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Curso de Análise Técnica: Desenvolvimento de uma Metodologia Operacional - Márcio Noronha

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2
O que é (ou representa) uma açãoO que é (ou representa) uma ação
Suponha que você e seus amigos pretendam fazer um investimento para criar um site na Internet voltado para
o mercado financeiro denominado âAplicar.com e, para tal, desejem criar uma empresa. O valor do
investimento a ser efetuado será o capital social da empresa.
Mas, como cada um dos amigos deseja investir valores diferentes resolveu-se dividir o capital por um número
determinado de unidades iguais. Assim, cada um dos investidores terá um número determinado de unidades,
representativas da proporção do seu investimento.
Supondo que o investimento inicial seja de R$100.000,00 dividido em 100 partes iguais, podemos dizer, então,
que cada uma das 100 ações desta empresa vale R$1.000,00, ou que o capital social desta empresa está
representado por 100 ações* no valor de R$1.000,00 cada uma. Assim, temos:
Capital social: R$100,00
Uma vez criada a empresa, vamos supor que tenham sido atendidos junto aos órgãos competentes
todos os requisitos para que a ela possa, a partir de agora, ter as suas ações negociadas em bolsa.
A partir deste momento, deparamo-nos com o problema que todo e qualquer investidor tem, ou seja,
avaliar de algum modo se o preço destas ações, agora cotadas em bolsa, está caro ou barato, se vai
permanecer onde está, se vai subir ou se vai cair.
Existem várias maneiras de fazer esta análise, mais duas possuem mais seguidores: a análise
técnica e a análise fundamentalista.
Embora ambas tentem resolver o mesmo problema da direção do preço, elas diferem na sua forma
de avaliação. A escola fundamentalista estuda as causas do movimento do preço, enquanto a escola
técnica estuda os efeitos. O analista técnico argumenta que os efeitos são tudo que ele quer ou
necessita saber e que as razões pelas quais os preços se movimentam são desnecessárias. O
analista fundamentalista, por outro lado, sempre tem de saber o porquê. A escola fundamentalista
trabalha com dados provenientes do estudo econômico-financeiro da empresa dentro do cenário
micro e macro econômico, eventualmente, associado ao cenário internacional, enquanto a escola
técnica trabalha com dados disponibilizados pela movimentação dos preços e volumes, bem como,
indicadores matemático-estatístico a eles relacionados.
*
Maiores esclarecimentos poderão ser obtidos no site do Investshop trilhando o seguinte percurso: página principal/eu
quero acessar a área de aprendizado/curso virtual/introdução ao mercado financeiro/em primeiros passos: acessar o ícone do
( $ ) - clicar em 3– ações.
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
1 1 1 1 1 1 1 1 1
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Cada quadrado interno representa 1/100% do capital social, no
caso representado por uma ação no valor de R$1.000,00.
O quadrado externo (o todo, a linha mais espessa), ao lado,
representa a 100% do capital social da empresa, dividido em 100
partes (ações) no valor de R$1.000,00 cada.
3
Introdução
Adepto da análise técnica como instrumento para tomadas de decisões nas operações de compra e
venda dos diversos ativos negociados nas bolsas de valores, em 1996 lancei o livro “Análise Técnica:
Teorias, Ferramentas e Estratégias”. Minha intenção foi a de preencher uma lacuna no mercado
editorial brasileiro e colocar, ao alcance do leitor, uma visão abrangente de algumas das várias,
teorias da escola técnica, bem como mostrar sua enorme utilidade.
Ao escrevê-lo, procurei fazer uma obra didática acessível a qualquer pessoa disposta a encará-lo
como um livro de estudos, imaginando que, para absorver seu conteúdo, seriam necessárias muitas
horas de trabalho combinado de leitura, papel, lápis, régua e borracha e releitura. Em vias de lançar a
segunda edição, percebi, ao longo destes anos, graças ao advento da Internet como um meio de
comunicação rápida e barata, que meu intento foi praticamente atingido. Um ou outro conceito básico
que aos meus olhos parecia fácil de ser assimilados pelo leigo, mostrou-se, na prática, um pouco
complexo. Felizmente, como disse, a Internet gerou o elo de comunicação para que, aqueles poucos
que ficaram com algumas dúvidas diante do texto, pudessem esclarecê-las.
Há um ano e meio atrás, com a Internet começando a se disseminar pelo Brasil, organizei uma
revista eletrônica (arquivo enviado pelo correio eletrônico) integrada com cursos de análise técnica.
De fato, pensei na revista como sendo o complemento dinâmico do curso, uma oportunidade de
mostrar, num cenário real e quase ao vivo, as aplicações práticas das teorias, ferramentas e
estratégias ali apresentadas. Foi uma experiência pioneira que persiste até hoje e que agora, graças
à nossa integração com a Investshop, certamente se ampliará, pois, além do curso e da revista, serão
promovidos chats complementares para esclarecimento de eventuais dúvidas dos cursos, chats de
avaliação do mercado, palestras ao vivo, enfim, tudo o que for necessário e estiver ao nosso alcance
para prepará-lo para um confronto vitorioso contra este adversário astuto e enganador: o mercado.
Nossa intenção, nesta experiência inicial, é a de lhe oferecer um curso que começa dos conceitos
técnicos elementares e termina com a conquista do conhecimento teórico e prático de uma
metodologia operacional. Ainda que, no futuro, possa vir a discordar desta metodologia, garanto que
só o fará porque, no decorrer deste curso, terá adquirido conhecimento suficiente para permitir a
opção por novos caminhos.
O que é análise técnica?
Análise técnica, de uma maneira simples, é uma abordagem que permite ao seu praticante avaliar
qual o melhor momento (timing) para se iniciar e encerrar uma operação de compra ou de venda de
um ativo financeiro ou quando ficar fora do mercado. Para tanto, utiliza gráficos e teorias formuladas
sobre sua dinâmica e, mais recentemente, estudos matemáticos -estatísticos complementares que
conhecerão ao longo deste e de outros cursos que aqui serão ministrados.
As primeiras teorias e métodos operacionais surgiram no início do século XX1. Pesquisando,
encontrei que, em 1901, durante a fusão da U.S.Steel, um dos seus diretores James R. Keene
utilizava a técnica dos gráficos Ponto-Figura intensamente. Posteriormente, alguns “scalpers”
(operadores de pregão) passaram a utilizá-la nas suas operações day-trade (intra dia) e a prática do
mercado acabou convertendo-a numa teoria de uso comum, não se sabendo ao certo quem foi o seu
criador.
1 Cabe registrar, porém, que o método técnico mais antigo que se tem registro para analisar preços data da segunda metade
do século XVIII. Trata-se do Candelabro Japonês. Entretanto, esta técnica só se popularizou no ocidente a partir da década
de 90.
4
Na mesma época, Charles H. Dow, proprietário de um serviço de informações voltado para o
mercado financeiro - Dow-Jones Financial News - e a quem é creditada a invenção dos índices no
mercado de ações, em artigos escritos para o Wall Street Journal definiu os conceitos básicos do
viria a se tornar uma teoria. Após sua morte em 1902, seu sucessor na editoria do jornal, William P.
Hamilton, continuou escrevendo nos 27 anos seguintes novos editoriais e dando forma àquilo que
hoje é mundialmente conhecido como “A Teoria de Dow”, na minha opinião a essência da análise
técnica e por onde começaremos. Mas, antes, será preciso que conheça algumas noções básicas
para melhor entendimento de suas regras e conceitos.
Noções básicas
1) A BARRA DE PREÇOS:
Uma barra de preços, simbolizada por uma barra vertical, é o
registro pictográfico (o traçado) de um dia de atividade do preço
(um pregão) de um ativo financeiro (podem ser índices, ações ou
mercadorias agro-pecuárias/financeiras), onde cada preço é um
consenso momentâneo de valor de todos os participantes do
mercado, expresso em movimento.
Cada barra de preçofornece alguns pedaços de informação sobre
o equilíbrio de forças entre compradores e vendedores. Não saber
interpretá-la é como tentar ler desconhecendo o alfabeto. Na
barra vertical, através de um traço (tique) horizontal à sua esquerda está representado o nível de
preço do primeiro negócio do dia, a abertura. O último negócio do dia, o fechamento, é
representado por um tique horizontal à sua direita. As extremidades superior e inferior representam
respectivamente amáxima e a mínima atingidas neste dia.
O preço de abertura de uma barra reflete a opinião de valor dos leigos. Depois de ler o jornal da
manhã e dar alguns telefonemas, ligam para seus assessores passando-lhes ordens para serem
executadas na abertura do pregão.
O preço de fechamento de uma barra tende a refletir a atividade dos investidores profissionais. Eles
observam o mercado durante o dia, respondem às mudanças e tornam-se bastante ativos
especialmente no final do pregão, próximo do fechamento.
A máxima de cada barra representa a força máxima dos compradores naquele dia, isto é, o limite até
onde suas compras empurraram o preço para cima até esbarrarem na resistência oferecida pelos
vendedores.
A mínima de cada barra representa a força máxima dos vendedores naquele dia, isto é, o limite até
onde suas vendas empurraram o preço para baixo até esbarrarem no suporte oferecido pelos
compradores.
A distância entre a máxima e a mínima de qualquer barra revela a intensidade do conflito entre
compradores e vendedores. Uma barra de tamanho médio define um mercado relativamente
tranqüilo. Uma barra que é apenas metade da de tamanho médio revela um mercado sonolento e
desinteressado. Uma barra que é o dobro da média mostra um mercado em ebulição, onde
compradores e vendedores batalham em todos os momentos.
Para que possa entender melhor ainda o significado de uma barra, de como se processa a luta entre
compradores e vendedores ao longo de um dia de pregão, vou dissecá-la, criando um
desdobramento hipotético. Imagine, agora, que o pregão fosse dividido em 18 períodos de 15 minutos
5
com intervalos de 1 minuto entre eles e que cada barra de 15 minutos fosse construída de maneira
idêntica à barra diária, com o valor da abertura, o valor da máxima, o valor da mínima e o valor do
fechamento. No final do dia, utilizando dois eixos perpendiculares (o horizontal representando uma
escala de tempo e o vertical de valor), é possível verificar, através da movimentação das barras de 15
minutos, como foi o pregão daquele dia.
No exemplo acima, na primeira barra de 15 minutos, a abertura (o primeiro negócio concretizado) foi
a R$4,20. Depois, o preço cedeu ligeiramente até R$4,00 (registrando a mínima desta barra), subiu
até 9,20 (registrando a máxima desta barra) e cedeu fechando (o último negócio executado desta
barra) a 7,40.
Na barra seguinte, o primeiro negócio (abertura) foi feito a 7,40. Em seguida o preço subiu
ligeiramente atingindo a máxima de 7,50, de onde começou a declinar até chegar a uma mínima de
4,50 e fechar com uma ligeira melhora a 5,20.
Na terceira barra, o primeiro negócio (abertura) foi fechado a 6,10. Coincidentemente, em função de o
primeiro negócio ter sido executado no valor máximo desta barra, o preço da máxima ficou sendo
igual ao da abertura. No restante do período, o preço foi cedendo gradualmente até o último negócio
realizado a 3,20. Como o valor do último negócio foi feito no preço mais baixo da barra, a mínima e o
fechamento ficaram com os mesmos valores.
Com base no que foi visto, proponho um teste de assimilação: Quais são os valores (aproximados) de
abertura, máxima, mínima e fechamento das ÚLTIMAS 14 barras? Na próxima página encontrará
uma tabela pronta para fazer o exercício.
6
B5 B6 B7 B8 B9 B10 B11 B12 B13 B14 B15 B16 B17 B18
Abe
Máx
Mín
Fech
A combinação destas idas e vindas das barras de periodicidade de 15 minutos, que abrangem um dia
inteiro de negociações (um pregão), forma uma única barra de periodicidade diária. No diagrama da
página anterior está representada pela barra em negrito, a última e a maior de todas. Ela incorpora o
preço do primeiro negócio do dia (abertura), a maior máxima e a menor mínima registradas dentro do
dia e o último negócio do dia (fechamento). Você será capaz de fornecer os valores desta barra com
o que foi exposto até agora?
Abertura ____ Máxima ____ Mínima ____ Fechamento ____
Como pode observar, apesar de não detalhar todas as oscilações do mercado naquele dia, o que
vimos através das barras de 15 minutos revela uma boa parte do todo. Neste dia, os compradores
venceram a batalha.
Ao longo deste curso e das revistas, freqüentemente você lerá textos com referências a gráficos
intradia, diários, semanais e mensais. São assim designados em função da periodicidade (freqüência)
da barra.
Num gráfico semanal, uma única barra tem o mesmo padrão de combinação do exemplo que vimos
com as barras de 15 minutos formando uma única barra diária. Só que, em vez de reunirmos a
abertura, a máxima, a mínima e o fechamento de 18 barras de 15 minutos, combinamos os mesmos
valores das barras diárias que se formaram durante a semana (5 barras numa semana sem feriado.
Se tivermos um feriado na semana, a barra semanal assume o valor combinado das quatro restantes.
Se a semana tiver apenas 1 dia útil, as barras diária e semanal serão iguais).
Num gráfico mensal, uma única barra representa a combinação dos valores de abertura, máxima,
mínima e fechamento das barras diárias que se formaram dentro daquele mês. E, assim por diante.
2) SUPORTES E RESISTÊNCIAS
Agora que já sabe como se constrói e o que representa uma barra de preços, vamos examinar dois
conceitos básicos na análise dos gráficos: Suporte e Resistência. Antes, porém, é preciso que
conheça o significado de ponto de retorno, topo e fundo
Ponto de retorno é todo local onde ocorre uma inversão na direção prévia de uma seqüência de
barras de preços, conforme exemplo abaixo:
Topo é o nível de preço mais alto atingido por uma sucessão de duas ou mais barras de preço antes
da ocorrência de um ponto de inversão, conforme exemplo da figura 1, acima.
TOPO
Fig. 1
PONTO DE RETORNO
Fig. 2
FUNDO
PONTO DE RETORNO
7
Fundo é o nível de preço mais baixo atingido por uma sucessão de duas ou mais barras de preço
antes da ocorrência de um ponto de inversão, conforme exemplo da figura 2, da página anterior.
Diante do exposto acima, posso afirmar que:
a) Suportes são níveis de preços onde as compras feitas pelos investidores são fortes o
suficiente para interromper durante algum tempo e, possivelmente, reverter um processo de
queda, gerando um ponto de retorno;
b) Resistências são níveis de preços onde as vendas feitas pelos investidores são fortes o
suficiente para interromper durante algum tempo e, possivelmente, reverter um processo de
subida, gerando um ponto de retorno.
Assim, topos são zonas de resistência e fundos são zonas de suporte. Uma vez definida uma
região de suporte ou resistência, seus papéis podem-se alternar, isto é, uma região de resistência
recente, uma vez rompida para cima pode transformar-se numa área de suporte e um suporte
recente, uma vez rompido para baixo, transformar-se numa área de resistência, conforme ilustra o
diagrama abaixo:
O que leva à interrupção de uma seqüência de barras ascendentes/descendentes? Existem suporte e
resistência porque as pessoas têm memória. Nossa memória nos induz a comprar e a vender a
certos níveis. As compras e as vendas, por parte do universo de investidores, criam suporte e
resistência. Se os investidores se lembram que recentemente os preços pararam de cair e, a partir
daí subiram até um certo nível, provavelmente uma volta a esses níveis os induzirão a comprar
novamente. Se os investidores se lembram que uma subida recente reverteu, após atingir um certo
topo, tenderãoa vender quando os preços voltarem a esse nível novamente. Geralmente, este tipo de
comportamento acaba criando regiões onde os preços ficam-se alternando do suporte para a
resistência e vice-versa, sem assumir uma direção. Nestes casos, os níveis de suporte e resistência
ficam fáceis de serem vistos e a formação recebe o nome de congestão.
3) A FORÇA DOS SUPORTES E RESISTÊNCIAS
A força de cada área de suporte ou resistência está baseada em três fatores: no seu comprimento, na
sua altura e no volume negociado durante sua formação. Assim, temos:
1. Quanto mais longa uma área de suporte ou resistência - sua duração no tempo ou o número
de vezes que foi atingida - mais forte ela é.
Uma área de congestão de uma ou duas semanas fornece apenas um mínimo de suporte ou
resistência. Já uma área de dois meses dá às pessoas tempo de usá-la criando suportes e
8
resistências intermediárias, enquanto uma área de congestão de dois anos é aceita como padrão de
valor e oferece os principais suportes e resistências.
A força de um suporte ou resistência aumenta cada vez que a área é atingida. Quanto mais vezes
uma área de suporte ou resistência é tocada com o preço voltando a subir ou cair respectivamente,
mais confiável ela se torna. Quando os investidores vêem que os preços têm revertido a um certo
nível, tendem a apostar numa reversão na próxima vez em que o preço atingir aquele nível.
À medida em que os níveis de suporte e resistência vão envelhecendo, gradualmente vão tornando-
se mais fracos. Os perdedores se retiraram do mercado e foram substituídos por outros que não têm
o mesmo comprometimento emocional com os velhos níveis de preço. Somente pessoas que
perderam dinheiro recentemente lembram-se do que aconteceu com eles. Provavelmente ainda estão
no mercado, sentindo dor e arrependimento, tentando buscar seu dinheiro de volta. Pessoas que
anos atrás tomaram decisões erradas, provavelmente estão fora do mercado e suas memórias não
têm importância para o corrente desenvolvimento do mercado.
2. Quanto maior a amplitude de uma área de congestão, mais forte ela é.
Assim como numa propriedade, quanto mais alto o muro, mais difícil ultrapassar. Isto se deve à
energia despendida durante a longa caminhada de um extremo ao outro da congestão. Assim,
quando o preço se aproxima de um dos limites, já chega sem gás e sem força para o rompimento.
Por esse motivo, o rompimento da congestão ocorre porque o impulso que a provocou é muito forte e
não vai parar tão cedo, gerando movimentos prolongados na direção do rompimento.
Lembrete: A lembrança de sucesso ou insucesso de compras e vendas feitas em certos
níveis de preço é uma das principais razões para que estes se transformem em suporte ou
resistência.
Resistência principal
Resistência intermediária
Suporte principal
Suporte intermediário
Amplitude da congestão
9
3. Quanto maior o volume das operações numa área de suporte/ resistência, mais forte ela é.
Até agora ainda não falamos sobre o volume. Nas próximas aulas, ele será tratado detalhadamente,
dada a sua importância na análise técnica. Por ora, entenda o volume como a medida que expressa o
valor financeiro negociado num dia de pregão (tanto pode ser global – do mercado como um todo,
como individual – de apenas um ativo). Também pode ser expresso fisicamente pelo total dos títulos
negociados ou individualmente. Nos gráficos de barra ele é registrado (plotado) na parte inferior da
janela, através de uma barra vertical, onde se encontra uma escala de valor.
Alto volume numa área de congestão mostra o envolvimento ativo dos investidores - um sinal de forte
comprometimento emocional. Baixo volume mostra que os investidores tiveram pouco interesse em
transacionar naqueles níveis - sinalizando que os níveis de suporte ou resistência são fracos.
Apesar da simulação, a idéia deste diagrama é mostra-lhe que, nos limites externos da congestão, o
volume cresce de maneira sensível, fornecendo uma pista importante de que nesses extremos
aumenta consideravelmente a transferência de títulos entre os compradores e vendedores, gerando
um suporte ou resistência mais importante do que nos níveis de suporte e resistência intermediários.
Na próxima aula começaremos a ver a Teoria de Dow.
Para que possa fazer uma avaliação da evolução do seu aprendizado estou lhe disponibilizando uma
série de exercícios cujas respostas serão fornecidas no Chat do curso e na próxima aula.
Este curso só atingirá seu objetivo se não ficarem dúvidas. Por isto, fique à vontade e não se sinta
acanhado em solicitar ajuda. Este curso é para quem ainda não sabe!
Escala do volume Barras do volume
10
Testes de assimilação do conteúdo da aula1Testes de assimilação do conteúdo da aula1
1. Supondo que a barra do diagrama represente um dia de pregão de Petrobrás, no ponto III da
barra o preço é:
a) 150
b) 152
c) 140
d) 143
2. Supondo que estivesse observando a barra do dia anterior, qual o valor do seu fechamento?
a) 150
b) 152
c) 140
d) 143
3. Numere de acordo com a resposta certa:
Fechamento ___ 1. Reflete a opinião dos leigos
Máxima ___ 2. Reflete a força máxima dos vendedores
Abertura ___ 3. Reflete a força máxima dos compradores
Mínima ___ 4. Reflete a opinião dos profissionais
4. Qual destas barras reflete um mercado em ebulição?
5. Defina com apenas uma palavra o motivo principal para formação de suportes e resistências.
___________________
I
I
a b c
II
III
IV
II
III
IV
11
6. Observando o diagrama abaixo, responda:
1) Que linhas pontilhadas representam níveis de
suporte?
a) A e B b) B e D c) A e D
2) Que linhas pontilhadas representam níveis de
resistência?
a) A e B b) B e D c) A e D
3) Que linhas cheias representam nitidamente o
rompimento de uma resistência?
a) H e E b) G e F c) G e H d) E e F
7. Selecione a resposta certa:
Num nível de suporte:
a) as compras e vendas estão equilibradas;
b) a pressão das vendas supera a das compras;
c) os preços viram para baixo;
d) a pressão das compras supera a das vendas.
8. Selecione qual a afirmação correta sobre resistência:
a) não pode ser penetrada;
b) a pressão das compras supera a das vendas;
c) é um nível de preço acima do mercado;
d) é um nível de preço abaixo do mercado.
9. Referindo-me ao gráfico acima, como são chamadas as áreas delimitadas pelas linhas pontilhadas
(A e B) e (B e D)?
a) resistência;
b) congestão;
c) suporte.
10. Das teorias abaixo, qual é a mais antiga?
a) Dow
b) Candelabro Japonês
c) Ponto-Figura
11. Em qual destas situações um suporte ou uma resistência podem inverter seu papel?
a) Quando o volume fica alto
b) Quando a amplitude de uma congestão é muito grande
c) Quando eles são ultrapassados
Na próxima página lanço dois desafios que requerem muita observação e imaginação, visto que exige
que vá um pouco além do que vimos nesta aula. Principalmente, requer bom senso. Se não
conseguir respondê-los, não se aflija. Tenho certeza que com mais uma aula achará estes desafios
exercícios primários.
F
D
E
B
H
G
A
12
DESAFIO
1. No quadro abaixo, temos, fora de ordem, 4 gráficos de um mesmo ativo em 4 periodicidades
diferentes (hora, dia, semana e mês). Apenas contando com a observação você seria capaz de
classificá-los nesta ordem?
RESPOSTAS
a) B, A, C e D
b) B, D, A e C
c) C, B, D e A
d) C, D, A e B
e) D, B, C e A
f) D, B, A e C
g) A, C, B e D
h) A, C, D e B
Observação:
Se acertar esta
questão de modo
consciente, pode
considerar que está
começando a pegar o
espírito da coisa.
2. Baseado nas definições de topos e fundos e no diagrama superior da página 6, que mostra níveis de
suporte/resistência principal e intermediário, marque com TP, TI, FP e FI os topos e fundos principais e
intermediários no gráfico abaixo.
Treinamento com usode gráficos e ferramentasTreinamento com uso de gráficos e ferramentas
Em parceria com o Investshop.com, a Apligraf está disponibilizando aos alunos do curso e aos clientes do
Investshop.com em geral, um programa de análise técnica, com banco de dados atualizados diariamente, que
permite acessar alguns gráficos em periodicidade de 15 minutos e diária, bem como algumas ferramentas para
que possa ir se ambientando e acompanhando o curso de análise técnica.
Para usa-lo, siga os seguintes passos:
1) Conectado na Internet acesse: www2.apligraf.com.br/scripts/telaCotacoesp
Observação: Note que o primeiro “C” de Cotacoesp é maiúsculo.
2) Ao acessar a página, encontrará um layout parecido com este:
Smartrack WEB Proãã
Incluir ativos Remover ativos
ok ok
Tipo de gráfico Indexador Tamanho
Clique aqui para mais gráficos
FastGraphic
Clique sobre o nome do ativo para obter o gráfico correspondente
Ativo Data/hora Abertura Máxima Mínima Última Var% Volume F.Anterior
IBOVESPA
3) Para plotar um gráfico, clique no botão ( ) da janela “Incluir ativos” que ela se abrirá com uma lista de
ativos que poderão ser selecionados um da cada vez, clicando-se sobre o nome do ativo, seguido de
um clique no botão ( ok ).
4) Na janela “Remover ativos”, clicando sobre o nome de um ativo seguido por ( ok ) o excluirá da lista
selecionada;
5) Em seguida, se quiser selecionar algum estudo, entre na janela “Tipo de gráfico” e faça sua escolha e
clique sobre ele para que fique aparecendo na janela;
6) Se quiser indexar o gráfico ao dólar, ou ao CDI, o procedimento é o mesmo na janela correspondente;
7) À medida que for selecionando, notará que a seção “Clique sobre o nome do ativo para obter o gráfico
selecionado” vai crescendo para baixo com os nomes dos gráficos selecionados;
8) Clicando sobre o nome de qualquer um deles, se abrirá uma nova janela onde aparecerá o gráfico
escolhido;
9) Se quiser trabalhar com ele, na parte superior encontrará vários botões: Se clicar em Grid, aparecerá
um plano de fundo quadriculado. Para remove-lo, clique em Grid novamente. Se quiser ver o gráfico de
barras no formato das velas do Candlestick, clique em Candle. Para retornar para barras, clique em
cima de Candle novamente. Z+, Z-, 0 e ZH são formas de zoom; O ZH é o zoom histórico que lhe
permite ver um longo período de dados. O botão “Cur” é para inserir um cursor de modo a trafegar pelo
gráfico; se clicar duas vezes sobre ele, além do ponteiro abrem-se duas linhas perpendiculares, que lhe
permite a leitura de uma barra. Para desfazer clique em cima novamente. O botão “Diário converte o
gráfico de 15 minutos em diário e vice-versa, se clicar novamente sobre ele. Na janela das ferramentas,
poderá traçar retas e apaga-las. Ao clicar em retas, clique com o cursor num ponto selecionado e
arraste-o até um outro, que a reta se formará. Magnética é um atributo semelhante a um ímã, atraindo a
reta para as mínimas ou máximas, conforme o caso. O “IFR 9/5” (Índice de Força Relativa calculado
sobre as últimas 9 barras com uma média móvel das 5 últimas) pode ter suas variáveis alteradas. Para
tanto, clique no botão “IFR9/5” e altere a seu gosto. O percentual de retracement é uma medida de
quanto o mercado já corrigiu, partindo de um fundo ou de um topo selecionado.
Respostas dos testes de assimilação da aula1Respostas dos testes de assimilação da aula1
1. O ponto III é a abertura. Conforme pode notar no diagrama, ela é menor do que a máxima e maior
do que o fechamento e a mínima. O fechamento é maior do que a mínima. Portanto, temos:
Ponto III (abertura) = 150
Ponto I (máxima) = 152
Ponto II (fechamento) = 143
Ponto IV (mínima) = 140
2. O fechamento é o ponto II. Ele é menor do que a máxima e a abertura e maior do que a mínima.
Portanto, temos:
Fechamento (ponto II) = 143
Abertura (ponto III) = 150
Máxima (ponto I) = 152
Mínima (ponto IV) = 140
3.
Fechamento 1. Reflete a opinião dos leigos
Máxima 2. Reflete a força máxima dos vendedores
Abertura 3. Reflete a força máxima dos compradores
Mínima 4. Reflete a opinião dos profissionais
4. A maior delas: a
5. Memória ou Lembrança
6.1. As linhas pontilhadas que representam níveis de suporte são A e B. A linha D é uma resistência.
6.2. As linhas pontilhadas que representam níveis de resistência são B e D. A linha A é um suporte.
6.3. As linhas cheias que representam nitidamente o rompimento de uma resistência são E e F.
7. A pressão das compras supera a das vendas ( d ).
8. È um nível de preço acima do mercado ( c ).
9. São chamadas de área de congestão ( b ).
10. A teoria mais antiga utilizada na análise técnica moderna é o Candelabro Japonês.
11. Quando eles são ultrapassados ( c ).
12. Na ordem hora-dia-semana-mês, a seqüência correta é a g: (A, C, B e D).
13. A noção de topos e fundos principais e secundários, de uma certa forma, é subjetiva. Eles serão
definidos com precisão quando forem classificados de acordo com a sua periodicidade. Por ora,
minha intenção era apenas informar que existem topos e fundos mais e menos importantes. No
gráfico abaixo, os topos mais importantes (principais) são aqueles cujo ponto de inversão ocorreu
após um movimento mais prolongado numa determinada direção e os menos importantes
(secundários) são aqueles que inverteram a direção do preço por um curto período de tempo e que
na seqüência formam um movimento mais amplo, cuja inversão no extremo cria um topo ou fundo
principal.
___________________________________________________________________________
Na aula passada você tomou contato com as noções básicas de barra de preços, topos e fundos,
ponto de retorno, suporte, resistência e congestão. Para facilitar seu entendimento antes de
entrarmos na Teoria de Dow, ficaram faltando dois conceitos, ziguezagues e tendências, que
veremos a seguir.
1. ZIGUEZAGUE
O ziguezague é o padrão básico da direção dos preços. Como podem observar no quadro da página
anterior, os preços de um ativo negociado nas bolsas, quando se movimentam, geralmente, não o
fazem em linha reta, eles serpenteiam.
A observação de uma barra, como vimos, permite que você extraia alguns pedaços de informações
sobre o equilíbrio das forças entre compradores e vendedores, mas por si só, ela não é suficiente
para nos fornecer a direção do mercado.
Para que tenhamos uma sinalização da direção de um preço (ou de um mercado) é preciso que ele
se movimente até um nível qualquer, formando um extremo (topo ou fundo) e que este movimento
seja seguido por dois pontos de retorno, o primeiro na direção oposta e o segundo na direção inicial
rompendo (ou penetrando) o extremo do topo ou fundo prévio. O diagrama abaixo ajudará na
compreensão do texto:
Sinalização de alta Sinalização de baixa Sinalização indefinida
Representação simbólica de um
ziguezague ascendente
Representação simbólica de um
ziguezague descendente
Representação simbólica de um
ziguezague lateral
Para efeito didático, daqui em diante, chamarei de zigue à combinação do movimento inicial com
primeiro retorno [( ) ou ( )] e de zague a perna da penetração [( / ) ou ( \ ). No gráfico abaixo, do
T
T
F F
T T
F
F
T T
T T
F
F
F
FF
T
F
T
FF
T T T
T
T
T
T
T
F
F
F
F
F
T
T
T
T
T
TT
F
TT
TT
F
F
F FF
F
F
Bovespa diário assinalei alguns exemplos de ziguezagues reais ocorridos durante seu
desdobramento. Com o objetivo de ir treinando sua visão, observe e vá se acostumando com o fato
de que a amplitude dos ziguezagues é variável, alternando entre pequenos, médios e grandes,
indistintamente.
5. AS TENDÊNCIAS
Vimos no estudo do ziguezague que ele é o padrão básico da direção dos preços, podendo ser
ascendente, indefinido e descendente. A permanência de um preço numa determinada direção,
durante um período de tempo, nos leva ao conceito de tendência.Assim, temos que:
Tendência de Alta é uma sucessão de topos e fundos ascendentes (uma sucessão de ziguezagues
para cima).
Tendência de Baixa é uma sucessão de topos e fundos descendentes (uma sucessão de
ziguezagues para baixo).
Tendência Lateral ou em Linha é uma sucessão de topos e fundos horizontalmente irregulares (uma
sucessão lateral de ziguezagues irregulares). No diagrama abaixo, os conceitos acima ficarão mais
evidentes:
Tendência de Alta Tendência de Baixa Tendência Indefinida e em Linha
Aproveite o gráfico utilizado para exemplificar os ziguezagues e veja quantas tendências de alta,
baixa e indefinidas consegue identificar.
Examinados estes conceitos básicos, necessários para melhor compreensão do curso, podemos
começar a nossa caminhada pela estrada da análise técnica. Apesar das muitas variantes da escola
técnica, neste curso inicial nos concentraremos sobre o desenvolvimento de um método operacional
construído através da combinação de algumas das suas principais teorias. Acredito, convictamente,
que ao seu término estará capacitado a enfrentar o mercado como nunca esteve antes.
T
F
F
F
F
F
PPPRRRIIINNNCCCÍÍÍPPPIIIOOOSSS EEE DDDEEEFFFIIINNNIIIÇÇÇÕÕÕEEESSS BBBÁÁÁSSSIIICCCAAASSS DDDAAA TTTEEEOOORRRIIIAAA DDDEEE DDDOOOWWW
A Teoria de Dow é a espinha dorsal da análise gráfica. Acredita-se que Charles Dow foi o primeiro a
fazer um verdadeiro esforço para expressar a tendência geral (ou, mais corretamente, o nível) do
mercado de ações em termos de uma média de preços de um grupo selecionado de ações
representativas. São os seus princípios e conceitos que nos permitem observar um gráfico de preços
e avaliar a situação corrente, bem como, fazer projeções futuras sobre sua evolução.
Apesar dos seus princípios e definições terem sido formulados com base no comportamento dos dois
índices 2 que ele havia criado, ela pode ser aplicada em qualquer mercado onde os preços se formem
livremente (oferta x procura).
No curso que ministrei na revista Timing, só abordei dois princípios da Teoria porque eram os que
mais tinham a ver com o objetivo do curso, o que poderia se repetir aqui. Entretanto, para criar uma
cultura, neste curso veremos mais alguns.
Referências básicas
1. Os Índices Descontam Tudo (exceto “Atos de Deus”): porque eles refletem a atividade
combinada de milhares de investidores, incluindo aqueles possuidores de melhores previsões e
informações sobre tendências e eventos. Os índices, nas suas flutuações do dia-a-dia, descontam
tudo que de alguma forma possa afetar a oferta e a procura dos ativos negociados. Mesmo
calamidades naturais imprevisíveis, quando ocorrem, são rapidamente avaliadas e, seus possíveis
efeitos, descontados.
Comentário: O sentido deste princípio é de que as oscilações diárias dos preços já têm embutidas
(descontadas) no seu valor os eventos futuros, desconhecidos pela maioria dos participantes do
mercado e, que quando ocorre algum evento desconhecido por todos, tais como uma catástrofe
natural (um terremoto numa região industrial, por exemplo), num primeiro momento provoca fortes
oscilações no mercado, que são logo seguidas de reajuste até ser encontrada uma nova zona de
normalidade.
2. As Três Tendências: O “Mercado”, significando o preço das ações em geral, move-se em
tendências das quais as mais importantes são as Primárias. Elas são longos movimentos para cima
ou para baixo que duram normalmente um ano ou mais e resultam em grandes valorizações ou
desvalorizações dos preços. Os movimentos na direção da tendência Primária são, algumas vezes,
interrompidos, em intervalos, por oscilações Secundárias na direção oposta ¾ reações ou
“correções” quando o movimento Primário foi além de si mesmo (exagerou) e precisa, então,
recuperar forças para prosseguir. Finalmente, as tendências Secundárias são compostas pelas
tendências Terciárias que refletem a oscilação do dia-a-dia.
Diante do exposto no parágrafo anterior podemos dizer que uma Tendência Primária de Alta é
formada por uma sucessão de subidas e descidas secundárias, onde cada movimento (perna) de alta
ultrapassa o topo do movimento (perna) de alta precedente e cada movimento (perna) de baixa volta
a subir (reverte) de um nível mais alto que o fundo do movimento (perna) de baixa precedente. Isto é
o que definido, pela Teoria de Dow, como Mercado de Alta. Inversamente, Tendência Primária de
Baixa é formada por uma sucessão de subidas e descidas secundárias, onde cada movimento
(perna) de baixa ultrapassa o fundo do movimento (perna) de baixa precedente e cada movimento
2 Quando Dow estudou as tendências do mercado criou dois índices Dow-Jones. Um era composto por ações de 20
empresas ferroviárias (empresas dominantes naquela época) denominado Índice Dow-Jones Ferroviário e o outro,
representado inicialmente por 12 empresas industriais, aumentado para 20 empresas em 1916 e finalmente para 30 em 1928,
denominado Índice Dow-Jones Industrial.
(perna) de alta volta a cair (reverte) de um nível mais baixo que o topo do movimento (perna) de alta
precedente. Isto é o que definido, pela Teoria de Dow, como Mercado de Baixa.
De maneira idêntica podemos afirmar que uma Tendência Secundária de Alta é formada por uma
sucessão de subidas e descidas terciárias, onde cada movimento (perna) de alta ultrapassa o topo do
movimento (perna) de alta precedente e cada movimento (perna) de baixa volta a subir (reverte) de
um nível mais alto que o fundo do movimento (perna) de baixa precedente. Inversamente, Tendência
Secundária de Baixa é formada por uma sucessão de subidas e descidas terciárias, onde cada
movimento (perna) de baixa ultrapassa o fundo do movimento (perna) de baixa precedente e cada
movimento (perna) de alta volta a cair (reverte) de um nível mais baixo que o topo do movimento
(perna) de alta precedente.
As Tendências Secundárias geralmente duram de três semanas a alguns meses, raramente mais.
Costumam retroceder (corrigir) de um terço a dois terços da Tendência Primária precedente.
As Tendências Terciárias seguem o mesmo padrão das duas anteriores, mas formadas por
flutuações que em si mesmas são pouco significativas. Estes movimentos são de curta duração, em
geral menos de seis dias, raramente mais do que três semanas.
Com o intuito de facilitar o entendimento da classificação das tendências, segue-se um diagrama.
Esclareço, entretanto, que no mundo real, os ziguezagues raramente desdobram-se de maneira tão
certinha assim. Muitas vezes, terá que lançar mão de recursos complementares para melhor
identificá-las. Alguns desses recursos podem ser: traçar linhas de tendência ou marcar o canal,
visualizar o gráfico em linha utilizando apenas os preços de fechamento, subir de periodicidade, o uso
de indicadores complementares (médias móveis), etc. Tudo isto será visto mais para frente.
Parece um quadro do Volpi, mas não é. É o uso das cores com objetivo didático. A linha preta
contínua é o gráfico de preços computados apenas pelos fechamento. Todo o desdobramento incluso
Tendência Primária de Baixa
Tendência Primária de Alta
Tendência Secundária de Alta
Tendência Secundária de Baixa
Tendência Terciária de Baixa
Tendência Terciária de Alta
na área azul mais escura até o topo mais alto é o que chamamos de uma tendência primária de alta.
Todo desdobramento incluso na área cinza a partir do topo mais alto (à sua direita) é o que
chamamos de uma tendência primária de baixa.
Reforçando, ambas são formadas por tendências secundárias de alta (área azul claro) e de baixa
(área vermelha). Estas, por sua vez, são formadas por tendências terciárias de alta (área verde) e de
baixa (área amarela). Com estes esclarecimentos acredito que não fique nenhuma dúvida sobe a
classificação das tendências. Mas, se ainda restou alguma, entenda deste modo: As tendências
secundárias são subdivisões das Tendências Primárias (um grau abaixo); as Tendências Terciárias
são subdivisõesdas Tendências Secundárias (um grau abaixo). As tendências terciárias são
subdivisões da Tendência primária (um grau abaixo da secundária e dois graus abaixo da primária).
Finalmente, resta comentar que, algumas vezes as pernas das tendências secundárias e terciárias se
confundem, isto é, devido à velocidade do movimento e à sua extensão, podem ser a mesma. Um
exemplo pode ser visto na última secundária de baixa da Tendência primária de baixa, onde as setas
vermelha e amarela estão superpostas no mesmo movimento.
Dica: Quando for classificar a Tendência Primária de um ativo qualquer terá seu trabalho facilitado se
utilizar o gráfico de periodicidade mensal. De modo idêntico, o gráfico semanal facilitará na percepção
da Tendência Secundária e o diário a da Tendência terciária.
Veja a seguir um gráfico mensal do Bovespa onde pode observar sua evolução nos últimos 12 anos.
Poderá constatar que em alguns níveis, a seqüência dos topos e fundos ascendentes passam por
períodos de difícil identificação, interrompendo o padrão anterior (ficando indefinidos). Aproveitando o
exemplo abaixo, marque os topos principais e intermediários e, em seguida, verifique quantas
tendências primárias de alta e de baixa consegue identificar:
3. Deve Ser Assumido Que Uma Tendência Continua Em Andamento Até O Momento Que Uma
Reversão Tenha Sido Definitivamente Assinalada: Enquanto uma sucessão de topos e fundos
ascendentes (Tendência de Alta) ou topos e fundos descendentes (Tendência de Baixa) mantiverem
o padrão, deve ser assumido que a Tendência continua em andamento, até o momento em que uma
reversão estiver caracterizada. A reversão de uma Tendência de Alta se caracterizará, quando
houver uma falha na tentativa de ultrapassagem do topo precedente (ou anterior), seguida de uma
penetração do fundo precedente (ou anterior). A reversão de uma Tendência de Baixa ocorrerá,
quando houver uma falha na tentativa de ultrapassar o fundo precedente (ou anterior), seguida de
penetração do fundo precedente (ou anterior). Assim, temos:
Falha na Tendência de Alta Falha na Tendência de Baixa
Freqüentemente, durante a evolução das tendências, o mercado produz uma falha que não é seguida
pela penetração do fundo ou do topo anterior, conforme pode ser visto, entre as setas vermelhas, no
diagrama acima.
Algumas vezes estes movimentos são rápidos e outras, mais demorados. Para efeito da classificação
da tendência em andamento, apesar da falha, não se caracterizou uma reversão. Deste modo, a
tendência prévia segue em andamento ( e fica indefinida temporariamente). É como se o mercado
tivesse dado uma parada para reagrupar suas forças. Eventualmente, consegue e retoma a tendência
prévia; outras, não consegue retomá-la e o mercado acaba revertendo sua direção. Estes momentos,
denominados de indefinição, são onde o mercado passa a maior parte do seu tempo.
Estatisticamente, dois terços.
Falha na penetração
do topo precedente
Penetração do fundo precedente:
reversão para tendência de baixa
Falha na penetração
do fundo anterior
Penetração do topo precedente:
reversão para tendência de alta
Ficou faltando: quando expliquei o que eram topos e fundos, como ainda não havia introduzido o
conceito de tendência, evitei falar em topos anteriores e fundos anteriores para não complicar.
Como notará, ao ler a revista e no andamento do curso, são os termos mais utilizados nas
formulações das estratégias operacionais. Por isto, é preciso que fique bem entendido.
T
F
F1
T1
T
F
F1
T1 T
T1
T2
T3
F
F1
F2
F3
Figura A Figura B Figura C
Assim,
Na figura A (tendência de alta):
situando-se em “F”, “T” é o topo anterior;
situando-se em “T1”, “T” é o topo anterior e “F” o fundo anterior;
situando-se em “F1”, “F” é o fundo anterior e “T1” o topo anterior.
Na figura B (tendência de baixa):
situando-se em “T”, “F” é o fundo anterior;
situando-se em “F1”, “T” é o topo anterior e “F” o fundo anterior;
situando-se em “T1”, “T” é o topo anterior e “F1” o fundo anterior.
Na figura C (tendência indefinida):
situando-se em “F”, “T” é o topo anterior;
situando-se em “T1”, “T” é o topo anterior e “F” o fundo anterior;
situando-se em “F1”, “T1” é o topo anterior e “F” o fundo anterior;
situando-se em “T2”, “T1” é o topo anterior e “F1” o fundo anterior;
situando-se em “F2”, “T2” é o topo anterior e “F1” o fundo anterior;
situando-se em “T3”, “T2” é o topo anterior e “F2” o fundo anterior;
situando-se em “F3”, “T3” é o topo anterior e “F2” o fundo anterior;
CURIOSIDADE: ARTIGOS DE DAVID HAMILTON
Testes de assimilação do conteúdo da aula 2Testes de assimilação do conteúdo da aula 2
1. Contorne no gráfico abaixo 4 (quatro) seqüências de: ziguezagues ascendentes, ziguezagues
descendentes e ziguezagues lateralmente irregulares.
2. Identifique no gráfico acima, dois níveis de resistência que uma vez penetrados reverteram
seu papel e funcionaram como suporte.
3. Numere de acordo com a definição correta:
Tendência de Alta ____ 1. É uma sucessão de topos e fundos laterais
Tendência de Baixa ____ 2. É uma sucessão de topos e fundos ascendentes
Tendência Indefinida ____ 3. É uma sucessão de topos e fundos descendentes
4. Observe o GRÁFICO I da próxima página e responda:
De acordo com as definições de tendências, como as classificaria nos seguintes pontos de
retorno:
T4 _______________
F4 _______________
T5 _______________
F5 _______________
T6 _______________
F6 _______________
T7 _______________
F7 _______________
T8 _______________
5. Sabendo que os gráficos do quadro acima se referem à RCTB41 (recibo de Telebrás) e que o
I está numa periodicidade mensal, o II na semanal, o III na diária e o IV na intradia (hora),
defina as tendências primária, secundária, terciária e intradia corrente.
Primária _____________
Secundária _____________
Terciária _____________
Intradia _____________
6. Observe o GRÁFICO II do quadro acima e responda: quais seriam os topos e fundos
anteriores se estivesse nos seguintes pontos de retorno:
T1: ___ e ___
F3: ___ e ___
T4: ___ e ___
F6: ___ e ___
F7: ___ e ___
7. Observe o GRÀFICO IV e responda: qual a tendência do preço em F3 e T4?
F3 _____________
T4 _____________
8. Observe o GRÁFICO II e responda: qual a tendência do preço nos pontos de retorno T6, F6 e
T7?
T6 _____________
F6 _____________
T7 _____________
9. Quais são os requisitos mínimos para se detectar uma reversão de tendência?
_____________ e _____________________________________________
Palavras cruzadas (mesclada) para fixação de conceitos e definições.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
19 20 21 22 23 24 25 26 27 28
29 30 31 32 33 34 35 36 37 38
39 40 41 42 43 44 45 46
47 48 49 50 51 52 53
54 55 56 57
58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69
70 71 72 73 74 75
76 77 78 79 80 81 82
83 84 85 86 87 88
89 90 91 92 93 94 95 96
97 98 99 100 101 102 103 104 105
106 107 108 109 110 111 112 113 114
115 116 117 118 119 120 121 122 123
124 125 126 127 128 129 130 131 132
133 134 135 136 137 138 139
140 141 142 143 144 145 146 147
148 149 150 151 152 153 154
155 156 157 158 159 160 161 162
163 164 165 166 167 168 169 170 171 172
173 174 175 176
Horizontais
2. A teoria de análise técnica mais antiga que se tem registro; 8. Meio de
transporte; 11. Árvore da família das bignoniáceas que na florada perde as
folhas e fica coberta de flores; 13. Informação de mercado; 17. Constante
matemática; a 16a letra do alfabeto grego; 19. Nível de preço mais alto
atingido por uma sucessão de duas ou mais barras de preço após a
ocorrência de um ponto de inversão; 22. América Latina; 23. Haver; 24.
Repetição; 27. Local onde os operadores das corretoras se encontram para
executar suas ordens de compra e venda; 29. Orelha, em inglês; 30. Primeiro
nome do “pai da análise gráfica”;33. Índice da Bolsa de Valores de São
P aulo; 34. Tendência formada por uma sucessão de subidas e descidas
Secundárias; 38. Grito, berro; 39. Cantora baiana do movimento tropicália;
41. Jogo de Tabuleiro;42. Sigla do Estado de Sergipe; 43. Forma átona do
pronome eu, correspondente a: a mim; 44. Ato ou efeito de limar; 47.
Designação dada ao gráfico que é atualizado uma vez por dia; 48. A 21a
letra do alfabeto grego; 49. Nome dado ao gráfico cujas barras representam
a combinação das barras diárias no decorrer de uma semana; 52. São níveis
de preços onde as compras feitas pelos investidores são fortes o suficiente
para interromper durante algum tempo e, possivelmente, reverter um
processo de queda, gerando um ponto de retorno; 54. Ocorre quando numa
sucessão de ziguezagues descendentes ou ascendentes um fundo ou topo
anterior não é ultrapassado; 56. O maior Fundo de Pensão brasileiro;57.
Sobrenome de um famoso escritor norte-americano autor da obra “O corvo e
outras poesias”; 58. Nome da Bolsa Eletrônica de Nova Iorque; 61. Despido,
sem roupa; 62. Departamento de Aeronáutica Civil; 64. Mitra do Pontífice;
66. Deus supremo da mitologia grega, filho de Cronus e Réia; 68.
Runaround ..... , grande sucesso do cantor Dion na década de 60; 70.
163. O índice mais abrangente da Bolsa de Nova Iorque; 165. Carlos Vargas
Rangel; 166. Símbolo do Mercado de Alta; 169. Neste lugar; 172.Eduardo
Araújo; 173. Reflete a opinião dos investidores profissionais; 174. Nota
musical; 175. Todo local onde ocorre uma inversão na direção prévia; 176.
Iniciais do apelido dado a um ex-ministro, senador, escritor, economista,
membro da Academia Brasileira de Letras, etc..
Verticais
1. Mulher de físico provocante; 3. Jogo muito praticado nos “Pubs”
londrinos; 4. Nome de famosa cantora de Jazz; 5. Empresa telefônica
inglesa (iniciais); 6. Sobrenome do presidente da Bolsa de Valores do Rio
de Janeiro; 7. Esfera, globo, redondeza; 8. Tipo de freio automobilístico;9.
Pessoa muito importante; 10. É, em inglês; 12. Código alfabético na
Bovespa para Paranapanema; 14. Investidor Profissional; 15. Oposto de
cozido; 16. Aerofagia; 17. Alimento feito de massa de farinha de trigo ou
outros cereais; 18. Eu, em italiano; 19. Sucessão de topos e fundos
ascendentes; 21. Código alfabético na Bovespa para Perdigão;25. Reuniu e
organizou os artigos de Dow dando forma àquilo que hoje é mundialmente
conhecido como “A Teoria de Dow” – Nome; 26. Padrão básico de direção
dos preços; 28. Sobrenome do presidente do Federal Reserve;30. Conjunto
de condições meteorológicas; 31. Estado Maior das Forças Armadas; 32.
Navegar, em inglês; 34. Diz-se quando uma resistência ou suporte é
ultrapassada; 35. Nota musical; 36. Dá pé, lugar em que a água é pouco
profunda; 37. Associação das Escolas e Professores; 40. Camada gasosa que
envolve a terra, atmosfera; 43. Grande extensão de água; 45. Pedra de
Universidade de Brasília; 72. Exímio jogador de futebol; 73. Direção;74.
Deus grego, filho de Hermes, normalmente representado pela figura de um
jovem com aparência metade homem, metade carneiro, sempre tocando
flauta; 75. Programa de Integração Social; 76. Diz-se quando o preço (ou o
mercado) se encontra numa área de congestão;79. Revólver, em inglês; 80.
Feminino de dois; 81. Provedor gratuito da Internet; 82. Código alfabético
na Bovespa para Vidraçaria Santa Marina; 83. Abreviação de índice; 84.
Chorou, em inglês; 86. Para onde se espera ir depois da morte; 87. Ser de
outro planeta; 88. Como veio ao mundo (feminino); 89. Nome do índice da
Bolsa de Nova Iorque; 93. Sistema Operacional do Mercado de Ativos; 94.
Menor fração do Capital Social de uma S.A.; 95. Foi chefe de gabinete dos
governos Geisel e Figueiredo; 96. Código alfabético na Bovespa para
Empresa Paulista de Transmissão e Energia; 97. Nós, em inglês; 98.
Aparelho utilizado na detecção de objetos em águas profundas utilizando a
emissão de pulsos de ultra-sons e a recepção e identificação do eco; 100.
Código alfabético na Bovespa para Samitri; 102. Capital da Nicarágua; 106.
O “Guga” faz uma média de 15 por partida; 109. Fenômeno acústico que
consiste na propagação de ondas sonoras pelo ar; 111. Diz-se das ações de
terceira e quarta linhas (pl); 113. Sobrenome do meio de um ex-ditador de
Uganda; 114. Empresa de difusão de cotações do mercado concorrente da
Broadcast e da Meca; 115. Percorrer com a vista o que está escrito;118.
Principal motivo da criação dos níveis de suporte e resistência nos gráficos;
120 . A parte mais dura da madeira; 122. Denominação dada aos gráficos
com barras de periodicidade inferior a de um dia, em geral de 5 minutos a
uma hora; 124. Tendências formadas por flutuações que em si mesmas são
pouco significativas. Seus movimentos são de curta duração, em geral
menos de seis dias, raramente mais do que três semanas. 127. Compositor e
pianista brasileiro da década de 40, intérprete de Choppin; 128. Qualquer
elemento que estabelece ligação, contato, comunicação ou transição entre
pessoas ou coisas; 129. Pronome pessoal; 130. Dispor ou encaixar peças ou
partes de um objeto de determinada maneira; 133. Grêmio Beneficiente de
Oficiais do Exército; 134. Média de preços de um grupo selecionado de
ações representativas; 136. Relativo a vetor; 139. General Agreement on
Tariffs and Trade (Acordo Geral de Tarifas e Comércio); 140. Apelido dado
pelo mercado aos analistas ou investidores com muitos seguidores; 141.
Imposto sobre Circulação de Mercadorias; 143. Correio Eletrônico;145. No
Brasil, um dos mais valorizados é o da série “Olho de Boi”; 146. Nordeste;
147. Símbolo do Mercado de Baixa, de trás para frente; 148. Registro
pictográfico de um dia de atividade do preço de um ativo financeiro;149.
Código alfabético na Bovespa para “Empresa Metropoli tana de Águas e
Energia”; 150. Pacientes, indulgentes; 153. Anno Domini; 155. Unidade;
156. Bainha ou faixa que reveste músculos e vários órgãos do corpo;158.
Símbolo químico do Nióbio; 160. Local onde são negociados diariamente
diferentes ativos financeiros, utensílio feminino (pl); 161. Seqüência de
topos e fundos numa determinada direção, por algum período de tempo;
moinho; 46. Nome pelo qual a Bolsa de Valores de São Paulo é conhecida
no mercado; 49. A tendência que é formada por uma sucessão de subidas e
descidas terciárias; 50. Medida Provisória; 51. Animal artrópode,
crustáceo,decápode,macruro,da família dos sergestídeos, de porte diminuto
(cerca de 3 cm de comprimento) e corpo muito fino (pl). Ocorre sobretudo
na foz do rio Tocantins, principalmente nos meses de julho e agosto; 53. São
níveis de preços onde as vendas feitas pelos investidores são fortes o
suficiente para interromper durante algum tempo e, possivelmente, reverter
um processo de subida, gerando um ponto de retorno; 54. É o nível de preço
mais baixo atingido por uma sucessão de duas ou mais barras de preço após
a ocorrência de um ponto de inversão; 55. Provérbios; diz-se do andamento
lento, vagaroso, pausado, entre o largo e o andante; 57. Ferramenta de
escavação; 60. Sobrenome do ator principal de “Zorba, o grego”; 63. Do
lado de cá; abaixo de; por menos de; 65. Lista; relação;67. Energia Nuclear;
69. Grito de dor; 71. Banco de fomento às atividades industriais no Brasil;
74. Torta, em inglês; 77. Último sobrenome do pai da análise gráfica; 78.
Porção de metal, muito flexível, de seção circular com diâmetro muito
reduzido em relação ao comprimento (pl); 80. Clérigo no segundo grau das
ordens maiores, imediatamente inferior ao padre; 82. Proíbe, desaprova;85.
Rod Stewart; 86. Trilha; percurso; rota; 90. Direito; ser merecedor de; 91.
Pedido de socorro; 92. Período; 95. Reuniu e organizou os artigos de Dow
dando forma àquilo que hoje é mundialmente conhecido como “A Teoria de
Dow” – sobrenome; 99. Em análise técnica, o mesmo que penetração;100.
Sociedade Anônima; 101. Rede de comunicação mundial; 103. Sabor
desagradável; 104. Símbolo químico de gálio; 105.O primeiro negócio do
dia; 107. Comunidade Econômica Européia; 109. Incorreção, inexatidão;
110. Símbolo químico do molibdênio; 111. Força máxima dos vendedores
num dia de pregão; 112. Maior fabricante de eletro-eletrônicos japonesa;
116. Imagem, representação, forma; 117. Ave pernalta, da família dos
cultrirrostros; 121. Mudança de direção; 123. Nome do presidente do
Federal Reserve; 125. Sigla da Associação Brasileira das Companhias
Abertas; 126. Isto é; 128. Coragem (figurado); 131. Porém, todavia,
entretanto; 132. Atrás, sem o ás; 135. Aqui; 137. Pronome pessoal feminino
da 3a pessoa; 138. Líder, em inglês; 140. Grêmio Recreativo de Francana;
142. Símbolo químico do cálcio; 143. Lolita, sem a pedra; 145. Mar, em
inglês; 148. Bolsa de Mercadorias & Futuros; 149. Capital da Irlanda; 151.
Lulu Santos; 152. Abreviação de Sudeste; 154. Reitor, nas universidades
inglesas e americanas; 155. Nós, em inglês; 157. Comissão de Valores
Mobiliários; 159. O primeiro satélite de Júpiter, descoberto por Galileu;
160. Pedro ..... , personagem humorístico dos programas do Chico Anísio;
162. Instituto de Resseguros do Brasil; 164. Sigla do Estado de
Pernambuco; 167. Cidade onde nasceu Abraão; 169. Marcha de automóvel;
170. A parte mais profunda da psique; 171. Universidade Rural.
Respostas dos testes de assimilação da aula 2Respostas dos testes de assimilação da aula 2
1. As linhas azuis identificam ziguezagues ascendentes, as vermelhas ziguezagues descendentes es
setas cinzas ziguezagues lateralmente irregulares. Note que em alguns ziguezagues laterais podem
ser encontrados ziguezagues ascendentes e descendentes que vão fazer parte de um movimento
lateral um grau acima.
2.
3.
Tendência de Alta ____ 2. É uma sucessão de topos e fundos ascendentes
Tendência de Baixa ____ 3. É uma sucessão de topos e fundos descendentes
Tendência Indefinida ____ 1. É uma sucessão de topos e fundos laterais
4.
T4 ALTA
F4 ALTA
T5 ALTA
F5 INDEFINIDA
T6 INDEFINIDA
F6 BAIXA
T7 BAIXA
F7 BAIXA
T8 ALTA
5.
Primária ALTA
Secundária BAIXA
Terciária INDEFINIDA
Intradia BAIXA
6.
T1: T e F
F3: T2 e F2
T4: T3 e F3
F6: T6 e F5
F7: T7 e F6
7.
F3 BAIXA
T4 ALTA
8.
T6 ALTA
F6 INDEFINIDA
T7 ALTA
9. FALHA e PENETRAÇÃO
SOLUÇÃO DAS PALAVRAS CRUZADAS
B C A N D E L A B R O A V I A O I P E D I C A P I
T O P O A L T E R B I S W M Z P R E G A O
E A R C H A R L E S I B V S P P R I M A R I A U R R O
N G A L D A M A S E M E L I M A G E M E B
D I A R I O O F I S E M A N A L S U P O R T E O
E M F A L H A E P R E V I P O E E N V
N A S D A Q N U D A C T I A R A Z E U S S U E
C O U B N C R A Q U E R U M O P A N I P I S
I N D E F I N I D O G U N D U A S L I G V S M A P
A O I N D O C R I E D I Ç C E U E T N U A
D O W J O N E S F S O M A A Ç A O H A E P T E
E U S S O N A R S R C O S A M I M A N A G U A
A C E S S S O M M I C O S A M I N C M A B
L E R F G M E M O R I A N O R I N T R A D I A E
T E R C I A R I A P E N P O N T E L H E L A R M A R
A O G B O E X I N D I C E Y V E T O R I A L G A T T
G U R U I C M E M A I L S E L O N N E O S R U
B A R R A E M A E A T O L E R A N T E S A D R
U M F A S C I A N I B O L S A S T E N D E N C I A
S & P C V R T O U R O A I U E A R
F E C H A M E N T O R E P O N T O D E R E T O R N O B F
4. O Princípio da Confirmação - A tendência deve ser confirmada pelo menos por dois índices
de composição distintas: Seu significado é que nenhum sinal válido de mudança de tendência pode
ser gerado apenas por um índice. Na época em que a teoria de Dow foi desenvolvida, existiam dois
índices. O índice das Ferrovias (composto por ações de 20 de empresas Ferroviárias) e o Industrial
(composto por ações de 30 indústrias).
Assim, se o índice Dow Jones Industrial tivesse rompido um nível de suporte ou de resistência
sinalizando o início de uma nova tendência ou a retomada da tendência prévia, a sinalização só seria
válida se o índice ferroviário fizesse um movimento idêntico, confirmando um ao outro.
Para facilitar seu entendimento, segue-se abaixo um diagrama de uma situação hipotética, partindo
da base de uma congestão:
Suponha que as figuras “X” e “Y” do quadro acima representem o desdobramento de dois índices da
mesma família. Admita que antes da congestão começar a se formar eles vinham subindo em
tendência de alta, confirmando um ao outro. Assuma que todo o ponto de retorno designado pelas
letras R, A, B, etc. é equivalente em tempo, isto é, a virada ocorreu no mesmo dia, ou com uma
pequena defasagem.
De acordo com o que estabelece o princípio da confirmação, somente após a ultrapassagem do topo
“R” pelos índices “X” e “Y” a continuação da tendência de alta em andamento estaria confirmada.
No ponto de retorno “B”, o índice “X” não conseguiu superar a resistência proporcionada pelo topo
anterior (R). Entretanto, o índice “X” conseguiu suplanta-la, sinalizando continuação da tendência de
alta. Se dois investidores estivessem acompanhando apenas cada um deles, o que estivesse
acompanhando o índice “X” esperando por um sinal de compra na ultrapassagem do topo “R”, não
teria iniciado uma compra, pois ela não ocorreu. Já o que estivesse acompanhando o índice “Y”, em
contrapartida, teria iniciado uma compra na ultrapassagem do topo “R”.
Observação: No índice “Y”, devido à penetração não confirmada no ponto “B” pelo índice “X” e o
registro de uma nova máxima, o ponto “B” passa a ser o topo a ser ultrapassado para confirmação da
alta, quando o índice “X” ultrapassar o topo principal.
Como deve ter notado, é uma boa técnica acompanhar dois índices da mesma família e esperar que
ambos ultrapassem o mesmo obstáculo de modo a filtrar, ou diminuir, a probabilidade de operar em
cima de um sinal falso e levar um “violino”, ou cair numa armadilha.
No ponto C, os papéis se inverteram. Enquanto o índice “X” rompeu o suporte sinalizando venda, o
índice “Y” não confirmou a ruptura e, conseqüentemente, o sinal de venda.
RESISTÊNCIA
SUPORTEA A
B
B
C C
D
D
X Y
R R
Observação: No índice “X”, devido à penetração não confirmada no ponto “C” pelo índice ”Y”, o ponto
“C” passa a ser o fundo a ser penetrado para confirmação da baixa quando o índice “Y” penetrar o
fundo principal.
No ponto D, repete-se o alarme falso novamente. O índice “X” corta a linha de resistência, mas a
penetração não foi confirmada, até aquele momento, pelo índice “Y”.
Observação: No índice “X”, devido à penetração não confirmada no ponto “D” pelo índice “Y”, o ponto
“D” passa a ser o topo a ser ultrapassado para confirmação da alta quando o índice “Y” ultrapassar o
topo principal (topo “B”).
Finalmente, quando o topo “D” do índice “X” e o topo “B” no índice “Y” foram ultrapassados, ficou
confirmada a retomada da tendência de alta, com os índices confirmando um ao outro.
Esta técnica pode ser aplicada para confirmações entre ações on e pn da mesma empresa, tipo a
Petrobrás on e pn.
Aqui no Brasil, no caso dos índices, pode-se comparar o BOVESPA e o IBX que são da mesma
família. Apesar de possuírem um grupo de ações em comum com pesos diferentes, o IBX tem umas
50 ações a mais. Veja abaixo, num exemplo real comparando os gráficos do índice Bovespa semanal
dolarizado e do IBX semanal dolarizado, algumas não confirmações.
Apesar de discretamente, o topo A do Bovespa foi ultrapassado, mas o IBX não confirmou a ruptura.
No ponto C, o fundo foi penetrado no Bovespa, mas o IBX não confirmou a penetração até o
momento em que escrevo estas linhas.
A Teoria de Dow não se encerra aqui. Entretanto, para o desenvolvimento da metodologia
operacional que mostrarei ao longo deste curso, isto é tudo o que precisa conhecer sobre a Teoria de
Dow para que possa aplicar a metodologia eficientemente. Se quiser ir mais fundo, recomendo a
leitura dos seguintes livros: “The Stock Market Barometer” por William Peter Hamilton e “The Dow
Theory” por RobertRhea. Ambos podem ser adquiridos no site da Amazon.com.
Dos quatro princípios que abordamos na Teoria de Dow, três deles de alguma forma versam sobre
tendências. Dada a sua grande importância dentro da análise técnica, vamos dissecá-las mais um
pouco, porque este conceito deve ficar gravado a fogo na sua memória já que, juntamente com os
topos e os fundos, desempenharão um papel predominante na formulação das estratégias
operacionais.
O que está por trás das tendências - o aspecto psicológico
Tendências de Alta se iniciam quando os compradores são mais fortes que os vendedores e suas
compras empurram os preços para cima. Se os vendedores atuam para empurrar os preços para
baixo, os compradores retornam com força, interrompendo o declínio e empurrando os preços para
novas altas. Tendências de Baixa ocorrem quando os vendedores são mais fortes e suas vendas
empurram o preço para baixo. Quando um alvoroço de compras suspende os preços, os vendedores
com suas vendas interrompem a subida e empurram os preços para novas baixas.
Quando compradores e vendedores estão equilibrados, os preços permanecem numa Área de
Indefinição (congestão – sem tendência definida). E’ como um cabo de guerra com forças
equilibradas, vai pra cá vai pra lá e não chega a lugar nenhum. Já uma tendência é como um cabo de
guerra onde de um lado estão o Mike Tyson, o Holyfield, o Rocky Marciano, o Muhamed Ali e do
outro o Nelson Ned, o Rodolfo, o ET e o Marco Maciel. O grupo mais forte puxa o mais fraco e, de
vez em quando, dá uma paradinha para uma cuspidela na mão e volta a puxar.
Tendências e Áreas de Indefinição aparecem nitidamente no passado dos gráficos. Professores
mostram esses gráficos nos seminários e nos fazem ver como é fácil identificar as tendências. Só que
não é bem assim. O passado está feito e é fácil de analisar. O futuro é fluído e incerto. No momento
em que você consegue identificar a Tendência, um bom pedaço dela já ficou para traz. O mercado
não apita quando uma Tendência deriva para uma Área de Indefinição. No momento em que
reconhecer essa mudança terá perdido algum dinheiro tentando operar como se o mercado ainda
estivesse em Tendência.
As periodicidades conflitantes das tendências
A maioria dos investidores ignora o fato de que o mercado está simultaneamente em Tendência e em
Área de Indefinição. Olham para uma periodicidade tal como diária ou horária e procuram por
operações sobre os gráficos diários. Com sua atenção fixa sobre gráficos diários ou horários,
Tendências de outras periodicidades, tais como semanal ou de 15 minutos, passam por ele e
destroem seus planos.
Uma Tendência pode parecer de alta num gráfico diário e de baixa num gráfico semanal e vice-versa.
Os sinais de um mesmo mercado em diferentes periodicidades, freqüentemente se contradizem um
ao outro. Qual deles você seguirá?
Os sinais conflitantes de diferentes periodicidades de um mesmo mercado são um dos grandes
quebra-cabeças da análise do mercado. Quando estiver em dúvida, suba sua análise para uma
periodicidade mais longa. Dê um passo atrás e examine o gráfico de uma periodicidade mais longa
do que a que está tentando operar. Procure olhar a floresta e, não, as árvores mais próximas.
Observe os gráficos mensal, semanal e diário de Petrobrás preferencial da próxima página, todos
com a mesma data de fechamento, e defina qual sua tendência na época.
Alguém que estivesse apenas observando o gráfico diário, diria que é de baixa. Um outro que
estivesse observando o gráfico semanal diria que está indefinida e, finalmente, um terceiro que
estivesse observando o gráfico mensal diria que é de alta. Qual delas operar? Se pretender operar
utilizando o gráfico diário observe a tendência predominante no semanal e opere o diário priorizando
a direção da semanal. Se pretender operar um gráfico de hora, opere priorizando a direção do gráfico
diário e assim sucessivamente.
Linha de Tendência
Embora muitos investidores possam desprezar a importância das linhas de tendência, elas são umas
das ferramentas mais importantes da análise técnica. Na metodologia que estamos desenvolvendo,
como disse anteriormente, elas são um dos pilares.
As pessoas marcam as linhas de tendência de muitos modos diferentes, mas de um modo geral, a
chave para plotar as linhas de forma correta é traça-las conectando dois fundos ou dois topos numa
seqüência. Portanto, a condição inicial para se traçar uma linha de tendência num gráfico de barras é a
existência de no mínimo dois fundos ou dois topos num gráfico de barras qualquer (também vale para o
gráfico de velas – Candelabro, mas no gráfico ponto-figura sua concepção é completamente diferente).
A linha de tendência pode ser de baixa ou de alta: uma linha de tendência de alta é representada
graficamente por uma linha reta conectando as correções (os fundos) numa tendência de alta. A linha
de tendência de baixa é o inverso; conecta as correções (os topos) numa tendência de baixa. São
usadas para identificar a direção das tendências. Quando dois topos ou dois fundos estão
horizontalmente nivelados, também é possível conecta-los com linhas horizontais, mas, ao invés de
linha de tendência, a linha é denominada respectivamente de linha de resistência ou linha de suporte.
O diagrama da próxima página facilitará a compreensão do texto.
Reforçando, para que se possa traçar uma linha de tendência de alta, será necessário a existência
de, pelo menos, dois fundos (F e F1) intercalando um topo (T1) e que o segundo fundo (F1) esteja
num nível mais alto do que o primeiro (F). A linha de tendência de baixa é o inverso. Você precisa ter
dois topos (T e T1) intercalando um fundo (F) e o segundo topo (T1) tem que estar num nível inferior
ao primeiro (T). A confirmação da validade dessas linhas ocorre quando o terceiro toque se confirmar
(F2 E T2 respectivamente), isto é, respeitar essa linha e reverter seu movimento na direção oposta. A
projeção dessas linhas para frente nos ajudará a antecipar futuros pontos de compra e venda. Além
do diagrama acima, encontrará nos gráficos analisados na revista uma série de exemplos reais de
linhas de tendência em andamento.
Entre no site da Apligraf no SmartrackWEB e selecione uns gráficos, conforme as instruções
fornecidas na aula 2. Depois, clique sobre o gráfico selecionado e vá para a página de trabalho. Lá
poderá converter o gráfico de 15 minutos em diário e vice-versa. Dê um zoom histórico (clicando em
ZH) e comece a traçar suas próprias linhas. Trabalhe nas duas periodicidades. Diminua seu campo
de trabalho clicando em Z-, enfim, risque a vontade. Só com treinamento alcançará o grau de “olho de
águia”. Brincadeira à parte, treine bastante a colocação das linhas de tendência. Como já disse, será
um elemento essencial na definição das estratégias.
Ângulo de Inclinação
É o aspecto mais importante da linha de tendência ¾ se estiver inclinada para cima, mostra que os
compradores são a força dominante nesse momento e procurará operar do lado mais forte; se
estiver inclinada para baixo, mostra que os vendedores são a força dominante e operará com
eles. Assim, se estivermos acompanhando, por exemplo, uma linha de tendência de alta, toda vez
que os preços retrocederem para essa linha, poderemos tentar uma compra, evidentemente com um
estope de entrada (estope de entrada ou inicial é o nível definido simultaneamente com o ponto de
compra para, se a compra que tiver feito não evoluir favoravelmente, limitar sua perda) um pouco
abaixo da linha. Para uma linha de tendência de baixa o raciocínio é o inverso. Veja nos desenhos
abaixo alguns exemplos representativos da inclinação das linhas de tendências de alta e de baixa.
LINHA DE TENDÊNCIA DE ALTA LINHA DE TENDÊNCIA DEBAIXA LINHA DE RESISTÊNCIA/SUPORTE
LTA
T
T1
F
F1
T2
F2
F
T
T1
F1
T2
F2
LTB T T1
F F1 F2
LR
LS
a=30o
a=30o
a=60o
a=45o a=60o
a=45o
Linha de retornoÉ uma linha traçada paralelamente à linha de tendência original, que liga os extremos opostos. Isto é,
se tivermos uma linha de tendência de alta (traçada pela conexão dos fundos), a paralela estará
conectando os topos e os preços ficarão contidos dentro dessas paralelas, criando um corredor
denominado canal de alta. Se estivermos diante de uma tendência de baixa (traçada pela conexão
dos topos), a linha de retorno paralela estará conectando os fundos, formando um corredor conhecido
por canal de baixa. Exemplos reais nos gráficos da revista.
Nem sempre, porém, será possível traçar um canal. Alguns movimentos na direção oposta da linha
de tendência têm amplitudes irregulares, dificultando a definição de uma linha de retorno paralela.
Porém, sempre que possível, não se esqueça de marcá-la, pois será grande de auxílio nas projeções
dos próximos níveis de suporte e resistência do movimento, possibilitando operações de compra e
venda nos seus limites, na medida em que o canal for se desenvolvendo. De vez em quando,
também encontrará um canal menor contido dentro do canal principal. Na revista Timing, encontrará
outros exemplos reais.
Observe, no gráfico acima, como o corte da linha de tendência de alta do canal de alta interno, resultou numa queda
até o suporte proporcionado pelo canal de alta principal.
CANAL DE ALTA CANAL DE BAIXA
LINHA DE TENDÊNCIA DE ALTA
LINHA DE RETORNO LINHA DE TENDÊNCIA DE BAIXA
LINHA DE RETORNO
Importância da linha de tendência
Avalia-se a importância de uma linha de tendência através da análise de cinco fatores: sua
periodicidade, seu comprimento, o número de vezes em que foi tocada pelos preços, sua inclinação e
seu volume.
· Quanto mais longa a periodicidade, mais significativa: uma linha de tendência num gráfico semanal
revela uma tendência mais importante do que uma linha de tendência diária. Uma mensal, mais do
que uma semanal; uma diária mais do que uma horária, e assim por diante.
Se estivesse
analisando apenas o
gráfico diário, poderia
pensar que a linha de
tendência de baixa
(LTB1) fosse a
resistência principal
rumo ao teste do topo
de 4,17. Entretanto,
subindo da
periodicidade diária
para a semanal,
perceberá que a linha
de tendência principal,
aquela que tem que ser
realmente rompida,
rumo novas máximas é
a LTB.
· Quanto mais longa for (em tempo), mais válida: uma linha de tendência de curta duração reflete o
comportamento da massa durante um curto período de tempo. Uma, de prazo mais longo, reflete o
comportamento da massa durante um longo período de tempo.
A linha de tendência de
alta, plotada no gráfico
de Embraer on, continua
válida desde junho de
99.
Observe quantas
oportunidades de
compra, com estopes
iniciais curtíssimos,
foram proporcionadas
nas vezes em que o
preço retornou próximo
à linha, a partir do
primeiro toque
assinalado pela mancha
amarela.
· Quanto maior o número de contatos (toques) entre os preços e a linha de tendência, mais válida:
maior o número de vezes que o preço tocar na linha e, daí, reverter, mais confiável ela se torna,
mostrando com isso que a força dominante tem o mercado sobre controle. O exemplo de Embraer
também serve para esta consideração.
· O ângulo de inclinação reflete a intensidade emocional do grupo dominante no mercado: uma linha
muito inclinada mostra que o grupo dominante está se movendo rapidamente. Uma linha pouco
inclinada mostra que o grupo dominante está se movendo lentamente.
No gráfico ao lado
(Bovespa diário), a linha
azul mais estreita mostra
um período em que o
grupo dominante está se
movendo lentamente,
provavelmente num
processo de acumulação
conforme sugere o OBV.
Posteriormente, o gráfico
mostra um período em
que a linha de tendência
aumenta substancialmente
sua inclinação,
provavelmente no
momento em que o
público em geral entra na
compra.
· Volume: se o volume aumenta quando os preços se movimentam na direção da linha de tendência,
ele confirma essa linha. Se o volume diminui quando os preços, corrigindo, voltam a essa linha,
também confirma essa linha. Se o volume se expande quando os preços voltam a essa linha, é um
sinal de advertência de uma possível penetração. Se o volume se retrai quando os preços se afastam
da linha de tendência, é uma advertência de que a linha está em perigo.
BARRAS DO VOLUME BARRAS DO VOLUME
FIG. 1 FIG. 2
Na figura 1 do diagrama da página anterior, você pode perceber o comportamento do volume ideal
durante o desenvolvimento de uma tendência de alta. Na figura 2, as linhas pontilhadas rosas indicam
qual deveria ter sido a evolução correta do volume de acordo com a tendência de alta em andamento.
Entretanto, em vez de subir durante a perna de alta, o volume foi secando e voltou a subir durante a
formação da perna de queda, advertindo sobre a possibilidade de algo errado com a tendência.
Verifique neste gráfico semanal de Vale pna, o comportamento do volume durante a tendência de
alta.
Note, quando os preços se afastam da linha de tendência como o volume cresce e quando se
aproxima decresce, tal como seria de esperar numa tendência de alta.
Observação: embora ainda não tenhamos visto o assunto volume, assinalei com uma seta vermelha
uma divergência baixista. Ainda que o padrão do volume esteja de acordo com o esperado numa
tendência de alta, cada novo topo é atingido com menos volume, indicando menor disposição de
compra aos preços cada vez mais altos.
Ficou Faltando:
Embora tivesse considerado que tudo o que precisava saber sobre a Teoria de Dow já tinha sido
apresentado, me dei conta, ao preparar os exercícios, que esqueci de um princípio muito
importante, que afirma o seguinte:
Para efeito de avaliação das condições do mercado são usados apenas Preços de
Fechamentos. A Teoria de Dow não presta atenção à qualquer máxima ou mínima que possa ter
sido registrada durante o dia e antes do mercado fechar, considerando apenas os preços de
fechamento.
Com freqüência, ao tentar definir uma tendência, o posicionamento das barras deixava o cenário
confuso. Não conseguia identificar claramente a seqüência dos topos e fundos e ficava inseguro ao
classifica-la.
Assim foi durante muito tempo. Um dia, refletindo sobre os princípios da Teoria de Dow, acabei
percebendo que se o fechamento é que importa para avaliar as condições do mercado (no que se
inclui as tendências), porque não tentar visualiza-las unindo somente os pontos de fechamento.
Nunca mais tive qualquer dúvida para classificar uma tendência, além do que, consegui padroniza-
las. Assim, quando determino a evolução das tendências não preciso contemporizar. Tenho uma
regra rígida que mostrarei a seguir:
A metade esquerda do quadro acima mostra, de cima para baixo, os gráficos mensal, semanal e
diário do Bovespa. Na metade à direita, os mesmos gráficos, mas conectando apenas os preços de
fechamento.
Vamos pegar para exemplo, a região assinalada pela seta vermelha separada por uma linha vertical
verde. Se estivesse observando o gráfico de barras, provavelmente diria que a tendência primária do
mercado era de alta, pois aparentemente o gráfico evoluía mantendo uma sucessão de topos e
fundos ascendentes. Entretanto, observando o gráfico que une apenas os fechamentos, percebe-se
que a tendência já estava indefinida, visto que o fundo imediatamente anterior já havia sido
penetrado. Este foi um exemplo que escolhi às pressas, pois daqui a pouco estarei enviando o curso
para ser disponibilizado no site. Mas, se tiver que verificar as tendências de muitos gráficos
continuamente, perceberá as vantagens de classifica-las desta forma.
Mudando de assunto, também me esqueci de comentar que, quando um canal é penetrado para cima
ou para baixo, costuma-se dobra-lo para obter novas projeções de suporte e resistência.
Testes de assimilação do conteúdo da aula 3Testes de assimilação do conteúdo da aula 3
1. Utilizando apenas o conceito

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