só pode ser evidenciada pelas teses contrapostas das partes. 
 
3 – Princípio da ampla defesa: 
 
- Consiste na igualdade de oportunidades de manifestação das partes em todos os atos processuais. Tem 
de ser respeitado em todo o processo e não apenas na contestação. 
Art. 5°, LV CRFB: Aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral, são 
assegurados o contraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes. 
 
ATENÇÃO PARA SÚMULA VINCULANTE Nº 14 – STF 
 
“É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já 
documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam 
respeito ao exercício do direito de defesa”. 
 
- Trata-se da defesa técnica, com defensor devidamente habilitado. – “defesa específica”. 
 
 
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A pretensão à tutela jurisdicional, que corresponde exatamente à garantia consagrada no art. 5º, LV da 
Constituição, contém os seguintes direitos: 
 
1) Direito de informação, que obriga o órgão julgador a informar à parte contrária dos atos praticados no 
processo e sobre os elementos deles constantes; (contraditório). 
2) Direito de manifestação de forma oral ou por escrito; 
3) Direito de ter os seus argumentos analisados. 
 
 Princípio da ampla defesa: refere-se às relações entre as partes e o juiz, significa que as partes têm 
o poder de reagir, imediatamente e eficazmente, contra atos do juiz violadores de seus direito. 
 
4 – Princípio da isonomia: 
 
- Tratamento igualitário entre as partes. Porém existe a possibilidade de tratamento desigual quando existir 
parte hipossuficiente no processo. 
Artigo 125 CPC: O juiz dirigirá o processo conforme as disposições desse Código, competindo-lhe: 
I - Assegurar as partes igualdade de tratamento; 
 
- Igualdade Formal – Todos são iguais perante a lei. 
- Igualdade Material – Visa diminuir as desigualdades sociais. (Tratar desigualmente os desiguais na 
medida da sua desigualdade). 
 
 Princípios da igualdade: deriva do devido processo legal. É a aplicação ao processo da igualdade 
formal. De fato, se todos são iguais perante a lei com maior razão perante o juiz concretizador da lei. 
 
5 – Princípio da celeridade: 
 
- Obrigatoriedade de aplicar meios adequados e eficientes para a solução do conflito. O magistrado deve 
determinar atos processuais com o máximo de resultado e o mínimo esforço. 
 
Inserido no Art. 5º, LXXVIII da CF: - A todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a 
razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação. 
 
6 – Princípio da razoável duração do processo: 
 
Inserido no Art. 5º, LXXVIII da CF: - A todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a 
razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação. 
 
- Os processos devem atender um tempo razoável, garantindo a utilidade do resultado final. 
 
INFORMATIVOS 
 
7 – Princípio da oralidade; 
 
- Alguns atos processuais podem ser contestados oralmente. Possibilita o uso em conjunto da palavra oral 
com a palavra escrita. 
 
O juiz e as partes, sempre que possível, devem praticar os atos processuais de forma oral. Respaldo no art. 
336, CPC. 
Existência de um contato direto do magistrado com as partes e provas. 
 
 Principio da oralidade: refere-se à forma de expressão dos atos processuais. Nesse sentido, significa 
 
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que os atos processuais se desenvolvem conforme a um sistema predominantemente oral. 
O mesmo divide-se em: 
 
1. Concentração: decorrência lógica do sistema oral. Com efeito, se a atividade processual desenvolve-se 
oralmente, é necessário que os atos que compõem realizem-se em uma ou em poucas audiências 
próximas, para que não desapareçam da memória do juiz. 
2. Imediação: é outra decorrência do sistema oral. Traduz-se na necessidade de o juiz manter relação direta 
e mediata com os meios de prova e com o material fático em geral. 
3. Identificação física do juiz: se as provas são produzidas oralmente só o juiz que assistiu o debate está 
em condições de tomar a decisão. 
4. Publicidade: é exigência do estado democrático fundado na soberania popular, o qual deve conforma-se 
a atividade jurisdicional pelo judiciário. A publicidade tem duas direções: a) destina-se às partes e b) 
destina-se ao público. Só esta última pode ser limitada por interesse público. 
 
8 – Princípio da publicidade: 
 
- A sociedade é o principal fiscal da lei, sendo assim, os atos processuais serão públicos. Porém em 
processos em que houver Clamor Público, Interesse de Incapaz ou Causas de Família, o juiz poderá, a 
requerimento das partes, ou de ofício, requerer Segredo de Justiça. 
Art. 155 CPC: Os atos processuais são públicos. Correm, todavia, em segredo de justiça os processos: 
I - em que o exigir o interesse público; 
Il - que dizem respeito a casamento, filiação, separação dos cônjuges, conversão desta em divórcio, 
alimentos e guarda de menores. (Redação dada pela Lei nº 6.515, de 1977). 
Parágrafo único. O direito de consultar os autos e de pedir certidões de seus atos é restrito às partes 
e aos seus procuradores. O terceiro, que demonstrar interesse jurídico, pode requerer ao juiz 
certidão do dispositivo da sentença, bem como de inventário e partilha resultante do desquite. 
 
Todos os atos processuais devem ser de conhecimento público. Permitindo que toda sociedade investigue 
os atos processuais. – Art. 93, IX da CF. Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, 
disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios: IX - todos os julgamentos dos órgãos 
do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei 
limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos 
nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à 
informação. 
 
Tal princípio pode sofrer algumas mitigações: art. 155, CPC (segredo de justiça). 
 
9 – Princípio da lealdade (e boa-fé) processual: 
 
- As partes devem agir com lealdade processual, sendo totalmente reprovável o uso de meios fraudulentos. 
Art. 14 CPC: São deveres das partes e de todos aqueles que, de qualquer forma, participarem do processo: 
I – expor os fatos em juízo conforme a verdade; 
II – proceder com lealdade e boa-fé. 
 
- Comportamento legal das partes perante o processo (dever de lealdade e probidade). 
- Visa combater a litigância de má-fé, estabelecendo punições para aquele que violar o referido princípio. 
 
10 – Princípio da economia processual: 
 
- Obrigatoriedade de aplicar meios adequados e eficientes para a solução do conflito. O magistrado deve 
determinar atos processuais com o máximo de resultado e o mínimo esforço. 
 
- Necessidade de se praticar o menor número de atos processuais possíveis para se chegar ao resultado 
 
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almejado. (decisão judicial); 
- Economia processual = celeridade certa. 
- Os atos devem ser econômicos, sem perder de vista as garantias constitucionais, sob pena de nulidade. 
 
 Principio da economia: muito sucintamente podemos dizer que o principio da economia processual 
caracteriza-se por ter a função de evitar o desperdício da atividade processual mediante o uso 
racional dos instrumentos e formas processuais. A premissa teórica do principio da economia é a 
ideia de que as formas processuais não são um fim em si, mas instrumentos finalizados à persecução 
de escopos púbicos situados fora do processo. A partir dessa concepção da instrumentalidade 
coloca-se a necessidade de adequar o processo aos fins a que serve, utilizando-se critérios de 
economia possibilitadores do alcance mais rápido e mesmo dispendioso de seus fins. 
 
11 – Princípio do informalismo ou instrumentalidade das formas: (basta atender a finalidade): 
 
- Forma pela qual estabelece o processo como instrumento de efetivação do direito material. 
 
- Certos atos processuais podem ser praticados de qualquer modo, desde que obtenham o resultado 
pretendido. Ex: Juizados Especiais. 
 
 Principio da instrumentalidade: a ideia do processo como instrumento é bastante conhecida para 
exigir mais explicações, uma vez que a “instrumentalidade é da essência do processo” encerra uma 
tautologia já que a nota da instrumentalidade, como dissemos, é inseparável do processo. Afirmar a 
instrumentalidade do processo equivale a dizer ser ele um meio para conseguir fins, pois a 
característica do instrumento é não ter um fim em si mesmo, mas servir a um fim que está fora dele. 
Na verdade, o processo é, sempre, um instrumento, cujas funções podem ser jurídicas e 
extrajurídicas. 
 
 
==XXX== 
 
 
RESUMO DE AULA (PROFESSOR - AULA MAIS - ESTÁCIO) 
 
3ª AULA – Jurisdição e Princípios Norteadores 
 
Teoria Geral do Processo 
Professor Rodolfo Kronemberg Hartmann 
Aula 03 
 
Aula 3 – JURISDIÇÃO E PRINCÍPIOS NORTEADORES 
 
Conteúdo Programático desta aula 
 
• Jurisdição: Conceito. 
• Características. 
• Distinção em relação às demais funções prestadas pelo Estado. 
• Princípios fundamentais. 
 
 
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Jurisdição: Conceito - Características 
 
A palavra “jurisdição” deriva do latim iuris dictio, que significa “dizer o Direito”, ou seja, é a possibilidade de 
aplicação do Direito ao caso fático que foi submetido à apreciação do magistrado. 
A jurisdição tanto pode ser compreendida como Poder, como atividade ou função, dependendo do ponto de 
vista que for empregado, sendo desempenhada por uma pessoa que assim foi investida para tanto. 
 
Jurisdição: Características 
 
Usualmente, esta investidura ocorre por meio da promoção ao cargo de magistrado por meio de aprovação 
em concurso público de provas e títulos, mas também pode ocorrer em outras situações distintas, como nas 
nomeações para Ministros do STF, por meio da cúpula do Poder Executivo. 
 
Comumente, são apresentadas as seguintes características da jurisdição: 
 
a) Inércia; 
b) Substitutividade; 
c) Definitividade. 
 
Por fim, fica a ressalva por muito tempo também se considerou a “lide”, assim considerada como o conflito 
de interesses qualificado por uma pretensão resistida,como uma das características da atividade jurisdicional que 
buscava a aplicação do Direito. 
No entanto, modernamente se vem considerando que, ao contrário das demais acima trabalhadas que 
costumam estar presente, a “lide” em realidade acaba se caracterizando como um elemento meramente acidental 
do processo e, consequentemente, da própria jurisdição. 
 
Jurisdição e as demais funções prestadas pelo Estado 
 
Embora a jurisdição seja a atividade fim do Poder Judiciário, a mesma não se restringe apenas a esta 
esfera. É que o Poder Legislativo, em caráter excepcional, por meio do que já se convencionou denominar de 
“jurisdição anômala”, também exerce jurisdição no processamento e julgamento dos crimes de responsabilidade, 
ou seja, naqueles praticados por agentes políticos. O Poder Executivo, ao revés, não exerce jurisdição nem 
mesmo como atividade secundária na condução dos denominados procedimentos administrativos, eis que as suas 
decisões neles proferidas são despidas das principais características dos atos jurisdicionais, também podendo ser 
anuladas perante o Poder Judiciário. É, portanto, um claro indicativo de que o Brasil também adota o regime da 
jurisdição “una”, de modo que mesmo as decisões proferidas nestes procedimentos podem ser questionadas 
judicialmente. 
 
 
 
 
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Princípios fundamentais 
 
• Princípio que garante o livre acesso a Justiça. 
• Princípio do devido processo legal. 
• Princípio do Juiz natural. 
• Princípio da motivação das decisões judiciais. 
• Princípio da isonomia. 
• Princípio do contraditório e da ampla defesa. 
• Princípio da duração razoável do processo. 
• Princípio da congruência. 
 
E chegamos ao fim da aula... 
 
 
 
Síntese do texto extraído de: 
HARTMANN, Rodolfo Kronemberg. Teoria Geral do Processo. 1ª Ed. Niterói: Impetus, 2012. 
 
S.A.C: www.rodolfohartmann.com.br. 
 
 
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LEITURA COMPLEMENTAR - 01 
 
PRINCÍPIOS DA AÇÃO PENAL 
http://entendeudireito.blogspot.com.br/search/label/PRINC%C3%8DPIOS%20DA%20A%C3%87%C3%83O%20PENAL 
 
Mapa Mental => 03-MM-ED-Princípios da Ação Penal 
 
PRINCÍPIOS DA AÇÃO PENAL 
 
PRINCÍPIO DA OFICIALIDADE 
 
A ação penal pode ser exercida apenas por órgão oficial. 
 
PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE OU CONVENIÊNCIA 
 
Compete ao titular do direito a faculdade de propor ou não a ação penal, de acordo com sua conveniência. 
 
PRINCÍPIO DA DISPONIBILIDADE 
 
Encontra-se previsto na ação penal privada e na pública condicionada à representação. Assim, faculta ao 
ofendido o direito de prosseguir ou não com referida ação. Insta salientar que tal princípio não se faz presente na 
 
Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Teoria Geral do Processo 
Prof.: Rodrigo Duarte de Melo 
Disciplina: 
CCJ0053 
Aula: 
003 
Assunto: Interpretação da lei processual civil. Lei processual no 
espaço e no tempo. Fontes do processo civil (analogia, costumes 
e princípios gerais do direito. 
Folha: 
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Data: 
06/08/2013 
 
MD/Direito/Estácio/Período-04/CCJ0053/Aula-003/WLAJ/DP 
ação penal pública incondicionada, em razão da indisponibilidade da ação penal (art. 42, CPP). 
 
PRINCÍPIO DA INDIVISIBILIDADE 
 
O processo contra um ofensor obriga os demais; a renúncia ao direito de queixa em relação a um dos 
ofensores estende-se a todos; o perdão do querelante dado a um dos ofensores aproveita aos demais (arts. 48, 49 
e 51 do CPP); o querelante não poderá optar, entre os ofensores, quais deles processará. 
 
PRINCÍPIO DA INTRANSCEDÊNCIA 
 
A ação penal é limitada à pessoa do ofensor (réu ou querelado), não atingindo seus familiares. 
 
PRINCÍPIO DA TITULARIDADE 
 
É um princípio atrelado à ação penal pública incondicionada, em que a titularidade do direito de punir é do 
Ministério Público. Ressalte-se a exceção prevista no art. 29 do CPP e no art. 100, § 3º, do Código Penal, ao 
admitir a ação penal privada subsidiária da pública, em caso de inércia do órgão ministerial. 
 
PRINCÍPIO DA OBRIGATORIEDADE 
 
Estando diante de uma figura típica, o promotor de justiça deverá exercer o mister que recebeu da 
Constituição Federal e oferecer a denúncia. Caso não o faça, segundo Fernando Capez, incorrerá em crime de 
prevaricação. 
 
 
 
 
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Assunto: Interpretação da lei processual civil. Lei processual no 
espaço e no tempo. Fontes do processo civil (analogia, costumes 
e princípios gerais do direito. 
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Fonte: 
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LEITURA COMPLEMENTAR - 02 
 
FONTES ESTATAIS DO DIREITO 
http://entendeudireito.blogspot.com.br/search/label/FONTES%20ESTATAIS%20DO%20DIREITO 
 
Mapa Mental => 03-MM-ED-Fontes Estatais do Direito 
 
FONTES ESTATAIS DO DIREITO 
 
Estas se fazem presentes na legislação (proveniente de lei), sendo esta uma importante fonte do direito. No 
entanto a legislação é tida como o conjunto de normas jurídicas, devendo as mesmas serem oriundas do Estado, 
por meio de seus órgãos. 
 
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Assunto: Interpretação da lei processual civil. Lei processual no 
espaço e no tempo. Fontes do processo civil (analogia, costumes 
e princípios gerais do direito. 
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Segundo Gusmão (2002), "as fontes estatais do direito são constituídas de normas escritas, vigentes no 
território do Estado, por ele promulgadas, no qual têm validade e no qual são aplicadas pelas autoridades 
administrativas ou judiciárias". 
Assim sendo, as fontes estatais têm sua aplicação notoriamente precisa, partindo-se do pressuposto de 
que, por ser criada e exercida pelo Estado, ou seja, seus representantes, à conduta contraria ao que a legislação 
prevê, associar-se-á uma sanção. 
A legislação como é oriunda do termo "lei", é o conjunto de normas jurídicas. Entretanto é necessário que 
lei e norma não sejam vistos como sinônimos. 
Conforme Ferraz JR. (2001), "a norma é uma prescrição; a lei é a forma de que se reveste a norma ou um 
conjunto de normas dentro do ordenamento". 
 
Ver Também: http://www.webartigos.com/artigos/fontes-do-direito/4192/#ixzz29KGm2HEB 
 
 
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Mapa Mental => 03-MM-ED-Fontes Estatais do Direito 
Fonte: 
http://entendeudireito.blogspot.com.br/search/label/FONTES%20ESTATAIS%20DO%20DIREITO 
 
 
 
 
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espaço e no tempo. Fontes do processo civil (analogia, costumes 
e princípios gerais do direito. 
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LEITURA COMPLEMENTAR - 03 
 
PROCEDIMENTOS NO PROCESSO PENAL 
http://entendeudireito.blogspot.com.br/2011/09/procedimento-comum-x-procedimento.htmlMapa Mental => 03-MM-ED-Procedimento Comum e Especial no Processo Penal 
Mapa Mental => 03-MM-ED-Procedimento Ordinário no Processo Penal 
Mapa Mental => 03-MM-ED-Procedimento Sumário no Processo Penal 
Mapa Mental => 03-MM-ED-Procedimento Sumaríssimo no Processo Penal 
 
PROCEDIMENTOS NO PROCESSO PENAL 
 
"Procedimento é o modus operandi do processo". 
(Carreira Alvim) 
 
 
"Procedimento é a exteriorização do processo, é o rito ou o andamento do processo, o modo como se encadeiam 
os atos processuais." 
(Pinto Ferreira) 
 
"Procedimento é o meio extrínseco pelo qual se instaura, desenvolve-se e termina o processo; é a manifestação 
extrínseca deste, a sua realidade fenomenológica perceptível." 
(Araújo Cintra, Ada Pellegrini Grinover e Cândido Rangel Dinamarco) 
 
 
 
Assim, é uma sucessão de atos coordenados a partir da iniciativa da parte e direcionada a um provimento. 
É o modo como os atos processuais se manifestam e desenvolvem para revelar o processo. 
Como já visto, o processo se revela mediante o procedimento. Mas há diferentes espécies desta revelação 
e por este motivo o procedimento pode ser Comum (ordinário e sumário) e Especial. 
A natureza do conflito de interesse a ser solucionado é que define a espécie de procedimento. 
O procedimento comum é aquele pelo qual não há procedimento especial previsto em lei para que seja 
solucionado o conflito. O procedimento comum ordinário é sempre residual: sempre que não for especial ou 
comum sumário será ordinário. O procedimento sumário é aquele que concentra a prática de determinados atos 
em uma mesma fase. 
O procedimento especial é aquele disciplinado pela lei. São exemplos o mandado de injunção, habeas 
data, ação civil pública. 
 
 
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espaço e no tempo. Fontes do processo civil (analogia, costumes 
e princípios gerais do direito. 
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PROCEDIMENTO COMUM 
 
O procedimento comum é a regra, aplicando-se a todos os processos, salvo disposições em contrário no 
CPP ou em lei especial. A definição da categoria do rito comum terá como parâmetro a pena máxima cominada 
abstratamente ao crime (art. 394, §1º, CPP). O procedimento comum será: (1) “ordinário, quando tiver por objeto 
crime cuja sanção máxima cominada for igual ou superior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade” (inciso 
I); (2) “sumário, quando tiver por objeto cuja sanção máxima cominada seja inferior a 4 (quatro) anos de pena 
privativa de liberdade” (inciso II); (3) “sumaríssimo, para as infrações penais de menor potencial ofensivo”, que, 
em regra, são aquelas cuja pena máxima abstrata não excede 2 (dois) anos, além das contravenções penais. 
Perceba que a pena de multa, nestas hipóteses, é indiferente para a aferição do tipo de procedimento, que é 
definido pela pena privativa de liberdade em abstrato. As disposições pertinentes ao procedimento comum, 
dispostas nos artigos 395 a 398, CPP, são aplicáveis aos procedimentos penais de primeiro grau, já que legislação 
especial rege o processamento criminal nos tribunais. 
 
CPP - DECRETO-LEI Nº 3.689, DE 3 DE OUTUBRO DE 1941. 
 
DOS PROCESSOS EM ESPÉCIE 
TÍTULO I 
DO PROCESSO COMUM 
CAPÍTULO I 
DA INSTRUÇÃO CRIMINAL 
 
Art. 394. O procedimento será comum ou especial. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). 
 
§ 1o O procedimento comum será ordinário, sumário ou sumaríssimo: (Incluído pela Lei nº 
11.719, de 2008). 
I - ordinário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada for igual ou 
superior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade; (Incluído pela Lei nº 11.719, 
de 2008). 
II - sumário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada seja inferior a 
4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade; (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
III - sumaríssimo, para as infrações penais de menor potencial ofensivo, na forma da lei. 
(Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
§ 2o Aplica-se a todos os processos o procedimento comum, salvo disposições em contrário 
deste Código ou de lei especial. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
§ 3o Nos processos de competência do Tribunal do Júri, o procedimento observará as 
disposições estabelecidas nos arts. 406 a 497 deste Código. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 
2008). 
§ 4o As disposições dos arts. 395 a 398 deste Código aplicam-se a todos os procedimentos 
penais de primeiro grau, ainda que não regulados neste Código. (Incluído pela Lei nº 
11.719, de 2008). 
§ 5o Aplicam-se subsidiariamente aos procedimentos especial, sumário e sumaríssimo as 
disposições do procedimento ordinário. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
 
Art. 395. A denúncia ou queixa será rejeitada quando: (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). 
 
I - for manifestamente inepta; (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
II - faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal; ou (Incluído pela 
Lei nº 11.719, de 2008). 
III - faltar justa causa para o exercício da ação penal. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
Parágrafo único. (Revogado). (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
 
Art. 396. Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, se não a 
rejeitar liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para responder à acusação, por 
escrito, no prazo de 10 (dez) dias. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). 
 
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Assunto: Interpretação da lei processual civil. Lei processual no 
espaço e no tempo. Fontes do processo civil (analogia, costumes 
e princípios gerais do direito. 
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Parágrafo único. No caso de citação por edital, o prazo para a defesa começará a fluir a partir 
do comparecimento pessoal do acusado ou do defensor constituído. (Redação dada pela Lei 
nº 11.719, de 2008). 
 
Art. 396-A. Na resposta, o acusado poderá argüir preliminares e alegar tudo o que interesse à sua 
defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, 
qualificando-as e requerendo sua intimação, quando necessário. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 
2008). 
 
§ 1o A exceção será processada em apartado, nos termos dos arts. 95 a 112 deste Código. 
(Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
§ 2o Não apresentada a resposta no prazo legal, ou se o acusado, citado, não constituir 
defensor, o juiz nomeará defensor para oferecê-la, concedendo-lhe vista dos autos por 10 
(dez) dias. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
 
Art. 397. Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos, deste Código, o juiz deverá 
absolver sumariamente o acusado quando verificar: (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). 
 
I - a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato; (Incluído pela Lei nº 11.719, 
de 2008). 
II - a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo 
inimputabilidade; (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
III - que o fato narrado evidentemente não constitui crime; ou (Incluído pela Lei nº 11.719, de 
2008). 
IV - extinta a punibilidade do agente. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
 
Art. 398. (Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008). 
 
Art. 399. Recebida a denúncia ou queixa, o juiz designará dia e hora para a audiência, ordenando a 
intimação do acusado, de seu defensor, do Ministério Público e, se for o caso, do querelantee do 
assistente. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). 
 
§ 1o O acusado preso será requisitado para comparecer ao interrogatório, devendo o poder 
público providenciar sua apresentação. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
§ 2o O juiz que presidiu a instrução deverá proferir a sentença. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 
2008). 
 
Art. 400. Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no prazo máximo de 60 (sessenta) 
dias, proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido, à inquirição das testemunhas arroladas 
pela acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto no art. 222 deste Código, bem como 
aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao reconhecimento de pessoas e coisas, 
interrogando-se, em seguida, o acusado. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). 
 
§ 1o As provas serão produzidas numa só audiência, podendo o juiz indeferir as consideradas 
irrelevantes, impertinentes ou protelatórias. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
§ 2o Os esclarecimentos dos peritos dependerão de prévio requerimento das partes. (Incluído 
pela Lei nº 11.719, de 2008). 
 
Art. 401. Na instrução poderão ser inquiridas até 8 (oito) testemunhas arroladas pela acusação e 8 
(oito) pela defesa. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). 
 
§ 1o Nesse número não se compreendem as que não prestem compromisso e as referidas. 
(Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
§ 2o A parte poderá desistir da inquirição de qualquer das testemunhas arroladas, ressalvado o 
 
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disposto no art. 209 deste Código. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
 
Art. 402. Produzidas as provas, ao final da audiência, o Ministério Público, o querelante e o assistente 
e, a seguir, o acusado poderão requerer diligências cuja necessidade se origine de circunstâncias ou 
fatos apurados na instrução. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). 
 
Art. 403. Não havendo requerimento de diligências, ou sendo indeferido, serão oferecidas alegações 
finais orais por 20 (vinte) minutos, respectivamente, pela acusação e pela defesa, prorrogáveis por 
mais 10 (dez), proferindo o juiz, a seguir, sentença. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). 
 
§ 1o Havendo mais de um acusado, o tempo previsto para a defesa de cada um será individual. 
(Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
§ 2o Ao assistente do Ministério Público, após a manifestação desse, serão concedidos 10 (dez) 
minutos, prorrogando-se por igual período o tempo de manifestação da defesa. (Incluído 
pela Lei nº 11.719, de 2008). 
§ 3o O juiz poderá, considerada a complexidade do caso ou o número de acusados, conceder 
às partes o prazo de 5 (cinco) dias sucessivamente para a apresentação de memoriais. 
Nesse caso, terá o prazo de 10 (dez) dias para proferir a sentença. (Incluído pela Lei nº 
11.719, de 2008). 
 
Art. 404. Ordenado diligência considerada imprescindível, de ofício ou a requerimento da parte, a 
audiência será concluída sem as alegações finais. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). 
 
Parágrafo único. Realizada, em seguida, a diligência determinada, as partes apresentarão, no 
prazo sucessivo de 5 (cinco) dias, suas alegações finais, por memorial, e, no prazo de 10 
(dez) dias, o juiz proferirá a sentença. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
 
Art. 405. Do ocorrido em audiência será lavrado termo em livro próprio, assinado pelo juiz e pelas 
partes, contendo breve resumo dos fatos relevantes nela ocorridos. (Redação dada pela Lei nº 
11.719, de 2008). 
 
§ 1o Sempre que possível, o registro dos depoimentos do investigado, indiciado, ofendido e 
testemunhas será feito pelos meios ou recursos de gravação magnética, estenotipia, digital 
ou técnica similar, inclusive audiovisual, destinada a obter maior fidelidade das 
informações. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
§ 2o No caso de registro por meio audiovisual, será encaminhado às partes cópia do registro 
original, sem necessidade de transcrição. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
 
PROCEDIMENTO ORDINÁRIO NO PROCESSO PENAL 
 
O Rito ordinário é adotado quando um crime tiver por objeto, pena máxima cominada igual ou 
superior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade, encontra-se fundamentado no art. 394, §1º, I do 
Código de Processo Penal – CPP. A Lei 11.719/08 pressupõe duas situações: a) que a denúncia não tenha sido 
rejeitada liminarmente (art. 395 e 396) e; b) que o réu não tenha sido absolvido sumariamente (art. 397). É 
importante salientar que a expressão "recebida a denúncia ou queixa", conforme organizado na 1ª parte do art. 
399, CPP põe fim a um equívoco, pois a acusação já fora recebida antes, na fase do art. 396 do CPP. 
Todos os atos de instrução conforme se verifica no procedimento do júri, são concentrados em única 
audiência, na qual as partes apresentarão, também, as alegações finais orais e o juiz proferirá a sentença. A 
audiência com fulcro no art. 400 do CPP, deve ser realizada no prazo máximo de 60 dias (embora na prática, ficou 
demonstrado a inviabilidade, de tal prazo), pouco importando se o réu estiver solto ou preso. 
Outra inovação importante foi a adoção do princípio da identidade física do juiz (art. 399, § 2º do CPP), que 
veio propiciar o indispensável contato físico e visual entre acusado e julgador. Acaba-se assim com a situação 
extravagante existente anteriormente, onde um juiz interrogava o réu, outro ouvia as testemunhas e um terceiro 
proferia a sentença. 
 
 
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espaço e no tempo. Fontes do processo civil (analogia, costumes 
e princípios gerais do direito. 
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A esse respeito Rogério Sanches Cunha (2009, p.146) faz a seguinte colocação: 
 
[...] louvável a atitude do legislador, que poderia, apenas, ter ressalvado as situações nas quais o 
princípio será mitigado, a exemplo do que se verifica no CPC, que isenta o juiz que presidiu a instrução de 
julgar a lide quando estiver "convocado, licenciado, afastado por qualquer motivo, promovido ou 
aposentado [...]". Nada impede, antes se recomenda, que, por analogia (art. 3º do CPP), se transfira para o 
processo penal esse dispositivo. 
 
Conforme disposto no art. 399 do CPP recebida a denúncia ou queixa, "o juiz designará dia e hora para a 
audiência, ordenando a intimação do acusado, de seu defensor, do Ministério Público e, se for o caso, do 
querelante e do assistente". O § 1º do mesmo dispositivo, alude à requisição do acusado preso para o 
interrogatório, sendo que essa apresentação fica a cargo do poder público. 
Na audiência, os atos processuais seguirão a seguinte ordem: 1) declaração do ofendido; 2) inquirição de 
testemunhas de acusação e de defesa; 3) esclarecimento dos peritos; 4) acareações; 5) reconhecimento; 
6)interrogatório; 7) requerimento de diligência e; 8) alegações finais. Também terá cabimento, a oferta de 
memoriais, que apresentados, o prazo para o juiz proferir sentença é de 10 dias (art. 403, CPP). Porém, se 
necessário e ordenado, diligência, tanto de oficio pelo juiz como a requerimento da parte, a audiência será 
concluída sem as alegações finais, com fundamento no art. 404, e no seu parágrafo único dispõe que as partes 
apresentarãono prazo sucessivo de 5 dias, suas alegações finais, por memorial, e, no prazo de 10 dias, o juiz 
proferirá a sentença. 
 
Fonte: http://pt.shvoong.com/books/1955053-rito-ordin%C3%A1rio-processo-penal/#ixzz2UHcttuU4. 
 
PROCEDIMENTO SUMÁRIO NO PROCESSO PENAL 
 
O Rito sumário é adotado quando um crime tiver por objeto, pena máxima cominada igual ou 
inferior a 4 (quatro) anos. 
A lei 11.719/08 trouxe alterações significativas ao procedimento sumário. Até o advento dessa lei, somente 
as contravenções penais eram tratadas pelo rito em comento, que como vimos na introdução, passou a servir 
como procedimento aos crimes cuja sanção máxima seja inferior a 4 (quatro) anos. 
Outra inovação da referida lei ao procedimento sumário foi o número de testemunhas a serem arroladas 
pelas partes. Agora, cada parte pode arrolar até 5 (cinco) testemunhas, sendo facultado ao juiz inquirir aquelas 
que sejam indispensáveis à elucidação do crime. Neste caso, a inquirição pelo juiz de um número menor de 
testemunhas não configura cerceamento de defesa, já que “as provas serão produzidas numa só audiência, 
podendo o juiz indeferir as consideradas irrelevantes, impertinentes ou protelatórias.” (art. 400, § 1º). 
A lei também inovou quanto à ordem da tomada de declarações dos sujeitos envolvidos no processo. Em 
primeiro lugar, e se possível, o juiz deverá tomar as declarações do ofendido, das testemunhas arroladas pela 
acusação e das testemunhas de defesa, nesta ordem, conforme previsão do art. 531. Por outro lado, se as 
testemunhas, tanto as de defesa, quanto às de acusação, residirem em outra jurisdição, serão inquiridas via carta 
precatória, cuja expedição não suspende a instrução criminal. Se ao final do prazo para a devolução da carta 
precatória a mesma ainda não tiver sido devolvida, o juiz poderá realizar o julgamento, e quando devolvida, a 
qualquer tempo, a carta precatória deverá ser juntada aos autos do processo. Ressalte-se aqui, a possibilidade da 
realização de videoconferência das testemunhas que residam em jurisdição diversa. (art. 222, § 3º. Introduzido 
pela Lei 11.900/09). 
Na tomada de declarações no procedimento sumário, o juiz prosseguirá ouvindo os esclarecimentos dos 
peritos, promovendo as acareações devidas, e ao reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se em 
seguida, o acusado, e procedendo-se finalmente aos debates (art. 531). Ressalte-se porém, que os 
esclarecimentos dos peritos dependem de prévio requerimento das partes envolvidas. Sendo assim, não poderão 
ser requeridas no desenrolar da audiência de instrução e julgamento, sob pena de preclusão temporal. 
Outra alteração produzida pela lei 11.719/08 refere-se aos procedimentos de alegações finais, tratados no 
art. 534. A redação ab-rogou o texto do artigo anterior, não trazendo qualquer disposição semelhante à vestuta 
redação. Nele, tem-se que o tempo será de 20 (vinte) minutos para a acusação e para a defesa, respectivamente, 
prorrogáveis por mais 10 (dez) minutos. Se porém, houverem mais de um acusado, o tempo será contado 
individualmente. 
Outra inovação trazida pela lei 11.719/08 concernente às alegações finais diz respeito ao tempo de 10 (dez) 
 
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Turma A – Manhã - 2012.1 
Teoria Geral do Processo 
Prof.: Rodrigo Duarte de Melo 
Disciplina: 
CCJ0053 
Aula: 
003 
Assunto: Interpretação da lei processual civil. Lei processual no 
espaço e no tempo. Fontes do processo civil (analogia, costumes 
e princípios gerais do direito. 
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Data: 
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MD/Direito/Estácio/Período-04/CCJ0053/Aula-003/WLAJ/DP 
minutos concedidos ao assistente do Ministério Público, que poderá se manifestar após o referido órgão. Calha 
transcrever contudo, que, uma vez dispensado o tempo acima aludido, a defesa terá a prorrogação do seu tempo 
por igual período. Assim, se houver assistente do MP numa audiência de instrução e julgamento, o prazo para a 
defesa será de: 20 + 10 + 10=40 minutos. 
No procedimento sumário o juiz deve proferir a sentença em audiência, logo depois de encerrada a fase 
das alegações finais. Entretanto, a regra não é absoluta, pois, o art. 535 prevê a hipótese de adiamento de ato 
quando imprescindível a prova faltante, determinando o juiz a condução coercitiva de quem deva comparecer. 
Essa condução pode se efetivar na mesma audiência, ou não. Independente porém, de suspensão ou não da 
audiência, a testemunha que comparecer será inquirida, observada a ordem aludida no art. 531. 
 
Outrossim, pode ser aplicado de forma subsidiária, o disposto no artigo 403, § 3º, que aduz: 
 
O juiz poderá, considerada a complexidade do caso ou o número de acusados, conceder às partes, o 
prazo de 5 (cinco) dias sucessivamente para a apresentação de memoriais. Nesse caso, terá o prazo de 10 
(dez) dias para proferir a sentença. 
 
PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO NO PROCESSO PENAL 
 
O Rito sumaríssimo é adotado nas infrações penais de menor potencial ofensivo. 
 
Do Procedimento Sumariíssimo (9099/95 - JECRIM) 
 
Art. 77. Na ação penal de iniciativa pública, quando não houver aplicação de pena, pela ausência do autor do fato, 
ou pela não ocorrência da hipótese prevista no art. 76 desta Lei, o Ministério Público oferecerá ao Juiz, de 
imediato, denúncia oral, se não houver necessidade de diligências imprescindíveis 
 
§ 1º Para o oferecimento da denúncia, que será elaborada com base no termo de ocorrência referido no art. 
69 desta Lei, com dispensa do inquérito policial, prescindir-se-á do exame do corpo de delito quando a 
materialidade do crime estiver aferida por boletim médico ou prova equivalente. 
§ 2º Se a complexidade ou circunstâncias do caso não permitirem a formulação da denúncia, o Ministério 
Público poderá requerer ao Juiz o encaminhamento das peças existentes, na forma do parágrafo único 
do art. 66 desta Lei. 
§ 3º Na ação penal de iniciativa do ofendido poderá ser oferecida queixa oral, cabendo ao Juiz verificar se a 
complexidade e as circunstâncias do caso determinam a adoção das providências previstas no parágrafo 
único do art. 66 desta Lei. 
 
Art. 78. Oferecida a denúncia ou queixa, será reduzida a termo, entregando-se cópia ao acusado, que com ela 
ficará citado e imediatamente cientificado da designação de dia e hora para a audiência de instrução e julgamento, 
da qual também tomarão ciência o Ministério Público, o ofendido, o responsável civil e seus advogados. 
 
§ 1º Se o acusado não estiver presente, será citado na forma dos arts. 66 e 68 desta Lei e cientificado da 
data da audiência de instrução e julgamento, devendo a ela trazer suas testemunhas ou apresentar 
requerimento para intimação, no mínimo cinco dias antes de sua realização. 
§ 2º Não estando presentes o ofendido e o responsável civil, serão intimados nos termos do art. 67 desta 
Lei para comparecerem à audiência de instrução e julgamento. 
§ 3º As testemunhas arroladas serão intimadas na forma prevista no art. 67 desta Lei. 
 
Art. 79. No dia e hora designados para a audiência de instrução e julgamento, se na fase preliminar não tiver 
havido possibilidade de tentativa de conciliação e de oferecimento de proposta pelo Ministério Público, proceder-
se-á nos termos dos arts. 72, 73, 74 e 75 desta Lei. 
 
Art. 80. Nenhum ato será adiado, determinando o Juiz, quando imprescindível, a condução coercitiva de quem 
deva comparecer. 
 
Art. 81. Aberta a audiência, será dada a palavra ao defensor para responder à acusação, após o que o Juiz 
 
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Assunto: Interpretação da lei processual civil. Lei processual no 
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MD/Direito/Estácio/Período-04/CCJ0053/Aula-003/WLAJ/DPreceberá, ou não, a denúncia ou queixa; havendo recebimento, serão ouvidas a vítima e as testemunhas de 
acusação e defesa, interrogando-se a seguir o acusado, se presente, passando-se imediatamente aos debates 
orais e à prolação da sentença. 
 
§ 1º Todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e julgamento, podendo o Juiz limitar ou 
excluir as que considerar excessivas, impertinentes ou protelatórias. 
§ 2º De todo o ocorrido na audiência será lavrado termo, assinado pelo Juiz e pelas partes, contendo breve 
resumo dos fatos relevantes ocorridos em audiência e a sentença. 
§ 3º A sentença, dispensado o relatório, mencionará os elementos de convicção do Juiz. 
 
Art. 82. Da decisão de rejeição da denúncia ou queixa e da sentença caberá apelação, que poderá ser julgada por 
turma composta de três Juízes em exercício no primeiro grau de jurisdição, reunidos na sede do Juizado. 
 
§ 1º A apelação será interposta no prazo de dez dias, contados da ciência da sentença pelo Ministério 
Público, pelo réu e seu defensor, por petição escrita, da qual constarão as razões e o pedido do 
recorrente. 
§ 2º O recorrido será intimado para oferecer resposta escrita no prazo de dez dias. 
§ 3º As partes poderão requerer a transcrição da gravação da fita magnética a que alude o § 3º do art. 65 
desta Lei. 
§ 4º As partes serão intimadas da data da sessão de julgamento pela imprensa. 
§ 5º Se a sentença for confirmada pelos próprios fundamentos, a súmula do julgamento servirá de acórdão. 
 
Art. 83. Caberão embargos de declaração quando, em sentença ou acórdão, houver obscuridade, contradição, 
omissão ou dúvida. 
 
§ 1º Os embargos de declaração serão opostos por escrito ou oralmente, no prazo de cinco dias, contados 
da ciência da decisão. 
§ 2º Quando opostos contra sentença, os embargos de declaração suspenderão o prazo para o recurso. 
§ 3º Os erros materiais podem ser corrigidos de ofício. 
 
 
 
 
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Mapa Mental => 03-MM-ED-Procedimento Comum e Especial no Processo Penal 
Fonte: 
http://entendeudireito.blogspot.com.br/2011/09/procedimento-comum-x-procedimento.html 
 
 
 
 
 
 
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Mapa Mental => 03-MM-ED-Procedimento Ordinário no Processo Penal 
Fonte: 
http://entendeudireito.blogspot.com.br/2011/09/procedimento-comum-x-procedimento.html 
 
 
 
 
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Mapa Mental => 03-MM-ED-Procedimento Sumário no Processo Penal 
Fonte: 
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Fonte: 
http://entendeudireito.blogspot.com.br/2011/09/procedimento-comum-x-procedimento.html 
 
 
 
 
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