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Resumo Np2 - Psicologia Sócio-Interacionista

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ESTÁGIO EMOCIONAL 
 Vai do nascimento até um ano de idade. 
 Contém dois momentos: IMPULSIVIDADE MOTORA E O EMOCIONAL. 
 A criança tem total dependência do meio externo. 
 Necessita do meio social para interpretar, dar significado e trazer respostas. 
 A criança inicia sua vida imersa no meio social que a rodeia. 
 Estado de indivisão entre aquilo que é exterior e o que surge do próprio sujeito. 
 Somente por meio complexos exercícios de relação e interação e respostas a suas necessidades que a 
criança irá se diferenciando de seu meu e constituindo seu eu. 
 O HOMEM É ESSENCIALMENTE SOCIAL >> não em virtude de contingências exteriores, mas em 
consequência de uma necessidade íntima. Ele o é geneticamente. 
 Dois papéis: o autor da ação – constituindo o meio; objeto da ação – sendo constituído pelo meio. 
 É uma fase de preponderância afetiva, centrípeta, de acúmulo de energia. 
1° momento da impulsividade motora 
 Do nascimento até 3 meses. 
 Organismo puro e sua atividade se manifesta apenas por REFLEXOS E MOVIMENTOS IMPULSIVOS. 
 As atividades são apenas primárias fisiológicas. (alimentação, sono) 
 Impulsividade motora pura buscando cessar o desconforto da falta de uma necessidade ainda não atendida. 
 
 No início, a atividade da criança está voltada para as sensações internas, viscerais e musculares e depois 
afetiva. 
 Sensibilidade proprioceptiva – movimento e equilíbrio do corpo no espaço. 
 Sensibilidade exteroceptiva – relacionada ao conhecimento do mundo exterior. 
 Sensibilidade interoceptiva – sinais dos órgãos internos fazendo chegar ao cérebro as excitações que 
vem das paredes das vísceras (fome, respiração). 
Simbiose fisiológica e afetiva 
 O bebê encontra-se imerso em uma situação de dependência do meio externo. Depende do adulto para 
sobrevivência = SIMBIOSE FISIOLÓGICA 
 O período inicial do psiquismo em que a reciprocidade se dá por impulsos contagiantes, pela força da 
emoção = SIMBIOSE AFETIVA. 
 As impressões sensoriais do bebê, acompanhadas pela satisfação ou frustração de suas necessidades 
constituem uma série de associações. A criança associa determinadas respostas ao atendimento de certas 
necessidades. 
O MEIO HUMANO SERÁ O MEDIADOR ENTRE O FATOR FISIOLÓGICO E O FATOR SOCIAL, INICIANDO A 
CONSTIUIÇÃO DO FATOR PSÍQUICO. 
MOVIMENTO 
 Uma das principais formas de comunicação da vida psíquica com o ambiente externo. 
 tradução do mundo interno da criança, ela se faz entender por gestos que representam suas necessidades 
e seu humor. 
TIPOS DE MOVIMENTO 
 Movimento de equilíbrio: reações de compensação e de reajustamento do corpo sob a ação da gravidade, 
passando da posição deitada para sentada, depois de joelhos até ficar em pé. 
 Movimentos de preensão e de locomoção: deslocamentos do corpo e dos objetos no espaço que trarão a 
criança domínio do espaço dela. 
 Reações posturais: deslocamento dos segmentos corporais que permitirão atitudes expressivas e mímicas. 
 Aspecto clônico: ligado aos músculos de alongamento e encolhimento; 
 Aspecto tônico: atitudes e posturas, dá ao músculo grau de consistência. 
2° Momento Fase Emocional 
 Transformação das descargas motoras em meio de expressão e comunicação caracterizam o estágio 
emocional. 
 A intensidade das trocas criam um verdadeiro campo emocional, no qual gestos, atitudes, vocalizações e 
mímicas adquirem significado cada vez mais diversificado. 
 As nuances emocionais são bem diversificadas. 
 É a linguagem primitiva constituída de emotividade pura, primeira forma de sociabilidade. 
 A troca é essencialmente afetiva e inicialmente sem relação intelectual com o objetivo primordial de fazer 
com que o ambiente supra suas necessidades. 
 AFETIVO > CAPACIDADE DE AFETAR O OUTRO. Contagiando-o para o atendimento a uma solicitação. 
 
EMOÇÃO E TÔNUS 
 Relação entre emoção e tônus 
 O tônus é a fonte da emoção, pois a emoção tem como condição fundamental para sua manifestação as 
variações de tônus. 
 A emoção é regulada por ele e ao mesmo tempo o regula. 
 Toda alteração emocional corresponde a uma alteração tônica. 
ATIVIDADES CIRCULARES 
 Na segunda metade do 1° ano, a criança realiza muitas atividades repetitivas que promoverão aprendizados 
importantes e que anunciam o estágio posterior. 
 As atividades circulares são movimentos inicialmente causais, mas que serão repetidos levando a criança a 
investigar a conexão entre seus movimentos e os resultados. 
 A constituição da linguagem é o ajustamento entre os campos auditivo e vocal. 
 Ela inicialmente produz sons causais e por meio das atividades circulares passa a repeti-los, afiná-los e 
modificá-los, até selecionar aqueles que fazem parte de sua língua materna. 
A atividade circular é um importante instrumento de aprendizado em diferentes áreas. Inicia-se a construção de si. 
 Para Wallon, a evolução da criança é descontínua, cheia de conflitos entre um estágio e outro. 
 A evolução se dá por rompimento e não por continuidade e progressão. 
 Passagem do Emocional para o Sensório motor: de uma fase centrípeta para uma centrífuga e objetiva. 
 Passagem de uma atividade automática e afetiva para a atividade relacional e exploratória do mundo 
externo. 
 
ESTÁGIO SENSÓRIO-MOTOR E PROJETIVO 
 Investigação e exploração da realidade. 
 Aquisição da aptidão simbólica e o início da representação. 
 Mundo essencialmente intelectual. 
 Ao manipular um objeto com os movimentos do corpo recentemente descobertos, a criança tenta reproduzir 
os mesmos gestos que foram provocados pelas sensações. 
 Os objetos começam a ser oportunidades de movimento. 
 Essa atividade circular com uma coordenação mútua entre campo sensorial e motor, possibilita um 
ajustamento do gesto a seu efeito. 
 Novidade da marcha e da linguagem – dão maior independência a criança, permitindo uma maior 
exploração de seu ambiente. 
 Nomear, identificar e localizar objetos são conquistas importantes para que a criança os destaque no campo 
espacial. 
 Desenvolvimento da inteligência prática (inteligência das situações): ela já é capaz de perceber e fazer 
combinações em relações voltadas para ação imediata. 
 A linguagem contribui dando nome aos objetos, situando-os no espaço onde ela pode agrupá-los quanto à 
cor, tamanho, forma. 
 O andar e o falar fazem a criança ingressar ao mundo dos símbolos. 
ETAPA PROJETIVA 
 Forma de funcionamento mental da criança. 
 ATO MENTAL PROJETA-SE EM ATOS MOTORES. 
 Com seu pensamento ainda no início, ela precisará de gestos para exteriorizar, utiliza-se deles para 
expressar seus pensamentos. 
 O gesto precede a palavra. 
 A criança não é capaz de imaginar sem representar. 
 Na etapa projetiva, a criança relaciona-se diferente com o espaço > antes a presença dos 
objetos era necessária para saber de sua existência, agora ela consegue organizá-los no 
espaço deixando de ordená-los somente pelos acontecimentos concretos e presentes. 
MOVIMENTOS PROJETIVOS 
 IMITAÇÃO: indução do ato por um modelo exterior. A criança reproduz os modelos das pessoas que 
profundamente a atraem ou as situações que a agradaram. 
- Isso possibilitará que ela se liberte desse tipo de relação afetiva, tornando-se capaz de dominar 
seus movimentos e conseguir imitar o que vê ao redor. 
- Ela não reproduz suas observações de imediato, e sim após um período de incubação. 
- Importante para o desenvolvimento psicológico e anuncia o nascimento da representação. 
 SIMULACRO: também preludia a representação. Caracterizada pelo exercício ideomotor, ou seja, 
pensamento apoiado em gestos. O gesto faz com que o objeto se torne presente, ela simula a situação do 
objeto sem tê-lo de fato. Issopermite que ela aprenda a lidar com a ficção, invenção e criação. 
- Faz de conta. 
- Exercício de desdobramento da realidade. 
 
 A criança é capaz de dar significação ao símbolo e ao signo. 
 A linguagem é o instrumento que vai elaborar a expressividade da criança no mundo das imagens e dos 
símbolos. 
 Graças à função simbólica, a criança representa o real e estabelece signos para as representações. 
 Ela pode agora lidar com o meio de maneira concreta e pelos gestos simbólicos onde o objeto passa a ser 
visto por seu significado. 
 Nesse estágio progressivamente a criança individualiza a representação de si mesma, destacando-a do 
todo. 
 
 É preciso que diferencie o espaço objetivo – exteroceptivo – do subjetivo – interoceptivo e 
proprioceptivo. Ou seja, que diferencie o que pertence ao mundo exterior daquilo que pertence ao 
próprio corpo. 
 Isso se dá a partir da experiência da criança com o próprio corpo, com o dos outros e os objetos. 
 
 Período Animista: a criança atribui vida independente a alguma parte de seu corpo, tratando-o como se 
fosse uma pessoa. A partir da diversão que tem disso, ela compreende a independência e autonomia de 
cada órgão do corpo. 
 Reconhecer a imagem no espelho é uma conquista importante no âmbito cognitivo, pois revela a 
compreensão de q sua imagem pertence ao plano da representação, integrando sensação percepção e 
imagem de si mesmo. 
- Período instrumental: ela brinca com a imagem no espelho mas não a reconhece nela, porém 
entende que é algo exterior a ela. 
- A partir dos 2 anos ela consegue atribuir sua imagem no espelho. 
 
- O Eu psíquico ainda continua indiferenciado, sincrético. Sua personalidade permanece fechada em 
algumas circunstâncias, ligada ao ponto de vista de quem lhe fala. 
 
Wallon – Educação 
• Preconizou uma educação humanista, que deve considerar todas as disposições que constituem o homem 
completo, mesmo estando desigualmente repartidas entre os indivíduos, pois qualquer indivíduo potencialmente 
pode se desenvolver em qualquer direção, a depender de seu aparato biológico e das condições em que vive. 
• Para ele o acesso à cultura é função primordial da educação formal, pois ela é a expressão do florescimento das 
criações e das aptidões do homem genérico, universal, sejam manuais, corporais, estéticas, intelectuais ou morais. 
 O Projeto Langevin-Wallon propunha uma educação integral do pré-escolar até a universidade e tinha na 
sua gênese a preocupação com a formação dos valores éticos e morais, pois considerava a escola um 
espaço social adequado para tal. 
• O conhecimento do desenvolvimento do aluno, das necessidades específicas de cada etapa, deve pautar a 
prática pedagógica. 
• Concebe o professor como pessoa completa e de seu papel como mediador da cultura de seu tempo e, 
portanto, um cultivador das novas aptidões possibilitadas por ela. 
 A psicologia genética de Wallon traz um campo vasto de implicações educacionais. 
 Tendo um estreito contato tanto com a psicologia como com a educação, aponta para a relação 
bidirecional entre essas disciplinas, antecipando as novas perspectivas de psicologia da educação. 
 Rousseau propõe, no "Émile", que o indivíduo seja educado fora da sociedade. 
 A ideia de uma personalidade que se forma isolada da sociedade é inconcebível para a perspectiva 
walloniana, segundo a qual é na interação e no confronto com o outro que se forma o indivíduo. 
 Wallon considera que a educação deve atender simultaneamente à formação do indivíduo e à da 
sociedade. 
 O afeto influencia as relações e os processos de aprendizagem. 
 Valoriza a relação professor-aluno e a escola como elementos fundamentais no processo de 
desenvolvimento da pessoa completa. 
 
Afetividade em Wallon 
 Podemos definir a afetividade como o domínio funcional que apresenta diferentes manifestações que irão 
se complexificando ao longo do desenvolvimento e que emergem de uma base eminentemente orgânica até 
alcançarem relações dinâmicas com a cognição, como pode ser visto nos sentimentos. 
 
Cognição em Wallon 
 Assim como a afetividade, a cognição é um elemento fundamental na psicogênese da pessoa completa, 
sendo o seu desenvolvimento também relacionado às bases biológicas e suas constantes interações com o 
meio. De maneira que é importante visualizá-los em constante interação quando do surgimento da 
inteligência. Refletindo sobre as origens orgânicas da inteligência. 
 
 O desenvolvimento da pessoa como um ser completo não ocorre de forma linear e contínua, mas 
apresenta movimentos que implicam integração, conflitos e alternâncias na predominância dos 
conjuntos funcionais. 
 Nos estágios impulsivo-emocional, personalismo, puberdade e adolescência, nos quais predomina o 
movimento para si mesmo (força centrípeta) há uma maior prevalência do conjunto funcional afetivo, 
enquanto no sensório-motor e projetivo e categorial, nos quais o movimento se dá para fora, para o 
conhecimento do outro (força centrífuga), o predomínio é do conjunto funcional cognitivo. 
 
Wallon 
 
 Seu método de pesquisa denomina-se análise genética comparativa multidimensional. 
 Análise genética comparativa multidimensional = consiste em realizar diferentes comparações 
para compreender adequadamente o desenvolvimento humano. 
- compara a criança com patologias com a criança normal, a criança normal com o adulto normal adulto de hoje com 
civilizações primitivas; as crianças normais da mesma idade e idades diferentes; a criança com o animal. Ao fazer 
essas comparações Wallon analisa o desenvolvimento em suas várias determinações, orgânicas, neurofisiológicas, 
sociais e as relações entre esses fatores. 
 
 Referencial teórico utilizado baseia-se epistemologicamente na filosofia marxista e, mais 
especificamente no materialismo dialético. 
 A teoria walloniana tem seus pilares na perspectiva genética e na análise comparativa. 
 Para a compreensão do desenvolvimento infantil não bastam os dados fornecidos pela psicologia genética, 
é preciso recorrer a dados provenientes de outros campos de conhecimento. 
 
Os conhecimentos no campo da neurologia e da psicopatologia, adquiridos durante a experiência clínica, 
tiveram importante papel na constituição de sua teoria psicológica. 
 
 Para compreender o psiquismo humano, Wallon centra-se no estudo da criança. 
 Investiga a criança sob a ótica de uma perspectiva abrangente e global, investigando–a nos vários 
campos de sua atividade e nos vários momentos de sua evolução psíquica. 
 Estuda a criança CONTEXTUALIZADA. 
 
 Para ele o ritmo pelo qual se sucedem as etapas é descontínuo, marcado por rupturas, retrocessos e 
reviravoltas. 
 Cada etapa traz uma profunda mudança nas formas de atividade do estágio anterior. 
 A descrição que Wallon faz dos estágios é descontínua e assistemática. 
ESTÁGIOS 
 
 No estágio impulsivo-emocional, que abrange o primeiro ano de vida, o colorido peculiar é dado pela 
emoção, instrumento privilegiado de interação da criança com o meio. 
 
 No estágio sensório-motor e projetivo, que vai até o terceiro ano, o interesse da criança se volta para a 
exploração sensório-motora do mundo físico. Outro marco fundamental deste estágio é o desenvolvimento 
da função simbólica e da linguagem. 
- Função simbólica - a capacidade de usar representações mentais à que se atribuem significados. 
- Nesse estágio predominam as relações cognitivas com o meio (inteligência prática e simbólica). 
 
 No estágio do personalismo, que cobre a faixa dos três aos seis anos, a tarefa central é o processo de 
formação da personalidade. 
- A construção da consciência de si, que se dá por meio das interações sociais, re-orienta o interesse da 
criança para as pessoas, definindoo retomo da predominância das relações afetivas. 
 Por volta dos seis anos, inicia-se o estágio categorial, que, graças à consolidação da função simbólica e à 
diferenciação da personalidade realizadas no estágio anterior, traz importantes avanços no plano da 
inteligência. 
- Os progressos intelectuais dirigem o interesse da criança para as coisas, para o conhecimento e conquista 
do mundo exterior, imprimindo às suas relações com o meio. 
- Preponderância do aspecto cognitivo. 
 
 No estágio da adolescência, a crise pubertária rompe a "tranquilidade" afetiva que caracterizou o estágio 
categorial e impõe a necessidade de uma nova definição dos contornos da personalidade, desestruturados 
devido às modificações corporais resultantes da ação hormonal. 
- Este processo traz à tona questões pessoais, morais e existenciais, numa retomada da predominância da 
afetividade. 
 
Três leis que regulam o processo de desenvolvimento da criança em direção ao adulto: 
• A LEI DA ALTERNÂNCIA FUNCIONAL 
 Duas direções opostas alternam-se ao longo do desenvolvimento: CENTRÍPEDA (construção do eu) 
e CENTRÍFUGA (elaboração da realidade externa). 
 Essas duas alternam-se e constituem o ciclo da atividade funcional. 
 
• A DA PREPONDERÂNCIA FUNCIONAL 
 As três dimensões (AFETIVA, COGNITIVA E MOTORA) preponderam alternadamente ao longo do 
desenvolvimento do indivíduo. 
 A dimensão motora predomina nos primeiros meses de vida 
 As dimensões afetivas (na formação do eu) e cognitiva (no conhecimento do mundo exterior) alternam-se 
ao longo do desenvolvimento. 
 
• A DA INTEGRAÇÃO FUNCIONAL 
 As novas possibilidades integram-se às conquistas dos estágios anteriores. 
 
CAMPOS FUNCIONAIS (MOVIMENTO, INTELIGÊNCIA, EMOÇÃO E PESSOA) 
 Abarcam as dimensões motoras, afetivas e cognitivas que constituem a realidade psíquica do sujeito. 
 
 A integração dos três subconjuntos funcionais - motor, afetivo e cognitivo - constitui o último e quarto 
subconjunto funcional, denominado por Wallon PESSOA. 
 
MOVIMENTO 
 O movimento é o primeiro sinal de vida e encontra-se presente em todas as idades. 
 Apresenta duas dimensões... 
 Expressiva - está embasada nas emoções. 
 Instrumental - ação sobre os objetos, sobre o meio físico. 
 Wallon afirma que o MOVIMENTO é importante para aprender. 
 
EMOÇÃO 
 As emoções estão inseridas em um campo maior que é a afetividade. 
 São visíveis e identificáveis pelo outro. 
 Existe uma grande variabilidade e provocam apresentam modificação orgânica. 
 Emoção é o primeiro recurso que a criança possui para interagir com o meio social. 
 O importante é que pela emoção a criança faz a inserção social e essa inserção possibilita que ela tenha 
acesso à linguagem. 
 A linguagem é o recurso fundamental para a construção do pensamento, para construção da Pessoa, 
construção de Si. 
 
 
INTELIGÊNCIA 
 A inteligência nasce das emoções. 
 Constrói-se a partir da fusão emocional entre criança e pessoas adultas. E é nessa fusão que aparece a 
linguagem, a linguagem se constrói. 
 Nesse primeiro momento a linguagem tem mais uma tonalidade afetiva do que conteúdo semântico 
(significado). 
 Nessa relação afetiva a inteligência vai se constituindo de outro modo, organiza a ação de outro modo, 
baseada na representação (capacidade de representar a realidade sem estar em contato com ela). 
 Inteligência e emoção • Embora interdependentes haverá um conflito entre elas. 
 A inteligência se apoia no ato motor. E aos poucos ele vai se decolando do movimento, porém esse 
descolamento é gradual e não se completa nunca. 
 A inteligência infantil se caracteriza no início pelo sincretismo. Tem a característica de misturar as coisas. 
 Sincretismo - não separa objeto da qualidade. 
 
 
PESSOA 
 Unidade na qual se articulam movimento, emoção e inteligência. Uma unidade em si. 
 No início a criança vive uma fusão emocional e por isso não se percebe como uma unidade diferenciada do 
outro. 
 No início a socialização é máxima e vai se diminuindo no percurso do desenvolvimento 
 
A relação com o outro é fundamental e essa relação com o outro vai mostrar um duplo movimento. 
1º- Incorporação do outro para constituição de si. Imitação alarga a fronteira do Eu. 
2º - Expulsão do Outro - Que se concretiza nas condutas de oposição, quando a criança nega os outros (as ideias, 
convites , opiniões, recusa de ajudas, briga pela posse...) 
- A oposição sempre recorrente que aparece em algumas fases de forma concentrada (por volta dos 3/4 anos - 
personalismo e na adolescência). 
 
 
Estágios do desenvolvimento infantil 
 
1) Impulsivo-emocional 
• Ocorre no primeiro ano de vida: 0 – 1 anos 
• Principais Funções: A emoção pode construir uma simbiose emocional com o ambiente. 
• Orientação: Para o interior - voltado para a construção do indivíduo. 
 
2) Sensório-motor e projetivo 
• Inicia-se por volta de um ano e se estende até os três anos de idade. 
• Função dominante: atividade sensório-motora tem dois objetivos básicos: o primeiro é a manipulação de objetos 
e o segundo é a imitação; 
• Orientação: Para o exterior - relações orientadas para com os outros e objetos: externamente. 
 
3) Personalismo 
• Por volta dos três aos seis anos. 
• Principais Funções: Consciência e afirmação da personalidade na construção de si mesmo. 
• Orientação: para o interior: necessidade de afirmação. 
• Subperíodos: 
 (Entre 2 e 3 anos) a oposição, tenta reivindicar, a insistência sobre a propriedade dos objetos; 
 (Entre 3-4 anos) Idade da graça nas habilidades expressivas e motoras. Procura a aceitação e admiração 
dos outros. Período narcisista; 
 (Pouco tempo antes dos 5 anos) Representação de papéis. Imitação. 
 
4) Pensamento Categorial 
• Entre os 6 e 11 anos. 
• Função principal: Conquistar e conhecer o mundo exterior. 
• Orientação: para o exterior - interesse especial por alguns objetos. 
 
• Subperíodos: 
 (6-9) Pensamento sincrético: global e impreciso, mistura o objetivo com o subjetivo; 
 (De 9 a 11 anos) pensamento categorial. Comece a agrupar categorias de acordo com seu uso, 
características ou atributos. 
 
5) Puberdade e Adolescência 
• Idade: a partir dos 12 anos 
• Função dominante: Contradição entre o conhecido e entre o que se deseja conhecer; 
• Orientação: para o interior – dirigida para a afirmação do eu. 
 
PSICOLOGIA GENÉTICA 
 
 A psicologia genética estuda os processos psíquicos em sua origem, parte da análise dos processos 
primeiros e mais simples, pelos quais cronologicamente passa o sujeito. Para Wallon essa é a única forma 
de não dissolver em elementos separados e abstratos a totalidade da vida psíquica. 
 Sua concepção psicogenética dialética apresenta uma grande contribuição para a compreensão do humano 
como pessoa integral, ajudando na superação da clássica divisão mente/corpo presente na cultura 
ocidental. 
 Wallon propõe a psicogênese da pessoa completa, ou seja, o estudo integrado do desenvolvimento. 
 Considera que não é possível selecionar um único aspecto do ser humano e vê o desenvolvimento nos 
vários campos funcionais nos quais se distribui a atividade infantil (afetivo, motor e cognitivo). 
 O estudo do desenvolvimento humano deve considerar o sujeito como “geneticamente social” e 
estudar a criança contextualizada, nas relações com o meio. 
 
 
ANOTAÇÕES 
 PATOLOGIA = LENTE DE AUMENTO 
 A cultura e a linguagem que fornecem a pensamento instrumento para sua evolução. 
 RITMO = descontínuo, ruptura (conflito). 
 Conflitos de ordem endógena e exógena. 
 CONFLITOS = propulsores do desenvolvimento. 
 
Análise genética comparativa multidimensional = consiste em realizar diferentes comparações para 
compreender adequadamente o desenvolvimento humano. 
- compara a criança com patologiascom a criança normal, a criança normal com o adulto normal adulto de hoje com 
civilizações primitivas; as crianças normais da mesma idade e idades diferentes; a criança com o animal. Ao fazer 
essas comparações Wallon analisa o desenvolvimento em suas várias determinações, orgânicas, neurofisiológicas, 
sociais e as relações entre esses fatores.

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