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Arquivo As primeiras instituições arquivísticas tiveram origem na Grécia Antiga Conjunto de documentos produzidos e recebidos por órgãos públicos, instituições de caráter público e entidades privadas, em decorrência do exercício de atividades específicas, bem como por pessoa física, qualquer que seja o suporte da informação ou a natureza dos documentos. Suporte Representa o material no qual são registradas as informações. Informação É o elemento referencial, a noção, a ideia ou a mensagem contidos em um documento. Documento É a unidade de registro de informações, suscetível de consulta, estudo, prova e pesquisa, em que se comprovam fatos, fenômenos, formas de vida e pensamentos do homem numa determinada época ou lugar. É qualquer informação registrada fisicamente em determinado material (suporte) suscetível de estudo, prova e pesquisa. Polissemia O termo "Arquivo" pode significar Conjunto de documentos – qualquer que seja a sua data, a sua forma, o seu suporte material, elaborados ou recebidos por um organismo público ou privado, em função do desempenho de sua atividade. Local de guarda– destinado à conservação de documentos devidamente classificados e ordenados. Instituição ou serviço – que tem por finalidade a custódia, o processamento técnico, a conservação e o acesso aos documentos. Móvel– destinado à guarda de documentos. Título de periódicos – geralmente no plural, devido à influência inglesa e francesa. Finalidade Servir à administração Com o decorrer do tempo, servir de base do conhecimento da história. Função Tornar disponível as informações contidas no acervo documental sob sua guarda. www.arquivologiaparaconcurso.com Distinção Arquivos Tipo de suporte Documentos manuscritos, impressos, audiovisuais (exemplar único) Tipo de conjunto Fundos: unidos pela proveniência (origem). Fins de produção Administrativos, jurídicos, funcionais, legais. Objetivos Provar, testemunhar Entrada dos documentos Acumulação natural: são produzidos em decorrência do desempenho das atividades. Público Administrador e pesquisador. Bibliotecas Tipo de suporte Documentos impressos, manuscritos, audiovisuais (exemplar múltiplo). Tipo de conjunto Coleção: documentos unidos pelo conteúdo. Fins de produção Culturais, científicos, técnicos, artísticos, educativos. Objetivos Instruir, informar. Entrada dos documentos Compra, doação, permuta de fontes múltiplas. Público Grande público e pesquisador. Museus Tipo de suporte Objetos bi/tridimensionais (exemplar único). Tipo de conjunto Coleção: documentos unidos pelo conteúdo ou pela função. Fins de produção Culturais, artísticos, funcionais. Objetivos Informar, entreter. Entrada dos documentos Compra, doação, permuta de fontes múltiplas. Público Grande público e pesquisador. www.arquivologiaparaconcurso.com Classificação dos Arquivos Entidades Mantenedoras Públicos Federal Central Regional Estadual DF Municipal Institucionais Instituições Educacionais Igrejas Corporações não-lucrativas Associações, Sociedades Comerciais Firmas Companhias Familiais / Pessoais Arquivos de famílias ou de pessoas físicas Estágios de Evolução Correntes São aqueles em curso, ou que, mesmo sem movimentação, constituam objeto de consultas frequentes. Intermediários São aqueles que, não sendo de uso corrente nos órgãos produtores, por razões de interesse administrativo, aguardam a sua eliminação ou recolhimento para guarda permanente. Permanentes Conjunto de documentos de valor histórico, probatório e informativo que devem ser definitivamente preservados. Extensão de Atuação Setoriais São aqueles estabelecidos junto aos órgãos operacionais, cumprindo função de arquivo corrente. Descentralizados Centrais / Gerais Destinam-se a receber os documentos correntes provenientes de diversos órgãos que integram a estrutura da instituição, centralizando as atividades de arquivo corrente. Natureza dos Documentos Especiais São constituídos por documentos de diversos formatos que, devido às características físicas do suporte, merecem um TRATAMENTO ESPECIAL quanto ao seu armazenamento e tratamento técnico. Ou seja, exigem TRATAMENTO DIFERENCIADO no que se refere à sua guarda e conservação. Em função do suporte Especializados São arquivos constituídos por documentos resultantes do desenvolvimento de atividades de DETERMINADA ÁREA DO CONHECIMENTO HUMANO, independentemente do suporte onde a informação encontra-se registrada. Também são conhecidos como ARQUIVOS TÉCNICOS. Em função da informação www.arquivologiaparaconcurso.com Princípios Proveniência / respeito aos fundos princípio básico da Arquivologia segundo o qual o arquivo produzido por uma entidade coletiva, pessoa ou família não deve ser misturado aos de outras entidades produtoras. Também chamado de princípio de respeito aos fundos. Fundo Aberto Fundo ao qual podem ser acrescentados novos documentos em função do fato de a entidade produtora continuar em atividade. Fechado Fundo que não recebe acréscimos de documentos em função de a entidade produtora não se encontrar mais em atividade. Organicidade A organicidade é a qualidade segundo a qual os arquivos espelham a estrutura, funções e atividades da entidade produtora/acumuladora em suas relações internas e externas. Relação natural entre documentos de um arquivo em decorrência das atividades da entidade produtora Cumulatividade / naturalidade O arquivo é uma formação progressiva, natural e orgânica. Os registros arquivísticos não são coletados artificialmente, mas acumulados naturalmente nas administrações, em função do cumprimento dos seus objetivos práticos. Eles se acumulam de maneira contínua e progressiva, como sedimentos de estratificações geológicas, e isto os dotam de um elemento de coesão espontânea Indivisibildiade / integridade Os fundos de arquivo devem ser preservados sem dispersão, mutilação, alienação, destruição não autorizada ou adição indevida, a fim de preservar seus valores de prova e informação. Este princípio é derivado do princípio da proveniência. Unicidade Não obstante sua forma, gênero, tipo ou suporte, os documentos de arquivo conservam seu caráter único, em função de seu contexto de produção. Ordem Original Obedecer a ordem original não está ligada ao respeito à ordem estrita que os documentos receberam na repartição de origem e, sim, o respeito à organicidade, isto é, a observância do fluxo natural e orgânico com que foram produzidos e não propriamente dos detalhes ordenatórios de seu primeiro arquivamento. O conceito não orienta, simplesmente, manter o acervo da forma como é recebido, afinal pode estar desorganizado, não ser integral ou, mesmo, não ser perceptível qualquer regra efetiva de organização. O ideal é buscar a organicidade e o contexto dos documentos de modo a permitir sua utilização como prova da execução das atividades. Pertinência O princípio segundo o qual os documentos deveriam ser reclassificados por assunto sem ter em conta a proveniência e a classificação original, denomina-se de pertinência ou temático. Baseia-se na análise do conteúdo para definir a organização dos documentos, é oposto ao princípio de respeito aos fundos. É um princípio abandonado ou "praticamente não mais utilizado". Inalienabilidade / imprescritibilidade São princípios complementares entre si e relacionam-se ao poder do Estado de manter sob sua custódia os arquivos acumulados pelas instituições públicas. Quando aplicado aos arquivos, proíbe sua venda ou sua cessão a terceiros (inalienabilidade) sem limite de tempo (imprescritibilidade). Territorialidade Define o domicílio legal dos documentos, ou seja, a jurisdição a que pertence cada documento, de acordo com a área territorial, a esfera de poder e o âmbito administrativo onde foi produzido e recebido. Conceito derivado doprincípio da proveniência e segundo o qual arquivos deveriam ser conservados em serviços de arquivo do território no qual foram produzidos, excetuando-se os documentos elaborados pelas representações diplomáticas ou resultantes de operações militares. Universalidade Princípio que exige que o arquivista apreenda, compreenda, estruture, classifique, arranje e descreva a informação orgânica e registrada (ou seja, a informação arquivística) de uma forma global antes de passar para uma outra etapa mais detalhada. É a abordagem do geral ao particular que fundamenta a organização dos documentos arquivístico. Reversibilidade Princípio atrelado à prática da função arquivística de restauração de documentos de arquivo. Defende que o material de arquivo não pode ser submetido a qualquer procedimento ou tratamento que não possa ser revertido, caso necessário. www.arquivologiaparaconcurso.com Ciclo Vital / Teoria das 3 Idades Arquivo Corrente Conjuntos documentais em curso ou que, mesmo sem movimentação, constituam objeto de consultas frequentes. São arquivos que devem permanecer próximos aos produtores e serem de fácil acesso, pois existem em função do cumprimento de sua finalidade administrativa. Primeira fase do ciclo de vida dos documentos Documentos consultados frequentemente ou com potencial de uso elevado Devem permanecer próximos aos produtores por razões administrativas e técnicas Devem ser de fácil acesso São absolutamente essenciais ao funcionamento de quem os acumula Possuem Valor Primário Arquivo Intermediário Conjuntos documentais que, não sendo mais de uso corrente nos órgãos produtores, por razões de ordem administrativa, legal ou financeira, aguardam a sua eliminação ou recolhimento para guarda permanente. Segunda fase do ciclo de vida dos documentos Documentos com baixa frequência de consulta Conservados por ordem administrativa, legal ou financeira Aguardam a eliminação ou guarda permanente Podem ser alocados em local afastado, de manutenção barata Arquivos criados para fins de ECONOMICIDADE Permanência transitória, por isso, também, são conhecidos como "limbo" ou "purgatório" Consulta restrita ao órgão produtor Possuem Valor Primário Arquivo Permanente Conjuntos de documentos de valor histórico, probatório e informativo que devem ser definitivamente preservados pela instituição. Terceira fase do ciclo de vida dos documentos Conjuntos documentais de valor histórico, probatório e informativo O documento permanente perdeu todo o valor de natureza administrativa O documento permanente deve ser guardado definitivamente Possui fins científicos, sociais e culturais Os arquivos permanentes devem ficar localizados em lugares de fácil acesso Consulta liberada ao público Possuem Valor Secundário Valor Primário Refere-se ao valor atribuído aos documentos em função do interesse que eles possam ter para apoiar as atividades rotineiras da instituição produtora, evidenciando, assim, a utilidade administrativa, legal ou fiscal dos documentos de arquivo. Característico das Fases Corrente e Intermediária Administrativo Legal Fiscal Valor Secundário Refere-se ao valor atribuído aos documentos em função do interesse que eles possam ter para fins diferentes daqueles para os quais foram originariamente produzidos. Os documentos com valor secundário são considerados importantes fontes de informações para pesquisadores em geral e para a própria entidade produtora. Característico da Fase Permanente Probatório Informativo Os documentos perderam TODO o valo primário www.arquivologiaparaconcurso.com Avaliação Documental Base principiológica Teoria das Três Idades Conceito A avaliação constitui-se em atividade essencial do ciclo de vida documental arquivístico, na medida em que define quais documentos serão preservados para fins administrativos ou de pesquisa e em que momento poderão ser eliminados ou destinados aos arquivos intermediário e permanente, segundo o valor e o potencial de uso que apresentam para a administração que os gerou e para a sociedade. Definição dos prazos de guarda nas fases corrente e intermediária Destinação dos documentos Deve-se constituir uma CPAD Equipe Multidisciplinar Arquivista ou responsável pela guarda da documentação. Servidores das unidades organizacionais, com profundo conhecimento das atividades desempenhadas. Historiador ligado à área de pesquisa de que trata o acervo. Profissional da área jurídica, responsável pela análise do valor legal dos documentos. Profissionais ligados ao campo de conhecimento de que trata o acervo objeto da avaliação (economista, sociólogo, engenheiro, médico e outros). Outros profissionais que possam colaborar com as atividades da comissão. Análise Deve-se analisar um conjunto de direitos e obrigações e todo um contexto social, histórico e informativo antes de se definir pela eliminação ou pela guarda permanente um conjunto ou série documental. Vantagens Redução da massa documental. Agilidade na recuperação de documentos e informações. A conservação dos documentos de guarda permanente. A racionalização da produção e do fluxo dos documentos de arquivo. A eliminação dos documentos desprovidos de valor, gerando ganho de espaço físico. A otimização dos gastos com recursos humanos, materiais e financeiros. Incremento à pesquisa. Garantia da constituição do patrimônio arquivístico. www.arquivologiaparaconcurso.com Tabela de Temporalidade Conceito É um instrumento arquivístico resultante de avaliação dos documentos. Ela tem por objetivos definir os prazos de guarda (tempo necessário para o arquivamento dos documentos nas fases corrente e intermediária, visando atender exclusivamente às necessidades da administração que os gerou) e a destinação de documentos (encaminhamento de documentos para guarda permanente, descarte ou eliminação), com vista a garantir o acesso à informação aos que dela necessitarem, seja a própria instituição ou o público externo. Prazo de guarda O prazo de guarda dos documentos constante da Tabela de Temporalidade refere-se ao tempo necessário para arquivamento dos documentos nas idades corrente e intermediária, visando atender exclusivamente às necessidades da administração que os gerou (valor primário). Os prazos são preferencialmente em ANOS Determinantes dos prazos Normas Precaução Informações recaptulativas Frequência de uso Destinação Final Eliminação Destinação dada aos documentos que perderam o valor primário e não apresentam valor secundário. O ato de eliminar, propriamente dito, deve ser feito de forma racional. Os processos mais indicados são: a fragmentação, a maceração, a alienação por venda ou doação. A incineração – processo condenado -, quer pelo aumento do índice de poluição que provoca, quer pela impossibilidade de reciclagem do papel, não deve ser adotada. Guarda Permanente Destinação dada aos documentos que possuem informações consideradas importantes para fins de prova, informação e pesquisa, ou seja, fins culturais, sociais e científicos. Plano de Destinação Instrumento utilizado para tratar massa documental acumulada Informações contidas em um plano de destinação Tipologias documentais Prazos de guarda Séries ou "classes" Mesclam-se o plano de classificação e a tabela de temporalidade www.arquivologiaparaconcurso.com Classificação dos Documentos Gênero Escritos / textuais Gênero documental integrado por documentos manuscritos, datilografados ou impressos Iconográficos Gênero documental integrado por documentos em suporte sintético, em papel emulsionado ou não, que contêm imagens fixas (estáticas), impressas, desenhadas ou fotografadas. Audiovisuais ou Filmográficos Gênero documental integrado por documentos que contêm imagens em movimento,com ou sem som, como filmes e fitas videomagnéticas. Também é conhecido como documento cinematográfico. Cartográficos Gênero documental integrado por documentos em formatos e dimensões variáveis, contendo representações geográficas, arquitetônicas ou de engenharia Sonoros Gênero documental integrado por documentos com dimensões e rotações variáveis, contendo registros sonoros. Micrográficos Gênero documental integrado por documentos resultantes da microrreprodução de imagens em microforma, mediante a utilização de técnicas específicas. Informáticos Gênero documental integrado por documentos produzidos, tratados ou armazenados em computador Musicais Gênero documental integrado por documentos que se caracterizam por conter informação codificada através de notação musical, independentemente do processo de produção, de registro ou fixação, e de reprodução ou realização. Natureza do Assunto Ostensivos ou ordinários Documento sem qualquer restrição de acesso e cuja divulgação não é prejudicial à administração ou às partes. Sigilosos Documento que pela natureza de seu conteúdo sofre restrição de acesso. Ou seja, é aquele que fica temporariamente submetido à restrição de acesso público em razão de sua imprescindibiliade para a segurança da sociedade e do Estado. Esse tipo de documento requer medidas especiais de salvaguarda para sua custódia, divulgação e acesso. Ultrassecreto 25 Anos Secreto 15 Anos Reservado 05 Anos Informações pessoais são aquelas relacionadas à pessoa natural identificada ou identificável, cujo tratamento deve ser feito de forma transparente e com respeito à intimidade, vida privada, honra e imagem das pessoas, bem como às liberdades e garantias individuais. As informações pessoais terão seu acesso restrito, independentemente de classificação de sigilo, pelo prazo máximo de 100 (cem) anos a contar da sua data de produção. Elas só podem ser acessadas pelos próprios indivíduos e, por terceiros, apenas em casos excepcionais previstos na Lei. Forma Rascunho Redação preparatória do original, podendo conter rasuras, correções e supressões Minuta Forma sob a qual um documento, antes de sua feição definitiva, apresenta texto abreviado ou completo que, embora sem os sinais de validação, já foi devidamente revisado. Original Representa a versão final de um documento, já na sua forma apropriada. Elementos que distinguem os originais das minutas e das cópias: as assinaturas ou subscrições, carimbos, selos, tintas, etc. inseridos no documento no momento justamente em que ele se torna original. Cópia Representa um documento formalmente idêntico a um original. Formato É a configuração física de um suporte, de acordo com a sua natureza e o modo como foi confeccionado. Espécie Configuração que assume um documento de acordo com a disposição e a natureza das informações nele contidas. É a espécie que identifica o modelo que servirá como base jurídica ou consensualmente válida para que o conteúdo do documento arquivístico, correto em sua estrutura semântica, se torne legítimo/fidedigno/credível. Exemplos: Ofício, memorando, relatório, etc Tipologia Configuração que assume a espécie documental de acordo com a atividade que a gerou. Ou seja, o tipo documental é formado quando agregamos à espécie documental as atividades, funções e competências da entidade produtora/acumuladora de documentos. Espécie + Função/Atividade Exemplo: Ofício de requisição de servidor www.arquivologiaparaconcurso.com Características dos Documentos Naturalidade Trata da forma de acumulação dos documentos no decorrer da execução das atividades. Progressiva Natural Orgânica Inter relacionamento Um documento de arquivo estabelece relações com outros documentos e com o organismo produtor. Imparcialidade Os documentos arquivístico são inerentemente verdadeiros. Autenticidade Capacidade de se provar que um documento efetivamente é o que diz ser e que é livre de adulterações ou qualquer outro tipo de corrupção. Unicidade* Cada documento assume um lugar único na estrutura documental do grupo ao qual pertence e no universo documental. *Na Teoria Arquivística, a Unicidade pode aparecer como característica ou como princípios... www.arquivologiaparaconcurso.com Organização e administração dos arquivos Levantamento Normas Estatutos Regimentos Regulamentos Organogramas Documentos constitutivos Normas em geral Documentação Gêneros Espécies Modelos Formulários Classificação / Arranjo Existência de registros e protocolos Média de arquivamento Controle de empréstimo Processos adotados para conservação e restauração de documentos Existência de normas de arquivos Manuais Pessoal Número de pessoas disponíveis Qualificação Salários Escolaridade Formação profissional Equipamentos Quantidade Modelos Estado de conservação Situação física do acervo Extensão da área ocupada Condições de iluminação Umidade / temperatura Estado de conservação das instalações Proteção contra incêndio Meios de comunicação Telefone Fax Análise Diagnóstico detalhado Quantidade Localização Estado físico do acervo Condições de armazenamento Grau de crescimento Frequência de consulta Planejamento Posição do arquivo na estrutura da instituição O arquivo de uma instituição atende a setores e funcionários de diferentes níveis de autoridade, por isso deve se situar na posição hierárquica mais elevada possível, de forma a subordinar-se a um órgão hierarquicamente superior. A centralização ou descentralização dos serviços de arquivo Centralização Sistema centralizado de arquivos correntes representa, além da reunião da documentação em um único local, a concentração de todas as atividades de controle – recebimento, registro, distribuição, movimentação e expedição – de documentos de uso corrente em um único órgão da estrutura organizacional. Descentralização A descentralização representa a instalação de arquivos em cada departamento de determinada instituição, onde são reunidos todos os documentos do departamento, incluindo os produzidos pelas divisões e seções que o compõem. Centralização das atividades de controle (protocolo) e descentralização dos arquivos Descentralização das atividades de controle (protocolo) e dos arquivos. Escolha dos métodos de arquivamento adequados Estabelecimento de normas de funcionamento Oferecer informações básicas e práticas sobre a organização de arquivos Facilitar o trabalho daqueles que atuam com questões relacionadas à organização e gestão de documentos arquivísticos Recursos humanos Habilidade em lidar com o público Espírito metódico Discernimento Paciência Imaginação Atenção Poder de análise e de crítica Poder de síntese Espírito de equipe Entusiasmo pelo trabalho Instalações Iluminação Limpeza Temperatura Umidade Capacidade de ampliação futura Constituição de arquivo intermediário e permanente Recursos financeiros necessários A etapa de planejamento deve levar em consideração os recursos financeiros que serão disponibilizados para a instalação e manutenção do arquivo. Organizar e disponibilizar acervos arquivísticos representa um gasto elevado. Sendo assim, cabe à equipe de gestão documental um intenso trabalho de conscientização da cúpula da organização. Elaboração do projeto Síntese da situação real encontrada Análise e diagnóstico da situação Plano arquivístico propriamente dito, contendo as prescrições, recomendações e procedimentos a serem adotados, estabelecendo, inclusive as prioridades para a implantação. Implantação / Acompanhamento Sensibilização Esclarecer a importância dos novos procedimentos para o desenvolvimento institucional e treinamento do pessoal nas novas rotinas. Elaboraçãodos manuais Apresentação, objetivos e abrangência do manual Informações sobre os arquivos da instituição; suas finalidades e responsabilidades; sua interação e subordinação Organogramas e fluxogramas Conceitos gerais de arquivo, definição das operações de arquivamento; terminologias Detalhamento das rotinas, modelos de carimbos e formulários utilizados; plano de classificação de documentos com seus respctivos códigos e índices Tabela de temporalidade de documentos, que, pela sua amplitude, poderá ser apresentada em separado www.arquivologiaparaconcurso.com Gestão Documental Conceito Conjunto de procedimentos e operações técnicas referentes às atividades de PRODUÇÃO, TRAMITAÇÃO, USO, AVALIAÇÃO e ARQUIVAMENTO de documentos em fase CORRENTE E INTERMEDIÁRIA, visando a sua ELIMINAÇÃO ou RECOLHIMENTO para a guarda permanente. Não há gestão documental na fase permanente, somente nas fases corrente e intermediária. Objetivos Racionalização e eficiência É possível reduzir o custo da informação governamental e possibilitar sua disponibilização no lugar certo, na hora certa, para as pessoas certas, de forma a permitir a tomada de decisão de forma mais célere. Eficiência Garantir que todos os procedimentos referentes à gestão de documentos arquivísticos (produção, tramitação, uso, avaliação, arquivamento e destinação) sejam realizados de forma eficiente e prezando pela economicidade Disponibilização das informações Garantir que as informações estejam disponíveis no lugar certo, na hora certa, para as pessoas certas Eliminação segura dos documentos Garantir a eliminação segura dos documentos destituídos de valor. Realizar a avaliação e a seleção dos conjuntos de documentos que devem ser preservados permanentemente e dos que podem ser eliminados sem prejuízo de perda de informações substanciais. Uso adequado de equipamentos Garantir a adequada utilização dos equipamentos disponíveis ao bom desempenho dos procedimentos de gestão documental. Acesso e preservação Garantir o pleno acesso e a preservação às informações custodiadas. Contribuições Garantir que as políticas e atividades dos governos sejam documentadas adequadamente. Garantir que menor número de documentos inúteis e transitórios sejam reunidos a documentos de valor permanente. Garantir a melhor organização desses documentos, caso cheguem a fase permanente. Inibir a eliminação de documentos de valor permanente. Garantir a definição de forma criteriosa da parcela de documentos que constituíssem o patrimônio arquivístico de um país Fases da Gestão Documental Produção Refere-se à elaboração dos documentos em decorrência das atividades de um órgão ou setor. Os responsáveis pela gestão documental devem atuar para que sejam criados apenas os documentos essenciais à administração da instituição e evitadas duplicação e emissão de vias desnecessárias. Administrar a criação de documentos. Gestão de modelos e formulários; otimização no uso dos recursos reprográficos e informáticos; difusão de normas e diretrizes necessárias ao bom desempenho institucional; escolha de equipamentos e do pessoal que irá desempenhar tarefas arquivísticas. Utilização Refere-se ao controle, uso e armazenamento dos documentos necessários ao cumprimento das atividades da instituição. Inclui as atividades de protocolo (recebimento, classificação, registro, distribuição, tramitação); de expedição; de organização e arquivamento dos documentos em fase corrente e intermediária; elaboração de normas de acesso; e recuperação de informações. Avaliação / destinação Refere-se à definição dos procedimentos necessários à implantação de propostas de destinação de documentos (eliminação ou recolhimento para a guarda permanente). Análise e avaliação das séries documentais acumuladas nos arquivos, com vistas a estabelecer prazos de guarda; eliminação periódica dos documentos sem valor de guarda permanente; transferências e recolhimentos. Funções arquivísticas voltadas para a gestão documental Criação / Produção Contempla os procedimentos relacionados à manutenção do maior rigor possível na produção dos documentos de arquivo, abrangendo definição de normas, conteúdo, modelos, formatos e trâmite. Avaliação Feita a partir de critérios preestabelecidos, definição dos prazos de guarda e destinação (eliminação ou preservação permanente) da documentação arquivística de uma dada instituição. Aquisição Contempla a entrada dos documentos nos arquivos corrente, intermediário e permanente; refere-se ao arquivamento corrente e aos procedimentos de transferência e recolhimento do acervo. Conservação / Preservação Aspectos relacionados à manutenção da integridade física e/ou lógica dos documentos ao longo do tempo, bem como as tecnologias que permitem seu processamento e recuperação; ao arquivista cabe estudar os suportes diversos de registro da informação arquivística e suas fragilidades e definir políticas de preservação para cada um deles. Classificação Refere-se à criação e à utilização de planos de classificação que reflitam as funções, atividades e ações ou tarefas da instituição acumuladora dos documentos arquivísticos nas fases corrente e intermediária e a elaboração de quadros de arranjo da fase permanente Descrição A descrição é uma ação que perpassa todo o ciclo de vida do documento, devendo ter seus elementos adequados a cada uma das suas fases, à unidade documental a qual se refere e às necessidades do usuário. A indexação, componente da descrição, é o processo de estabelecimento de pontos de acesso para facilitar a recuperação dos documentos ou informação. A descrição compreende a criação e utilização de índices e de vocabulários controlados. Difusão / acesso Esta função não se restringe ao acesso às informações e documentos armazenados, mas a difusão das práticas para que isso ocorra adequadamente, por isso, perpassa todas as outras funções: difusão dos manuais de gestão, plano de classificação e tabelas de temporalidade e promoção de treinamento para o seu uso; difusão da legislação e das normas internas que regulamentam o acesso ao acervo e o respeito a direitos autorais, uso de imagens e ao sigilo; utilização de sistemas informatizados; formas de atendimento; permissão de reprodução ou impressão; elaboração de guias de acervo, inventários e páginas web; planejamento e realização de exposições e concursos de pesquisas, etc. Níveis de aplicação Mínimo Estabelece que o governo deve contar, ao menos, com programas de retenção e eliminação de documentos e procedimentos para recolhimento ao arquivo nacional daqueles de valor permanente Mínimo ampliado Complementa o mínimo, com a existência de um ou mais centros de arquivamento intermediário. Intermediário O nível intermediário compreende os dois primeiros (mínimo e mínimo ampliado), bem como a adoção de programas básicos que consistem geralmente, em elaboração e gestão de formulários, elaboração de sistemas de arquivos corrente, gestão de correspondência e documentos vitais etc. Máximo O nível máximo inclui todos os níveis já descritos (mínimo, mínimo ampliado e intermediário), complementadas por gestão de diretrizes administrativas, de correspondência e telecomunicações, de máquinas copiadoras, uso de recursos de automação etc. www.arquivologiaparaconcurso.com Protocolo Definição: Consideram-se atividades de protocolo o recebimento, a classificação, o registro, a distribuição, o controle da tramitação, a expedição e a autuação de documentos avulsos para formação de processos, e os respectivos procedimentos decorrentes. Mais detalhes desse tópico tão importante, favor pesquisar pelo arquivo (no passeidireto) PROCEDIMENTOS GERAIS PARA PROTOCOLOS - DIJEISON TIAGO OU PELO LINK media.wix.com/ugd/8d3765_cb6a268c7e674a24a2ea- be1c367062c7.pdfMétodos de Arquivamento Básicos Alfabético É considerado um método simples e utiliza como principal critério de arquivamento o nome existente no documento, baseado na rigorosa ordem alfabética. É um método direto, tendo em vista que a realização da pesquisa é feita no próprio conjunto documental, sem a necessidade de recorrer a um índice para localizar qualquer documento. Vantagens Rápido Fácil Direto Barato Desvantagem Grande possibilidade de erro quando o volume de documentos é muito grande, por conta do cansaço visual e da variedade de grafia dos nomes Regras Nos nomes de pessoas físicas, considera-se o último sobrenome e depois o prenome. Abreu, Pedro Ricardo Barbosa, João Sobrenomes compostos de um substantivo e um adjetivo ou ligados por hífen não se separam Castelo Branco, Camilo Villa-Lobos, Heitor Os sobrenomes formados com as palavras Santa, Santo ou São seguem a regra dos documentos compostos por um adjetivo e um substantivo Santa Rita, Diogo São Pedro, Alberto As iniciais abreviativas de prenomes têm precedência na classificação de sobrenomes iguais Rios, J. Rios, João Os artigos e preposições, tais como a, o, de, d’, da, do, e, um, uma, não são considerados Andrade, Pedro d’ Azevedo, Ricardo de Os sobrenomes que exprimem grau de parentesco como Filho, Júnior, Neto, Sobrinho são considerados parte integrante do último sobrenome, mas não são considerados na ordenação alfabética. *Os graus de parentesco só serão considerados na alfabetação quando servirem de elemento de distinção Almeida Filho, Santino Ribeiro Júnior, Paulo Os títulos não são considerados na alfabetação. São colocados após o nome completo, entre parênteses Silva, Paulo (Professor) Silva, Francisco Everardo (Dr.) Os nomes estrangeiros são considerados pelo último sobrenome, salvo nos casos de nomes espanhóis e orientais Rockfeller, John Davison As partículas dos nomes estrangeiros podem ou não ser consideradas. O mais comum é considerá-las como parte integrante do nome quando escritas com letra maiúscula Benedetto, Michelle di Di Stefano, Alfredo Os nomes espanhóis são registrados pelo penúltimo sobrenome, que corresponde ao sobrenome de família do pai Andrés Messi, Lionel Román Riquelme, Juan Os nomes orientais – japoneses, chineses e árabes – são registrados como se apresentam Nancy Ajram Nabil Yuzo Sato Os nomes de firmas, empresas, instituições e órgãos governamentais devem ser transcritos como se apresentam, não se considerando, porém, para fins de ordenação, os artigos e preposições que os constituem. Admite-se, para facilitar a ordenação, que os artigos iniciais sejam colocados entre parênteses após o nome Tentação (A) Washington Post (The) Nos títulos de congressos, conferências, reuniões, assembleias e assemelhados os números arábicos, romanos ou escritos por extenso deverão aparecer no fim, entre parênteses Congresso de Arquivos (3°) Congresso de Química (Quinto) Geográfico É um método de arquivamento pertencente ao sistema direto, ou seja, quando o usuário realizar uma busca, ela será feita diretamente no documento, sem a necessidade do auxílio de um índice ou código. É uma metodologia de arquivamento bastante utilizada quando o principal elemento a ser considerado em um documento é a procedência ou local. Vantagens Direto Fácil Desvantagem Exige duas classificações – uma para a procedência e outra para o correspondente. Numérico Método utilizado quando o principal elemento a ser considerado para arquivamento e busca de um documento for o seu número. É considerado um método do sistema indireto, tendo em vista que para a recuperação dos documentos deve-se fazer uso de um índice alfabético Simples Método de ordenação que tem por eixo o número atribuído às unidades de arquivamento. Cronológico É uma metodologia em que o responsável pelo arquivamento deve observar a numeração e a data atribuídas aos documentos Dígito-Terminal O método dígito-terminal tem por eixo um código numérico dividido em grupos de dígitos, lidos da direita para a esquerda, que indicam a disposição física dos documentos. Convertendo-se o número 963.256 para o método dígito-terminal, o responsável pela ordenação terá o seguinte grupo: 96 . 32 . 56. A leitura é feita da direita para esquerda e é dividida em grupos: o número 56 pertence ao grupo primário; o número 32 pertence ao grupo secundário; e o número 96 pertence ao grupo terciário. Ideográfico (assunto) Método de ordenação que tem por eixo os assuntos presentes, explicitamente ou não, nos documentos. Interpretação do documento em análise. Alfabético Dicionário Os assuntos tratados por determinada instituição ou pessoa são dispostos alfabeticamente, levando em consideração somente à sequência das letras Enciclopédico No método alfabético enciclopédico, o responsável pela ordenação da documentação realiza o agrupamento de assuntos correlatos por títulos gerais, ordenados conforme a sequência rigorosa das letras, ou seja, a alfabetação. Numérico Duplex Centra-se na distribuição dos documentos em grandes classes por assunto. As classes gerais podem ser subdivididas em classes subordinadas mediante o uso de números justapostos com traços de união. Outra importante característica deste método é a possibilidade de abertura de quantidade ilimitada de classes. Decimal Baseia–se em um plano prévio de distribuição dos documentos limitado a dez grandes classes, cada uma podendo ser subdividida em dez subclasses e assim sucessivamente, partindo-se sempre do geral para o particular Indexação Coordenada ou Unitermo A utilização deste método consiste na atribuição, a cada documento ou grupo de documentos, de um número em ordem crescente, de acordo com seu ingresso na unidade de arquivo (assinalado em local visível e previamente determinado). Após a realização da numeração, cada documento passará pelo processo de análise e indexação por termos simples extraídos de seu conteúdo, de forma que as palavras indexadas servirão de base à pesquisa posterior. Tais elementos deverão ser transcritos em uma ficha-índice sob a forma de palavras chave. Na ficha índice deverão constar ainda outras informações complementares sobre a apresentação do documento e a quantidade. Para cada palavra-chave prepara-se uma ficha (ficha de palavra-chave), dividida em 10 colunas e numeradas de 0 a 9. O número de registro é transcrito na ficha ou fichas correspondentes às palavras chaves. Padronizados Variadex É o método de ordenação que tem por eixo as letras do alfabeto representadas por cores diferentes. De acordo com o método, as cores da chave devem ser atribuídas às projeções das pastas em função da segunda letra do nome de entrada e não da letra inicial, a qual indicará a seção alfabética correspondente para sua ordenação. Soundex Não possui aplicação prática nos arquivos brasileiros Automático Não possui aplicação prática nos arquivos brasileiros Mnemônico Obsoleto Rôneo Obsoleto Alfanuméricos É o método de ordenação de documentos arquivísticos que tem como característica principal a combinação de letras e números, visando facilitar a atividade de arquivamento. Não se insere nas classes de métodos básicos e padronizados. www.arquivologiaparaconcurso.com Operações de arquivamento Inspeção É realizado o exame da documentação com a finalidade de se verificar se ela, de fato, está destinada ao arquivamento. Tal condição poderá ser verifica mediante a presença de despacho de arquivamento Estudo Leitura minuciosa do documento com o objetivo de se verificar a entrada que lhe deverá ser atribuída, a existência de antecedentes e a necessidade de referências cruzadas. Classificação É realizado o procedimento de classificação ou ratificação/retificação da classificação recebida pelo documento combase em um esquema de distribuição de documentos em classes, elaborado a partir do estudo das estruturas e funções de uma instituição e da análise do arquivo por ela produzido Necessita de um Plano de Classificação Tem como fundamento o Princípio de Respeito aos Fundos É uma atividade intelectual de construção de instrumentos para organização dos documentos, independente da idade à qual eles pertençam. Codificação Aposição, nos documentos, dos símbolos correspondentes ao método de arquivamento adotado: letras, números, letras e números e corres. Ordenação É a disposição metódica dos documentos dentro da unidade de classificação. Alfabética Sequência das letras do alfabeto Cronológica Sucessão temporal (data) Geográfica Unidades territoriais (países, estados, municípios, distritos, bairros etc.) Numérica Sequência numérica atribuída aos documentos Operação intelectual Arquivamento É a operação física de colocar os documentos em pastas ou caixas orientada pelo esquema de classificação e pela ordenação definida. www.arquivologiaparaconcurso.com Diagnóstico Arquivístico Conceito O diagnóstico da situação arquivística da instituição é uma etapa anterior a qualquer função, contemplando os fluxos de informação; a identificação das suas funções, atividades, e tarefas; os tipos documentais produzidos e recebidos; as formas de armazenamento e de acesso às informações existentes; as pessoas responsáveis pelas atividades, em todos os níveis; o histórico da existência da instituição; entre outros aspectos fundamentais. Ele contempla levantamentos quanto aos métodos existentes na instituição no que se refere à produção, avaliação, aquisição, conservação, classificação, descrição e difusão do acervo arquivístico. É o instrumento norteador da implantação da política arquivística institucional Levantamento - foco institucional Tempo histórico de existência Inserindo aspectos de criação e sua evolução histórica quanto à estrutura, mudanças estatutárias, hierarquia com relação a outras instituições Tamanho e diversidade dos acervos acumulados Informações genéricas sobre a totalidade dos acervos e formatos (livros, textos, fotografias, eslaides, vídeos, fitas cassetes e áudio, documentos digitais, mapas, etc.). Variação e abrangência das atividades presentes e passadas Identificação e descrição das atividades da instituição, mesmo as que já não são mais realizadas, hierarquizando-as. Número de pessoas vinculadas e as características estruturais Identificar as pessoas e cargos responsáveis pelas atividades na estrutura organizacional, de forma a criar representações gráficas da organização e da hierarquia decisória. Uso de tecnologia da informação variadas, de redes de computadores, digitalização, microfilmagem, etc. A tecnologia da informação disponível e os usos que a instituição faz dela, de forma geral. Levantamento - foco documental Quantidades dos documentos, expressas de acordo com regras aceitas universalmente (metragem linear, em unidades ou bits) Características diplomáticas – tipologias documentais – que os individualizam Conteúdos informacionais genéricos, expressos de modo sintético e hierárquico Unidades físicas de arquivamento, isto é, a movelaria e embalagens utilizadas Modo original de arquivamento – classificação, avaliação e descrição – mesmo que empírico e baseado no senso comum Existência e modo de uso de tecnologias da informação Características das instalações e situação dos acervos no que se refere à preservação Minimalista Consiste na observação dos problemas arquivísticos das organizações, no estudo de caso e na procura em construir objetos de pesquisa e propor soluções para os problemas detectados (estudo de problemas específicos, de casos particulares). Maximalista Representa o levantamento da situação arquivística do conjunto de organismos que formam um governo federal, estadual ou municipal, ou até mesmo da situação arquivística de países. As pesquisas sobre as políticas arquivísticas desenvolvidas por países, a realidade de seus sistemas, os seus fracassos e sucessos. www.arquivologiaparaconcurso.com Microfilmagem Local de armazenamento dos filmes Afastado de locais onde existam canalizações de água, gás ou ar quente Longe de depósitos de produtos químicos e inflamáveis Não ser utilizada como local de trabalho Temperatura e humidade relativa do ar constantes Local limpo Vantagens Alta durabilidade do suporte, desde que confeccionado e preservado de forma correta Garantia de vida de cerca de 500 anos, se a produção, manuseamento e armazenamento forem feitos em condições adequadas. São criados com poliéster e corantes de halogeneto de prata em uma gelatina dura Diminuição do espaço de armazenamento do acervo. Possui valor legal. Lei 5.433 de 08/05/1968 e Decreto 1.799 de 30/01/1996 conferem ao microfilme o mesmo valor legal do documento original. Confiável quanto a sua autenticidade, pois não permite alterações Os documentos microfilmados podem ser digitalizados. Dificulta ação dos falsificadores. Favorece o sigilo das informações. Acesso rápido e fácil, quando bem catalogado e indexado, em comparação com o suporte em papel. Devido ao volume reduzido, permite seu armazenamento em caixas-fortes Integridade do arquivo. Facilidade de reversão ao papel. Aspectos normativos importantes As cópias, traslados e certidões extraídas de microfilmes, bem assim a autenticação desses documentos, possuem efeitos legais. Os microfilmes resultam do processo de reprodução em filme, de documentos, dados e imagens, por meios fotográficos ou eletrônicos, em diferentes graus de redução. A microfilmagem será feita em equipamentos que garantam a fiel reprodução das informações, sendo permitida a utilização de qualquer microforma. A microfilmagem, de qualquer espécie, será feita sempre em filme original, com o mínimo de 180 linhas por milímetro de definição, garantida a segurança e qualidade de imagem e de reprodução. Será obrigatória, para efeito de segurança, a extração de filme cópia, do filme original. Fica vedada a utilização de filmes atualizáveis de qualquer tipo, tanto para a confecção do original como para a extração de cópias. O armazenamento do filme original deverá ser feito em local diferente do seu filme cópia. Na microfilmagem poderá ser utilizado qualquer grau de redução, garantida a legibilidade e a qualidade de reprodução É obrigatório fazer indexação remissiva para recuperar as informações e assegurar a localização dos documentos Para o processamento dos filmes serão utilizados equipamentos e técnicas que assegurem ao filme alto poder de definição, densidade uniforme e durabilidade. Os documentos, em tramitação ou em estudo, poderão, a critério da autoridade competente, ser microfilmados, não sendo permitida a sua eliminação até a definição de sua destinação final. A eliminação de documentos oficiais ou públicos só deverá ocorrer se a mesma estiver prevista na tabela de temporalidade do órgão. Os documentos oficiais ou públicos, com valor de guarda permanente, não poderão ser eliminados após a microfilmagem, devendo ser recolhidos ao arquivo público de sua esfera de atuação ou preservados pelo próprio órgão detentor. Os traslados, as certidões e as cópias em papel ou em filme de documentos microfilmados, para produzirem efeitos legais em juízo ou fora dele, terão que ser autenticados pela autoridade competente detentora do filme original. Em se tratando de cópia em filme, extraída de microfilmes de documentos privados, deverá ser emitido termo próprio, no qual deverá constar que o filme que o acompanha é cópia fiel do filme original. A microfilmagem de documentos poderá ser feita por empresas e cartórios habilitados, que deverão requerer registro no Ministério da Justiça e sujeitar-se à fiscalização que por esteserá exercida. Microfilmagem de complemento Microfilme cujo conteúdo serve para complementar ou suplementar acervo Microfilmagem de preservação Microfilme que serve à preservação de documentos originais, protegendo-os do uso e manuseio constantes. Microfilmagem de substituição Microfilme que serve à preservação das informações contidas em documentos que são eliminados, tendo em vista a racionalização e o aproveitamento de espaço. Microfilmagem de segurança Microfilme que serve de cópia de segurança, devendo ser armazenado em local distinto dos documentos originais, de preferência em câmara de segurança (caixa-forte). www.arquivologiaparaconcurso.com Digitalização Conceito Entende-se por digitalização a conversão da fiel imagem de um documento arquivístico para o formato digital. Vantagens Contribui para o amplo acesso e disseminação dos documentos arquivísticos por meio da Tecnologia da Informação e Comunicação. Permite o intercâmbio de acervos documentais e de seus instrumentos de pesquisa por meio de redes informatizadas. Promove a difusão e reprodução dos acervos arquivísticos não digitais, em formatos e apresentações diferenciados do formato original. Incrementa a preservação e segurança dos documentos arquivísticos originais, por restringir seu manuseio. Redução do tempo das atividades que requerem análise de documentos. Redução no tempo de recuperação e duplicação dos documentos. Os documentos digitalizados permitem a localização por “acesso direto”, propiciando maior rapidez e precisão na busca e recuperação da informação. A digitalização permite o incremento na segurança por meio da restrição de acesso a usuários autorizados. Redução do custo de reprodução e recuperação do documento. O acervo físico Avaliado Selecionado Higienizado Identificado Organizado Captura A captura digital da imagem deverá ser realizada com o objetivo de garantir o máximo de fidelidade entre o representante digital gerado e o documento original, possibilitando a identificação do menor caractere possível (linha, traço, ponto, mancha de impressão). É necessário que os equipamentos utilizados possibilitem a captura digital de um documento arquivístico de forma a garantir a geração de um representante digital que reproduza, no mínimo, a mesma dimensão física e cores do original em escala 1:1, sem qualquer tipo de processamento posterior através de softwares de tratamento de imagem. Deve analisar os riscos aos documentos originais Condições de manuseio Definição dos tipos de equipamentos Para a definição do tipo de equipamento de captura digital a ser utilizado, deve-se observar os tipos documentais existentes no acervo e sua quantificação, além das características físico-químicas de cada tipo de documento, pois isso reduzirá os riscos à integridade física do documento original. Tipo de iluminação ambiente Estado de conservação do documento original Valor intrínseco do documento original Recomenda-se a digitalização de conjuntos documentais integrais, como fundos/coleções ou séries. No entanto, é possível digitalizar itens documentais isolados, devido frequência de uso, estado de conservação, ou alto valor intrínseco com necessidade de incremento de sua segurança, sem entretanto descontextualizá-los do conjunto a que pertencem. Etapas do processo Preparação Digitalização Indexação Controle de qualidade Disponibilização Aspectos normativos importantes - Lei 12682 Entende-se por digitalização a conversão da fiel imagem de um documento para código digital. O processo de digitalização deverá ser realizado de forma a manter a integridade, a autenticidade e, se necessário, a confidencialidade do documento digital, com o emprego de certificado digital emitido no âmbito da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP - Brasil. Os meios de armazenamento dos documentos digitais deverão protegê-los de acesso, uso, alteração, reprodução e destruição não autorizados. As empresas privadas ou os órgãos da Administração Pública direta ou indireta que utilizarem procedimentos de armazenamento de documentos em meio eletrônico, óptico ou equivalente deverão adotar sistema de indexação que possibilite a sua precisa localização, permitindo a posterior conferência da regularidade das etapas do processo adotado. Os registros públicos originais, ainda que digitalizados, deverão ser preservados de acordo com o disposto na legislação pertinente. www.arquivologiaparaconcurso.com Tecnologia da Informação aplicada aos arquivos SIGAD É um conjunto de procedimentos e operações técnicas que visam o controle do ciclo de vida dos documentos, desde a produção até a destinação final, seguindo os princípios da gestão arquivística de documentos e apoiado em um sistema informatizado. Inclui as seguintes operações Captura de documentos Registro Aplicação do plano de classificação Indexação Controle de versões Atribuição de restrição de acesso Controle dos prazos de guarda e destinação Arquivamento seguro Procedimentos que garantam o acesso e a preservação de médio e longo prazo Segurança Controle de acesso Deve limitar ou autorizar o acesso ao acervo digital por usuário e/ou grupos de usuários. Trilhas de auditorias Conjunto de informações registradas que permite o rastreamento de intervenções ou tentativas de intervenções feitas no documento arquivístico digital ou no sistema computacional. A trilha de auditoria deve registrar o movimento e o uso dos documentos arquivísticos dentro de um sistema, informando quem operou, a data e a hora, e as ações realizadas Backup Definição da equipe responsável pela elaboração, implementação, revisão e manutenção das rotinas de backup. Definição de todo o conteúdo que fará parte da política de backup. Elaboração de normas e procedimentos técnicos para a realização, manutenção da confiabilidade e recuperação do backup. Programa de conscientização dos usuários em relação à importância de respeitar as regras estabelecidas. Colocação em prática de todas as regras e normas estabelecidas pela política de backup. Revisão da política levando em consideração adaptações, a realidade da empresa, os acervos e evolução tecnológica. Abrange todos os documentos digitais do órgão Textos Imagens fixas e em movimento Gravações sonoras Mensagens de correio eletrônico Páginas web Bases de dados Requisitos arquivísticos de um SIGAD Captura, armazenamento, indexação e recuperação de todos os tipos de documentos arquivísticos. Gestão dos documentos a partir do plano de classificação para manter a relação orgânica entre os documentos. Implementação de metadados associados aos documentos para descrever os contextos desses mesmos documentos Integração entre documentos digitais e convencionais Manutenção da autenticidade dos documentos Avaliação e seleção dos documentos para recolhimento e preservação daqueles considerados de valor permanente. Aplicação de tabela de temporalidade e destinação de documentos. Transferência e recolhimento dos documentos por meio de uma função de exportação. Preservação dos documentos Workflow Workflow é uma tecnologia vocacionada para a automação de processos de trabalho. Este sistema permite que vários utilizadores interajam entre si através em um fluxo de trabalho computorizado e pré-definido, melhorando os processos da instituição por meio da realização de tarefas de forma coordenada e sequencial. Vantagens Possibilidade de acesso remoto por parte dos participantes do grupo. Rapidez na pesquisa de informações armazenadas. Informações dos responsáveis por cada atividade do processo sempre atualizadas. Conhecimento do status do processo a cada instante, possibilitando saber quais os participantes estão atuando, quais são os próximos a atuar, e quando, etc.Coordenação e execução das atividades automaticamente com o uso de agendas e trocas de mensagens eletrônicas com os participantes. Armazenamento das regras e procedimentos. Divisão coordenada do trabalho. Padronização e melhoria dos processos. Realização das tarefas de acordo com regras pré-estabelecidas. Redução dos erros, custos e tempo de cada atividade. Eficiência melhorada. A automação de processos de negócios resulta na eliminação de muitos passos desnecessários e na obtenção de processos mais eficientes e simples. Controle das atividades do processo – monitoramento constante com emissão de alertas automáticos. Suporte à tomada de decisões. Preservação digital O documento digital apresenta especificidades que podem comprometer sua autenticidade, uma vez que é suscetível à degradação física dos seus suportes, à obsolescência tecnológica de hardware, software e de formatos, e a intervenções não autorizadas, que podem ocasionar adulteração e destruição. Estratégias Migração Hardware Transferência de um objeto digital de um suporte que está se tornando obsoleto, fisicamente deteriorado ou instável para um suporte mais novo. Software Sendo o software um elemento primordial para a visualização do documento digital, sua escolha deve ser bastante criteriosa. Eles sofrem com a rápida obsolescência, o que torna obrigatória a adoção de uma política consistente da migração das informações. Formatos Transferência de um objeto digital de um formato obsoleto para um formato mais atual ou padronizado Emulação Encapsulamento Preservação da tecnologia Adoção de formatos digitais abertos configura-se, adicionalmente, como medida de preservação recomendável e necessária. Documentar os procedimentos e as estruturas de metadados Metadados de preservação Deve garantir a preservação das informações funcionais sobre o documento digital, possibilitando o entendimento da tecnologia utilizada na sua produção e manutenção, assim como todo o seu histórico de acesso, migrações, rejuvenescimento, mídias, sistemas, etc Seleção dos formatos Formatos abertos Acessibilidade Estabilidade Suporte a metadados Especificidade do formato Interoperabilidade Autenticidade Processabilidade Apresentação Seleção dos suportes Compatibilidade Estabilidade Acessibilidade Confiabilidade Qualidade Capacidade www.arquivologiaparaconcurso.com Preservação / Conservação / Restauração Áreas de armazenamento Todos os documentos devem ser armazenados em locais que apresentem condições ambientais apropriadas às suas necessidades de preservação, pelo prazo de guarda estabelecido em tabela de temporalidade e destinação. Áreas externas evitar áreas Com risco de inundações Em margens de rios Em subsolos Áreas com risco de incêndios Áreas com altos índices de poluição atmosférica Próximas ao mar Pantanosas Com muito ruído Muito poluída Com risco de vendavais Áreas internas Áreas com depósito de até 200m² Facilita a climatização Com ventilação natural ou artificial de baixo custo Para o armazenamento de fotografias, filmes, discos, registros eletrônicos, fitas de áudio e videomagnéticas são necessárias condições especiais de armazenamento, que irão influir nos requisitos arquitetônicos relativos à termo-estabilidade, luminosidade e estática. Ou seja, os documentos especiais devem ser armazenados separadamente, de acordo com o seu suporte e suas especificidades, pois demandam parâmetros climáticos de preservação mais rigorosos. Fatores de deterioração do acervo Ambientais Temperatura A temperatura ideal varia de acordo com o tipo de suporte documental. Umidade A umidade ideal varia de acordo com o tipo de suporte documental. Radiação da luz Luz Natural Utilizar cortinas, persianas ou filtros Luz artificial Lâmpadas Fluorescentes Emitem radiação UV Utilizar filtro contra radiação UV Incandecentes Esquentam o ambiente Qualidade do ar Poluentes do ar Externos Sólidos Pó, fuligem, esporos Gases SO2, NO, NO2, e O3 Internos Vernizes, madeira, tintas, adesivos Biológicos Fungos Os fungos, além de atacarem o substrato, fragilizando o suporte, causam manchas de coloração diversas e intensas de difícil remoção. A proliferação se dá através dos esporos que, em circunstâncias propícias, se reproduzem de forma abundante e rápida. Bactérias Os fungos, além de atacarem o substrato, fragilizando o suporte, causam manchas de coloração diversas e intensas de difícil remoção. A proliferação se dá através dos esporos que, em circunstâncias propícias, se reproduzem de forma abundante e rápida. Roedores Habitantes frequentes dos velhos edifícios, os ratos exercem uma ação mecânica destrutiva sobre o papel que roem. A profilaxia se faz controlando a temperatura e a umidade relativa e realizando a higienização periódica do local. Baratas Esses insetos atacam tanto papel quanto revestimentos. O ataque tem características bem próprias, revelando-se principalmente por perdas de superfície e manchas de excrementos. Brocas São insetos que causam danos imensos em acervos. Exigem vigilância constante, devido ao tipo de ataque que exercem. Os sintomas desse ataque são claros e inconfundíveis. Cupins A principal fonte alimentar dos cupins é a celulose, presente no papel, no tecido e na madeira. Quando de posse do documento eles não param enquanto não devoram todo o papel, deixando no fim uma massa onde antes havia páginas impressas. Traça Inseto de corpo mole, cor cinzenta e brilho prateado, reconhecido facilmente pelas antenas largas e pontiagudas. Foge da luz e se movimenta com rapidez. Come os materiais de origem vegetal, em particular o papel. Intervenções impróprias Chamamos de intervenções inadequadas todos os procedimentos de conservação que realizamos em um conjunto de documentos com o objetivo de interromper ou melhorar seu estado de degradação. Muitas vezes, com a boa intenção de protegê-los, fazemos intervenções que resultam em danos ainda maiores. Furtos e vandalismos Um volume muito grande de documentos em nossos acervos é vítima de furtos e vandalismo. A falta de segurança e nenhuma política de controle são a causa desse desastre. Além do furto, o vandalismo é muito frequente. A quantidade de ocumentos mutilados aumenta dia a dia. Esse é o tipo de dano que, muitas vezes, só se constata muito tempo depois. É necessário implantar uma política de proteção, mesmo que seja através de um sistema de segurança simples Higienização dos documentos A sujidade é o agente de deterioração que mais afeta os documentos. Ela não é inócua e, quando conjugada a condições ambientais inadequadas, provoca reações de destruição de todos os suportes num acervo. Portanto, a higienização das coleções deve ser um hábito de rotina na manutenção de arquivos, razão por que é considerada a conservação preventiva por excelência. A sujidade escurece e desfigura o documento, prejudicando-o do ponto de vista estético. As manchas ocorrem quando as partículas de poeira se umedecem, com a alta umidade relativa ou mesmo por ataque de água, e penetram rapidamente no papel. A sujidade provoca a formação de manchas Os poluentes atmosféricos são altamente ácidos e, portanto, extremamente nocivos ao papel. São rapidamente absorvidos, alterando seriamente o pH do papel. Materiais para a higienização Acervo Pincéis, flanela, aspirador de pó, bisturí, pinça, espátula, cotonete, etc Espaço físico Aspirador de pó Estantes Aspirador de pó. Caso seja necessário remover a sujidade muito intensa (incrustada) da sua superfície pode ser usada uma solução de água + álcool a 50%, passada com pano muito bem torcido. Acondicionamento Ato ou efeito de embalarou guardar documentos de forma apropriada à sua preservação e o acesso. O acondicionamento tem por objetivo a proteção dos documentos que não se encontram em boas condições ou a proteção daqueles já tratados e recuperados, armazenando-os de forma segura. Para cumprir sua função, que é a de proteger contra danos, o acondicionamento deve ser confeccionado com material de qualidade arquivística e necessita ser projetado apropriadamente para o fim a que se destina. A qualidade arquivística é uma exigência necessária para o acondicionamento, pois esse material está em contato direto com os documentos. Exemplos Caixas, envelopes, pastas, etc Armazenamento Ato ou efeito de guardar documentos em depósitos (local de guarda de documentos). O armazenamento é o sistema que recebe o documento, acondicionado ou não, para ser guardado. Exemplos Consiste no mobiliário das salas destinadas à guarda do acervo: estantes, arquivos e armários. Produção, acesso, manuseio e transporte Nos processos de produção, tramitação, organização e acesso aos documentos, deverão ser observados procedimentos específicos, de acordo com os diferentes gêneros documentais, com vistas a assegurar sua preservação durante o prazo de guarda estabelecido na tabela de temporalidade e destinação. Os documentos identificados nas tabelas de temporalidade e destinação como de valor permanente deverão ser produzidos em papéis com pH neutro ou alcalinos (básicos). Os papéis das capas de processos devem ser alcalinos As presilhas devem ser em plástico ou metal não oxidável As práticas de grampear e de colar documentos devem ser evitadas Os dossiês, processos e volumes devem ser arquivados em pastas suspensas ou em caixas, de acordo com suas dimensões Desinfestação Fumigação Exposição de documentos a vapores químicos, geralmente em câmaras especiais, a vácuo ou não, para destruição de insetos, fungos e outros microorganismos. O processo consiste em introduzir os documentos na câmara, onde se faz o vácuo, aplica-se o produto químico e submetem-se os documentos à ação do fumigante pelo prazo de 48 a 72 horas, aproximadamente. Em seguida repete-se o vácuo, insufla-se o ar e retiram-se os documentos. Com a fumigação os insetos adultos, larvas e ovos são completamente destruídos. A fumigação de documentos não é mais recomendada em virtude dos gases tóxicos e compostos oxidantes danosos (gases letais) poderem mudar as propriedades físicas e químicas do papel, do pergaminho e do couro. Congelamento Os documentos devem ser embalados em películas ou bolsas hermeticamente vedadas/seladas. Não se devem empilhar objetos. Congelamento rápido, saindo da temperatura ambiente até 0°C em 4 horas, alcançando - 20°C em 8 horas e – 30/°C em 72 horas. Descongelamento gradual: cuidado com objetos congelados! As peças devem ser lentamente descongeladas (0°C em 8 horas e depois devolvidas a temperaturas ambiente). Cuidado com objetos de materiais “compostos” que podem ter coeficientes de contração e dilatação diferentes. Objetos frágeis não devem ser congelados. Limpeza Fase posterior à fumigação. Na falta de instalações adequadas, usa-se um pano macio, uma escova ou um aspirador de pó. Alisamento Consiste em colocar os documentos em bandeja de aço inoxidável, expondo-os à ação do ar com forte percentagem de umidade (90 a 95%), durante uma hora, em uma câmara de umidificação. Em seguida, são passados a ferro, folha por folha, em máquinas elétricas. Caso existam documentos em estado de fragilidade, recomenda-se o emprego de prensa manual sob pressão moderada. Na falta de equipamento adequado, aconselha-se usar o ferro de engomar caseiro. Banho de gelatina Consiste em mergulhar o documento em banho de gelatina ou cola, o que aumenta a sua resistência, não prejudica a visibilidade e a flexibilidade e proporciona a passagem dos raios ultravioletas e infravermelhos. Os documentos tratados por este processo, que é manual, tornam-se suscetíveis aos ataques dos insetos e dos fungos. Tecido Reparação em que são usadas folhas de tecido muito fino, aplicadas com pasta de amido. A durabilidade do papel é aumentada consideravelmente, mas o emprego do amido propicia o ataque de insetos e fungos, impede o exame pelos raios ultravioletas e infravermelhos, além de reduzir a legibilidade e flexibilidade. Silking Utiliza tecido de grande durabilidade (crepeline ou musseline de seda), mas devido ao uso de adesivo à base de amido, afeta suas qualidades permanentes. Tanto a legibilidade quanto a flexibilidade, a reprodução e o exame pelos raios ultravioletas e infravermelhos são pouco prejudicados. É, no entanto, um processo de difícil execução e cuja matéria-prima é de alto custo. Laminação Processo em que se envolve o documento, nas duas faces, com uma folha de papel de seda e outra de acetato de celulose, colocando-o numa prensa hidráulica, sob pressão média de 7 a 8kg/cm e temperatura entre 145 a 155°C. O acetato de celulose, por ser termoplástico, adere ao documento, juntamente com o papel de seda, e dispensa adesivo. A durabilidade e as qualidades permanentes do papel são asseguradas sem perda da legibilidade e da flexibilidade, tornando-o imune à ação de fungos e pragas. Qualquer mancha resultante do uso pode ser removida com água e sabão. O volume do documento é reduzido, mas o peso duplica. O material empregado na restauração não impede a passagem dos raios ultravioletas e infravermelhos. As características da laminação são que mais se aproximam do método ideal. Encapsulação É considerado um meio seguro e eficaz de se proteger um documento. Permite visualizar e manipular um documento sem expô-lo a elementos perigosos. O processo envolve o posicionamento de um documento entre duas lâminas de poliéster, fixadas nas margens externas por fita adesiva de dupla face; entre o documento e a fita deve haver um espaço de 3mm, deixando o documento solto dentro das duas lâminas. A reversibilidade da encapsulação se dá ao momento em que cortam-se as bordas do poliéster para liberar o documento. Quando um documento é encapsulado, está a salvo de sujeira, poluição e impressões digitais. www.arquivologiaparaconcurso.com
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