Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
THP TEORIA E HISTÓRIA DO PAISAGISMO PROF. ARQ. LEONARDO MARQUES HORTENCIO AE-07_O paisagismo no Barroco 2016-01 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO BARROCO O barroco produz jardins monumentais, geometrizados, totalmente controlados pelo homem, onde a vegetação perde suas características, transformando-se em elemento construtivo de uma arquitetura exterior de grande impacto visual. Alguns destes jardins estão fora da cidade, nos palácios, fugindo do caráter urbano. São criados mundos que existem por si, todas as relações são planejadas. O observador é um participante deste mundo por onde passeia, muitas vezes se transformando em um espectador. A partir da Renascença, os jardins da coroa e da nobreza são abertos ao público, especialmente em Londres e outras capitais da Europa. Os jardins eram feitos para o homem e a dignificavam; seus modelos eram trazidos da antiguidade clássica, representada por Roma e passaram a ocupar junto com a música, a pintura e a arquitetura, um lugar de destaque nas artes. Desenhados para abrigar também discussões intelectuais: sábios e artistas podiam trabalhar e discutir no “frescor dos ares do campo”. As áreas ajardinadas ao lado dos castelos possuíam desenhos simétricos de proporções matemáticas e perspectiva sem fim. A casa e o jardim integravam-se em um único espaço. A água era largamente empregada com a construção de repuxos, chafarizes e cascatas. Também eram introduzidos nos jardins elementos construtivos como escadas, terraços e esculturas. As plantas eram submetidas a um tratamento formal com grande utilização de topiárias e parterres (canteiros geométricos e bem marcados pelo cultivo, em blocos, de plantas de uma única espécie). As espécies mais usadas eram os ciprestes, os buxinhos, os louros e os azinheiros. O PLANO DE SIXTO V REPLANEJAMENTO DE ROMA 1585-90 Origem da idéia de “rede de sistemas centralizados” que abarca todo o território, em cujo centro maior está a cidade capital Roma Restaurata: Domenico Fontana o modo barroco de conceber a cidade Ligando os pontos nodais... Piazza Popolo - Roma Piazza Popolo Roma Piazza Popolo Roma A praça de São Pedro Bernini – século XVII ARGAN, Giulio Carlo. El concepto del espacio arquitectonico: desde el barroco a nuestros dias. Buenos Aires: Nueva Vision, 2003. 1506 – Bramante 1546 – Michelangelo (Bruneleschi-Duomo Firenze) cruz grega – 1590 1605-1614 – Maderno (ampliação leste-cruz latina e fachada) 1659 – Bernini Praça de São Pedro A fachada de Maderno - 1605-1614 A praça de Bernini - 1659 Lorenzo Bernini 1598 - 1680 BERNINI Praça de S.Pedro/Roma -planta 1656 Urbanismo barroco Francesco Borromini 1599-1667 Fontana di Trevi PARIS E ARREDORES COMO “REDE DE SISTEMAS CENTRALIZADOS” A arquitetura dos jardins a praça real Plano de Pierre Patte para Paris 1765 idéia barroca de elementos dramaticamente planejados e inseridos na cidade - ‘explosões’ que virtualmente ignoram o padrão existente das ruas As praças reais francesas no século XVIII A 1ª Praça Real Place des Vôsges – Paris Baptiste du Cerceau – 1605-12 A vegetação data de 1680 Tilia sp. (cordata) Período barroco As Praças Reais Henrique II foi ferido em um torneio realizado na praça e veio a falecer (1559-Hôtel des Tournelles) Place des Vosges Place Royale Place des Vosges Paris Vosges, Paris Place des Vosges, Paris Vosges, Paris Place Vendôme – Paris Jules Hardouin-Mansart - 1699 Place Vendome Place Vendôme, Paris Place Vendôme, Paris Palais Royal Palais Royal, Paris Palais Royal, Paris O barroco da nobreza O modelo francês: “jardim sublime” O período barroco foi, talvez, onde a aristocracia mais valorizou os jardins e parques junto a palácios e castelos. São desta época os jardins franceses ou “sublimes” e os jardins ingleses ou “pintorescos” que ainda hoje influenciam alguns arquitetos e servem de referência para releituras contemporâneas de alguma componentes. Chantilly (1659) e Versailles (1661) Andre Le Nôtre O impacto de Versalhes Versailles André Le Notre 1660 O traço mais saliente da urbanização de Versailles é o tridente de avenidas que convergem para a praça • A arquitetura e a paisagem se fundem em Versailles num espetáculo unitário e deslumbrante. Plano do Palácio de Versalhes e dos jardins, desenhado em 1746, pelo abade Delagrive, geógrafo da Cidade de Paris André Le Notre - 1660 André Le Notre - 1660 Reggia di Caserta Luigi Vanvitelli - 1780 A FORMALIDADE SE DISSOLVE Bath, 1725-1770 Sir John Wood Circus & Royal Crescent
Compartilhar