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As seis maravilhas de Salvador - Bahia - Brasil - 2016

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AS 6 (SEIS) MARAVILHAS DE SALVADOR 
(BAHIA-BRASIL-2016): ROTEIROS TURÍSTICOS 
 
 
 
 
 
ALIGER DOS SANTOS PEREIRA 
 (Organizadora) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ALIGER DOS SANTOS PEREIRA (Org.) 
 
 
 
 
 
 
 
AS 6 (SEIS) MARAVILHAS DE SALVADOR 
(BAHIA-BRASIL-2016): ROTEIROS TURÍSTICOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Salvador 
2016 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 P397 
 
As 6 maravilhas de Salvador (Bahia-Brasil-2016) - Roteiros 
Turísticos. Aliger dos Santos Pereira (Organizadora). - 1. ed. - Salvador: 
Editora Independente, 2016. 
 
228 p. 
 
ISBN: 978-85-917085-2-9 
 
Coletânea de 6 (seis) Roteiros Turísticos da cidade de Salvador- 
Bahia no ano de 2016. 
 
1. Turismo. 2. Roteiro Turísticos. 3. Salvador. 4. 
Interdisciplinaridade. I. Pereira, Aliger Santos (Organizadora.). III. 
Universidade do Estado da Bahia. IV. Colegiado de Turismo e Hotelaria. 
 
CDU: 658 
 
 
REITOR 
José Bites de carvalho 
 
 
VICE REITORA 
Carla Liane Nascimento Santos 
 
 
DEPARTAMENTO DE CIÊCIAS HUMANAS - DCH-I - SALVADOR 
Flávio Dias Santos Correia 
 
 
COLEGIADO DE TURISMO E HOTELARIA 
Aliger dos Santos Pereira 
 
 
COMISSÃO ORGANIZADORA E CIENTÍFICA 
 
DOCENTES Link currículo lattes 
Aliger dos Santos Pereira http://lattes.cnpq.br/9514806025242255 
Décio Torres Cruz http://lattes.cnpq.br/4005740872697177 
Emília Maria Salvador Silva http://lattes.cnpq.br/8439638524215842 
Francisca de Paula Santos da Silva http://lattes.cnpq.br/7536235341113556 
Rosali Braga Fernandes http://lattes.cnpq.br/3393392811162373 
Rosana Santana dos Reis http://lattes.cnpq.br/8000859972464480 
Tadeu Bello dos Santos http://lattes.cnpq.br/6009244851099759 
 
 
EDITORAÇÃO / SECRETÁRIA 
Juliana Vieira Santos Pereira 
Rafaela Almeida Nascimento 
 
ILUSTRAÇÃO (CAPA E LIVRO) 
Telma Regina Dias de Souza 
 
Acesso na web: http://www.uneb.br 
Endereço: Rua Silveira Martins, 2555 - Cabula 
Salvador - Bahia - Brasil - CEP: 41.150-000 
 
APOIO 
Modelos e Estruturas Organizacionais a Nível Territorial para Ações Sustentáveis (METAS) 
 
 
 
 
 
 
PREFÁCIO 
 
Elaborar um projeto de seminário interdisciplinar para um curso de Turismo e Hotelaria 
apresenta um grau de complexidade singular em função da amplitude de conhecimentos que 
são trabalhados pelos professores e pela atividade multifacetada, interdependente, transversal 
que é o turismo enquanto fenômeno socioeconômico das sociedades modernas, tornando-se 
dessa maneira em desafios constantes quando temos que definir um tema que contemple 
conteúdos a serem abordados em cada disciplina do semestre. 
Desse modo, partindo dos objetivos do seminário interdisciplinar do VI semestre de 
2015.2, onde se busca integrar os conteúdos discutidos em cada disciplina atrelando-os à 
temática central, potencializar ações coletivas de trabalhos no intuito de desenvolver 
competências técnicas e humanas e agregar novos saberes é que, então, decidimos escolher 
espaços de Salvador detentores de forte atratividade e estrutura turísticas nas quais estão 
localizados e denominados de os “7 Pontos Mágicos” eleitos pela população através de um 
concurso realizado pela empresa de turismo de Salvador - SALTUR. 
A partir do empenho e dedicação que nossos alunos depositaram na proposta de 
construir este trabalho interdisciplinar é que terminaram por produzir um Guia Turístico, 
Cultural e Acadêmico para a cidade do Salvador e roteiros turísticos bem formatados, 
diferenciados e inovadores para o trade turístico em geral e com versão em português e inglês. 
Cabe, ainda, ressaltar que a motivação, as estruturas cognitivas dos estudantes, a 
natureza da tarefa a realizar e o contexto da comunicação amalgamaram a apropriação desses 
saberes aqui apresentados. Outrossim, sobressaem-se também a pessoa de cada professor, os 
meios e estratégias de que se serve para disponibilizar os saberes e a pessoa do estudante com 
aquilo que faz para se apropriar do que é proposto. 
Nesse ensejo, acreditamos que atingimos os objetivos do seminário interdisciplinar e, 
por tabela, acabamos incentivando aquilo que é mais caro à academia: a produção de 
conhecimento. 
Deixo aqui as minhas saudações e agradecimentos a todos os estudantes e professores 
que estiveram a frente desse desafio. A Universidade do Estado da Bahia - UNEB certamente 
colherá bons frutos desses roteiros turísticos e, quiçá, abrirá novas oportunidades ao nosso 
alunado e ao curso de Turismo e Hotelaria. Parabéns a todos! 
 
TADEU BELLO DOS SANTOS 
(Coordenador do trabalho interdisciplinar do VI semestre do curso de Turismo e 
Hotelaria - UNEB) Link currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/6009244851099759 
APRESENTAÇÃO 
 
“Não há saber mais ou saber menos: 
Há saberes diferentes“ 
(PAULO FREIRE). 
 
Os 6 (seis) roteiros Turísticos apresentados nesta obra é fruto da disciplina denominada 
“Atividade Interdisciplinar” do 6º semestre do Curso de Turismo e Hotelaria da Universidade 
do Estado da Bahia - UNEB, que representa o grau mais avançado de relação entre os conteúdos 
das disciplinas (Língua Inglesa Aplicada, Gestão de Agência de Viagens, Marketing de 
Serviços em Turismo e Hotelaria, Planejamento Urbano, Patrimônio Cultural e Pesquisa e 
Análise do Mercado Turístico) com o uso da interdisciplinaridade, pois considerou-se o real 
entrosamento entre elas. 
Neste caso, não ocorreu a simples justaposição ou a complementaridade entre os 
elementos disciplinares, mas uma nova combinação de elementos internos e o estabelecimento 
de canais de trocas entre os campos, em torno de uma tarefa a ser desempenhada conjuntamente 
entre docente, discentes e a sociedade. 
Espera-se que surjam novos conhecimentos e trabalhos no curso de Turismo e Hotelaria 
da Universidade do Estado da Bahia - UNEB que promova troca de conhecimento entre 
docentes, discentes e a sociedade. Esta troca de conhecimento tem importância, pois envolve 
todos os autores presentes no processo de aprendizagem de forma contínua e processual, pois 
garante maior comunicação entre o corpo docente e discente, promovendo possibilidades 
distintas de novos olhares a um mesmo fato. 
Além disso, gera uma interação entre distintos conteúdos proporcionando a 
compreensão de como essas áreas do conhecimento que podem se articular no desenvolvimento 
de produções acadêmicas como esta. 
A ideia dos roteiros turisticos surgiu a partir do debate participativo entre alunos e 
professores sobre os “7 Pontos Mágicos” eleitos pela Empresa Salvador de Turismo (SALTUR) 
em conjunto com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), 
Secretaria Estadual de Turismo, Empresa de turismo da Bahia S/A (BAHIATURSA), Conselho 
Baiano de Turismo e Câmara de Turismo da Baía de Todos os Santos, que são: Barra, Baia de 
Todos os Santos, Centro Histórico, Comércio e Avenida Contorno, Dique do Tororó, Itapuã 
com a Lagoa do Abaeté e a Península de Itapagipe. A partir daí os professores separaram as 
equipes; e iniciou-se os trabalhos. 
Os pontos trabalhados neste livro foram: a Barra, o Centro Histórico, o Comércio 
juntamente com a Avenida Contorno, o Dique do Tororó, o bairro de Itapuã com a Lagoa do 
Abaeté, e a Península de Itapagipe. O único ponto não contemplado foi a Baia de Todos os 
Santos (que compreende as Ilhas da Maré, Frades e Bom Jesus dos Passos). 
Partindo deste pressuposto, esse trabalho da disciplina de Seminário Interdisciplinar 
possui como objetivo a elaboração de Folder,juntamente com um Guia Turístico, Cultural e 
Acadêmico. 
A realizar este trabalho, sempre com a orientação do corpo docente e o apoio do 
Colegiado do Curso de Turismo e Hotelaria, o aluno tem a experiência prática, bem como 
adquire as competências necessárias para o exercício futuro de sua profissão de Turismologo. 
No que diz respeito à construção do folder o objetivo é o de apontar de forma objetiva 
(com base na coleta de dados in-loco no ano de 2016) os atrativos das localidades pesquisadas. 
Boa Leitura e bom passeio nos roteiros Turisticos de Salvador (Bahia)!!! 
 
ALIGER DOS SANTOS PEREIRA 
(Coordenadora do Colegiado de Turismo e Hotelaria - UNEB) 
Link currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/9514806025242255 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
PREFÁCIO 
APRESENTAÇÃO 
1 BARRA............................................................................................................................. 12 
1.1 APRESENTAÇÃO......................................................................................................... 13 
1.2 PRESSUPOSTOS TEÓRICOS NORTEADORES DAS DISCIPLINAS 
ENVOLVIDAS.................................................................................................................... 
16 
1.3 PATRIMÔNIO CULTURAL DO PONTO MAGICO – BARRA................................. 17 
1.4 MAPEAMENTO DA OFERTA E DA DEMANDA TURÍSTICA................................ 20 
1.4.1 Análise da oferta........................................................................................................ 20 
1.4.2 Análise da demanda................................................................................................... 23 
1.5 TABULAÇÃO DE DADOS........................................................................................... 25 
1.6 PLANO DE MARKETING DO ROTEIRO TURÍSTICO, NO QUAL SE INCLUI 
COMERCIALIZAÇÃO....................................................................................................... 
29 
1.7 CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................... 32 
REFERÊNCIAS.................................................................................................................. 33 
FOLDER.............................................................................................................................. 36 
2 CENTRO HISTÓRICO.................................................................................................. 39 
2.1 APRESENTAÇÃO......................................................................................................... 40 
2.2 CARACTERIZAÇÃO DO CENTRO HISTÓRICO DE SALVADOR (RECORTE 
PELOURINHO/SÉ)............................................................................................................. 
41 
2.2.1 Localização................................................................................................................. 42 
2.2.2 Origem do nome......................................................................................................... 43 
2.2.3 Histórico..................................................................................................................... 43 
2.3 MAPEAMENTO DA OFERTA E DA DEMANDA TURÍSTICA............................... 47 
2.3.1 Oferta.......................................................................................................................... 47 
2.3.2 Demanda..................................................................................................................... 54 
2.3.3 Levantamento dos atrativos Histórico-Culturais.................................................... 59 
2.4 PLANO DE MARKETING............................................................................................ 71 
2.4.1 Análise Situacional..................................................................................................... 72 
2.4.2 Concorrência.............................................................................................................. 71 
2.4.3 Análise Potencialidade, Fragilidade, Oportunidade e Ameaça (PFOA)............... 73 
2.4.4 Objetivos e Metas...................................................................................................... 74 
2.4.5 Estratégias.................................................................................................................. 74 
2.4.6 Composto de Marketing............................................................................................ 75 
REFERÊNCIAS................................................................................................................. 76 
FOLDER.............................................................................................................................. 78 
3 COMÉRCIO E AVENIDA CONTORNO..................................................................... 81 
3.1 APRESENTAÇÃO........................................................................................................ 82 
3.2 CONTEXTUALIZAÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO: CARACTERIZAÇÃO DO 
PONTO MÁGICO................................................................................................................ 
84 
3.3 PRESSUPOSTOS TEÓRICOS NORTEADORES DAS DISCIPLINAS 
ENVOLVIDAS.................................................................................................................... 
86 
3.4 MAPEAMENTO DA OFERTA E DA DEMANDA TURÍSTICA............................... 89 
3.4.1 Demanda Turística do Bairro do Comércio e Avenida Contorno......................... 89 
3.4.2 Relação do Patrimônio Cultural Do Bairro do Comércio e Avenida Contorno 91 
3.5 SERVIÇOS TURÍSTICOS DO BAIRRO DO COMÉRCIO E AVENIDA 
CONTORNO........................................................................................................................ 
119 
3.5.1 Hospedagem............................................................................................................... 119 
3.5.2 Lojas Turísticas.......................................................................................................... 120 
3.5.3 Restaurantes e bares.................................................................................................. 120 
3.6 INFRAESTRUTURA DO BAIRRO DO COMÉRCIO E AVENIDA CONTORNO... 122 
3.6.1 Iluminação Pública.................................................................................................... 122 
3.6.2 Segurança Pública..................................................................................................... 123 
3.6.3 Acessibilidade............................................................................................................ 124 
3.6.4 Saneamento básico..................................................................................................... 124 
3.6.5 Sistemas de Transporte............................................................................................. 126 
3.7 ANÁLISE DO MAPEAMENTO DA OFERTA E DA DEMANDA TURÍSTICA....... 127 
3.8 ELABORAÇÃO DE UM ROTEIRO TURÍSTICO PARA O PONTO MÁGICO DO 
COMÉRCIO E DA AVENIDA CONTORNO..................................................................... 
128 
3.9 PLANO DE MARKETING DO PONTO MÁGICO DO COMÉRCIO E DA 
AVENIDA CONTORNO - STRENGTHS (FORÇAS), WEAKNESSES (FRAQUEZAS), 
OPPORTUNITIES (OPORTUNIDADES) E THREATS (AMEAÇAS) - SWOT............... 
130 
3.9.1 Estratégias de Marketing.......................................................................................... 131 
3.9.2 Mercado alvo.............................................................................................................. 131 
3.9.3 Composto de marketing para cada mercado-alvo...................................................131 
3.10 IMPLEMENTAÇÃO DE MARKETING..................................................................... 132 
REFERÊNCIAS.................................................................................................................. 132 
APENDICE A - AGÊNCIAS QUE PRESTAM O SERVIÇO DE RECEPTIVO 
LOCAL REGISTRADAS NO CADASTUR..................................................................... 
136 
APÊNDICE B - QUESTIONÁRIO DE DEMANDA TURÍSTICA PARA O 
TURISTA NO PONTO MÁGICO..................................................................................... 
137 
APÊNDICE C - INVENTÁRIO DA OFERTA TURÍSTICA......................................... 139 
APÊNDICE D - QUESTIONÁRIO DE DEMANDA TURÍSTICA PARA LOCAIS 
FREQUENTADOS PELOS TURISTAS NO PONTO MÁGICO.................................. 
141 
APÊNDICE E.1 - REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DOS RESULTADOS.................... 142 
APÊNDICE E.2 - REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DOS RESULTADOS.................... 143 
APÊNDICE E.3 - REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DOS RESULTADOS.................... 144 
FOLDER.............................................................................................................................. 145 
4 DIQUE DO TORORÓ..................................................................................................... 148 
4.1 APRESENTAÇÃO......................................................................................................... 149 
4.2 HISTÓRIA...................................................................................................................... 150 
REFERÊNCIAS.................................................................................................................. 160 
FOLDER.............................................................................................................................. 161 
5 ITAPUÃ E ABAETÉ....................................................................................................... 164 
5.1 APRESENTAÇÃO......................................................................................................... 165 
5.2 PLANO DE MARKETING TURISTICO EM ITAPUÃ................................................ 166 
5.3 PATRIMÔNIO............................................................................................................... 173 
5.4 OUTROS ASPECTOS DA OFERTA TURÍSTICA....................................................... 179 
5.5 DEMANDA TURÍSTICA.............................................................................................. 180 
5.6 COMPOSTO DE MARKETING.................................................................................... 183 
5.6.1 Produto....................................................................................................................... 183 
5.6.2 Preço............................................................................................................................ 184 
5.6.3 Praça........................................................................................................................... 184 
5.6.4 Promoção.................................................................................................................... 184 
5.7 PÚBLICO-ALVO........................................................................................................... 185 
5.8 CONCORRÊNCIA......................................................................................................... 185 
5.9 PROPOSTAS DE INTERVENÇÃO.............................................................................. 185 
5.10 ROTEIRO TURÍSTICO............................................................................................... 186 
5.11 CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................ 188 
REFERÊNCIAS.................................................................................................................. 189 
FOLDER.............................................................................................................................. 191 
6 PENÍNSULA DE ITAPAGIPE....................................................................................... 196 
6.1 APRESENTAÇÃO......................................................................................................... 197 
6.2 OS BAIRROS................................................................................................................. 199 
6.3 MERCADO TURÍSTICO DA PENINSULA DE ITAPAGIPE..................................... 202 
6.4 ANÁLISE DOS QUESTIONÁRIOS APLICADOS COM A OFERTA DURANTE 
VISITA À PENÍNSULA ITAPAGIPE................................................................................. 
210 
6.5 DEMANDA TURÍSTICA.............................................................................................. 211 
6.5.1 Análise dos questionários aplicados com os turistas durante visita à Península 
Itapagipe.............................................................................................................................. 
210 
6.6 AÇÕES ESTRATÉGICAS DE MARKETING (COM O COMPOSTO DE 
MARKETING DOS 4 P'S)................................................................................................... 
216 
6.6.1 Produto....................................................................................................................... 216 
6.6.2 Praça........................................................................................................................... 217 
6.6.3 Preço............................................................................................................................ 217 
6.6.4 Promoção.................................................................................................................... 217 
6.7 ROTEIRO TURÍSTICO.............................................................................................. 218 
REFERÊNCIAS.................................................................................................................. 220 
APÊNDICE A - QUESTIONÁRIO PARA O TURISTA: UNEB - DCH I - TUH........ 222 
APÊNDICE B - QUESTIONÁRIO PARA O EMPRESÁRIO/ COMERCIANTE: 
UNEB - DCH I - TUH......................................................................................................... 
224 
FOLDER.............................................................................................................................. 226 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 BARRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
Cássia Nunes 
Crislaine Silva 
Geisa Barbosa 
Hebert Francisco 
Izi Raiane Rebouças 
Micaela Santana 
 
1.1 APRESENTAÇÃO 
 
A contextualização histórica do bairro precede a construção da cidade de Salvador, pois, 
quando a América portuguesa foi dividida em capitanias hereditárias Francisco Pereira 
Coutinho, um nobre português, tornou- se o donatário da capitania da Baía de Todos os Santos, 
desembarcando em 1536, no porto da Barra. A etimologia da palavra “barra” tem por definição 
a entrada estreita de um porto ou a linha de arrebentações, permanentes ou muito frequentes de 
ondas junto a costa (DOREA, 2006). 
Retomando ao contexto histórico o Porto da Barra foi o local escolhido para a construção 
do Marco da Fundação (patrimônio material formado por uma coluna com o símbolo da Coroa 
Portuguesa e a Cruz de Cristo e um painel de azulejos que retrata a chegada de Thomé de Souza, 
primeiro governador geral do Brasil) simbolizando o início da colonização portuguesa no país, 
atual região onde está o Forte de São Diogo, em 29 de março de 1549, data da fundação da 
cidade de Salvador (MATTA, 2013). 
Estabelecidos nestaenseada, deram início a construção de casas para cem moradores, 
levantarem uma igreja, onde os jesuítas dariam a sua primeira missa e armaram uma camboa 
de pesca em frente à povoação, construindo assim a Vila Velha ou Vila do Pereira. Desta forma, 
foram dados os primeiros passos para a ocupação da capitania da Baía, habitada pelos índios 
das tribos tupis e tapuias, e para a construção do que mais tarde seria o bairro da Barra. 
Para proteger a povoação que ora se formava, foi edificado o Forte de Santo Antônio da 
Barra, que teve um papel importante na luta contra invasões holandesas em 1624, na 
Independência da Bahia, em 1823, e no movimento da Sabinada, em 1837. 
O Forte de Santo Antônio da Barra, que abriga atualmente o Museu Náutico da Bahia, 
foi instalado para realizar um atarefa que vem sendo cumprida até os ias atuais: orientar os 
navios que entravam na Baía de Todos os Santos. Além desse monumento histórico, existem 
ainda outras fortalezas construídas no século XVII: o Forte de Santa Maria e o forte de São 
Diogo, entre outros monumentos relevantes como a Igreja de Santo Antônio da Barra e a Estátua 
do Cristo. No local onde está localizado o farol principal, existia a Fonte de Yemanjá ou fonte 
14 
 
de Mãe d’ Água; região onde a primeira festa em homenagem a divindade das religiões de 
matriz africana, no dorso do Farol da Barra, aproximadamente no século XVIII. 
A barra foi durante muito tempo morada de pescadores e área de veraneio, na época em 
que as famílias mais ricas residiam no centro, e transformou- se com o passar do 
desenvolvimento urbano de Salvador, um bairro residencial. 
Ao longo dos anos 70, era ponto obrigatório para a juventude que dirigia à Orla Atlântica 
de Salvador em busca de diversão (assumindo um título vanguardista). Nas últimas décadas 
mansões deram lugar a edifícios de classe média e estabelecimentos comercias. 
Neste bairro, mais especificamente na Avenida Centenário, passa o rio Seixos, 
encapsulado por uma obra de infraestrutura urbana, realizada em 2008. Alguns historiadores 
afirmam que os seus brejos protegeram tanto a aldeia onde vivia Diogo Alvares Correia, mais 
conhecida como Caramuru, assim como as primeiras casas edificadas. 
No que diz respeito à delimitação geográfica do bairro (Figura 1); o bairro da Barra está 
na ponta da península, em uma reentrância costeira banhada pela Oceano Atlântico que 
contempla também parte da Baía de Todos os Santos; considerado por Cirano e Lessa (2007) a 
segunda maior baía do mundo. 
 
Figura 1 - Delimitação do Bairro da Barra - Salvador - 2016 
 Fonte: Google Maps, 2016. 
 
Seus acessos principais se dão conforme Figura 1 pela Avenida Centenária a oeste; a 
Avenida Oceânica ao sul e as avenidas Sete de Setembro (no trecho chamado de Ladeira da 
15 
 
Barra, que se prolonga pelo Corredor da Vitória até a Praça Castro Alves); e Princesa Isabel, ao 
norte. O bairro da Barra se limita com os distritos: da Vitória, da Graça e da Barra Avenida (ao 
norte); de Ondina e do Chame-Chame (ao leste); do Oceano Atlântico (ao sul); e da Baía de 
Todos os Santos (a leste). 
Até ao século XIX, a Barra era considerada um subúrbio da cidade, tornou-se depois 
um balneário marítimo na primeira metade do século XX, e após a transformação do Caminho 
do Conselho na Avenida Sete, iniciou- se o processo de consolidação como um 
bairro importante. Em 1942, foi construído o Edifício Oceânico (marco mais conhecido 
da arquitetura moderna na região), e a instalações de empreendimentos. 
Segundo o IBGE (2010) a Barra possui uma população de 20. 387 habitantes, o que 
corresponde a 0, 83% da população de Salvador. Concentra 1, 04% dos domicílios da cidade e 
possui 25, 28% dos chefes de família da cidade de Salvador com a faixa estaria de renda mensal 
de mais de 20 salários mínimos. No que se refere a escolaridade, constata- se que 46, 83% dos 
seus chefes de família tem 15 ou mais anos de estudo. 
Atualmente a Barra é considerada um bairro nobre de Salvador, residido tipicamente 
por pessoas de poder aquisitivo médio-alto. A Barra tem uma boa distribuição de: lojas; praças; 
restaurantes; bares; boates; edifícios residenciais e comerciais; eventos; monumentos históricos 
- que preservam sua história e as praias que atraem visitantes; e torna o bairro uma referência 
de Salvador. 
Outro referencial do bairro é o carnaval, onde ocorre o Circuito Barra-Ondina, parte do 
Circuito oficial do Carnaval de Salvador. Além disso, neste bairro ocorria as chamadas Festas 
da Praia; festa dos jogadores de peteca (geralmente no dia 15 de dezembro); e a festa de fim de 
ano (no dia 31/01), que mobilizavam não só os moradores da Barra, mas de toda cidade. 
É importante salientar o incremento da atividade turística na região o projeto de 
requalificação da Orla Marítima do Município de Salvador - Estruturação Urbanística 
(2013/2015). Este projeto teve início na gestão do prefeito Antônio Carlos Peixoto Magalhães 
Neto (coordenado pela Secretaria Municipal do Urbanismo e Transporte - SEMUT e a 
Fundação Mário Leal Ferreira - FMLF); possuindo 4 (quatro) principais premissas básicas: 1) 
nenhuma edificação na areia da praia; 2) renovação urbana a partir da reestruturação funciona, 
ambiental e paisagística; 3) reconfiguração da infraestrutura e dos serviços de apoio a toda sua 
extensão; e 4) localização das edificações de apoio em áreas dotadas de abastecimento de água 
e esgotamento sanitário em rede. 
As intervenções deste projeto dividiu a Orla de Salvador em 13 (treze) trechos, onde a 
Barra ficou no trecho 05. Este trecho incorpora 8 (oito) itens: 1) implantação de piso 
16 
 
compartilhado em concreto articulado e intertravado em mosaicos de cores variadas, usando 
toda a largura da rua e em toda a extensão do trecho, com dutos subterrâneos de serviços; 2) 
definição de faixas no espaço compartilhado para bicicletas, para caminhadas e para pessoas 
com dificuldades de locomoção (piso tátil); 3) implantação de bancos ao longo do espaço; 
implantação de promenades, com rampas e escadas em madeira para acesso é praia; 4) 
implantação de 02 (dois) quiosques de informações turísticas; 5) implantação de 06 (seis) 
quiosques – padrão para água de coco e acarajé; 6) implantação de 01 (um) posto salva- vidas; 
implantação de áreas e equipamentos de ginástica; 7) implantação de 02 (dois) sanitários 
públicos, ciência e monumental; 8) reestruturação paisagística, implantação de elementos de 
sinalização visual e turística. 
Apesar do projeto ainda está em processo de implantação no ano de 2016, já são 
consideráveis as mudanças na estrutura urbanística da região que contribuíram positivamente 
para o desenvolvimento da atividade de forma referencial dentro do mercado turístico, já que 
apresenta os segmentos de sol, praia e cultural em Salvador. 
 
1.2 PRESSUPOSTOS TEÓRICOS NORTEADORES DAS DISCIPLINAS ENVOLVIDAS 
 
O tema investigado na disciplina de Planejamento urbano foram os Espaços Abertos 
Urbanizados (EAU), que de acordo com Macedo (1995) corresponde a uma área pública 
urbanizada destinada ao convívio social, ao lazer, a prática de esportes e a recreação ativa ou 
contemplativa da população, dotadas ou não de atributos naturais. 
De acordo com Sakara (2002) os EAU é uma intervenção presente nas cidades europeias 
desde a segunda metade do século XIX, como consequência direta da revolução industrial sendo 
considerados componentes fundamentais da paisagem urbana, no cenário da ordenação 
urbanística, já que oferece colorido e plasticidade ao meio ambiente urbano. 
Segundo Niemayer (2002) os Espaços Abertos Urbanizados possuem também uma 
função social, pois é um elemento de equilíbrio psicológico, de reconstituição de tranquilidade,de recomposição do temperamento para os indivíduos. No entanto, conforme Cunha (2002) o 
conceito de parque urbanos se assemelha com os EAU, porém o que diferencia é só o tamanho 
da área urbanizada. No Brasil, a introdução dos EAU surgiu primeiramente no Rio de Janeiro, 
em 1808, com a construção pelo então criação do Jardim Botânico pela família real, segundo 
os moldes dos jardins ingleses. 
Contudo em Salvador, suas construções se iniciam por volta do século XX, sendo 
definidos como EAU, de acordo com o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) de 
17 
 
Salvador: o Parque Dique do Tororó, Parque Solar Boa Vista, Parque Jardim dos Namorados, 
Parque Costa Azul e o Parque Atlântico embora esteja fechado para reforma. Sendo assim o 
tema abordado nesta disciplina não está inserido no foco primordial desta pesquisa, ou seja, não 
está presente na delimitação do ponto mágico (Barra). 
 
1.3 PATRIMÔNIO CULTURAL DO PONTO MAGICO - BARRA 
 
Com mais de 500 anos de história, a Cidade do Salvador abriga um dos mais importantes 
conjuntos de patrimônios históricos do mundo, com isto vê-se que alguns deste estão 
concentrados no ponto mágico Barra (Quadro 1). 
 
Quadro 1 - Principais pontos mágicos Barra - Salvador - 2016 
Continua 
FAROL DA BARRA/FORTE SANTO 
ANTÔNIO/MUSEU NÁUTICO DA BAHIA 
Localizado entre a divisão da baia de todos os 
santos e oceano atlântico, o Forte santo Antônio, 
mas conhecido como farol da barra, é um 
patrimônio cultural que representa o bairro da barra, 
destacando-se no turismo como uns dos pontos 
turísticos, mas visitado e conhecido da Bahia. O 
mesmo surgi-o no século de XVI com finalidades 
de defesa contra as invasões que ocorriam na cidade 
e com o decorrer do tempo tornou-se um dos fortes 
mais conhecidos na Bahia, por abrigar um farol e 
um museu náutico que se encontra em boas 
condições de estrutura. Este Patrimônio encontrasse 
tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e 
Artístico Nacional (IPHAN) desde maio de 1938. 
 
 
 
 
 
 
18 
 
Quadro 1 - Principais pontos mágicos Barra - Salvador - 2016 
Continua 
FORTE SANTA MARIA 
Construído na antiga Vila Velha em pequena 
saliência sobre arrecifes, a forte santa Maria tem 
a sua construção datada do século XVII, sendo 
reconstruído, em alvenaria de pedra e cal, em 
1696 mantendo-se com a mesma estrutura. O 
mesmo passou por uma reformar recentemente e 
atualmente abriga a exposições do artista plástico 
Pierre Verger. Este patrimônio foi tombado pelo 
IPHAN, em maio de 1938, e é administrado pela 
Marinha. 
 
IGREJA SANTO ANTÔNIO DA BARRA 
Situada no alto de uma colina, de onde se domina 
a barra e extensa área da Baía de Todos os Santos 
a igreja de Santo Antônio da barra é uma das 
igrejas que conseguir manter sua estrutura 
original desde a sua origem que, em 1595 a 1600. 
A mesma foi tombada pelo IPHAN em junho de 
1938. Abençoada pela bela vistas da baia de todos 
os santos é um local recomendado para recuperar 
suas energias e fortalecer fé. Encontra-se em boas 
condições de estrutura. 
 
EDIFÍCIO OCEÂNICA 
Localizado em frente ao Farol da Barra, o Edifício 
Oceânica foi construído na década de 1930, durante 
a 2ª Guerra Mundial - a obra foi iniciada em 1932 até 
1942, com materiais trazidos da Europa e com 
influências arquitetônicas art déco, cubista e 
modernista. Atualmente, o edifício é morada de 
personalidade, como os atores Wagner Moura e 
Lázaro Ramos, e a ex-corregedora nacional de 
justiça Eliana Calmon. O mesmo é tombado como 
Patrimônio Cultural da Bahia desde 2008 e 
encontra-se em boa estrutura. 
 
19 
 
Quadro 1 - Principais pontos mágicos Barra - Salvador - 2016 
Continua 
MORRO DO CRISTO 
O Monumento a Jesus - o Salvador (como 
inscrito em sua placa original), foi inaugurado 
em 24 de dezembro de 1920, cera de onze anos 
antes do Cristo do Rio de Janeiro. Foi instalado 
inicialmente em um morro próximo, onde 
funciona hoje a Prefeitura da Aeronáutica, porém 
1967 foi transferido para o atual lugar, o 
mesmo foi esculpido em mármore de 
Carrara pelo artista italiano Pasquale de Chirico 
possuindo sete metros de altura, com pedestal. O 
local encontra- se em boas condições de 
estrutural. O mesmo não é um patrimônio 
tombado, mas possui o valor muito grande para 
sua cidade. 
 
PRAIA DA BARRA 
É uma das melhores praias do mundo. Em 2007, 
foi escolhida pelo jornal britânico The 
Guardiancomo uma das dez melhores praias do 
mundo. Em 2013, foi a vez do CNN considerá-la 
uma das 50 melhores praias do mundo. Tem 
águas mornas e calmas, da praia pode-se 
contemplar o pôr do sol. Excelente local para a 
prática de mergulho. A poucos metros da praia, é 
possível chegar a uma profundidade de 12 
metros. De um lado, o Forte São Diogo, do outro 
o Forte de Santa Maria. 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
Quadro 1 - Principais pontos mágicos Barra - Salvador - 2016 
Conclusão 
MARCO DE FUNDAÇÃO DA CIDADE DO 
SALVADOR 
Instalado no Porto da Barra, o Marco de Fundação 
da Cidade do Salvador foi inaugurado em 29 de 
março de 1952. O Marco é uma estrutura vertical, 
esculpida em pedra de lioz portuguesa, com o 
símbolo da Coroa Portuguesa e a Cruz de Cristo. 
Integra o monumento, um painel de azulejos que 
retrata a chegada de Thomé de Souza, já em um 
processo de decisões para construir a Cidade. O 
mesmo encontra- se um pouco abandonado, com 
odor muito forte, lixos e entre outros. 
 
Fonte: Rebouças, 2016. 
 
1.4 MAPEAMENTO DA OFERTA E DA DEMANDA TURÍSTICA 
 
Nesta parte, ttraduziu-se em números, opiniões e informações dos turistas e visitante 
sobre os serviços e equipamentos consumidos na localidade, classificando e analisando destes 
dados, para identificarmos as aspectos turísticas relevantes da região. Considerou-se nesta 
análise, a relação dinâmica entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito, realizando 
primeiramente o mapeamento dos atrativos equipamentos e serviços. 
 
1.4.1 Análise da oferta 
 
Para a análise da oferta organizou-se no Quadro 2 os atrativos turísticos, os 
equipamentos e os serviços que podem ser consumidos na região da Barra até o Morro do Cristo 
e o Quadro 3 os principais meios de hospedagem na Barra. 
 
 
 
 
 
 
21 
 
Quadro 2 - Os Atrativos Turísticos, os equipamentos e os serviços que podem ser consumidos 
na região da Barra até o Morro do Cristo - Salvador - 2016 
Patrimônio Material Da Barra 
Farol da Barra/ Forte Santo Antônio 
(Museu Náutico da Bahia) 
Forte de São Diogo 
 
Forte de Santa Maria Igreja de Santo Antônio da Barra 
Edifício Oceânica Marco de Fundação da Cidade de Salvador 
Morro do cristo 
Praias da Barra 
Praia do Porto da Barra Praia do Farol da Barra 
Praia do Cristo 
Equipamentos e Serviços 
Bares e Restaurantes 
Viva Gula Barra 
Rua Aracaju, 49 
Barra Avenida - Jardim Brasil 
Barravento 
Av. Oceânica, 814 - Barra 
 
Bh - 197 o clube da cerveja 
Rua Belo Horizonte, 197 
Jardim Brasil - Barra 
Caranguejo de Sergipe 
Av. Oceânica, s/nº - Barra 
Ócio do ofício/ Tô a toa bar e restaurante 
Rua Recife, nº 64 - Barra 
Pereira 
Av. Sete de setembro, 3959 - Barra 
Quattro Amici Pizzeria 
Rua Dom Marcos Teixeira, nº 35 
Barra 
Sato 
Av. Sete de setembro, 1540, lj 02 
Porto da Barra 
Yatch Clube da Bahia 
Av. Sete de setembro, 3252 
Ladeira da Barra 
Bohemia 
Rua Belo Horizonte, 177 
Jardim Brasil - Barra 
Acqua Café 
Av. Sete de setembro, 3244 - Barra 
Bento Boteco 
Rua César Zama, 316 - Barra 
Tarantino Art Bar 
Ruaaugusto Frederico Schmith, 302 - Barra 
Light House 
R. Afonso Célso, 224 – Barra 
Terraço do Farol 
Av. Oceânica, 115 
Caranguejo do Farol 
Av. Oceânica, 235 
Barra Beer 
R. Marquês de caravelas, 237 
Oliva Gourmet 
Av. Centenário, 2992 
 Fonte: Elaboração própria, 2016. 
22 
 
Quadro 3 - Os principais meios de hospedagem na Barra 
Continua 
Meios de Hospedagem na Barra 
M.H Endereço UH Leitos 
Albergue do Porto Rua Barão de Sergy, 197 - Barra 16 81 
Albergue Porto Salvador Rua Barão de Itapuã, 60 - Barra 39 98 
Ambar Pousada Rua Afonso Celso, 485 - Barra 21 65 
Andarilho Hostel Rua Aracajú, 40 - Barra 8 40 
Bahia Flat Avenida Oceanica, 239 - Barra 105 210 
Barra Apart Service Rua Marques de Caravelas, 237 - Barra 36 72 
Barra Mar Hotel Avenida Marques de Caravelas, 465 - Barra 26 58 
Barra Summer Flat Avenida Princesa Isabel, 526 - Barra 111 218 
Barra Turismo Hotel Avenida 7 de Setembro, 3691 - Barra 60 150 
Casa Petrunia Rua Eng. Milton Deoliveira, 217 Barra 6 13 
Che Lagarto Hostels Salvador Avenida Oceanica, 84 - Barra 12 49 
Farol Barra Flat Hotel Avenida Oceânica, 409 - Barra 80 160 
Grande Hotel da Barra Avenida 7 de Setembro, 3564 - Barra 121 260 
Hostel Barra Rua Artur Neiva, 04 - Barra 11 54 
Hostel Jardim Brasil Rua Recife, 04 - Barra 9 58 
Hotel Barra Mar Avenida 7 de Setembro, 3793 - Barra 39 86 
Hotel Monte Rei Rua Eduardo D. Gonçalves, 60 - Barra 34 73 
Hotel O Príncipe Rua Almirante Marques de Leão, 172 - Barra 23 56 
Hotel Porto da Barra Avenida 7 de Setembro, 3783 - Barra 40 97 
Hotel Praia Porto da Barra Avenida 7 de Setembro, 3739 - Barra 21 48 
Hotel Sol Brilhante Avenida 7 de Setembro, 3835 - Barra 32 64 
Hotel Villa Romana Rua Professor Lemos De Brito, 14 - Barra 49 109 
La Villa Francaise Rua Recife, 222 - Barra 8 31 
Mansão Villa Verde Rua da Palmeira, 190 - Barra 7 14 
Marazul Hotel Avenida Sete de Setembro, 3937 - Barra 121 381 
Monte Pascoal Praia Hotel Avenida Oceanica, 591 - Barra 83 314 
Pousada 4 Estações Rua Afonso Celson, 507 - Barra 15 40 
Pousada Acácia Rua Eng. Milton Oliveira, 46 - Barra 10 25 
Pousada Arco Íris Rua Afonso Celso, 531 - Barra 7 20 
Pousada Azul Rua Praguer Fróes, 102 - Barra 12 28 
Pousada Bela Habana Avenida Oceânica, 84 - Barra 13 28 
Pousada Cancun Rua Afonson Celson, 501 - Barra 11 40 
23 
 
Quadro 3 - Os principais meios de hospedagem na Barra 
Conclusão 
Meios de Hospedagem na Barra 
M.H Endereço UH Leitos 
Pousada Corais da Barra Rua Afonso Celso, 541 - Barra 14 30 
Pousada da Barra Rua Oscar Carrascosa, 181 - Barra 10 40 
Pousada Dom Quixote Avenida Princesa Isabel, 364 - Barra 11 26 
Pousada Estrela do Mar Rua Afonso Celso, 119 - Barra 9 28 
Pousada Farol da Barra Avenida Oceânica, 171 - Barra 5 20 
Pousada Manga Rosa Avenida 7 de Setembro, 510 - Barra 12 36 
Pousada Marcos Avenida Oceânica, 281 - Barra 19 80 
Pousada Miraflores Rua Afonso Celso, 79 - Barra 8 28 
Pousada Noanoa Avenida 7 de Setembro, 4295 - Barra 15 37 
Pousada O Casarão Rua Afonso Celso, 515 - Barra 16 32 
Pousada O Ninho Rua Afonso Celso, 371 - Barra 12 33 
Pousada Papaya Verde Rua Eng. Milton Oliveira, 177 - Barra 15 30 
Pousada Princesinha do Farol Rua Afonso Celso, 206 - Barra 9 40 
Pousada Village Novo Avenida 7 de Setembro, 3659 - Barra 11 22 
Sol Barra Hotel Avenida 7 de Setembro, 3577 - Barra 180 365 
Spanda Pousada Spa Rua Prof. Fernando Luz, 78 - Barra 6 21 
Fonte: Elaboração própria, 2016. 
 
1.4.2 Análise da demanda 
 
Na análise demanda, o objetivo é identificar o perfil do turista e/ou visitante; qual a 
origem, motivações mais importantes pela escolha do local e as insatisfações destes clientes. O 
questionário teve 20 questões diretas, sendo aplicado em 3 (três) áreas: 1) Morro do Cristo (30 
questionários); 2) Barra/Farol (20 questionários); e 3) Porto (20 questionários); totalizando 70 
entrevistados. 
A maior parte dos turistas/visitantes internacionais são oriundos de países da América 
do Sul e da Europa). Já a maior parte dos turistas/visitantes nacionais vem da região Sudeste e 
do Nordeste do Brasil. 
Entre os 70 entrevistados (Gráfico 1): 34 destes consideram os atrativos naturais (praias 
e pôr do sol) como os mais importantes, seguido de 14 entrevistados que consideraram os 
atrativos materias em ordem de importancia (Morro do Cristo, Farol da Barra, Museu Naútico, 
24 
 
Forte de Santa Maria, Forte de São Diogo, Marco de Fundação da Cidade de Salvador e etc.). 
Depois, 12 entrevistados consideraram a influência de mídias eletrônicas (principalmente redes 
sócias) para a escolha do ponto a ser visitado na Barra; e por último o intermédio das agências 
de viagens e a influência de amigos e familiares com 10 opiniões. 
 
Gráfico 1 - Motivação dos 70 Entrevistados para a escolha dos atrativos na Barra 
Salvador -2016 
 
Fonte: Elaboração própria, 2016. 
 
O contato com os entrevistos foi indispensável para o constatação de quais seriam os 
atrativos e atrações que deveriam estar contidas no roteiro, mas também, essas informações 
foram utilizadas para a reconhecimento do público- alvo ao qual o material desenvolvido se 
destina; para então consequentemente notar-se as possibilidades do ponto mágico, sempre 
refletindo numa política de planejamento da atividade turística, dinâmica e saxional, ou seja, 
que considere todas as disciplinas envolvidas e possa propor intervenções positivas na forma 
como o turismo se desenvolve na cidade de Salvador. 
O Gráfico 2 mostra as dificuldades enfrentadas pelos turistas/visitantes ao chegarem na 
Barra. Percebe-se que 56% destes consideraram a dificuldade na sinalização e informações 
turísticas; 28% as questões que envolvem acessibilidade; 7% segurança do local ; 6% limpeza; 
e 2% a infraestrutura asfaltica, dos equipamentos e atrativos. Resalta-se que os questionários 
foram aplicados apenas na região que abragem a delimitação do ponto mágico. 
 
Atrativos materias
Atrativos Naturais
Influência de amigos e
familiares
Influência de mídias
eletrônicas e agências de
viagens
14
34
10
12
25 
 
Gráfico 2 - Dificuldades enfrentadas pelos turistas/visitantes na Barra - Salvador - 2016
 
Fonte: Elaboração própria, 2016. 
 
1.5 TABULAÇÃO DE DADOS 
 
Os atrativos turísticos mais relevantes para a atividade turística na região estão: Farol 
da Barra/Forte Santo Antônio (Museu Náutico da Bahia, Igreja de Santo Antônio da Barra, 
Morro do Cristo, Praia do Porto da Barra, Praia do Farol da Barra e Praia do Cristo (Tabela 1). 
 
Tabela 1 - Produtos e/ou equipamentos que já consumiu na região - Barra - 2016 
Continua 
a) Produtos e/ou equipamentos que já consumiu na região 
Patrimônios Materiais da Barra 
Farol da Barra/Forte Santo Antônio (Museu Náutico da Bahia) 
AMOSTRA 70 ENTREVISTADOS 
SIM 16 22.85% 
NÃO 54 77.15% 
TOTAL 70 100% 
Igreja de Santo Antônio da Barra 
AMOSTRA 70 ENTREVISTADOS 
SIM 18 25.71% 
NÃO 52 74,29% 
TOTAL 70 100% 
 
 
56%
28%
7%
3%6%
Sinalização e informações
turísticas
Acessibilidade
Segurança
Infraestrutura
Limpeza
 
26 
 
Tabela 1 - Produtos e/ou equipamentos que já consumiu na região - Barra - 2016 
Continua 
Morro do Cristo 
AMOSTRA 70 ENTREVISTADOS 
SIM 8 11,42% 
NÃO 62 88,58% 
TOTAL 70 100% 
Patrimônios Naturais (Praias da Barra) 
Praia do Porto da Barra 
AMOSTRA 70 ENTREVISTADOS 
SIM 55 78,57% 
NÃO 15 21,43% 
TOTAL 70 100% 
Praia do Farol da Barra 
AMOSTRA 70 ENTREVISTADOS 
SIM 46 65,71% 
NÃO 24 34,29% 
TOTAL 70 100% 
Praia do Cristo 
AMOSTRA 70 ENTREVISTADOS 
SIM 36 51,42% 
NÃO 4 48,58% 
TOTAL 34 100% 
b) Os patrimônios visitados que agradaram os turistasPatrimônios Materiais da Barra 
Farol da Barra/Forte Santo Antônio (Museu Náutico da Bahia) 
AMOSTRA 70 ENTREVISTADOS 
SIM 25 35,71% 
NÃO 45 64,29% 
TOTAL 70 100% 
Igreja de Santo Antônio da Barra 
AMOSTRA 70 ENTREVISTADOS 
SIM 38 54,28% 
NÃO 32 45,72% 
TOTAL 70 100% 
Morro do Cristo 
AMOSTRA 70 ENTREVISTADOS 
SIM 18 25,71% 
NÃO 52 74,29% 
TOTAL 70 100% 
27 
 
Tabela 1 - Produtos e/ou equipamentos que já consumiu na região - Barra - 2016 
Continua 
Patrimônios Naturais (Praias da Barra) 
Praia do Porto da Barra 
AMOSTRA 70 ENTREVISTADOS 
SIM 65 92,85% 
NÃO 5 7,15% 
TOTAL 70 100% 
Praia do Farol da Barra 
AMOSTRA 70 ENTREVISTADOS 
SIM 48 68,57% 
NÃO 22 31,43% 
TOTAL 70 100% 
Praia do Cristo 
AMOSTRA 70 ENTREVISTADOS 
SIM 30 42,85% 
NÃO 40 57,15% 
TOTAL 70 100% 
c) Atendimento dos patrimônios turísticos visitados dentro das expectativas do turista (levando 
em consideração acesso, limpeza, transporte, infraestrutura, segurança, iluminação sinalização 
e informações turísticas)? 
Patrimônios Materiais da Barra 
Farol da Barra/Forte Santo Antônio (Museu Náutico da Bahia) 
AMOSTRA 70 ENTREVISTADOS 
SIM 68 97,14% 
NÃO 2 7,86% 
TOTAL 70 100% 
Igreja de Santo Antônio da Barra 
AMOSTRA 70 ENTREVISTADOS 
SIM 56 80% 
NÃO 14 20% 
TOTAL 70 100% 
Morro do Cristo 
AMOSTRA 70 ENTREVISTADOS 
SIM 16 22,85% 
NÃO 54 77,15% 
TOTAL 70 100% 
 
 
28 
 
Tabela 1 - Produtos e/ou equipamentos que já consumiu na região - Barra - 2016 
Continua 
Patrimônios Naturais (Praias da Barra) 
Praia do Porto da Barra 
AMOSTRA 70 ENTREVISTADOS 
SIM 60 85,71% 
NÃO 10 14,29% 
TOTAL 70 100% 
Praia do Farol da Barra 
AMOSTRA 70 ENTREVISTADOS 
SIM 38 54,28% 
NÃO 32 45,72% 
TOTAL 70 100% 
Praia do Cristo 
AMOSTRA 70 ENTREVISTADOS 
SIM 59 84,28% 
NÃO 11 15,72% 
TOTAL 70 100% 
d) Retorno para visitar os patrimônios 
Patrimônios Materiais da Barra 
Farol da Barra/ Forte Santo Antônio (Museu Náutico da Bahia) 
AMOSTRA 70 ENTREVISTADOS 
SIM 69 98,57% 
NÃO 1 1,43% 
TOTAL 70 100% 
Igreja de Santo Antônio da Barra 
AMOSTRA 70 ENTREVISTADOS 
SIM 53 75,71% 
NÃO 17 24,29% 
TOTAL 70 100% 
Morro do Cristo 
AMOSTRA 70 ENTREVISTADOS 
SIM 63 90% 
NÃO 7 10% 
TOTAL 70 100% 
 
 
 
 
29 
 
Tabela 1 - Produtos e/ou equipamentos que já consumiu na região - Barra - 2016 
Conclusão 
Patrimônios Naturais (Praias da Barra) 
Praia do Porto da Barra 
AMOSTRA 70 ENTREVISTADOS 
SIM 64 91,42% 
NÃO 6 8,58% 
TOTAL 70 100% 
Praia do Farol da Barra 
AMOSTRA 70 ENTREVISTADOS 
SIM 68 97,14% 
NÃO 2 2,86% 
TOTAL 70 100% 
Praia do Cristo 
AMOSTRA 70 ENTREVISTADOS 
SIM 67 95,71% 
NÃO 3 4,29% 
TOTAL 70 100% 
Fonte: Elaboração própria, 2016. 
 
Com base na Tabela 1 percebe-se que mais de 98% dos turistas aprenciaram a Barra e 
retornariam. 
 
1.6 PLANO DE MARKETING DO ROTEIRO TURÍSTICO, NO QUAL SE INCLUI 
COMERCIALIZAÇÃO 
 
A roteirização é um processo com fins mercadológicos, portanto, é necessária a 
utilização dos segmentos do marketing para garantir o sucesso pleno na comercialização de um 
roteiro turístico. O Marketing pode ser entendido como uma série de estratégias, técnicas e 
práticas que tem o objetivo de agregar valor e visibilidade às determinadas marcas ou produtos 
a fim de atribuir uma maior importância das mesmas para um público alvo. 
Kotler (2000, p. 3) define marketing como "um processo social e gerencial através do 
quais indivíduos e grupos obtêm aquilo de que necessitam e que desejam, criando e trocando 
produtos e valores com outros”. Outra importante vertente, é o marketing de serviços que 
segundo Kotler (2000, p. 142) “são todas atividades ou benefício, essencialmente intangível, 
que uma parte pode oferecer a outra e que não resulte na posse de algum bem”. 
30 
 
Ainda segundo Kotler (2000) “o plano de marketing é um dos produtos mais importantes 
do marketing e a incrementação de um plano de marketing devidamente elaborado, poderá 
assumir grande importância, antecipando, formalizando e articulando as principais decisões a 
serem tomadas”. Oliveira (1995) considera que “o plano de marketing abastece a alta cúpula de 
uma organização com um documento estratégico e tático, de informações completas e concisas, 
do seu ambiente interno e externo de marketing, mostrando alternativas de como enfrentar o 
futuro”. O Quadro 4 faz a análise básica situacional de alguns aspectos do serviço da Barra, que 
possui alta popularidade entre os turistas nacionais e internacionais. 
 
Quadro 4 - Analise básica situacional de alguns aspectos do serviço da Barra - 2016 
DIAGNÓSTICO 
Destino Ponto mágico Barra 
Popularidade Alta 
Público-alvo Turistas nacionais e 
internacionais 
Concorrências Praias de Salvador 
Fonte: Elaboração própria, 2016. 
 
A análise situacional é a primeira etapa do plano de marketing e deve conter todas as 
informações pertinentes relativas ao produto ou destino, no caso do ponto mágico da Barra, 
diagnosticou-se que é um dos bairros mais conhecidos de Salvador; tendo inclusive fama 
internacional. Tem também um comércio muito ativo e desenvolvido, concentrando diversos, 
restaurantes, bares, lojas, supermercados, meios de hospedagem, hospitais, clubes. 
Em relação aos atrativos naturais e culturais, possui uma boa infraestrutura urbana. 
Atende aos segmentos de sol e praia, lazer e histórico cultural e é um dos principais interesses 
de quem visita Salvador. O principal público consumidor são os turistas nacionais ou 
internacionais que vem a Salvador e decidem visitar a Barra, por indicação de amigos, agências 
ou por interesse nos atrativos. Diante da concorrência, que são outros bairros da orla da cidade 
que apresentam as mesmas características de sol e mar, a Barra se destaca pelo seu cunho 
histórico cultural (Quadro 4). 
A análise SWOT é uma das ferramentas mais utilizadas na gestão estratégica 
competitiva. É serve para identificar os pontos fortes e fracos assim e as ameaças e 
oportunidades. Segundo Richers (2000, p. 43) “o jogo das forças e fraquezas consiste num 
confronto de qualidades e limitações de uma empresa em relação ás outras do seu setor”. 
31 
 
Quadro 5 - Análise de SWOT da Barra - 2016 
ANÁLISE SWOT ANÁLISE SWOT 
PONTOS FORTES PONTOS FRACOS OPORTUNIDADES AMEAÇAS 
Infraestrutura Segurança Carnaval Sazonalidade 
Visibilidade Conservação Requalificação 
recente 
Violência e 
vandalismo 
Localização Acessibilidade Novas atrações Saturação 
Riqueza histórica Valorização 
Patrimonial 
 
Fonte: Elaboração própria, 2016. 
 
Como pontos fortes da Barra (Quadro 5) identificou-se 4 (quatro) aspectos principais: 
1) a infraestrutura, que é completa atendendo todas as necessidades básicas dos turistas; 2) a 
visibilidade, devido a fama que o bairro tem e por ser um dos principais cartões postais do 
estado; 3) a sua localização, na ponta da península da capital baiana, onde se deu início a 
construção da cidade; e 4)a riqueza histórica cultural, porque apesar do caráter litorâneo, 
vanguardista, a Barra reúne muitos elementos da época da fundação da cidade e da cultura 
soteropolitana. 
Já os pontos fracos detectados foram 4 (quatro) são eles: 1) a falta de segurança, não só 
na Barra, mas em toda a cidade; 2) falta mais policiamento principalmente nas ruas transversais 
e pontos de ônibus; 3) a conservação, pois Barra tem sua beleza muitas vezes ofuscada, pela 
sujeira e pelo descaso sendo necessária uma consciência sustentável para utilizar os espaços 
coletivos; 4) a acessibilidade, apesar de referidas melhorias a Barra ainda deixa a desejar nesta 
questão. 
Quanto as oportunidadespodem-se destacar o carnaval, conhecido como a maior festa 
de rua do planeta, e do qual a Barra faz parte do circuito oficial do carnaval de Salvador (Figura 
1) O carnaval traz destaque e visibilidade para este destino, assim como a recente requalificação 
de seus espaços físicos, e modificações no trânsito para melhorar a utilização pelos moradores 
e turistas e a reabertura dos fortes abrigando agora exposições permanentes de pinturas e 
fotografias .O que torna a Barra um corredor cultural, de adaptação e de acessibilidade; além 
de ser um local de valorização patrimonial, devido a seu rico riqueza material. Entretanto, a 
Barra, deveria ter uma melhor política para conservação e manutenção do patrimônio. 
 
 
32 
 
Figura 1 - Percurso do Carnaval Oficial de Salvador - 2016 
 
Considerando as ameaças tem-se a sazonalidade, por se tratar de um destino clássico de 
sol e mar, pode sofrer redução nos fluxos de visitantes durante a baixa estação. Outro fator é a 
questão da violência que amedronta e inibe os potenciais consumidores, além da saturação que 
pode ocorrer, caso haja um uso exaustivo dos espaços. 
 
1.7 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A elaboração do folder e do Guia Turístico, Cultural e Acadêmico do ponto mágico: 
Barra, permitiu a constatação do poder aquisitivo (médio-alto) das pessoas que residem no 
bairro, de sua distribuição de lojas, praças, restaurantes, bares, boates, edifícios residenciais e 
comerciais, da relevância para o turismo dos seus monumentos históricos e de suas praias que 
atraem visitantes de diversas partes do planeta; fatores tornam a localidade um referencial 
turístico da cidade de Salvador. 
A região foi recentemente requalificada e sofreu intervenções do projeto que dividiu a 
Orla de Salvador, prevendo para a região consideráveis as mudanças na estrutura urbanística 
que contribuíram positivamente para o desenvolvimento da atividade de forma referencial 
dentro do mercado turístico, já que apresenta destaque nos segmentos de sol, praia e cultural 
em Salvador. 
Através deste processo, levantou-se diretamente quais as potencialidades do 
considerado ponto mágico, apresentando com base na experiência de consumo dos turistas e 
33 
 
visitantes que a Barra possui deficiência nas questões de acessibilidade para portadores de 
dificuldades locomotoras, falta de informações e sinalização turística eficiente (principalmente 
no quesito transporte coletivo), inexistência de iluminação nas ruas transversas durante a noite 
e necessita de políticas públicas que possam viabilizar a manutenção da limpeza nos 
patrimônios naturais. 
Constatou-se também, levando a consideração a sazonalidade, que a atividade turística 
na região é sempre intensa, mesmo com a queda no número de clientes nos estabelecimentos 
comerciais e a falência de alguns empreendimentos que oferecem opções de hospedagem, lazer 
e entretenimento, o bairro ainda é muito visitado e recomendado nos principais sites de turismo 
no pais e do mundo. 
Sendo assim, pode-se concluir que o referido ponto mágico, apresenta uma 
infraestrutura de qualidade, graças aos investimentos públicos e por estar inserido em uma 
região nobre da cidade. Entretanto, existe a necessidade, por parte da gestão pública do turismo, 
na reflexão dos ambientes interno e externo com uma certa frequência, pois o mercado é 
dinâmico, ou seja, as questões de infraestrutura precisam ser mantidas com eficiência, 
promovendo a consolidação de diferencias que possam satisfazer as necessidades dos seus 
consumidores, gerando poucos impactos. 
 
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36FOLDER 
BARRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
 
38 
 
 
39 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 CENTRO HISTÓRICO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40 
 
Ana Beatriz 
José Ronaldo Ferreira 
Rafael Mendonça 
Victor Oliveira 
 
2.1 APRESENTAÇÃO 
 
O Centro Histórico de Salvador (Figura 1) é uma área tombada pelo Instituto do 
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN em 1984 e reconhecida como patrimônio 
mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura- 
UNESCO, em 1985. É o maior conjunto arquitetônico colonial da América Latina, possuindo 
acervo de cerca de três mil imóveis dos séculos XVII, XVIII e XIX. Vale salientar, que o 
Pelourinho/Sé é uma subárea deste e está junto com a subárea Santo Antônio Além do Carmo 
as mais requisitadas e utilizadas pelo turismo no Centro Histórico de Salvador. 
 
Figura 1 - Mapa Pictórico do Centro Histórico de Salvador (Recorte Pelourinho/Sé) 
 Fonte: Mapa Turístico fornecido pela Prefeitura de Salvador e Saltur, 2016. 
 
O Centro Histórico de Salvador no seu recorte Pelourinho/Sé é um dos 
principais cartões-postais turísticos da cidade, é um local altamente turístico com hotéis, 
pousadas, museus, teatros, igrejas, arquitetura barroca, artesanato, artes plásticas, centros 
41 
 
culturais, apresentações (atrações) musicais e culturais em suas praças e ruas, gastronomia 
(restaurantes, bares, cafés, lanchonetes) com cozinha regional, nacional e internacional e 
comércio de souvenirs em meio às diversas casas e edifícios coloniais coloridos (frontispício) 
que compõem seu território. 
 
A valorização da área do Pelourinho transformando-o no ponto principal do Centro 
Histórico e mudou as dinâmicas estabelecidas na área, porém, o Pelourinho não 
representa o Centro Histórico como um todo. O Centro Histórico de Salvador é uma 
área bastante extensa e suas sub-áreas apresentam característicasde uso e ocupação 
bastante diversas (BRAGA, 2008, p. 69). 
 
No Centro Histórico de Salvador se encontra monumentos, atrativos e instalações 
turísticas das mais diversas, lá estão localizados a Fundação Casa de Jorge Amado; Grupo Afro 
Olodum; Museu Afro-Brasileiro; Memorial da Medicina Brasileira; Catedral Basílica; Igreja e 
Convento de São Francisco; Casa Ruy Barbosa; Palácio Arquiepiscopal de Salvador; Palácio 
Rio Branco; Elevador Lacerda; Casa da Câmara; Solar Ferrão; Praça Castro Alves; Prefeitura 
Municipal; Santa Casa da Misericórdia; Monumento da Cruz Caída. Local da primeira catedral 
do Brasil; Praça da Sé (abrigava a antiga Sé);Catedral Basílica, antiga igreja dos Jesuítas; 
Terreiro de Jesus; Museu Afro-Brasileiro; Plano Inclinado Gonçalves; Museu de Arqueologia 
e Etnologia; Igreja de São Domingos Gusmão; Igreja da Ordem Terceira de São Francisco; 
Largo Pedro Arcanjo; Largo Tereza Batista; Igreja de São Miguel; Praça ACM; Teatro XVIII; 
Museu Azulejaria e Cerâmica; Largo Quincas Berro d'Água; Teatro Miguel Santana; Museu da 
Cidade; Fundação Casa de Jorge Amado; Teatro Pelourinho; Igreja N. S. do Rosário dos Pretos; 
Largo do Pelourinho; Museu Casa de Benin; Igreja do Santíssimo Sacramento (da Rua do Passo 
- Local das filmagens do Pagador de Promessas); Largo do Carmo; Igreja do Carmo; Igreja N. 
S. da Ajuda; Igreja N. S. da Barroquinha, hoje Teatro e Centro Cultural; Mosteiro de São Bento 
(Fundado em 1582, é o primeiro mosteiro das Américas); Igreja de São Pedro dos Clérigos; 
entre tantos outros. 
 
2.2 CARACTERIZAÇÃO DO CENTRO HISTÓRICO DE SALVADOR (RECORTE 
PELOURINHO/SÉ) 
 
Segundo Gottschall, Santana e Rocha (2006), a Prefeitura Municipal, através da Lei de 
Ordenamento do Uso e da Ocupação do Solo de Salvador, dividiu o Centro Histórico de 
Salvador (CHS) em quatro sub-regiões, são elas: São Bento/Barroquinha; Misericórdia/Castro 
Alves; Pelourinho/Sé e Santo Antônio/Carmo. Cada uma destas evoluiu de maneira diferente 
42 
 
ao longo dos anos desde a fundação da cidade. Algumas tornaram-se regiões ligadas a atividade 
turística como a área do nosso plano de marketing (Pelourinho/Sé), outras ligadas a atividade 
comercial e outras mantiveram-se áreas residenciais, porém, com recentes investimentos, 
algumas estão sendo exploradas pela atividade turística, como a sub-região do Santo 
Antônio/Carmo, Misericórdia/Castro Alves; Pelourinho/Sé. 
Apesar da Prefeitura de Salvador ter dividido o CHS em quatro sub-regiões, o Instituto 
do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia-IPAC divide o CHS em cinco sub-áreas: 1) a sub-
área A01, referente ao Sodré; 2) a sub-área A02, referente a Misericórdia; 3) a sub-área A03, 
referente ao Terreiro de Jesus, Maciel e Pelourinho; e por fim, 4) as duas últimas áreas separam-
se os logradouros Carmo e Santo Antônio, nas quais o logradouro do Carmo pertence a sub-
área A04, junto com o logradouro do Passo, compreendendo a rua Silva Jardim (Taboão), a Rua 
do Carmo, Rua das Flores, Rua do Passo e Ladeira do Carmo. O logradouro do Santo Antônio 
Além do Carmo, pertence a sub-área A05, formada pelas ruas: Largo de Santo Antônio, Rua 
dos Ossos, Rua Ramos de Queiroz, Rua dos Marchantes, Rua dos Adobes, Travessa José Bahia, 
Travessa dos Perdões, Rua Joaquim Távora (Direita de Santo Antônio), Rua Botelho 
Benjamim, Rua dos Carvões, a Praça dos Quinze Mistérios, o Largo da Quintandinha do Capim 
e a Ladeira do Boqueirão (IPAC, 1995; PORTELA, 2009). 
O Centro Histórico de Salvador abriga aproximadamente 67 mil residentes e outros 
milhares de indivíduos que diariamente por ali circulam em busca de diversos tipos de serviços, 
os tradicionais (lojas de rua, serviços pessoais e administrativos), os competitivos (turismo, 
diversão, shopping center, saúde, pesquisa, telecomunicação, universidades) ou os precários 
(informais e ambulantes). 
 
2.2.1 Localização 
 
O Centro Histórico de Salvador (recorte Pelourinho/Sé - Figura 1) está localizado na 
cidade alta, na região central, na parte mais antiga da cidade. Nosso recorte se dá a partir da 
Praça Municipal onde está localizado o Elevador Lacerda, até o Largo do Pelourinho. 
Limita-se ao norte com os bairros Pilar, Santo Antônio e Barbalho, ao sul com 
a Sé e Saúde, a oeste com o Comércio e a leste com Sete Portas. 
 
 
 
 
43 
 
2.2.2 Origem do nome 
 
O Centro Histórico de Salvador tem esse nome, pois foi neste lugar que nasceu a cidade 
de Salvador em 1549 por Tomé de Souza. Hoje, este abriga a história mais antiga da cidade. 
Dentro do nosso recorte Pelourinho/Sé podemos dizer que a origem da palavra 
“pelourinho” se refere a uma coluna de pedra, localizada normalmente ao centro de uma praça, 
onde criminosos eram expostos e castigados. À época do Brasil Colônia, porém, era, 
principalmente, usado para castigar escravos. Segundo alguns historiadores, esta coluna 
inicialmente estava localizada onde hoje é a Praça Municipal da cidade e posteriormente foi 
levada para onde se encontra o Largo do Pelourinho, dando origem ao nome do local. 
O Bairro da Sé tem este nome em referência à existência na zona da antiga Catedral da Sé da 
Bahia, erguida após 1552 e demolida em 1933. 
 
2.2.3 Histórico 
 
A cidade de Salvador foi fundada em março de 1549, por Tomé de Souza, a mando de 
Portugal com intuito de torná-la a sede do Governo-Geral. Foi a cidade mais importante dentre 
as colônias portuguesas desde a sua fundação, sendo a primeira cidade a ser fundada no Brasil. 
A escolha da cidade para ser a primeira capital brasileira foi oriunda de decisão política, por 
sua localização,boas condições para a instalação de um porto, por sua proximidade com os 
principais engenhos de açúcar, e as boas condições para defesa do território da nova colônia 
(PORTELA, 2009). Salvador era responsável pelas funções mais importantes do governo da 
colônia e fora criada com o este objetivo, coordenar a ocupação do território brasileiro, ser a 
base para a defesa contra invasões, e também ser o centro comercial entre a colônia e Portugal. 
Para a defesa e limite da cidade, existiam fortificações, - que inicialmente foram produzidas de 
pau-a-pique e com a mão de obra dos índios -, existiam duas portas, uma ao norte, a de Santa 
Catarina (Largo do Pelourinho) e outra ao sul, a de Santa Luzia (Praça Castro Alves); e esta 
cidade fortificada foi finalizada em 1551 (PORTELA, 2009). 
No início, as construções em Salvador eram térreas e feitas de taipa, que foram 
substituídas por casarões e palacetes à medida do enriquecimento dos senhores de engenho, da 
metrópole e da colônia, principalmente através do cultivo e comércio da cana-de-açúcar. Na 
parte de cima da encosta, a cidade desenvolveu seu principal núcleo (chamado também de 
Mancha Matriz), em torno de duas praças principais, a Praça do Palácio e o Terreiro de Jesus, 
onde existiam os prédios públicos, as casas dos senhores de engenho, membros importantes do 
44 
 
governo-geral, assim como um comércio varejista, igrejas e construções mais modestas onde 
moravam funcionários e oficiais de baixo escalão. Na parte abaixo da encosta, a área era 
habitada principalmente por comerciantes atacadistas por causa do porto e suas casas 
(SANT'ANNA, 2001; PORTELA, 2009). 
Segundo o Instituto de Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia - IPAC, o núcleo 
primeiro da cidade foi edificado sobre a encosta, voltado a Baía de Todos os Santos, protegido 
por sistema de muros e portas. Ainda no governo de Tomé de Souza, foram ultrapassados estes 
limites. Desde então, o crescimento, a partir da mancha-matriz, se fez tanto no sentido Norte 
quanto rumo ao Sul (IPAC, 1995, p. 16). 
Salvador foi o primeiro núcleo urbano do Brasil desenvolvido em trama retangular 
(TIRAPELI, 2000). A cidade adaptou-se às irregularidades da topografia da área em que foi 
fundada e desenvolveu-se a partir deste espaço, chamado de Mancha Matriz supracitado. Ainda 
no final do século XVI, ultrapassou as muralhas responsáveis por sua defesa, com a construção 
de propriedades como o Convento do Carmo, a capela de Santo Antônio Além do Carmo, 
moradia de pessoas menos abastadas, entre outras construções. No século XVII, algumas áreas 
e construções foram destruídas por causa das invasões holandesas, e houve uma maior 
preocupação em construir fortes na cidade; sua população era formada basicamente pela 
fidalguia, pelos escravos, funcionários do governo colonial, oficiais e por alguns comerciantes, 
estes, principalmente na cidade baixa. Foi nesse século, também que se iniciaram as principais 
construções como igrejas, monumentos, casarões, solares, fortes com arquiteturas 
representando a importância da colônia e a riqueza dos senhores de engenho (IPAC, 1995; 
BRAGA, 2008). 
A então capital foi durante anos o centro financeiro e cultural do país, com escolas, 
faculdade e comércio, a cidade de Salvador era reconhecida como “centro irradiador de cultura” 
(BRAGA, 2008). A partir da decadência do comércio da cana-de-açúcar, depois, com o início 
do ciclo do ouro (descoberta de minas na região sudeste do Brasil), fez com que em 1763, o 
governo colonial transferisse a função de capital para a cidade do Rio de Janeiro. Mais tarde, 
no final do século XIX, a abolição da escravatura, a proclamação da república, a transformação 
da cidade de São Paulo no centro econômico e financeiro do país, impactaram de maneira 
negativa o centro de Salvador, este, que em até pouco tempo, confundia-se com a própria cidade 
e exercia todas as funções políticas, econômica e residencial (IPAC, 1995; TIRAPELI, 2000; 
BRAGA, 2008). 
Essas modificações na dinâmica econômica e política do Brasil influenciaram a 
aristocracia a se deslocar da área do centro, tanto pela questão financeira, por causa da crise 
45 
 
agrário-pecuária, da abolição da escravatura e da proclamação da república, pois os casarões e 
solares eram muito grandes para sua manutenção sem o auxílio de uma grande mão-de-obra e 
capital, isto seria muito mais caro sem os escravos. 
De acordo com Domingues e Keller 
 
[...] com o crescimento da cidade, as condições do sítio, anteriormente consideradas 
ideais para a construção de uma cidade-fortaleza, tornaram-se um entrave ao 
desenvolvimento urbano, que se expandiu para novas áreas, influenciando os futuros 
problemas para o funcionamento da cidade (1958, p. 204, apud BRAGA, 2008). 
 
 Outras características que modificaram o centro histórico de Salvador foram as novas 
ideias de desenvolvimento urbano, principalmente com as dificuldades de expansão na área do 
Centro Histórico devido aos acidentes naturais do solo, portanto houve um redirecionamento 
do crescimento da cidade, criando a estrada em direção ao sul da cidade, mais precisamente em 
direção aos logradouros da Vitória e Graça, além das novas mentalidades em relação à higiene 
que o centro não poderia oferecer, como casas mais ventiladas e jardins (IPAC, 1995; BRAGA, 
2008; PORTELA 2009). 
As diversas áreas do centro reagiram de maneira diferente às mudanças de suas funções. 
As áreas da Praça Castro Alves, Municipal e Rua Chile, continuaram com sua função 
administrativa e também passou a ter um comércio varejista de luxo. Os impactos mais 
significativos e negativos foram causados nas áreas residenciais do Pelourinho e Maciel, Sé e 
Terreiro de Jesus que, com a modificação da classe de sua população residente (a saída da 
população nobre), caíram à marginalização. Porém, o Carmo e o Santo Antônio, sendo áreas 
residenciais mais afastadas, continuaram a ter uma população de classe média baixa, de maneira 
geral (BRAGA, 2008; PORTELA, 2009). 
O processo de abandono do centro histórico pelas classes dominantes e pelo poder 
público por causa do crescimento da cidade, provocou a venda ou o aluguel dos imóveis e por 
consequência, mudando as características da área, esta que passou a receber uma nova 
população – pessoas vindas das regiões do sertão e recôncavo baiano, ex-escravos, pequenos 
comerciantes, imigrantes, prostitutas, profissionais liberais e outros setores de camadas mais 
baixas (IPAC, 1995; BRAGA, 2008). Conforme Domingues e Keller, os antigos casarões 
coloniais passaram a abrigar esse grande contingente populacional, caracterizando-se como 
cortiços e casas de cômodos, sem boas condições de higiene e conforto (1958 apud BRAGA; 
SANTOS, 2009). 
46 
 
Entre os anos de 1970 e 1990, o crescimento econômico e comercial que abriu espaço 
para a implantação de shopping centers e os sub-centros, causaram grande impacto no comércio 
tradicional da região do centro (Rua Chile, Praça da Sé), transformando-a em uma área de 
comércio “popular”. Também, a transferência das instituições do Governo do Estado para o 
Centro Administrativo, em 1970, contribuiu, ainda mais, para a degradação dos imóveis da área 
central (VASCONCELOS, 2002 apud BRAGA, 2008). A desvalorização imobiliária da região 
levou a uma enorme perda de valor social e também ocasionou sua descaracterização. 
Foi também ao longo do século XX, que aconteceram as primeiras tentativas de 
reabilitação e recuperação do Centro Histórico de Salvador. Na primeira metade do século, o 
IPHAN tombou diversos monumentos isolados, sem, no entanto, configurar uma zona de 
preservação, o que não garantiu a força necessária para impedir a degradação da área. Da mesma 
forma

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