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as profecias de nostradamus

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Carl Gustav Jung, um dos maiores psicólogos do século 20 e 
originalmente um dos alunos de Freud, era muito interessado na 
maneira pela qual a mente humana se relacionava com o mundo, a 
"realidade" e o tempo. A partir de 1920, Jung consultou com 
freqüência o oráculo do I Ching (ver páginas 285-8), fascinado por 
suas misteriosas predições. Incerto de como conciliar sua consistente 
exatidão com seu método aparentemente aleatório e não-científico, 
ele desenvolveu a teoria da "sincronicidade" para explicar como os 
eventos ou pensamentos internos às vezes parecem estar 
relacionados com, ou até mesmo provocar, ações aparentemente 
alheias a eles no mundo que nos cerca. 
Ele também esperava dar a razão de paralelos entre sonhos e 
acontecimentos reais, a profecia dos sonhos. 
Dado que existe uma conexão entre a mente subjetiva e o universo 
exterior, segue-se não longe a conclusão de que, se acontecimentos 
internos podem precipitar acontecimentos externos, então talvez 
alguns indivíduos naturalmente dotados possam, pela concentração 
interior e a aplicação das técnicas corretas, prever de fato 
acontecimentos externos que ainda não ocorreram. Em seu livro 
Sonhos, Jung escreve: "Nas superstições de todas as épocas e todas 
as raças, o sonho foi considerado um oráculo que conta a verdade [...] 
A ocorrência de sonhos prospectivos não pode ser negada”. Os 
exemplos de sincronicidade parecem acontecer aleatoriamente; ser 
capaz de precipitá-Ios pela vontade seria uma capacidade quase 
mágica. 
 
 
 
John William Dunne, um engenheiro aeronáutico e autor de An 
experiment with time ["Uma experiência com o tempo"], de 1927, 
percebeu que imagens fortuitas, que tinham penetrado sua mente em 
momentos de reflexão ou durante sonhos, mais tarde fizeram parte de 
vivências que ele não poderia ter previsto. Em um esforço para 
descobrir se esse tipo de precognição era comum, ele pediu que 22 
pessoas escrevessem o conteúdo de seus sonhos imediatamente ao 
acordar e então relatassem se alguma dessas imagens de sonho se 
tornasse parte da realidade após um curto período de tempo. Ele se 
espantou ao descobrir "quantas pessoas existem que, embora 
admitam que habitualmente observamos eventos antes que eles 
ocorram, supõem que tais previsões possam ser tratadas como uma 
pequena dificuldade lógica”. 
Em 1916 Dunne sonhou com uma explosão em uma fábrica de 
bombas de Londres. Essa explosão de fato aconteceu em janeiro de 
1917, quando 73 trabalhadores morreram e mais de cem ficaram 
feridos. Dunne sentiu que essa experiência e outras similares 
forneciam a prova de que segmentos de vivência podem deslocar-se 
de sua posição adequada no tempo. 
Tome-se o caso do honorável John Godley, mais tarde Lorde 
Kilbracken. Na noite de 12 de março de 1946, ele teve seu primeiro de 
vários sonhos precognitivos. No sonho, ele lia o jornal do sábado 
seguinte e ao acordar podia lembrar-se dos resultados das corridas de 
cavalos e o nome de dois ganhadores, Bindal e Juladin, ambos com a 
cotação inicial de 7 por 1. O sonho o impressIonou o bastante para 
que ele não apenas o contasse a vários amigos, mas para que 
também consultasse o jornal da manhã no sábado. Tanto Bindal como 
Juladin corriam naquele dia. Ele apostou na vitória de Bindal. O cavalo 
ganhou, e Godley então apostou tudo o que tinha ganho em Juladin, 
que também ganhou. Seu sonho precognitivo estava exatamente de 
acordo com a realidade, exceto pela cotação inicial dos dois 
vencedores, respectivamente 5 por 4 e 5 por 2. 
 
 
 
Cerca de um mês mais tarde, Godley teve outro sonho em que estava 
novamente lendo os resultados das corridas. O único nome de um 
ganhador que ele pôde lembrar do sonho foi Tubermore. Não havia 
nenhum cavalo com esse nome programado para correr em nenhum 
local de corridas, mas um cavalo chamado Tuberose corria em Aintree 
no sábado seguinte. Godley apostou nele, e Tuberose chegou em 
primeiro lugar. 
Na vez seguinte, seu sonho mostrava ele mesmo fazendo uma ligação 
telefônica para um corretor de apostas. "Monumentor a 5 por 4", dizia 
o corretor no sonho. Não havia cavalo com esse nome nas listas de 
corredores de nenhum páreo programado, mas, lembrando o caso 
Tubermore/Tuberose, Godley apostou em Mentores, que ganhou 
devidamente, pagando 6 por 4. 
 
Vemos aqui um lento desvio das primeiras predições, antes precisas, 
como se a realidade alternativa à qual ele tinha se ligado estivesse "se 
afastando" da sua realidade: logo mais, algumas das suas dicas de 
sonho não estariam funcionando nem um pouco. 
Nove anos mais tarde, Godley teve outro sonho precognitivo, dessa 
vez sobre um cavalo chamado What Man? ["Que homem?"] vencendo 
o Grande Prêmio Nacional de 1958 em Aintree. Não existia esse 
cavalo, portanto nosso sonhador de sorte apostou em Mr. What ["Sr. O 
Quê"], que ganhou devidamente essa estafante e extremamente 
incerta corrida. 
Essa é uma interessante ilustração da maneira pela qual as profecias 
de Nostradamus muitas vezes incluíram nomes que não estavam bem 
corretos, mas que eram similares no significado ou constituíam 
anagramas. A dificuldade para o vidente era, algumas vezes, ter de 
grafar palavras que nunca tinha visto. 
 
JUNG E A SINCRONICIDADE 
 
Jung define sincronicidade como uma coincidência expressiva, mas 
existe também um forte indício de alguma conexão oculta entre um 
evento interno e um externo. Um exemplo que Jung cita refere-se a 
uma jovem analisanda com quem ele vinha tendo considerável 
dificuldade, porque ela sempre "sabia mais sobre tudo". Um dia ela 
estava contando a Jung um sonho particularmente vívido com um 
escaravelho de um tipo comum no Egito, mas não na Europa. 
Enquanto ela falava, houve uma batidinha na janela que foi tornando-
se mais e mais insistente. Jung finalmente abriu a janela, e voou para 
dentro um escaravelho verde e dourado da variedade predadora de 
roseiras. Jung o apanhou e entregou à paciente, dizendo ''Aqui está o 
seu escaravelho". Isso quebrou o gelo do racionalismo e resistência 
dela, e sua análise foi então terminada rapidamente e com sucesso. 
 
 
 
 
 
 
 
O tarô é um antigo baralho de cartas para jogos de probabilidade para 
divinação e elucidação esotérica. Ele consiste em 78 cartas, das quais 
22 são cartas figurativas chamadas Arcanos Maiores. Estes 
desempenharam um papel muito importante no pensamento esotérico 
ocidental nos últimos anos. Desde o início dos anos 1960, quando se 
podiam encontrar apenas alguns poucos baralhos de tarô, houve um 
aumento gigantesco na quantidade de baralhos, chegando a ponto de 
hoje os catálogos dos baralhos que se podem comprar preencherem 
volumes. 
Além dos Arcanos Maiores, existem ainda 56 cartas, divididas em 
quatro naipes: Copas, Paus, Ouros (17) e Espadas. Elas são similares 
às cartas de baralho comuns, sendo numeradas de um a dez, com 
mais quatro cartas da Corte por naipe - Pagem, Príncipe, Rainha e 
Rei. As cartas numeradas variam em complexidade, desde modelos 
que simplesmente mostram as "pintas" numéricas no naipe apropriado 
até cartas ilustradas bastante elaboradas, conforme o gosto do artista. 
Aqui nos ocuparemos principalmente das cartas pictóricas dos 
Arcanos Maiores. Esses símbolos arquetípicos são desenhados com 
base em imagens que eram correntes na Europa nos séculos 
anteriores à época de Nostradamus. 
Embora tenha sido comum atribuir a criação do Tarô aos antigos 
egípcios, as imagens são de um molde muito europeu, apesar de os 
ciganos (muitas vezes confundidos com os egípcios naquele tempo) 
certamente ter tido papel na sua disseminação pela Europa. A mais 
antiga referência direta ao tarô na Europa ocorrreu em Berna, em 
1367, fixando assim sua origem como provavelmente medieval e 
européia. 
 
17. N. da T.: No original, Pentacles, isto é, “Pentagramas", 
denominação menos utilizada do que “Ouros".O tarô logo apareceu tanto em formato de impressão barata, nas 
tavernas, como em versões de esplêndido trabalho, usadas pelos 
ricos. Até mesmo o rei Carlos VI da França tinha três tarôs 
particulares, pintados para ele em 1392 pelo artista Gringonneur, que 
utilizou pergaminho, lápis-lazúli e ouro para fazê-los com pródigo luxo. 
Eles eram vistos ou como o livro ilustrado do diabo, relíquias pagãs, 
distração para momentos de ócio ou, às vezes, como chaves para o 
futuro. Certamente Nostradamus deve ter manuseado um desses 
conjuntos de cartas alguma vez na vida. 
Para usar o tarô para divinação, é necessário primeiro que você 
adquira uma certa intimidade com cada uma das cartas principais, 
empregando pelo menos meia hora para meditar sobre o seu 
significado antes de ler a interpretação daquela carta que é dada por 
um dos livros de referência no assunto. Dessa maneira, você terá 
formado sua própria relação instintiva com a carta antes de conhecer 
a visão de outros aposta àquela imagem. 
Depois de ter passado por todos os Arcanos Maiores e ter lido um 
pouco a respeito do significado básico dos Arcanos Menores, você 
estará pronto para começar sua própria viagem de descobrimento 
quanto ao que as cartas podem lhe dizer. Tente primeiro uma 
pergunta simples, que será fácil confirmar mais tarde, mas que não 
tenha um conteúdo emocional forte: é cedo demais para formular 
"grandes" questões. Você poderá descobrir que no começo é mais 
fácil ler as cartas para outra pessoa que para si mesmo. 
A divinação mais simples que você pode usar envolve primeiro 
formular a questão e escrevê-Ia. Com a mente tão livre de 
pensamentos específicos quanto conseguir, embaralhe 
cuidadosamente as cartas diversas vezes e então coloque, de face 
para baixo, na mesa, as três cartas de cima. Vire-as uma de cada vez 
e verbalize o que lhe vem à cabeça. (Algumas vezes a resposta será 
dada para a pergunta que estava na cabeça do consulente, e não para 
a que foi realmente declarada.) A primeira carta mostrará as 
condições do passado, a segunda mostrará a situação presente e a 
última mostrará o futuro em relação àquela questão em particular. 
Se as lâminas forem os Arcanos Maiores, uma história deve se formar 
naturalmente em sua cabeça. Se estiver usando um tarô completo, é 
permitido consultar os significados das cartas numeradas ou "da 
Corte", e mesmo os significados dos Arcanos Maiores, se nada de 
intuitivo lhe vier à mente. Lembre-se que o significado de uma carta 
difere segundo sua posição, que pode estar correta ou invertida. 
Um método mais amplo de divinação é a Cruz Céltica, que utiliza dez 
cartas retiradas do conjunto em uma ordem específica e dá muito mais 
informações sobre a questão. Mais detalhes podem ser encontrados 
em qualquer livro sobre o tarô. 
 
OS ARCANOS MAIORES 
 
As 22 imagens tradicionais utilizadas nos Arcanos Maiores se dividem 
em diversas categorias distintas: 
 
1. Personagens: o Louco, o Mago, a Grande Sacerdotisa, a Imperatriz, 
o Imperador, O Papa, os Amantes, o Eremita, a Carruagem (ou 
Príncipe), o Enforcado. 
2. Virtudes: Temperança, Justiça, Força. 
3. Astrológicas: o Sol, a Lua, a Estrela. 
4. Alegóricas: a Roda da Fortuna, a Morte, o Diabo, a Torre (de 
Babel),o Julgamento, o Mundo. 
 
Essas cartas podem ser vistas como uma série incompleta, pois 
algumas virtudes, como Fé, Esperança e Caridade, estão faltando, por 
exemplo, assim como faltam cinco dos planetas que são encontrados 
no conjunto tradicional do tarô. Alguns baralhos antigos, chamados 
"naibi" e "minquiato", incluíam essas lâminas extras e ainda todo o 
conjunto das doze imagens zodiacais. Entretanto, o conjunto de 22 
cartas acima é a forma com a qual o tarô passou a ser uma 
ferramenta divinatória insuperável nos últimos seiscentos anos. 
 
 
 
 
 
 
 
Outro dos métodos de divinação que Nostradamus teria utilizado é a 
geomancia. Trata-se de uma técnica especialmente útil para 
responder a questões sobre o futuro relacionadas, particularmente, 
com assuntos materiais, isto é, assuntos relativos a negócios, 
finanças, agricultura e propriedade. Há muitas provas de que a 
reputação de exatidão que a geomancia tem nesses campos é bem 
justificada. 
Existem muitos registros detalhados de sucessos e fracassos 
geomânticos. Entre os mais interessantes estão os registros mantidos 
pelo dr. Simon Forman (1552-1611), da época elizabetana, que usou 
esse método para todo tipo de coisa, de diagnóstico médico a 
previsão política. Não existe razão por que as mesmas técnicas 
geomânticas de predição empregadas por Forman e muitos outros 
não possam funcionar também para você. Entretanto, a geomancia é 
melhor quando aplicada a assuntos materiais, e não quando estão em 
jogo assuntos de considerações mais sutis, como aqueles referentes a 
emoções. 
 
A técnica da geomancia consiste em interpretar uma série de pontos 
produzidos na terra ou na areia, ou feitos por lápis sobre uma folha de 
papel. Qualquer que seja o método escolhido, a questão precisa, 
primeiro, ser formulada exata e cuidadosamente, para não dar lugar a 
ambigüidade na resposta. Imaginemos que a pergunta é: "Meu novo 
empreendimento vai me trazer ganho financeiro?". O adivinho deve 
então fazer dezesseis linhas de traços ou pontos, com o instrumento 
que tenha escolhido, enquanto pede a ajuda dos espíritos da terra. 
 
 
 
Os pontos em cada linha são então contados. Os pontos da primeira 
linha são somados e, se o número resultante for ímpar, um ponto será 
marcado na primeira linha de um novo pedaço de papel; se o 
resultado for par, dois pontos devem ser marcados. A mesma 
observação será feita para cada uma das quinze linhas subseqüentes. 
A página do resultado terá dezesseis linhas, cada uma contendo um 
ou dois pontos. Elas são quebradas verticalmente em quatro grupos 
de quatro. O primeiro grupo de quatro linhas pode ser como este: 
número ímpar de pontos . 
número par de pontos . . 
número ímpar de pontos . 
número par de pontos . . 
 
Essa é uma figura geomântica, a primeira das chamadas "figuras 
Mães". As demais figuras Mães derivarão, pelo mesmo modo, das 
linhas restantes, e os resultados serão colocados ao lado da primeira 
figura. Por exemplo: 
 
 . . . . . 
. . . . . . . 
 . . . . . 
. . . . . . 
 
Pode-se ver que o que está sendo gerado é um conjunto de quatro 
figuras binárias de quatro linhas, e que existem dezesseis 
combinações possíveis dessas figuras. Essas dezesseis figuras são 
geralmente chamadas por seu nome em latim. As quatro mostradas 
anteriormente são Amissio (perda), Fortuna Major (grande sorte), 
Puella (menina) e Fortuna Minor (sorte menor). 
Imediatamente você terá uma resposta bastante rústica para sua 
questão: haverá uma grande perda de fortuna, mas a sorte poderá vir 
por intermédio de uma menina ou mulher relacionada com o 
empreendimento proposto. O passo seguinte é usar uma forma de 
aritmética binária para combinar as quatro figuras Mães em quatro 
figuras Filhas, e dessas são obtidas quatro figuras Sobrinhas, que por 
sua vez produzem duas figuras Testemunhas. A combinação dessas 
duas últimas figuras geomânticas produz a figura Juiz, por meio da 
qual você pode julgar o resultado da questão. Sem percorrer todos os 
passos mencionados, que podem ser consultados em qualquer livro 
sobre geomancia, apresentamos o resultado da manipulação, que é: 
 . . 
 . . 
 . 
 . . 
 
Esse é Albus, geralmente um bom sinal, mas nesse caso ele 
simplesmente confirma que o empreendimento será incerto e instável, 
e é melhor não embarcar nele. Embora não se deva propor a mesma 
pergunta mais do que uma vez, essa divinação foi realizada uma 
segunda vez. Surgiram quase as mesmas figuras Mães, mas a figura 
Juiz foi Caput Draconis- um aviso enfático de que não há bom 
presságio para o novo empreendimento, dizendo que, se alguém 
embarcar nele, irá quase certamente perder dinheiro. 
 
 
 
Parece que a geomancia se tornou popular como raml no século 9, no 
mundo árabe, provavelmente no norte da África. Daí ela seguiu para o 
sul através do Saara, até a Nigéria, Dahomei e Gana, onde era 
praticada com o nome de adivinhação Ifá e de onde foi exportada para 
o Novo Mundo como parte das técnicas divinatórias dos praticantes do 
vudu. Antes disso, entretanto, ela migrou com os mouros para a 
Espanha e daí para o sul da França, onde Nostradamus a teria 
conhecido como Geomantiae, na grafia do latim. É certo que o vidente 
tivesse lido autores como Ramon Lull (1235-1315), que era um 
especialista nessa forma de divinação. 
 
AS FIGURAS GEOMÂNTICAS 
 
Figura Significado 
Regente 
geomântica 
 
Puer Menino, amarelo, imberbe, impetuoso e Bartzabel 
 irrefletido, é mais boa do que má. 
 
Amissio Perda, compreendido fora, aquilo que é Kedemel 
 tirado, uma figura má. 
 
Albus Branco, limpo, sabedoria, sagacidade, Taphtartharath 
 pensamento claro, uma figura boa. 
 
Populus Pessoas, congregação, uma figura indiferente. 
Chasmodai 
 
Fortuna Maior fortuna, maior ajuda, salvaguarda Sorath 
Major entrando, sucesso, ajuda e proteção interior, 
 sinal muito bom. 
 
Conjunctio Conjunção, reunião, união ou encontro, Taphtartharath 
 Mais boa do que má. 
 
Puella Uma menina, bela, belo rosto, agradável, mas 
Kedemel 
 não muito afortunada. 
 
Rubeus Vermelho, avermelhado, ruivo, paixão, vício, Bartzabel 
 índole ardente, uma figura má. 
 
Acquisitio Obtenção, que compreende fora, sucesso, Hismael 
 absorção, recebimento, uma boa figura. 
 
Carcer Uma prisão, fronteira, é boa ou má de Zazel 
 acordo com a natureza da questão. 
 
Tristitia Tristeza, maldito, cruz, infortúnio, sofrimento, Zazel 
 perversão, condenação, é má figura. 
 
Laetitia Alegria, risos, saudável, barbudo, é figura boa. 
Hismael 
 
Cauda A soleira mais baixa, ou saindo, cauda do dragão, Zazel & 
Draconis e saída, reino mais baixo, é figura má. 
Bartzabel 
 
Caput A cabeça, a entrada pela soleira, a soleira Hismael & 
Draconis mais alta, cabeça do dragão, entrada, reino Kedemel 
 superior, figura boa. 
 
Fortuna Fortuna menor, menor ajuda, salvaguarda Sorath 
Minor saindo, ajuda e proteção exterior, não é uma 
 figura muito boa. 
 
Via Caminho, rua, jornada, nem boa nem má. Chasmodai 
 
 
 
 
Para obter respostas a questões específicas, você pode usar qualquer 
uma das técnicas delineadas nos capítulos anteriores: scrying, tarô, 
"sortes" divinatórias, o I Ching ou a geomancia - cada uma delas, a 
seu modo, fornecerá respostas. 
Mas e se você quiser estar lá, ver o futuro, sentir o futuro ou o 
passado e registrar impressões diretas, como fez Nostradamus? 
Existe uma maneira de penetrar a cortina do tempo. A idéia de que 
cada ser humano tem um "corpo astral" que pode se separar do corpo 
físico e empreender "viagens astrais" é muito antiga. Os filósofos 
neoplatônicos do início da era cristã referiam-se às doutrinas de 
Platão quando denominaram esse "corpo de sonho" com a palavra 
latina astrum, que significa "estrela”. Séculos mais tarde, Cornelius 
Agrippa confirmou a possibilidade de deixar o corpo conscientemente 
em sonho como um "descanso do corpo, quando o espírito é capaz de 
transcender os seus limites". 
O sonho criativo ou projeção astral provavelmente é, depois do 
scrying, a forma mais direta de percepção de outros lugares ou 
tempos, mas é algo que exige considerável perseverança. Embora a 
projeção astral não leve diretamente à profecia ou a poderes 
proféticos, uma vez obtida, o alcance para a vivência em primeira mão 
de outros tempos ou outras realidades é considerável. 
O propósito da técnica de projeção astral é fazer com a sua mente 
consciente o que é realizado por sua mente inconsciente depois que 
você dorme. Não existe nada de antinatural nisso, a não ser que você 
estará consciente de seu "sonho" e será capaz de dirigi-Io, tal como 
Nostradamus conseguia. 
O corpo tem muitas funções inconscientes, como a respiração, por 
exemplo. Na maior parte do tempo, ele conduz essas operações sem 
nenhuma interferência da mente consciente, mas você pode assumir 
com a mente consciente a função de, por exemplo, respirar. Se você 
tivesse que fazer isso o tempo todo, seria tedioso, mas a respiração é 
uma função que pode ser controlada ou pela mente consciente ou 
pela inconsciente. O sonho é outra dessas funções. Existem alguns 
benefícios bem conhecidos em assumir regularmente o ciclo 
respiratório e aprofundá-lo. Da mesma forma, existem benefícios 
incontestes em assumir seu "sonho" e dirigi-lo conscientemente. 
Existem algumas técnicas concebidas para projetar o corpo astral. 
Todas essas técnicas compartilham diversos pré-requisitos básicos, o 
mais importante dos quais é a confiança naquilo que você está 
fazendo e a ausência de medo. Se por um momento você começar a 
obter resultado em uma projeção, até o mais ligeiro toque de medo o 
trará instantaneamente de volta ao corpo. O medo é uma resposta 
natural a sensações novas que, nesse caso em particular, deve ser 
reprimido, do mesmo modo que a reação de respirar precisa ser 
suprimida quando você está debaixo da água. 
O segundo pré-requisito é concentração. Se a sua vontade ou sua 
visualização afrouxarem, então ou a sua mente vai divagar, no sentido 
comum dessa expressão, ou você dormirá - uma coisa que não é má 
em si, mas é inimiga do sucesso nessa prática. 
 
 
 
 
 
 
 
Os passos envolvidos na projeção do corpo astral são: 
 
1º. Certificar-se de que não há possibilidade de perturbação pelo 
telefone (tire-o do gancho) ou por parte de algum visitante. Remova 
todos os objetos de metal que toquem a sua pele. Sente-se em uma 
cadeira bem confortável e que dê apoio total, ou estire-se sobre uma 
cama em sentido norte-sul, cabeça para o norte (embora deitar-se não 
seja sempre desejável, pois convida ao sono). Concentre-se em cada 
parte do corpo, em seqüência, começando pelos pés. Tensione os 
músculos e depois os relaxe, trabalhando assim até o topo da cabeça. 
Verifique então mentalmente cada parte do corpo, novamente, para 
ver se está totalmente relaxada. Feche os olhos e tente reter por 
alguns minutos a deliciosa sensação de estar à beira do sono, mas 
permanecendo muito alerta. 
 
2º. Respire profundamente algumas vezes. Tente imaginar-se deitado 
ou sentado 15 centímetros para a esquerda de onde realmente está. 
Quando tiver se convencido disso, tente visualizar uma nova posição 
15 centímetros para a direita de sua posição real. Quando estiver 
certo disso, tente 15 centímetros acima da posição atual. Quando 
essa posição um pouco mais difícil estiver convincentemente 
estabelecida, tente afundar-se na cama, através do colchão, ficando, 
na imaginação, 15 centímetros abaixo de onde está. Nesse ponto, a 
tentação de simplesmente dormir deve ser combatida. Repita esses 
exercícios todas as noites, por uma semana. 
 
3º. Quando essas visualizações forem adequadamente conseguidas, e 
não antes, visualize-se em sua posição original, mas lentamente se 
levantando para a posição sentada. E então, sem nem tentar abrir os 
olhos, tente ver o que está à sua frente. Repita esses exercícios todas 
as noites durante a segunda semana. 
 
4º. Nasemana seguinte, todas as noites, repita os exercícios acima, 
acrescentando mais uma prática. Tente se imaginar oscilando de um 
lado para o outro, de uma posição para a outra, como um pêndulo. 
Pratique até se sentir perfeitamente confortável com isso, e então 
tente mover-se para trás, como se alguém estivesse puxando você 
pela cabeça e pelos ombros. Mova essa nova posição visualizada 
mais e mais para longe do corpo, cada vez que a tentar de novo. Com 
um pouco de sorte, chegará o momento em que você repentinamente 
se verá aparentemente capaz de ficar em pé e afastar-se do seu 
corpo. 
 
5º. Se isso não funcionar, acrescente mais um exercício: sentar-se em 
frente a um espelho, fechar os olhos e então tentar reverter a situação 
de forma que, em lugar de olhar para o seu reflexo, você, por alguns 
segundos, possa ser capaz de sentir que está olhando para fora do 
espelho, para si próprio. Acrescente esse exercício aos anteriores por 
mais uma semana, tentando o ciclo todo de exercícios. 
 
Acabará chegando o momento em que você vai sentir uma sensação 
de tranco para trás, como se tivesse recuado de um tombo: tente 
estimular isso, mas deixe-se ir. Continue persistindo até que 
subitamente você vai estar aparentemente em pé no quarto, 
ligeiramente desorientado, tendo transferido sua consciência para fora 
do corpo. E então começam os interessantes experimentos que estão 
fora do objetivo deste livro. É suficiente dizer que há muito a explorar 
antes que você precise sair em busca de outros tempos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VER O CORPO ASTRAL 
 
O corpo astral é um conceito encontrado na maior parte das 
civilizações e é até mesmo mencionado indiretamente na Bíblia. Os 
teosofistas, um movimento mundial fundado por H. P. Blavatsky, 
caminhou muito no trabalho de tentar "ver" o corpo astral com 
clarividência, e foram produzidos livros com pinturas coloridas de 
diferentes auras, que foram consideradas uma extensão do corpo 
astral. No início dos anos 1960, foi construído um tipo de óculos de 
proteção chamado kilner, que possibilitava que mesmo pessoas que 
não eram médiuns vissem o fluxo da aura em torno de seres 
humanos. Nos anos 1970, alegou-se que uma forma de fotografia 
chamada kirlian fotografava a aura. Mais recentemente, se tem 
tentado fazer fotografias diretas do corpo astral inteiro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O que dizer das profecias de Nostradamus para a década de 1990? 
Ele predisse na Quadra 21 da Centúria VI que haveria uma aliança 
entre EUA e URSS em 1990 (ver página 214). Certamente a 
proximidade que se originou entre Reagan e Gorbachev no final dos 
anos 1980 chegou a um ponto (impensável dez anos antes de 
acontecer) que levou o presidente Clinton, dos EUA, a oferecer ajuda 
à Rússia. Na Quadra 89 da Centúria lI, a mesma predição é 
refraseada: 
 
Um dia os dois grandes líderes serão amigos, 
Seu grande poder se verá crescer: 
A Terra Nova estará no auge de seu poder, 
Ao homem do sangue será mostrado o número (18) 
 
 
 
O homem com a marca de sangue (na testa) é obviamente 
Gorbachev, que em seguida perde o poder. Mesmo na época de sua 
amizade com Reagan, seu número já estava quase sendo mostrado. 
A Terra Nova é o Novo Mundo ou os EUA, provavelmente no auge do 
seu poder antes de sucumbir a uma recessão. 
Nostradamus predisse uma guerra no Oriente Médio em 1991, na 
Quadra 70 da Centúria VIII, com detalhamento espantoso: 
 
Ele entrará, mau, desagradável infame 
Tiranizando sobre a Mesopotâmia. 
Todos os amigos feitos pela mulher adúltera. 
A terra medonha e negra de aspecto. 
 
18. N. da T.: A expressão "mostrar o número" para alguém, em inglês, 
significa que a sua hora chegou. Provavelmente uma alusão a um 
jogo, em que se mostra o número do jogador que deve deixar o 
campo. 
Saddam Hussein certamente entrou no Kuweit de uma maneira 
sorrateira, má e infame. Ele ainda tiraniza a Mesopotâmia, o antigo 
nome grego do Iraque. A "mulher adúltera” pode ser uma amiga e 
aliada de Hussein no século 20, mas é mais provável que seja uma 
referência à bíblica prostituta da Babilônia. A posição da Babilônia 
como capital da região foi assumida por Bagdá, a capital de Saddam 
Hussein. A última linha é uma descrição perfeita das enormes nuvens 
negras pesando sobre o Kuweit quando Saddam Hussein ateou fogo 
aos poços de petróleo. 
Na Quadra 59 da Centúria VI, Nostradamus fala de outro drama que 
chegou às manchetes em 1991: 
 
A senhora, furiosa em uma ira adúltera, 
Conspirará contra seu Príncipe, mas não falará com ele. 
Mas o acusado logo será conhecido, 
De forma que dezessete serão martirizados. 
 
A Duquesa de York ficou irritada com os relatos dos jornais a respeito 
de seu suposto adultério com um texano (o acusado que foi logo 
descoberto). Ela partiu numa viagem para a Indonésia sem o príncipe 
Andrew, sem falar com ele. Ainda resta saber quem são as dezessete 
pessoas que estão predestinadas a sofrer. 
 
 
 
 
No início de 1991, Margaret Thatcher foi afastada do poder e mais 
tarde, ainda naquele ano, a princesa Diana se viu preterida pelo 
príncipe Charles. É bastante possível que um ou outro desses dois 
acontecimentos esteja refletido na Quadra 74 da Centúria VI: 
 
Ela, que foi lançada fora, retornará ao reino, 
Seus inimigos encontrados entre conspiradores. 
Mais do que nunca, o seu reino será triunfante. 
Aos setenta e três a morte será bem certa. 
 
Quem quer que seja a protagonista, parece tratar-se de um bem-vindo 
retorno, terminado em morte prevista muito precisamente para a idade 
de 73 anos. 
Em 1991, estourou uma guerra civil na antiga Iugoslávia. Eis aí uma 
interessante ressurgência da velha rixa entre grupos muçulmanos e 
cristãos que tem estimulado os feudos da Europa Oriental desde a 
ocupação turca, que se verificou de meados do século 15 até o fim do 
século 17. Nostradamus obviamente aponta o distúrbio atual nessa 
área e na Romênia, na Quadra 82 da Centúria IV: 
 
Uma massa [de homens] da Eslavônia se aproximará, 
O Destruidor arruinará a velha cidade: 
Ele verá a sua Romênia bastante deserta. 
E então não saberá como extinguir a grande chama. 
 
 
 
 
Por certo houve muita destruição na velha cidade de Dubrovnik, e é 
duvidoso se a ONU sabe como extinguir as chamas do ódio religioso e 
civil. A Romênia, enquanto isso, foi reduzida a uma sombra de sua 
personalidade anterior, por seu último ditador comunista. 
 
O ano de 1994 estaria designado por Nostradamus para o início da 
seca de quarenta anos, que seria seguida de inundações com a 
mesma duração (ver páginas 218-20). A despeito do uso da palavra 
francesa ans ("anos"), talvez ela deva ser interpretada como "meses", 
pois uma seca de quarenta anos é inconcebível em termos do atual 
clima do mundo. 
Para 1995, foi predito que um papa não-amado seria escolhido entre 
candidatos franceses e espanhóis - o penúltimo papa, segundo 
Malaquias. Esse ano veria também atrito na Albânia, com um provável 
ataque desse país à Grécia (ver também páginas 239-41). Em 1996, 
desastres ambientais (ver páginas 218-20), não de todo desligados da 
diminuição da camada de ozônio, foram previstos na Quadra 67 da 
Centúria IV. 
 
 
 
 
No final da década viriam duas invasões expansionistas islâmicas, 
uma da Argélia e outra do Irã (Pérsia), segundo a Quadra 80 da 
Centúria VI, resultando na queima de uma cidade e em muitas mortes 
pela espada. Essa poderia ser uma guerra santa - uma jihad - com 
exércitos muçulmanos convergindo do norte da África e do Irã contra a 
Europa cristã, tal como a invasão muçulmana da Espanha setecentos 
anos atrás: 
 
De Fez, o reino [islâmico] se espalhará para a Europa, 
A cidade arde e a espada cortará: 
O grande homem da Ásia com uma grande tropa por terra e mar, 
De forma que os azuis, persas, cruz, dirigida paraa morte. 
 
Os acontecimentos finais da década de 1990 e do milênio 
propriamente serão discutidos nas próximas páginas. 
 
 
 
A esmagadora quantidade de profecias catastróficas nas quadras faz 
com que o futuro pareça muito desolador mesmo. Nisso, Nostradamus 
não está só: a Revelação de São João Divino, que ele certamente 
conhecia, prevê a chegada dos quatro Cavaleiros do Apocalipse 
(Praga, Fome, Guerra e Morte) que anunciarão a ascensão do 
Anticristo, o milênio e o fim do mundo. A Quadra 72 da Centúria X (ver 
páginas 202-6) alertaria para a chegada do Rei do Terror dos Céus, 
cinco meses antes do ano 2000. Interpretada de formas diversas, 
como uma bomba nuclear gigante ou mesmo como uma grande 
invasão de alienígenas vindos do espaço, o que quer que venha a ser, 
seria realmente bem desagradável. Como que para confirmar essa 
profecia, o professor Hideo Itakawa, pioneiro da tecnologia japonesa 
de foguetes, previu o fim do mundo para um mês depois, em agosto 
de 1999. Ele disse que isso ia se dever a uma Grande Cruz 
astrológica dos planetas, muito rara, que se formaria nesse mês. 
A Grande Cruz pode ser analisada pela oposição de Vênus (em 
Escorpião) a Saturno e Júpiter (em Touro), em quadratura (ângulo 
reto) com Netuno e Urano (em Aquário) opostos ao Sol, Lua e 
Mercúrio (em Leão). Os quatro signos zodiacais - Taurus, o touro, Leo, 
o leão, Scorpio, a águia, e Aquarius, o homem - são os signos das 
quatro bestas do Apocalipse que também são mostradas na última 
carta do tarô, o Mundo. 
Os cientistas estão começando a associar a incidência de manchas 
solares, terremotos e atividades vulcânicas mais com posições 
planetárias do que com causas unicamente geológicas. 
Conseqüentemepte, em resultado dessa configuração, pode haver 
uma incidência muito maior de desastres naturais nessa época do que 
normalmente se esperaria. Como confirmação, o vidente americano 
Edgar Cayce profetizou que um deslocamento no eixo polar da terra 
causará muitas catástrofes naturais, terremotos e maremotos, 
resultando na destruição de grande parte da humanidade. 
Esse período será também o tempo do Armagedon, vaticinado pelos 
profetas da Bíblia como a "batalha do grande dia de Deus", quando se 
verificará a última batalha entre os poderes do bem e do mal. Seu 
nome é indubitavelmente tirado do famoso campo de batalha 
mencionado em Juízes 5, 19, na Planície de Esdraelon, onde os 
israelitas enfrentaram suas maiores batalhas. Infelizmente, esse 
Armagedon não está programado para ser tão localizado como 
aquelas batalhas. 
Outras pessoas que estavam em completo acordo quanto ao fato de 
que o fim de 1999 seria o fim do mundo eram as Testemunhas de 
Jeová e os Adventistas do Sétimo Dia. Obviamente, muitas pessoas 
chegaram a prender a respiração nos últimos meses de 1999, assim 
como o fizeram com igual justificativa em 999. 
Nostradamus, em seu prefácio ao filho, César, fala mais diretamente 
dos acontecimentos que devem vir antes da última conflagração: ''A 
conflagração mundial, que deverá trazer tantas catástrofes e 
revoluções que poucas serão as terras não cobertas pela água, e isso 
durará até que tudo tenha perecido, exceto a história e a geografia 
elas mesmas". Antes que isso ocorra, Nostradamus assevera que: 
"Eis por quê, antes e depois dessas revoluções em vários países, as 
chuvas serão tão reduzidas e tal abundância de fogo e mísseis 
ardentes cairão dos céus, que nada escapará ao holocausto [...] Pois 
antes que a guerra feche o século, e em seus estágios finais, ela 
manterá o século sob o seu domínio". 
 
 
 
 
 
Uma visão realmente sinistra nos é apresentada quando Nostradamus 
prediz, na Quadra 25 da Centúria V, que quando chegássemos perto 
do ano 2000 um novo Império Árabe, provavelmente formado pelos 
países árabes mais extremistas, que estão localizados em torno de 
Israel, atacaria o Irã (Pérsia), o Egito e a Turquia (Bizâncio). Esse 
império seria apoiado pelos fanáticos cruelmente anti-cristãos e anti-
Ocidente da Argélia, Tunísia e, possivelmente, da "Grande Síria”, que 
compreende partes do Líbano: 
 
 
O príncipe árabe, Marte, o Sol, Vênus [em] Leo, 
A lei da Igreja sucumbirá ao mar. 
Em direção da Pérsia, muito perto de um milhão [de homens] 
A verdadeira serpente invadirá o Egito e Bizâncio. 
 
A conjunção precisa descrita aqui ocorreria entre 21 e 23 de agosto de 
1998 e 2 e 6 de agosto de 2000. Como a Igreja é mencionada por 
Nostradamus como um barco, o fato de ela sucumbir ao mar 
significaria o fim da Igreja ou, no mínimo, do papado. O estandarte das 
forças atacantes seria o sinal da serpente ou de alguma forma estaria 
relacionado a ele. 
Dois anos mais tarde, para junho de 2002, a Quadra 24 da Centúria VI 
prediz uma guerra terrível que seria seguida pela unção e reinado de 
um novo rei. Este "trará paz à terra por longo tempo", e disso 
Nostradamus não tem dúvida. (Ver na página 240 as razões para a 
datação dessa profecia.) 
Se sobrevivêssemos a todos esses acontecimentos terríveis, 
Nostradamus afirmou claramente, poderíamos então esperar por mil 
anos de paz muito maior. 
 
PROFETAS MODERNOS 
 
Em 1993, um vidente previu que em 12 de janeiro de 2000, o centro 
de Londres seria quase completamente destruído por uma catástrofe 
cósmica - o impacto direto de um meteorito contendo grande 
quantidade de urânio, tório e outros elementos radioativos, de 
tamanho ainda maior que o meteoro que se sabe ter devastado uma 
grande área da floresta quase desabitada da Sibéria em 1908. 
Segundo o dr. David Hughes, da Universidade de Sheffield, existem 
talvez cem mil "pequenos" asteróides no Sistema Solar que não 
podemos detectar hoje. A denominação "pequeno" significa menos do 
que 6 quilômetros de diâmetro - "munição" bastante para devastar 
Londres. 
Muitas das profecias relativas ao ano 2000 e aos anos subseqüentes, 
indicam grandes variações climáticas, que tornariam grandes áreas da 
terra praticamente inabitáveis. Também estariam previstos terremotos 
que devastariam áreas densamente habitadas em áreas tão 
distanciadas como Califórnia e Portugal, e poluição atmosférica de tal 
intensidade em Nova York, Los Angeles, Tóquio e uma grande cidade 
australiana, que os que puderem se mudarão para os subúrbios e o 
campo. 
 
 
 
 
 
 
Nostradamus parece nos dar dois cenários possíveis, mas 
incompatíveis, para o mundo da virada do século 20 para o século 21 
em diante. O primeiro cenário de horror e guerra foi explicado nas 
páginas 310-3. Agora olhemos para o outro lado da moeda, onde uma 
era dourada de esclarecimento nos leva ao terceiro milênio depois de 
Cristo, ou ao sétimo milênio a contar da datação que Nostradamus dá 
ao começo do mundo. Talvez ambos os futuros existam já na árvore 
do tempo, e serão as nossas reações aos últimos anos tão cruciais 
desse milênio que determinarão em qual desses mundos ou 
realidades devemos de fato entrar. 
Os eruditos judeus viram o ano 2000 como o fim de um Shemitah e o 
começo de um período em que reinará a paz Utópica. A teoria do 
tempo cíclico do Shemirah é baseada na reverência quase universal 
pelo número sete; no contexto do tempo, ela é reconhecida no número 
de dias da semana, na importância do número 50 (sete vezes sete, 
mais um) para os produtores dos calendários hebraicos e no hábito 
acadêmico e agrícola do ano sabático de descanso. O ano do Jubileu 
é o qüinquagésimo ano, que se segue após cada ciclo de sete vezes 
sete anos, e o maior ciclo do Jubileu é o de sete mil anos. Para eles, 
ao término do Shemitah, no ano 2000, a Torá não mais conteria 
proibições, o mal seria refreado e a utopia se realizaria: o retorno a 
Israel do judaísmo moderno estaria previsto para o Shemitah seguinte. 
Esses ciclos de tempo devem ter feito parte de educação de 
Nostradamus, pois ele nasceu no seio do judaísmo, ainda que sua 
famíliase tenha convertido mais tarde. 
 
 
 
Para muitos pensadores e profetas, o fim do último milênio foi também 
o fim da Era de Peixes e o início da Era de Aquário (ver quadro). A 
visão deste escritor é que com o fim da ameaça da Guerra Fria e com 
um crescente desejo mundial de tratar nosso planeta de uma maneira 
mais suave e refletida, a ramificação já foi feita e estamos hoje no 
caminho da segunda das duas realidades alternativas - a que leva a 
uma nova era mais civilizada. Entretanto, esta não será de modo 
algum uma jornada fácil, pois será perturbada por irrupções de 
rivalidade étnica e religiosa e outras rixas. Esta jornada acabará 
levando à data final de 3797 dada por Nostradamus. Quem sabe o 
que acontecerá depois? 
 
DATAS IMPORTANTES DO MILÊNIO 
 
O ano 2000 marcou, aproximadamente, o início da Era de Aquário -
uma época de mudanças fundamentais para toda a humanidade. Ela é 
medida pela precessão dos equinócios 19, e ao término do último 
milênio teríamos passado da Era de Peixes (que é freqüentemente 
associada ao cristianismo por causa do uso que essa religião fez, no 
início, do símbolo do peixe) para a Era de Aquário, após cerca de 2 
160 anos. Um circuito completo de todos os doze signos demora 
25.290 anos. 
Como cada signo zodiacal não tem exatamente 30 graus de extensão, 
há alguma controvérsia sobre a data exata que marca essa transição. 
Eis aqui algumas das datas mais interessantes, entre as muitas 
possíveis: 
 
1904 - Para Aleister Crowley, mago do século 20, a Era de Horus era 
o ponto de entrada na Era de Aquário, uma era da Criança de Horus 
Coroada e Conquistadora. A segunda metade desse século com 
certeza foi uma era da criança, especialmente o ano de 1964, em que 
o Flower Power surgiu. 
 
1962 - A clarividente americana Jeane Dixon teve uma visão do 
nascimento do Anticristo em Jerusalém, um acontecimento cujo 
significado foi bem utilizado pelos produtores da série de filmes Omen. 
No dia anterior ocorrera um eclipse solar com todos os sete planetas 
tradicionais no signo de Aquário. 
 
2000 - Muitos profetas concordaram que esse número mágico seria o 
início da Era de Aquário, incluindo-se Nostradamus, Edgar Cayce (o 
profeta americano "dormidor"), São Malaquias (que previu cada um 
dos papas até o fim da Igreja Católica para esse ano), Garabandal e a 
astróloga Margaret Hone. 
 
2001 - Alguns escritores, como, por exemplo, Barbarin e os 
adventistas-do-sétimo-dia, tinham como data-chave o primeiro ano do 
novo milênio. É claro que existe um argumento para dizer que o "ano 
zero" (como o "ano zero" de um bebê, antes que ele complete 1 ano 
de idade) é o primeiro ano da Era. 
 
2012 - Baseando suas conclusões nos ciclos do antigo calendário 
maia, Jose Arguelles, autor de The Mayan Factor ["O fator maia”], 
sugere essa data para o colapso da civilização global e uma 
regeneração da Terra. 
 
2020 - Baseando sua teoria na primeira conjunção de Júpiter e 
Saturno em Aquário desde 1404, Adrian Duncan, autor de Doing Time 
on Planet Earth ["Cumprindo tempo no planeta Terra”], propõe 21 de 
dezembro de 2020 para a transição astrológica. 
 
 
 
2160 - Um período de exatamente 2160 anos desde o nascimento de 
Cristo forma outro ponto de entrada religioso (mas não astrológico) na 
Nova Era. 
 
 
 
Os escritos de Nostradamus dão uma quantidade de datas 
importantes que nos ajudam a entender suas quadras. Ele publicou 
suas primeiras profecias em 1547 - uma data muito significativa na 
França, pois foi o ano em que o francês foi declarado a língua oficial 
das autoridades francesas, em lugar do latim. Não é surpreendente, 
portanto, ver o Curé de Louvicamp declarar, em 1710, que "quando o 
oráculo da França [Nostradamus] fez suas profecias gálicas, ele quase 
nunca se separou do uso do latim, muitas vezes escrevendo em latim 
sob o pretexto de escrever em francês [...] Com freqüência, ele 
empregava um francês latinado, chamando a atenção e aludindo à 
fraseologia latina na ordem das palavras e [...] sintaxe". O latim ainda 
era, evidentemente, a principal língua de trocas eruditas na Europa, e 
Nostradamus freqüentemente pensava em latim, ainda que 
escrevesse em francês. É precisamente por essa razão que algumas 
de suas quadras guardam tão zelosamente o segredo de seu 
significado, a menos que o estudioso se aproxime delas com latim e 
francês em mente. 
Em sua carta ao filho César, Nostradamus confirmou que as suas 
Centúrias compreendiam "profecias desde hoje ["hoje" significa aqui 
12 de março de 1555] até o ano 3797". Essa data é ou o limite da 
exploração que Nostradamus fez na árvore do tempo, ou uma data 
definida para o fim do mundo tal como o conhecemos, "quando tudo 
tiver perecido, salvo a história e a geografia elas mesmas", pelo 
menos em uma das realidades alternativas que compõem a árvore do 
tempo. Até mesmo Nostradamus pensou que essa data tão distante 
"pode perturbar alguns, ao verem um tão longo período de tempo". À 
medida que os eventos sucedem, mais da profecia de Nostradamus 
se torna compreensível, mas talvez somente nessa data distante 
todas elas se tornem claras. 
Quando se olha de uma perspectiva mais ampla, por que o fim do 
mundo deveria ser exatamente dois mil anos após o nascimento de 
Cristo, um acontecimento cuja datação pode ter erro de até uma 
década, afinal? 
Na época em que Nostradamus escreveu, o calendário aceito era o 
calendário Juliano, assim chamado porque fora inicialmente adotado 
por Júlio César em 46 d.C. É interessante observar que o ciclo juliano 
consistia em 7980 anos, começando em 12 de janeiro de 4713 a.C. O 
arcebispo James Ussher (1581-1665), que viveu logo após 
Nostradamus, calculou, pela cronologia bíblica, que o mundo começou 
em 4004 a.C., uma data que desde então foi chamada de Anno Mundi. 
Para entender a cronologia de Nostradamus, podemos usar o Anno 
Mundi como data base, mas, como a família de Nostradamus era 
originalmente de judeus sefarditas, é razoável olhar também para a 
tradição judaica de datação, para descobrir o significado do ano 3797 
d.C. 
 
 
 
O calendário judaico começa com a Criação, em 3760 a.C. O ano do 
nascimento de Cristo, nesse calendário, é, pois, 3760. Como os 
eruditos de hoje pensam que o nascimento de Cristo ocorreu na 
verdade em 4 a.C., adicionamos quatro anos a essa data, o que dá 
3764. Como se diz que Cristo viveu 33 anos, a dada de sua 
crucificação se torna então 3797 Anno Mundi (desde a criação do 
mundo). 
Subitamenre, tudo faz sentido: Nostradamus tinha colocado a 
crucificação como ponto central da história do mundo, com a Criação 
e o fim do mundo à mesma distância de cada lado do tempo. Parece, 
portanto, que o calendário judaico é um guia muito mais exato para o 
tempo em um contexto nostradamiano do que o calendário juliano 
(usado na sua época), o do arcebispo Ussher ou o calendário 
gregoriano 21 (usado em nossa época). 
A validade do cálculo acima pode ser questionada, mas é provável 
que ele (ou um curso de raciocínio muito semelhante) tenha sido 
utilizado por Nostradamus para gerar a data 3797 d.C. - com a 
implicação de que, para Nostradamus, o tempo (contido pela Criação 
e o fim do mundo) girava em torno da morte de Cristo. Para além 
dessa faixa de tempo ficava a eternidade. Por esse raciocínio, o 
período total de tempo entre a Criação e o fim do mundo seria de 
pouco mais de sete milênios e meio. 
Nostradamus não acreditava, como muitos dos profetas do século 20, 
que o fim do mundo aconteceria em 2000 d.C. Ao contrário, ele 
parecia bastante certo de que o ano 2002 d.C. seria o começo de uma 
nova e pacífica idade de ouro. 
Ao contrário daqueles lavradores que, no ano 999, abandonaram seus 
campos sem fazer a colheita, porque foram estimulados pela Igreja a 
sentir que não viveriam além do fim do milênio para ver o fruto do seu 
trabalho, Nostradamus nosreassegura que existirão pelo menos mais 
1.797 anos de história humana além do ano 2000! 
Pela própria razão de que Nostradamus podia, como outros profetas, 
ver outra realidade que nem sempre ocorria, nós temos o livre arbítrio 
coletivo de orientar os acontecimentos para que este novo século nos 
leve àquele ramo da árvore do tempo que encarna uma nova era de 
relativa paz, em vez de cumprir as profecias de terror, guerra e ruína 
que foram feitas para o milênio. Nós temos essa escolha - embora 
seja duvidoso que saibamos como fazê-Ia. O futuro é previsível mas 
não é fixo! 
 
AS PROFECIAS DE CRISTO 
 
Embora muitas guerras e penúrias sejam previstas por Nostradamus, 
não há nada de novo nesses ciclos da natureza e da história. Até 
mesmo Cristo fez predições similares (Mateus 24, versículos 6-7): "E 
certamente ouvireis falar de guerras e rumores de guerras; vede, não 
vos assusteis, porque é necessário assim acontecer, mas ainda não é 
o fim. Porquanto se levantará nação contra nação, reino contra reino, 
e haverá fomes e terremotos em vários lugares". 
Por outro lado, em linha com a teoria das realidades alternativas, 
mesmo as profecias de Cristo parecem ter falhado quando chegou a 
ocasião. Ele previu corretamente a Queda do Templo de Jerusalém 
em 70 d.C., quando os romanos o saquearam. Entretanto, ele também 
predisse, incorretamente, que o fim do mundo viria logo após a 
destruição do Templo. 
 
 
 
 
 
 
GLOSSÁRIO 
 
Anticristo - São João Divino predisse no Livro das Revelações que 
um falso Messias - o Anticristo - apareceria pouco antes do fim do 
mundo. Alguns comentaristas garantem que Nostradamus predisse 
três Anticristos, com Napoleão e Hitler tendo sido os dois primeiros, 
mas o ponto de vista tradicional é o de que há somente um Anticristo, 
que ainda não chegou. 
 
O Anticristo é também mencionado nas Epístolas de São João. 
 
Apocalipse - Uma revelação referente ao estado do fim do mundo, 
aplicada geralmente ao último livro do Novo Testamento, Revelações 
de São João Divino. 
 
Ascendente - Os graus zodiacais exatos do horizonte num dado 
momento, mais comumente na hora de um nascimento. 
 
Astrologia - A arte ou ciência de mapear a posição dos planetas, do 
zodíaco e de outros corpos celestes em um momento e lugar 
específicos, geralmente o momento e o lugar de um nascimento, e de 
tirar conclusões a partir disso. 
 
 
 
 
 
 
 
Astrologia judiciária - Astrologia que lida principalmente com o 
julgamento do horóscopo de uma determinada pessoa, para 
diagnosticar o caráter dela e prever seu destino. 
 
Astrologia mundana - Ramo da astrologia judicial que se ocupa do 
horóscopo e do destino das cidades e nações, e não dos indivíduos. 
 
Branchus - O oráculo de ApoIo em Dídima, na Grécia Antiga. 
Branchus era filho de ApoIo, e se pode detectar o século 7 a.C. como 
a época em que seu oráculo surgiu. Foi nos métodos desse oráculo 
que Nostradamus baseou seus métodos, com está explicado na 
Quadra 2 da Centúria I. 
 
 
 
 
 
Cabala - Antigo sistema metafísico hebraico utilizado por magos 
europeus da Era Moderna como "mapa” dos outros planos e mundos 
do universo. 
 
Calendário gregoriano - O calendário que substituiu o calendário 
juliano e corrigiu o cálculo dos anos bissextos. 
 
Calendário Juliano - O calendário adotado por Júlio César em 46 
a.C. e utilizado na Europa até o fim do século 16, nos países católicos, 
e mesmo até mais tarde em países protestantes e ortodoxos. 
 
Capeto - Nome de uma dinastia francesa anterior à família Bourbon, 
dinastia da qual Luís XVI era o chefe. Entretanto, a palavra foi muitas 
vezes usada em um sentido mais amplo por Nostradamus, para se 
referir a qualquer governante francês, ou mesmo a qualquer rei no 
exercício do poder. 
 
Caput draconis e cauda draconis - Antigas expressões do latim que 
significam "a cabeça do dragão" e "a cauda do dragão" - 
respectivamente o ponto mais alto e o mais baixo do "bamboleio" da 
Lua em sua órbita em torno de nosso planeta. 
 
Centúria - Palavra com que Nostradamus denominou cada grupo de 
cem quadras, e não um período de cem anos [outro significado da 
palavra "centúria”]. Ele não completou todas as centúrias. 
 
 
 
Cosmologia - Explicação teórica da natureza do universo, 
especialmente com referência às relações espaço/tempo. 
 
Divinação - A arte de obter conhecimento de acontecimentos futuros 
por meio de técnicas específicas - não necessariamente por 
inspiração divina, como se supõe que seja a profecia. 
 
Elementais - Os espíritos dos quatro elementos clássicos: Fogo, Ar, 
Água e Terra. 
 
Feng shui - A arte chinesa de selecionar o melhor posicionamento 
para casas ou túmulos; de forma a maximizar a sorte de seu 
proprietário. O feng shui não é diretamente relacionado à geomancia 
européia. 
 
Geomancia - Uma técnica divinatória que utiliza dezesseis figuras de 
quatro linhas geradas por pontos feitos aleatoriamente em papel ou na 
terra, que freqüentemente são associadas a gnomos ou aos espíritos 
elementais da terra. (Não deve ser confundida com feng shui ou 
geomancia chinesa.) 
 
Hieróglifo - Uma forma de escrita simbólica praticada pelos antigos 
egípcios. No século 16, essa palavra se aplicava simplesmente a uma 
figura ou sinal simbólico. 
 
 
 
 
I Ching - Livro divinatório chinês baseado em 64 hexagramas ou 
figuras feitas de seis linhas, que podem ser interrompidas (Yin) ou 
contínuas (Yang), colocadas uma sobre a outra. 
 
Ifá - Técnica africana divinatória baseada na geomancia árabe. 
 
Malaquias - Santo que se supõe ter sido o autor de uma lista de 
frases em latim, uma para cada papa que existiria até o fim do 
papado. Após a frase correspondente ao papa atual, há apenas duas 
frases mais, portanto apenas mais dois outros papas, até a morte do 
papado. 
 
 
Meio do céu - Os graus zodiacais exatos da elevação máxima acima 
do horizonte em um dado momento qualquer, mais comumente a hora 
de um nascimento. 
 
Milênio - Período de mil anos, normalmente medido desde o 
nascimento de Cristo até o fim do qual uma nova era deve ser 
anunciada. 
 
Monofisismo - Heresia que surgiu no século 5, negando a 
humanidade de Cristo. Em 451, o Conselho da Calcedônia a 
proscreveu, mas quase todos os cristãos egípcios já se recusavam a 
aceitar essa lei. 
 
Necromancia - A invocação e a inquirição do espírito dos mortos. 
 
Neoplatonistas - Escola de filósofos, que incluiu lamblichus, Proclus e 
Plotinus, centrada em Alexandria, no Egito. Contemporâneos dos 
primeiros patriarcas cristãos, eles fundamentaram suas doutrinas nas 
obras de Platão. 
 
 
 
 
 
Ocultismo - Relativo ao conhecimento oculto ou mágico. 
 
Precessão dos equinócios - Um lento movimento em direção ao 
ocidente da posição dos equinócios no plano do equador celeste. O 
efeito disso é que os signos do zodíaco deixam de coincidir com as 
constelações com quais foram originalmente identificados. A entrada 
do início do primeiro signo do zodíaco (Áries) na constelação 
correspondente a Aquário representa o despontar da Era de Aquário. 
 
 
Profeta - Pessoa que fala ou escreve revelações divinamente 
inspiradas de acontecimentos futuros. 
 
Projeção astral - A capacidade de projetar a consciência para fora do 
corpo, para um lugar ou tempo distante, ou para outro plano da 
realidade. 
 
 
 
Quadra - Estrofe rimada de quatro linhas utilizada por Nostradamus 
para expressar suas predições. Todas são totalmente independentes 
e raramente se relacionam com a quadra vizinha. 
 
Sortes - Técnica divinatória que consiste em abrir, aleatoriamente, um 
livro sagrado e pousar um dedo sobre uma frase, por três vezes, 
juntando-se as três frases para responder a determinada questão. 
 
Tarô - Conjunto de 78 cartas usadas desde o século 13 para jogos e 
tambémpara práticas divinatórias. 
 
Vidente - Pessoa que pratica artes divinatórias ou que vê revelações 
do futuro por meio de talento natural e não necessariamente por 
inspiração divina. 
 
Yang - O princípio masculino na cosmologia chinesa, representado no 
I Ching por uma linha contínua. 
 
Yin - O princípio feminino na cosmologia chinesa, representado no I 
Ching por uma linha interrompida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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