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Requisição Tombamento Ocupação Temporária

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Ocupação Temporária, Requisição Administrativa e Tombamento.
Ana Carolina; Fernanda Emanuelle; Jéssica Carolina; Lílian Carolina; Luiz Felipe; Pedro Fernandes; Priscila Kellen; Raul Tadeu; Wallisson Batista acadêmicos de Direito da Faculdade Pitágoras Betim.
Orientado pelo Professor Daniel Baliza.
Direito Administrativo.
Resumo: Este artigo tem como a finalidade de tratar das formas de restrição do Estado. Abordaremos a Ocupação Temporária que se caracteriza pela utilização transitória de imóveis particulares para fins do interesse público. Vamos trabalhar a Requisição Administrativa onde há a intervenção Estatal nos bens móveis, imóveis e serviços particulares em situações extremas de risco iminente ou declarado estado de guerra, obervaremos também o as hipóteses de Tombamento podendo recair sobre bens públicos e privados e ainda definitivos ou provisórios, sendo que o tombamento tem como objetivo a proteção cultural do patrimônio nacional diante da relevância de representatividade a sociedade.
Palavras Chaves: Direito Administrativo. Restrição do Estado. Ocupação Temporária. Requisição Administrativa. Tombamento.
Abstract: This article has the purpose of treat of State restriction of forms. We discuss the Temporary Occupation Which is characterized by the transitional use of private homes to go Public Interest . We will work There is an administrative request Where there is State intervention in Movable Property , Real Estate and Private Services in Imminent risk of extreme situations or declared state of war , discuss also the hypotheses Tipping may fall About Private and Public Goods and definitive still or provisional , being that tipping aims cultural protection national heritage given the relevance of representation of society.
Key-Words: Administrative Law. State Restrictions. Temporary Occupation. Administrative Requisition. Overturning. Tipping.
Sumário: Introdução. 1. Ocupação Temporária. 2. Requisição Administrativa. 3. Tombamento. Conclusão. Referências.
Introdução
Atualmente, no estado social e democrático de direito é escorreito dizer que nenhum direito é absoluto. Não poderia ser diferente com o direito de propriedade, tendo em vista que existem diversos outros direitos ao redor deste. Diante disso, existem casos que o Direito de propriedade sofrerá restrições, limitações em virtude de um interesse maior: o interesse público.
Diante disso, o presente artigo abordará algumas das formas de intervenção do estado na propriedade, sendo que a ordem cronológica deste estudo é a seguinte: ocupação temporária, requisição administrativa e tombamento, fazendo uma análise conceitual, indicando sua previsão legal e os pontos mais polêmicos atualmente. 
O assunto é de suma importância tanto para o operador do direito, quanto para a sociedade no geral, visto que este tema tem relevância social e econômica. Ademais, importante conhecer de que forma o poder público pode interferir na propriedade particular de cada indivíduo. Registra-se que as propriedades públicas também podem sofrer interferências em seu uso, o que restará demonstrado no desenvolvimento deste artigo.
Portanto, o objetivo é trazer ao leitor os principais aspectos desses institutos e as características que os diferenciam, tais como conceito, natureza jurídica e aplicação prática. O método utilizado é a pesquisa bibliográfica, através de obras jurídicas de autores renomados. E tendo em vista que o direito é uma ciência dinâmica, realizou-se pesquisa jurisprudencial, a fim de demonstrar na prática os meios que o poder público utiliza para interferir nos bens dos particulares.
1. Ocupação Temporária
Ocupação temporária é uma das formas de restrição do Estado sobre a propriedade privada que se caracteriza pela utilização transitória, remunerada ou gratuita, de imóvel de propriedade particular, para fins de interesse público.
Respaldada, principalmente, pelos princípios da supremacia do interesse público e da continuidade do serviço público, ela se dá quando o Estado necessita utilizar-se da propriedade particular, por tempo limitado e por motivos de utilidade ou necessidade pública, com ou sem indenização.
O direito brasileiro regulamenta e prevê algumas hipóteses: “Art.” 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano;”
Alguns juristas defendem que o termo “iminente perigo público” não se aplica mais na ocupação temporária, visto que fazendo assim, falaríamos de requisição administrativa, tornando dois institutos jurídicos com a mesma funcionalidade. 
A atual lei de desapropriações (Decreto-lei nº 3.365, de 21-06-1941) também traz em sua redação, hipótese expressa de ocupação temporária: “Art. 36.  É permitida a ocupação temporária, que será indenizada, afinal, por ação própria, de terrenos não edificados, vizinhos às obras e necessários à sua realização. O expropriante prestará caução, quando exigida.”
Nessa hipótese, Maria Sylvia Zanella Di Pietro (2010, p.133), afirma que, por se tratar de instituto complementar da desapropriação, só poderá ser justificado se presente os seguintes requisitos: 
1º realização de obras públicas;
2º necessidade de ocupação de terrenos vizinhos;
3º inexistência de edificação no terreno ocupado;
4º obrigatoriedade de indenização;
5º prestação de caução prévia, quando exigida.
Segue outros exemplos de ocupação temporária expresso por lei: “Art. 13. A União, bem como os Estados e Municípios mediante autorização federal, poderão proceder a escavações e pesquisas, no interesse da arqueologia e da pré-história em terrenos de propriedade particular, com exceção das áreas muradas que envolvem construções domiciliares. (Lei nº 3.924, de 26-7-1961).
Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos instituído por esta Lei confere à Administração, em relação a eles, a prerrogativa de: 
V - nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente bens móveis, imóveis, pessoal e serviços vinculados ao objeto do contrato, na hipótese da necessidade de acautelar apuração administrativa de faltas contratuais pelo contratado, bem como na hipótese de rescisão do contrato administrativo. (Lei nº 8.666, de 21-06-1993).”
Destarte, identificamos ocupação temporária quando o Estado, de modo transitório, utiliza-se de bens imóveis do particular, terrenos esses não edificados, vizinhos à obra ou necessários à sua realização, por motivos de utilidade ou necessidade pública.
2. Requisição Administrativa
Requisição administrativa trata-se de uma intervenção do Estado no domínio privado, recaindo sobre bens móveis, imóveis e serviços particulares em situações de perigo público iminente e tempos de guerra. 
Antigamente a requisição só podia ser estabelecida em casos de guerra ou movimentos de greve, mas atualmente, o Direito Administrativo nos apresenta as possibilidades de requisição para fins civis e militares, sendo ela dividida nas respectivas modalidades.
O administrador não pode de forma livre instituir a requisição sobre os bens e serviços particulares, sendo necessária a comprovação de um perigo público iminente ou situação de guerra. Ressalta-se que, o perigo iminente além de colocar toda a coletividade em risco, pode ser aquele que estar prestes a ser consumado e seu resultado seja irremediável se algo não for feito pela Administração, sejam riscos por ações humanas ou por forças da natureza.
A fundamentação da requisição administrativa é tratada de uma forma genérica pela CR/88, em seu art. 5º, XXIII, e o art. 170, III, dando a propriedade particular uma forma condicionada ao atendimento da função social, segundo José Dos Santos Carvalho Filho,2016. 
Desta forma, além da fundamentação constitucional,existem ainda outros diplomas legais que disciplinam a matéria em tela, como a Lei Delegada nº 4, de 26.9.1962, e o Decreto-lei nº 2, de 14.1.1966, que versam sobre a intervenção do Estado nos bens e serviços particulares para manter os serviços essenciais para o abastecimento da população. 
A indenização por casos de requisição é feita somente em casos que o uso do bem ou serviço particular, resultar danos ao proprietário, se não houver danos, não haverá indenização. Desta forma, a indenização será paga, se comprovado o dano, somente ao fim do uso do bem ou serviço, visto que, a apuração do quantum indenizatório pode ser morosa, e prejudicar o caráter de urgência da medida. 
Dispõe ainda o art. 5º, XXV, da CF: “Art. 5, XXV no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano.”.
Não obstante, o prazo para o proprietário requerer a indenização é de cinco anos, e o caráter de perigo iminente para justificar a requisição pode ser discutida judicialmente pelo proprietário. 
Por fim, destacamos que a requisição é um ato administrativo autoexecutório e transitório, de caráter pessoal da Administração Pública, ou seja, não depende de qualquer autorização judicial, desde que preencha os requisitos estabelecidos na lei, e cessa assim que acaba a situação de perigo iminente ou guerra. 
3. Tombamento
O tombamento é mais um instituto que o estado utiliza para intervir na propriedade privada. Contudo, esta modalidade é peculiar, tendo em vista que restringe a utilização de determinado bem, sem impedir que seu proprietário possa usufruí-lo. Inicialmente, cumpre registrar que a previsão do referido instituto é constitucional, e está disposto no artigo 216, § 1º com os seguintes dizeres: “O Poder Público, com a colaboração da comunidade, promoverá e protegerá o patrimônio cultural brasileiro, por meio de inventários, registros, vigilância, tombamento e desapropriação, e de outras formas de acautelamento e preservação”.
Diante do mencionado artigo, verifica-se que o objetivo do tombamento é promover a proteção do patrimônio cultural brasileiro, a fim de evitar que o proprietário aniquile um bem que foi considerado pelo poder público de tamanha relevância histórica e cultural que merece ser protegido contra qualquer forma de supressão ou extermínio. Registra-se que o tombamento não é o único instrumento capaz de alcançar tal desiderato, já que o artigo supracitado cita outros meios como a desapropriação, inventários etc. 
Desta forma, é o poder público que declarará que determinado bem deve ser objeto de tombamento. Insta salientar, que tanto os bens móveis quanto os imóveis (art. 1º, DL 25 de 37) podem ser objeto do referido instituto. Consoante o artigo 23, I e III da CR/88, é de competência comum dos entes da administração pública direta (União, Estados, Distrito Federal e Municípios), resguardar qualquer bem que manifeste valores relevantes do ponto de vista cultural, histórico etc. 
Por sua vez, o artigo 24, VII, da CR/88, aduz que compete aos entes políticos – com exceção do município - de forma concorrente a prerrogativa de legiferar sobre as formas de proteção do patrimônio nacional. Nesse sentido, citando dispositivo constitucional, Maria Sylvia Zanella Di Pietro aduz: “Aos Municípios foi dado à atribuição de” promover a proteção de patrimônio histórico- cultural local, observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual” (art.30, inciso IX). Vale dizer que eles não têm competência legislativa nessa matéria, mas devem utilizar os instrumentos de proteção previstos na legislação federal e estadual” (DI PIETRO, 2014, p.145).
De suma importância mencionar que além da Constituição Federal, o Decreto Lei nº 25 de 1937, estabelece as diretrizes de proteção do patrimônio histórico brasileiro. Escorreito afirmar que os aspectos mais relevantes do tombamento é que ele em regra, não gera direito a indenização ao titular de um bem, mormente considerando que este ainda continua com os poderes atinentes ao direito de propriedade, devendo, contudo, respeitar determinadas obrigações, como cuidar, preservar, não demolir ou prejudicar o referido bem. 
Quanto à natureza jurídica do tombamento a doutrina não é uníssona, contudo, parece caminhar no sentido de considerar o tombamento como sendo uma nova forma de intervenção do estado na propriedade. Ou seja, é um instituto autônomo. Da mesma forma diversos doutrinadores, dentre eles Maria Sylvia Zanella Di Pietro (DI PIETRO, 2014, p. 154) consideram o tombamento um ato administrativo discricionário.
O Tombamento pode recair sobre bens públicos ou bens privados. No caso de bem público, nos termos do art. 5º do DL 25/ 37, será de ofício, contudo, o ente político deverá ser notificado, para que o tombamento realize suas consequências de conservação e proteção. Consoante o artigo 6º do DL 25/ 37, em relação a bens privados o tombamento pode ser voluntário ou de forma compulsória, sendo que na forma voluntária o proprietário manifesta interesse no tombamento de determinado bem. Na forma compulsória por sua vez, o referido Decreto Lei estabelece em seu art. 9º o procedimento do Tombamento Compulsório, que é aquele em que há insurgência do titular do bem. De acordo com Maria Sylvia Zanella Di Pietro o tombamento: “É procedimento administrativo, porque não se realiza em um único ato, mas numa sucessão de atos preparatórios, essenciais à validade do ato final, que é a inscrição no Livro do Tombo” (DI PIETRO, 2014, p.147).
Insta salientar que Tombamento pode ser provisório ou definitivo. Provisório tem característica de medida cautelar administrativa, tendo em vista que visa zelar pela conservação do bem enquanto vigorar o referido procedimento. Noutro giro, o tombamento definitivo é o próprio ato que se concretiza com a inscrição do bem em um dos quatro Livros do Tombo, na forma o artigo 1º, § 1º do DL 25/37. Registra-se que em se tratando de bens imóveis, deverá o respectivo ato ser registrado no cartório de registro de imóveis competente. Ademais, nada impede que o bem objeto de Tombamento seja hipotecado, ou sofra gravame pelo penhor, anticrese (CARVALHO FILHO, 2016, p. 1.029).
Dentre os efeitos práticos do tombamento, registram-se alguns, quais sejam: não poderão ser destruídas ou modificadas (art. 17), afeta o direito de vizinhança, ou seja, impõe restrições aos vizinhos (art. 18), em caso de impossibilidade de recursos para conservação do bem, deve o proprietário comunicar ao órgão competente (art.19), cria para o proprietário do bem o dever de suportar a fiscalização do estado para verificar se estão sendo cumpridas as regras atinentes ao tombamento (art.20). De suma importância ressaltar que o art. 22 do DL 25/37 que previa o direito de preferência da União, Estados e Municípios em caso de alienação do bem, foi revogado pelo artigo 1.072, I, do Novo Código de Processo Civil (CARVALHO FILHO, 2016, p. 1.029). Sendo certo que apesar de definitivo o tombamento não é eterno e pode ser desfeito, em de não haver mais interesse de relevância social ou público, ou até mesmo em caso de desaparecimento do bem.
Conclusão
Abordamos em nosso trabalho meio de Intervenção na Propriedade pelo Estado. Como meio interventivo, abordamos em nosso trabalho a ocupação temporária, requisição administrativa e tombamento. 
A ocupação temporária recai sobre bens imóveis, improdutivos, terrenos não edificados (Art. 36 DECRETO-LEI Nº 3.365, DE 21 DE JUNHO DE 1941), vizinhos à obra ou necessários a sua realização. Essa ocupação serve-se para alocar material e maquinas de obras publicas por determinado tempo. Deste modo, a ocupação temporária ocorre sempre que o poder publico, ou quem lhe faça às vezes, tem necessidade de determinado local livre. Essa ocupação será indenizada ao seu fim, e se exigido pelo proprietário é assegurado a essa obrigação por caução.
Já a requisição, como vimos, acontece em casos de iminente perigo publico, quando o estado poderá utilizarda propriedade particular de forma auto executória, assegurada à indenização posterior se houver dano. Contrario da ocupação temporária a requisição incidira em bens moveis imóveis e serviços particulares. Podendo também ser Civis e Militares
Por fim, falamos do Tombamento, que é o instituto da intervenção que visa proteger patrimônios culturais e históricos de um determinado lugar. Bens esse que traduzem aspecto relevante para o patrimônio cultural brasileiro. Essa modalidade ao contrario das outras não enseja indenização, salvo se houver dano ao particular e desde que seja provado. 
Referências
	
CARVALHO FILHO, José dos Santos. MANUAL DE DIREITO. 30. Ed. rev., atual. e ampl. – São Paulo: Ed. Atlas, 2016.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. DIREITO ADMINISTRATIVO. 23ª. Ed. São Paulo: Ed. Atlas, 2010.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. DIREITO ADMINISTRATIVO. 28ª. Ed. São Paulo: Ed. Atlas, 2014
FARIA, Edimur Ferreira de, CURSO DE DIREITO ADMINISTRATIVO. 7. Ed.. Ed. Del Rey, 2011.

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