Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
DIREITO PENAL II - CCJ0032 SEMANA 1 Leia o caso concreto abaixo e responda às questões formuladas com base nas leituras indicadas no plano de aula e pelo seu professor. 1) Ricardo, menor inimputável, com 14 anos de idade, disse para Lúcio, maior de idade, que pretendia subtrair aparelhos de som (CD player) do interior de um veículo. Para tanto, Lúcio emprestou-lhe uma chave falsa, plenamente apta a abrir a porta de qualquer automóvel. Utilizando a chave, Ricardo conseguiu seu intento. Na situação acima narrada, quem é partícipe de furto executado por menor de idade responde normalmente por esse crime? Fundamente sua resposta de acordo com teoria adotada pelo Código Penal quanto à natureza jurídica da participação. (135° Exame de Ordem/SP – 2ª Fase. Cespe/UnB). A teoria da acessoriedade limitada, adotada no Brasil, determina que a conduta do autor precisa ser apenas típica e antijurídica para que o partícipe possa responder pelo crime praticado, ou seja, mesmo que o autor do furto seja um inimputável, essa falta de culpabilidade não isentará o partícipe de responder pelo delito. O art. 29 do CP, adotando a teoria monista, determina que aqueles que cometem um crime, seja como autor, coautor ou partícipe, deverão ser processados de acordo com as penas cominadas ao crime no limite de sua culpabilidade. O §1º do mesmo artigo nos diz que se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um terço. No caso concreto, Lúcio deverá responder pela prática de furto, porém, como sua participação foi de menor importância, poderá ele ter sua pena reduzida. 2) Caio, com a intenção de matar, coloca na xícara de chá servida a Tício certa dose de veneno. Mévio, igualmente interessado na morte de Tício, desconhecendo a ação de Caio, também coloca certa dose de veneno na mesma xícara. Tício vem a falecer por efeito combinado das duas doses ingeridas, já que cada uma delas, isoladamente, seria insuficiente para produzir a morte, segundo conclusão da perícia. Caio e Mévio agiram individualmente, cada um desconhecendo o plano, a intenção e a conduta do outro. (MPF Procurador da República. 1ª Fase. XII Concurso) a) Caio e Mévio respondem, como co-autores, por homicídio doloso, qualificado, consumado. b) Caio e Mévio respondem por lesão corporal dolosa, seguida de morte. c) Caio e Mévio respondem, cada um, por homicídio culposo. d) Caio e Mévio respondem por tentativa de homicídio dolosos, qualificado. 3) Bruno, previamente ajustado com Eduardo, subtrai dinheiro de entidade paraestatal, valendo-se da facilidade que lhe proporciona o cargo que nela exerce, circunstancia entretanto desconhecida de Eduardo. Mais tarde, em local seguro, dividem o produto do crime, quando são surpreendidos pela Polícia e presos em flagrante, sendo apreendido todo o dinheiro subtraído, enfim devolvido à vítima. Entende-se que: (Promotor de Justiça/SP). a) Bruno e Eduardo cometeram peculato consumado. b) Bruno cometeu peculato e Eduardo cometeu furto, consumados. c) Bruno e Eduardo cometeram furto tentado. d) Bruno e Eduardo cometeram furto consumado. e) Bruno cometeu apropriação indébita e Eduardo cometeu furto. DIREITO PENAL II - CCJ0032 SEMANA 2 Questão n.1 Hercílio e Arnaldo, em unidade de desígnios e fortemente armados, no dia 15 de março de 2011, por volta das 23h, invadiram a residência de Hélio e Maria Rosa, na zona rural de Nova Iguaçu de Goiás, amarraram o casal e seus dois filhos, Vitória e Lélio, de 12 e 8 anos, cerceando sua liberdade pelo período de duas horas, causando-lhes extremo temor e traumas indeléveis. Durante o referido lapso temporal, os agentes vasculharam toda a casa e separaram alguns bens que a guarneciam (televisão, aparelho de som e alguns eletrodomésticos) para posterior subtração. Findo este prazo, levaram o casal à área externa da residência, com mãos e pés amarrados, os obrigaram a se ajoelhar no gramado e lhes desferiram dois tiros pelas costas, tendo as vítimas morrido instantaneamente. Do feito, Hercílio e Arnaldo restaram denunciados e condenados pelos delitos de latrocínio consumado (roubo seguido de morte) em concurso formal de crimes. Inconformados com a decisão proferida interpuseram apelação criminal com vistas à reforma do julgado e consequente descaracterização da incidência do art.70, do Código Penal, sob o argumento de que apenas ocorrera uma subtração patrimonial e a morte de duas vítimas, o que configuraria crime único de latrocínio e não concurso formal impróprio. Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre o tema concurso de crimes responda de forma objetiva e fundamentada: a pretensão dos agentes é procedente? A pretensão dos agentes não é procedente por terem agido numa só conduta que levou a consumação de dois crimes (latrocínio). Fica bem caracterizado o concurso formal impróprio, positivado no art. 70, CP, segunda parte. Uma subtração patrimonial e duas mortes implica na qualificação de latrocínio em concurso formal impróprio. Esta é a orientação recentemente reafirmada pela Quinta Turma do STJ, no julgamento do REsp 1.164.953/MT (27/3/2012), relatado pela Min. Laurita Vaz. Questão n.2 Simplício ingressou em um ônibus linha Centro - Jardim Violeta, no centro da cidade do Rio de Janeiro com o dolo de subtrair pertences dos passageiros. Meia hora após o ingresso no ônibus sentou ao lado de um passageiro que cochilava e subtraiu-lhe a carteira dentro da mochila sem que ele percebesse. Em seguida, com emprego de grave ameaça, atemorizou Abrilina e Lindolfo, obrigando-os a entregar seus celulares. Ante o exposto, sendo certo que, no caso do primeiro passageiro Simplício praticou o delito de furto e, no caso de Abrilina e Lindolfo, os delitos de roubo, diferencie de forma objetiva e fundamentada concurso material e concurso formal de crimes a partir dos sistemas de aplicação de pena adotados em cada instituto e apresente o sistema aplicável ao caso concreto. O concurso material ocorre quando duas ou mais condutas geram dois ou mais crimes que podem ser idênticos ou não, art. 69, CP. O concurso formal ocorre quando uma conduta gera dois ou mais crimes que podem ser idênticos ou não, art. 70, CP. No caso concreto houve concurso material de crimes, pois ocorreram duas condutas para a realização de dois crimes. Há conexão entre os fatos praticados no momento em que Simplício adentra no ônibus com o objetivo de subtrair os pertences dos passageiros. Questão n.3 (VI EXAME DE ORDEM UNIFICADO. TIPO 1. BRANCO. QUESTÃO 61) Otelo objetiva matar Desdêmona para ficar com o seguro de vida que esta havia feito em seu favor. Para tanto, desfere projétil de arma de fogo contra a vítima, causando-lhe a morte. Todavia, a bala atravessa o corpo de Desdêmona e ainda atinge Iago, que passava pelo local, causando-lhe lesões corporais. Considerando-se que Otelo praticou crime de homicídio doloso qualificado em relação a Desdêmona e, por tal crime, recebeu pena de 12 anos de reclusão, bem como que praticou crime de lesão corporal leve em relação a Iago, tendo recebido pena de 2 meses de reclusão, é correto afirmar que: a) o juiz deverá aplicar a pena mais grave e aumentá-la de um sexto até a metade. b) o juiz deverá somar as penas. c) é caso de concurso formal homogêneo. d) é caso de concurso formal impróprio. Questão n.4 Sobre os institutos do Concurso Material de Crimes, Concurso Formal de Crimes e Continuidade Delitiva, assinale a alternativa INCORRETA: a) No caso de crime continuado, o ordenamento jurídico pátrio adotou a teoria da ficção jurídica, segundo a qual a unidade delitiva caracteriza-se como criação da lei. b) No casode incidência de concurso formal de crimes se a pena cominada em decorrência do sistema de exasperação de penas for mais grave que a pena calculada pelo sistema do cúmulo material, será aplicada este. Tal situação denomina-se concurso material benéfico. c) Os desígnios autônomos, característicos do concurso formal imperfeito de crimes, aplicam-se a delitos dolosos e culposos. d) No caso de conflito de leis penais no tempo não se aplica o princípio da irretroatividade da lei penal mais gravosa para as condutas praticadas em continuidade. https://www.youtube.com/watch?v=A7Dqzx8p31U DIREITO PENAL II - CCJ0032 Título SEMANA 3 Descrição Questão n. 1) Adalto Cleto, Linaldo Reis e Ronaldo Mello, comerciantes de equipamentos de informática, foram denunciados pela suposta prática dos crimes de descaminho e associação criminosa em concurso material de crimes (art.334,§1º, “a” e “d” e art.288, caput, n.f. do art.69, todos do Código Penal), por terem sido flagrados transportando no carro do primeiro corréu peças de informática de procedência estrangeira vindas do Paraguai desacompanhadas da documentação legal, bem como por, supostamente, tê-las introduzido clandestinamente no país. O flagrante delito foi convolado em prisão preventiva sob o fundamento de que os corréus, caso soltos, incrementariam risco à ordem pública ou econômica e à conveniência da instrução criminal. Sendo certo que as penas máximas em abstrato alcançam, respectivamente, 4 (quatro) e 3 (três) anos de reclusão e que, portanto, poderão vir a ser substituídas por penas restritivas de direitos consoante o disposto no art.44, do Código Penal caso os corréus sejam definitivamente condenados, na qualidade de advogado dos corréus, apresente a tese defensiva a ser sustentada em sede Habeas Corpus para fins da concessão da liberdade provisória ao respectivo Tribunal Regional Federal. Responda de forma objetiva e fundamentada de acordo com os princípios norteadores da pena criminal. Pelas características dos crimes imputados aos corréus, sem qualificadoras ou situações agravantes, além da ausência de violência ou de grave ameaça, tudo indica que os corréus serão condenados a pena inferior a 4 anos e, por força do art. 44 do CP, subsidiado pela incidência do princípio da homogeneidade das prisões cautelares, não há que se permitir que o processo penal gere uma punição maior do que a própria sanção penal, pela possibilidade de, ao final do processo, ser a pena aplicada inferior a 4 anos e ser ela convertida numa pena restritiva de direitos. http://blog.ebeji.com.br/principio-da-homogeneidade-e-as-prisoes-cautelares/ Questão n. 2) Com relação à Teoria da Sanção Penal, analise as assertivas abaixo e assinale a opção correta: I. O ordenamento penal vigente adotou o sistema progressivo de execução de pena, segundo o qual no curso cumprimento da pena preenchidos requisitos de natureza objetiva e subjetiva estabelecidos em lei, o condenado poderá progredir de um regime mais severo para outro menos severo de cumprimento de pena; todavia, é inadmissível o contrário ? a regressão de regimes de cumprimento de pena de um regime menos severo para outro mais severo de cumprimento de pena. II. O réu primário e de bons antecedentes, condenado pela prática de crime hediondo praticado anteriormente à alteração da Lei de Crimes Hediondos (Lei n.8072/1990) pela Lei n. 11464/2007, cumprirá sua pena em regime integralmente fechado. III. O sistema penal brasileiro, consoante o disposto no art. 59, do Código Penal, em relação às funções e finalidades da pena, adotou a Teoria Mista ou Unitária, segundo a qual há a conciliação entre as finalidades de prevenção geral e especial e o caráter retributivo da pena. a) As assertivas I e II estão corretas. b) As assertivas I e III estão corretas. c) Somente a assertiva III está correta. d) As assertivas II e III estão corretas. e) Todas as assertivas estão corretas. http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3898 Questão n. 3) Sentença penal condenatória determinou a aplicação da sanção de pena privativa de liberdade ao réu e a decretação do perdimento de bens que, nos termos da lei, acabaram por afetar seus familiares, exatamente no montante do patrimônio transferido pelo réu. Considerando essa situação hipotética e os princípios constitucionais que regem o Direito Penal, assinale a alternativa correta. (FUNIVERSA - 2013 - PM-DF). a) A imposição da pena privativa de liberdade ao réu e não a seus familiares, que não praticaram crime, corresponde à aplicação integral do princípio constitucional da individualização da pena. b) A imposição do perdimento de bens aos familiares do condenado acabou por não observar o princípio constitucional da personalidade ou responsabilidade pessoal. c) A extensão dos efeitos da condenação, com a decretação do perdimento de bens, afetando os familiares do condenado não poderia ocorrer, em virtude da necessidade de se observar o princípio constitucional da legalidade estrita. d) O fato de a pena privativa de liberdade ter atingido apenas a pessoa do condenado com extensão, aos familiares, da obrigação de reparar o dano, atende integralmente o que prescreve o princípio constitucional da personalidade ou responsabilidade pessoal. Art. 5º, XLV, CF e) O princípio da personalidade ou da responsabilidade pessoal é um princípio implícito na Constituição Federal vigente. Desenvolvimento DIREITO PENAL II - CCJ0032 SEMANA 4 Questão n.1 - Leia o caso concreto abaixo apresentado e responda, de forma objetiva e fundamentada, às questões formuladas com base nos estudos realizados sobre dosimetria de pena, maus antecedentes e reincidência. (ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL – OAB. XI EXAME DE ORDEM. PROVA PRÁTICO- PROFISSIONAL. ÁREA: DIREITO PENAL) Ricardo cometeu um delito de roubo no dia 10/11/2007, pelo qual foi condenado no dia 29/08/2009, sendo certo que o trânsito em julgado definitivo de referida sentença apenas ocorreu em 15/05/2010. Ricardo também cometeu, no dia 10/09/2009, um delito de extorsão. A sentença condenatória relativa ao delito de extorsão foi prolatada em 18/10/2010, tendo transitado definitivamente em julgado no dia 07/04/2011. Ricardo também praticou, no dia 12/03/2010, um delito de estelionato, tendo sido condenado em 25/05/2011. Tal sentença apenas transitou em julgado no dia 27/07/2013. Nesse sentido, tendo por base apenas as informações contidas no enunciado, responda aos itens a seguir. A) O juiz, na sentença relativa ao crime de roubo, deve considerar Ricardo portador de bons ou maus antecedentes? Deve considerar Ricardo portador de bons antecedentes, pois os maus antecedentes devem ser considerados apenas quando o réu tiver sentença penal condenatória transitada em julgado, o que, até a data do julgamento do crime de roubo, não havia ocorrido. Eventual sentença condenatória ainda não transitada em julgado não tem o condão de implicar- lhe maus antecedentes, pois isso significaria acréscimo de tempo em sua pena e contrariaria, assim, o princípio do estado de inocência, constitucionalmente previsto. B) O juiz, na sentença relativa ao crime de extorsão, deve considerar Ricardo portador de bons ou maus antecedentes? Na hipótese, incide a circunstância agravante da reincidência ou Ricardo ainda pode ser considerado réu primário? Portador de maus antecedentes, visto que incide a circunstância agravante da reincidência, pelo fato de Ricardo já ter sido condenado com trânsito em julgado pelo crime de roubo. Ricardo é primário. Isso porque a extorsão foi cometida em 10/09/09, antes, portanto, do trânsito em julgado da sentença que o condenou pelo roubo (ocorrido em 15/05/2010), tal como manda o Art. 63 do CP. Não obstante a primariedade de Ricardo, ele é portadorde maus antecedentes, pois na data da sentença relativa ao delito de extorsão (18/10/2010) já havia ocorrido o trânsito em julgado da sentença do crime de roubo. C) O juiz, na sentença relativa ao crime de estelionato, deve considerar Ricardo portador de bons ou maus antecedentes? Na hipótese, incide a circunstância agravante da reincidência ou Ricardo ainda pode ser considerado réu primário? Ricardo é réu primário, visto que, na data do cometimento do crime de estelionato, não havia contra ele, nenhuma sentença transitada em julgado, logo, não será reincidente. Porém, quando o juiz for sentenciá-lo, deverá considerar os maus antecedentes, devido às duas ações penais transitadas em julgado contra ele. Por fim, em relação ao item ‘C’, o examinando deve indicar que ainda permanece a primariedade de Ricardo, pois o delito de estelionato foi cometido antes do trânsito em julgado de qualquer outro delito. Perceba-se que um indivíduo somente pode ser considerado reincidente se o crime pelo qual está sendo julgado tiver sido cometido após o trânsito em julgado de sentença que lhe haja condenado por delito anterior, nos termos do Art. 63, do CP. Todavia, Ricardo é portador de maus antecedentes, pois na data da sentença relativa ao estelionato já havia ocorrido o trânsito em julgado de duas outras sentenças condenatórias. Questão n.2 - Com relação à aplicação da pena, analise as afirmativas a seguir e assinale a alternativa correta: I. O sistema de aplicação de pena é composto por três fases: fixação da pena-base, análise das circunstâncias agravantes e atenuantes e, por fim, das causas de aumento e diminuição de pena. II. Na fixação da pena-base o magistrado analisará as denominadas circunstâncias judiciais, previstas no art.59, do Código Penal, sendo possível sua fixação aquém do mínimo legal previsto na pena abstrata. III. Na segunda fase o magistrado analisará as circunstâncias legais, previstas tanto na parte geral, quanto na parte especial do Código Penal. IV. Através da interpretação do disposto no art.59, do Código Penal depreende-se o princípio da proporcionalidade das penas. a) somente as afirmativas I e II estão corretas. b) somente as afirmativas I e III estão corretas c) somente as afirmativas II e III estão corretas. d) somente as afirmativas I, III e IV estão correta Questão n.3 - Consoante entendimento sumulado pelos Tribunais Superiores sobre o sistema trifásico de aplicação de penas, analise as afirmativas a seguir e assinale a alternativa correta: I. A incidência da circunstância atenuante não pode conduzir à redução da pena aquém do mínimo legal. II. É vedada a utilização de inquéritos policiais e ações penais em curso para agravar a pena-base. 444, STJ III. É admissível aplicar, no furto qualificado, pelo concurso de agentes, a majorante do roubo em benefício dos corréus. IV. Fixada a pena-base no mínimo legal, é possível o estabelecimento de regime prisional mais gravoso do que o cabível em razão da sanção imposta, com base na opinião do julgador sobre gravidade abstrata do delito. a) somente as afirmativas I e II estão corretas. b) somente as afirmativas I e III estão corretas c) somente as afirmativas II e III estão corretas. d) somente as afirmativas I, III e IV estão correta DIREITO PENAL II - CCJ0032 Título SEMANA 5 Descrição Questão n.1 Toni e Chris foram condenados como incursos nas sanções do artigo 121, caput, (réu Chris) e artigo 121, § 2º, I, (réu Toni), na forma do artigo 29, todos do Código Penal. Chris foi condenada à pena de 07 (sete) anos de reclusão, a ser cumprida em regime inicial semiaberto, e Toni, à pena de 13 (treze) anos e 07 (sete) meses de reclusão, a ser cumprida em regime inicial fechado pela prática de homicídio qualificado pelo motivo torpe. Inconformados com a pena fixada pelo Conselho de Sentença interpõem recurso de apelação por intermédio de seus advogados com vistas à reforma da sentença e a realização de novo julgamento pelo Tribunal do Júri ou à readequação da pena imposta com base no art. 593, III, alíneas “b”, “c” e “d”, do Código de Processo Penal (fl. XX). Sustenta a defesa em suas razões em relação ao réu Toni (fl. XY) que houve equívoco do juízo no que tange à aplicação da pena, havendo erro e injustiça quando da fixação da reprimenda. Alega que a pena-base foi fixada acima do devido, sendo as circunstâncias e consequências normais e inerentes ao tipo penal, não se mostrando fatores a considerar para aumentar a pena-base. Acrescenta que a vítima contribuiu para a ocorrência do crime, devendo a pena-base ser fixada no mínimo legal. Aduz, com base no artigo 593, III, “d”, do CPP, que a decisão dos jurados é manifestamente contrária à prova produzida nos autos, devendo ser realizado novo júri. Requer o provimento da apelação, para reconhecer que a decisão dos jurados é manifestamente contrária à prova dos autos (artigo 593, III, “d”, do CPP) ou que seja provido o apelo, com base no artigo 593, III, “a”, “b” e “c”, do CPP. Ante o exposto, responda às questões apresentadas de forma objetiva e fundamentada a partir dos estudos realizados sobre individualização de pena: a) A tese defensiva deve prosperar no que concerne à fixação da pena-base acima do mínimo legal? O motivo torpe já é a qualificadora elementar do crime, alterando, assim, o valor da pena contido no art. 121 (6 a 20 anos) para o art. 121, §2º, I (12 a 30 anos); logo não é viável a sua utilização como se fosse nova qualificadora de aumento da pena base contida no já citado art. 121, §2º, I. Assim, deve prosperar a tese defensiva, com base no bis in idem, onde ninguém pode ser julgado duas vezes pelo mesmo fato. É o entendimento de Rogério Greco em seu Curso de Direito Penal Vol. I, pág. 717: “se os motivos que levaram o agente a praticar a infração penal já estão fazendo com que sua pena fuja àquela prevista na modalidade básica do tipo penal, quando da fixação da pena-base não poderá o julgador, por mais uma vez, considerá-los negativamente, ou seja, em prejuízo do agente, sob pena de incorrer no chamado bis in idem. b) A qualificadora motivo torpe, prevista no §2, inciso I do art.121, do Código Penal foi utilizada pelo magistrado em qual momento do sistema trifásico de aplicação de pena? Foi utilizada na primeira fase do sistema trifásico. Art. 59 c/c art. 68 ambos do CP. c) Diferencie qualificadora de causa aumento de pena. As qualificadoras são as situações que o legislador tomou por base para realizar a alteração das cominações das penas mínimas e máximas constantes no Código Penal, de acordo com a necessária reprimenda que ele entendeu ser mais justa, a depender da gravidade da infração contida no caput do artigo. São analisadas na primeira fase da aplicação da pena, formando a pena-base. As causas de aumento, também chamadas de majorantes, são analisadas na terceira fase do sistema trifásico, incidindo no aumento da pena-base e estabelecendo a pena definitiva. Questão n.2 (OAB. EXAME DE ORDEM UNIFICADO JULHO/2011. TIPO 1. BRANCO. QUESTÃO 63) Em relação ao cálculo da pena, é correto afirmar que: a) a análise da reincidência precede à verificação dos maus antecedentes, e eventual acréscimo de pena com base na reincidência deve ser posterior à redução pela participação de menor importância. Não, pois os maus antecedentes são analisados na 1ª fase do sistema trifásico, art. 59 do CP; já a reincidência é analisada na 2ª fase, quando na análise das situações agravantes, conforme o art. 61, I do CP. b) é defeso ao juiz fixar a pena intermediária em patamar acima do máximo previsto, ainda que haja circunstância agravante a ser considerada. A pena, apenas na 3ª fase, poderá ser aumentada acima do máximo previsto, momento em que ocorre o cálculoda pena definitiva, nunca no cálculo da pena intermediária. c) o acréscimo de pena pela embriaguez preordenada deve ser feito posteriormente à redução pela confissão espontânea. Deve ser feito anteriormente, pois no concurso de circunstâncias agravantes e atenuantes, as circunstâncias preponderantes do crime devem primeiras ser levadas em consideração. Art. 67 do CP. d) é possível que o juiz, analisando as circunstâncias judiciais do art. 59 do Código Penal, fixe pena- base em patamar acima do máximo previsto. Não, pois tal majoração só é possível na 3ª fase da dosimetria da pena definitiva. DIREITO PENAL II - CCJ0032 Título SEMANA 6 Descrição Questão n. 1 Abelardo Rocha foi condenado pela prática de dois delitos de roubo majorado pelo concurso de pessoas e pelo emprego de arma de fogo em concurso material de crimes (art.157,§2º,I e II 2x n.f art.69, ambos do Código Penal) à pena unificada de 16 anos, 1 mês e seis dias de reclusão a ser cumprida em regime inicialmente fechado, tendo iniciado seu cumprimento em 12 de julho de 2007. Em 05 de maio de 2010, progrediu para o regime semi-aberto de cumprimento de pena e, em 14 de dezembro de 2012, preenchidos os requisitos para o progressão de regimes para o regime aberto teve, entretanto, determinado pelo Juízo das Execuções seu cumprimento em prisão domiciliar face à ausência de vagas em Casa de Albergado. Inconformado com a decisão, o membro do Ministério Público interpôs agravo em execução com vistas à cassação do “benefício”, o que foi provido pelo Tribunal de Justiça. Com base nos estudos realizados sobre os princípios informadores da Teoria da Pena, desenvolva de forma objetiva e fundamentada a tese defensiva a ser apresentada em sede de Habeas Corpus com vistas à manutenção do cumprimento de pena em prisão domiciliar. Consta no texto da Súmula Vinculante 56 do STF: “A falta de estabelecimento penal adequado não autoriza a manutenção do condenado em regime prisional mais gravoso, devendo-se observar, nessa hipótese, os parâmetros fixados no RE 641.320/RS”. Deste modo, é direito de Abelardo dar andamento ao cumprimento de sua pena em prisão domiciliar, visto que ele não pode ser penalizado por uma omissão do Estado em fornecer-lhe os meios de cumprimento adequado de sua pena em regime aberto por falta de vaga em Casa de Albergado. Questão n. 2) Com relação a penas, assinale a opção correta.( CESPE - 2013 - TJ-PB - Juiz Leigo) a) São três as modalidades de penas privativas de liberdade: prisão simples, detenção e reclusão; as de reclusão devem ser cumpridas em regime fechado ou semiaberto, e as de detenção, em regime aberto. Vide arts. 32 e 33, ambos do CP. b) De acordo com o CP, considera-se como regime fechado a execução da pena em estabelecimento de segurança máxima ou média; regime semiaberto, em casa de albergado ou estabelecimento adequado; e regime aberto, a execução da pena em colônia agrícola, industrial ou similar. As definições dos regimes semiaberto e aberto foram invertidas. Art. 33, §1º, a, b e c. c) A opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato do crime constitui motivação idônea para a imposição de regime mais severo que o permitido conforme a pena aplicada. O juiz ao determinar o regime a ser aplicado deve seguir o estabelecido no art. 33, §2º, a, b e c e §3º. d) Consideram-se absolutas as teorias que concebem a pena como um fim em si mesma, ou seja, como uma retribuição pela prática de um crime; consideram-se relativas as teorias utilitaristas, que concebem e justificam a pena enquanto meio para a realização do fim utilitário da prevenção de futuros delitos. Preleciona Basileu Garcia: "As doutrinas acerca dos fins atribuídos à pena podem classificar- se em absolutas, relativas ou utilitárias e mistas. Três lemas indicam-lhes a essência: punitur qui a peccatum est (absolutas); punitur ut ne peccetur (relativas ou utilitárias); punitur quia peccatum est et ne peccetur (mistas). Pune-se porque pecou; pune-se para que não peque; pune-se porque pecou e para que não peque.'' e) Segundo a teoria da prevenção geral negativa, a pena constitui um instrumento de infusão, na consciência geral, da necessidade de respeito a determinados valores, como forma de exercício da fidelidade ao direito e promoção da integração social. Para Feuerbach, um dos principais idealizadores da ideia de prevenção geral negativa, a pena teria dois momentos: o da cominação - "a intimidação de todos como possíveis protagonistas de lesões jurídica" e o da sua aplicação - ''dar fundamento efetivo à cominação legal, dado que sem a aplicação da cominação, tal seria ineficaz". Questão n. 3) Sobre as espécies de regimes prisionais, é correto afirmar que o condenado: a) reincidente ou não, condenado à pena de 8 (oito) anos de reclusão deverá, obrigatoriamente, iniciar o seu cumprimento de pena em regime fechado. O texto do art. 33, §2º, a do CP, não trata do reincidente. b) não reincidente, cuja pena seja superior a quatro anos e não exceda a oito, poderá, desde o princípio, cumpri-la em regime semi-aberto Conforme o art. 33, §2º, b do CP. c) reincidente condenado à pena de reclusão de 4 (quatro) anos jamais poderá iniciar o seu cumprimento de pena em regime semi-aberto. Poderá desde que haja circunstâncias judiciais favoráveis. Súmula 269, STJ. d) nos casos de aplicação de medida de segurança, a reclusão pode acarretar a adoção de tratamento ambulatorial, já a detenção, a internação. Os conceitos estão invertidos, vide arts. 97 e 98 do CP. Desenvolvimento DIREITO PENAL II - CCJ0032 Título SEMANA 7 Descrição Questão n. 1) (ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL. OAB. XI EXAME DE ORDEM. PROVA PRÁTICO-PROFISSIONAL APLICADA EM 6/10/2013 ÁREA: DIREITO PENAL. MODIFICADA) O Juiz da Vara de Execuções Penais da Comarca “Y” converteu a medida restritiva de direitos (que fora imposta em substituição à pena privativa de liberdade) em cumprimento de pena privativa de liberdade imposta no regime inicial aberto, sem fixar quaisquer outras condições. O Ministério Público, inconformado, interpôs recurso alegando, em síntese, que a decisão do referido Juiz da Vara de Execuções Penais acarretava o abrandamento da pena, estimulando o descumprimento das penas alternativas ao cárcere. O recurso, devidamente contra-arrazoado, foi submetido a julgamento pela Corte Estadual, a qual, de forma unânime, resolveu lhe dar provimento. A referida Corte fixou como condição especial ao cumprimento de pena no regime aberto, com base no Art. 115 da LEP, a prestação de serviços à comunidade, o que deveria perdurar por todo o tempo da pena a ser cumprida no regime menos gravoso. Atento ao caso narrado e considerando apenas os dados contidos no enunciado, responda: Está correta a decisão da Corte Estadual, levando-se em conta entendimento jurisprudencial sumulado? Responda de forma objetiva e fundamentada com base nos estudos realizados sobre as penas substitutivas à pena privativa de liberdade. As penas restritivas de direito são penas autônomas e substitutivas, não sendo possível a sua aplicação cumulativamente com pena privativa de liberdade, art. 44 do CP. Importante destacar que apesar de ser permitido ao Juiz das Execuções Penais estabelecer condições especiais para a concessão do regime aberto, como posto no caput do art. 115 da LEP, a acumulação de duas penas autônomas é vedada, esse é o entendimento que se extrai com a leitura da Súmula 493 do STJ. Se fosse possível a acumulação de dois institutos de punição autônomos, estaríamos incorrendo no bis in idem, que é aplicação de punição repetidamente ao mesmo agente pelo mesmo ilícito penal, situação vedada no nosso ordenamento jurídico. Questão n. 2) No tocante às penas restritivas de direitos, (FCC - 2014 - TJ-CE – Juiz). a) há conversão em privativa de liberdade quando ocorrero descumprimento injustificado da restrição imposta, sem dedução do tempo cumprido da sanção substitutiva. O erro do item está em afirmar que não ocorre a dedução do tempo cumprido da sanção substitutiva. Art. 44, §4º b) é possível a imposição de interdição temporária de direitos consistente em proibição de inscrever- se em concurso, avaliação ou exame públicos. Sim, como consta no art. 43, v do CP. c) é admissível a fixação de pena substitutiva como condição especial ao regime aberto, conforme entendimento sumulado do Superior Tribunal de Justiça. Não, conforme Súmula 493 do STJ. d) é obrigatória a conversão, se sobrevier condenação à pena privativa de liberdade. Cabe ao juiz da execução decidir. Art. 44, §5º. e) a perda de bens e valores pertencentes ao condenado dar-se-á, preferencialmente, em favor da vítima ou de seus sucessores. Dar-se-á, preferencialmente, em favor do Fundo Penitenciário Nacional. Art. 45, §3º. Questão n.3 Com relação às medidas alternativas e substitutivas à pena privativa de liberdade, analise as afirmativas a seguir e assinale a alternativa correta: I. As penas substitutivas à pena privativa de liberdade são autônomas e sua aplicação atende aos requisitos previstos no art.44, do Código Penal. Perfeita colocação. II. As medidas alternativas à pena privativa de liberdade são autônomas e sua aplicação atende aos requisitos previstos no art.44, do Código Penal. Não são autônomas e seus requisitos atendem ao contido na Lei n. 9.099/95. III. Caso a pena substitutiva à pena privativa de liberdade imposta seja injustificadamente descumprida ocorrerá sua conversão em pena privativa de liberdade. Correto, conforme o art. 44, §4º do CP. IV. As penas substitutivas à pena privativa de liberdade são aferidas através da pena abstrata, sendo irrelevante para a sua aplicação o quantum de fixação da pena concreta, já individualizada. As penas substitutivas à pena privativa de liberdade são aferidas após a fixação da pena definitiva e somente podem ser aplicadas se estiverem dentro dos limites estabelecidos pelo art. 44 do CP, sendo, desse modo, relevante o quantum de fixação da pena concreta. a) somente as afirmativas I e II estão corretas. b) somente as afirmativas I e III estão corretas. c) somente as afirmativas II e III estão corretas. d) somente as afirmativas I, III e IV estão corretas. Desenvolvimento DIREITO PENAL II - CCJ0032 SEMANA 8 1) (Exame de Ordem – 1ª Fase. OAB/RS.2007) Sobre o concurso material de crimes, assinale a assertiva correta: a) Trata-se da hipótese em que o agente, por meio de um único golpe, atinge a integridade física de várias pessoas, querendo os resultados diversos. Art. 70, CP, segunda parte. Formal Impróprio. b) Trata-se da hipótese em que o agente coloca uma bomba em um avião para matar apenas um passageiro e, quando a aeronave está ar, detona-a, matando todos os que estavam a bordo. Art. 70, CP, primeira parte. Formal Próprio. c) Trata-se da hipótese em que o agente dispara dois tiros, que atingem pessoas diferentes, querendo ambos os resultados. Art. 69 do CP. d) Trata-se da hipótese em que o agente pratica diversas ações (e, por conseguinte, vários tipos) nas mesmas condições de tempo, lugar, modo de execução e outras semelhantes, perfazendo, pelo seu conjunto, um único crime. Art. 71 do CP. 2) (Promotor de Justiça/ PE) Francisco teve seu carro furtado. Soube, por testemunhas, que o autor da subtração foi Fernando. No dia seguinte, localizou-o numa via pública do bairro, dirigindo o veículo subtraído, e o abordou. Fernando desferiu-lhe vários golpes com uma barra de ferro, causando-lhe ferimentos graves, deixando, a seguir, o local com o automóvel que subtraíra. Diante disso, Fernando cometeu crime de: a) furto e crime de lesões corporais graves, em concurso material. b) roubo impróprio. c) roubo qualificado pelo resultado, em virtude de ter resultado lesões corporais graves. d) furto tentado e crime de lesões corporais graves, em continuação. e) roubo simples e crime de lesões corporais graves, em concurso material. 3) (136° Exame OAB/SP, 1ª Fase) Segundo o Código Penal (CP) brasileiro, quando, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, o agente, em vez de atingir a pessoa que pretendia ofender, atinge pessoa diversa, ele deve responder como se tivesse praticado o crime contra aquela. No caso de ser, também, atingida a pessoa que o agente pretendia ofender, aplica-se a regra do: a) concurso material. b) concurso formal. Art. 73 do CP. c) crime continuado. d) crime habitual. 4) João ingressou em um Shopping Center, tarde da noite, burlando a vigilância do local. Invadiu cinco lojas de proprietários diversos, valendo-se, para tanto, de chaves falsas. De cada uma das lojas, subtraiu inúmeras peças de roupas. Após a ação, deixou o local e foi preso passada meia hora, abordado por policiais militares que estranharam o volume de pacotes que carregava. João foi denunciado e condenado por cinco furtos qualificados. Na fixação da pena, o Juiz deve considerar as condutas como praticadas: a) em concurso formal. b) como crime continuado. Art. 71 do CP. c) como crime único. d) em concurso material. 5) (136° Exame OAB/SP, 1ª Fase). Assinale a opção correta com base nos princípios de direito penal na CF: a) O princípio básico que orienta a construção do direito penal é o da intranscendência da pena, resumido na fórmula nullum crimen, nulla poena, sine lege. b) Segundo a CF, é proibida a retroação de leis penais, ainda que estas sejam mais favoráveis ao acusado. c) Nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação de perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas até os sucessores e contra eles executadas, mesmo que ultrapassem o limite do valor do patrimônio transferido. d) O princípio da humanidade veda as penas de morte, salvo em caso de guerra declarada, bem como as de caráter perpétuo, de trabalhos forçados, de banimento e as cruéis. 6) (Exame de Ordem Cespe/UnB. Março 2008) Após o trânsito em julgado da sentença penal condenatória, intimado a pagar a pena de multa que lhe fora fixada, mas não o fazendo, o condenado poderá: a) Ter a pena de multa convertida em pena privativa de liberdade. b) Ter sua dívida inscrita na fazenda pública, com a conseqüente execução fiscal. Art. 51, CP. c) Ter sua pena de multa convertida em pena restritiva de direitos. d) Ter o valor da pena de multa aumentado 7) (132° Exame OAB/SP– 1ª Fase) Sobre a prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas, assinale a alternativa INCORRETA: a) Consiste na atribuição de tarefas gratuitas ao condenado. b) Deve ser aplicada nas condenações acima de 01 (um) mês e até 02 (dois) anos de privação de liberdade. Art. 44, I do CP. c) Dar-se-á em entidades assistenciais, hospitais, escolas, orfanatos e outros estabelecimentos congêneres, em programas comunitários ou estatais. d) Se a pena substituída for superior a um ano, é facultado ao condenado cumprir a pena substitutiva em menor tempo, nunca inferior à metade da pena privativa de liberdade fixada. 8) (Juiz de Direito/PR) Sobre a aplicação da pena (CP, art. 59 a 76), assinale a alternativa INCORRETA: a) no concurso de causas de aumento ou de diminuição previstas na Parte Especial do Código Penal, o juiz deve levar em consideração todos os aumentos e/ou diminuições, não podendo limitar-se à causa que mais aumente ou diminua a pena. b) segundo o entendimento majoritário, inclusive sumulado pelo Superior Tribunal de Justiça, a incidência da circunstância atenuante não pode conduzir à redução da pena abaixo do mínimo legal.c) verifica-se a circunstância agravante da reincidência quando o agente comete novo crime, mesmo que a condenação anterior já transitada em julgado seja no estrangeiro. d) o rol das circunstâncias atenuantes não é taxativo, eis que o Código Penal expressamente admite outras hipóteses, mesmo que não previstas em lei. 9) (Juiz de Direito/ MG) Com relação à aplicação da Pena é CORRETO afirmar que: a) se o réu é primário e de bons antecedentes, a pena deve ser fixada no mínimo legal. b) as circunstâncias atenuantes e agravantes devem ser levadas em consideração na fixação da pena- base. c) a circunstância atenuante pode reduzir a pena aquém do mínimo legal, assim como a agravante pode aumentá-la além do máximo cominado. d) é possível considerar as circunstâncias que qualificam o homicídio com as que o tornam privilegiado, desde que sejam aquelas de natureza objetiva. 10) (JUIZ DE DIREITO. MG/2005) É correto afirmar que é possível a substituição da pena privativa de liberdade quando: Art. 44 do CP. a) A pena privativa de liberdade não for superior a 4 (quatro) anos. Mesmo se o crime tiver sido cometido com violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a pena aplicada, se o crime for culposo. b) O condenado for reincidente, desde que, em face da condenação anterior, a medida seja socialmente recomendável e a reincidência não se tenha operado em virtude da prática do mesmo crime. c) A condenação for igual ou inferior a 1 (um) ano substituindo-se a pena privativa de liberdade por prestação pecuniária ou por uma restritiva de direitos. d) A condenação for superior a 1 (um) ano, substituindo-se a pena privativa de liberdade por uma pena restritiva de direitos e prestação pecuniária ou por duas restritivas de direitos. 11) (UFPR - 2013 - TJ-PR - Juiz) Assinale a alternativa correta: a) É admissível a fixação de pena substitutiva (art. 44 do CP) como condição especial ao regime aberto. Súmula 493, STJ. b) É vedada a utilização de inquéritos policiais para agravar a pena base, sendo permitida, entretanto, a utilização das ações penais em curso. Súmula 444, STJ. c) É admissível a chamada progressão por salto de regime prisional. Súmula 491, STJ. d) Os condenados por crimes hediondos ou assemelhados cometidos antes da vigência da Lei n. 11.464/2007, sujeitam-se ao disposto no art. 112 da Lei n. 7.210/1984 (Lei de Execução Penal) para a progressão de regime prisional. 12) ( Juiz de Direito – MG) Fulgêncio, com animus necandi, coloca na xícara de chá servida a Arnaldo certa dose de veneno. Batista, igualmente interessado na morte de Arnaldo, desconhecendo a ação de Fulgêncio, também coloca uma dose de veneno na mesma xícara. Arnaldo vem a falecer pelo efeito combinado das duas doses de veneno ingeridas, pois cada uma delas, isoladamente, seria insuficiente para produzir a morte, segundo a conclusão da perícia. Fulgêncio e Batista agiram individualmente, cada um desconhecendo o plano do outro. Pergunta-se: a) Fulgêncio e Batista respondem por tentativa de homicídio doloso qualificado. b) Fulgêncio e Batista respondem, cada um, por homicídio culposo. c) Fulgêncio e Batista respondem por lesão corporal seguida de morte. d) Fulgêncio e Batista respondem, como co-autores, por homicídio doloso, qualificado, consumado. 13) (Defensor Público – RN) Cleomar e Ricardo acordaram previamente a prática de um roubo contra um taxista, tendo simulado o interesse em fazer uma corrida, e já no veículo o primeiro anunciou o assalto empunhando um estilete, quando a vítima entregou a carteira com dinheiro e documentos pessoais a Ricardo. Este saiu correndo e Cleomar permaneceu no veículo por mais alguns instantes, momento em que com estocadas feriu gravemente a vítima a qual veio a falecer. Os dois foram denunciados pelo crime de latrocínio. De acordo com a legislação penal vigente, é correto afirmar que: a) Ricardo será punido pelo crime de latrocínio, pois a morte do taxista era resultado previsível da ação; b) comprovado que Ricardo quis participar do roubo na sua forma simples, o juiz poderá reduzir a pena do latrocínio até a metade. c) Ricardo, comprovado que desejou participar apenas do crime de roubo, mas sendo previsível o resultado, será condenado na pena do roubo na forma simples, a qual poderá ser aumentada até a metade. Art. 29, §2º, CP. d) Ricardo deverá ser punido pelo crime de latrocínio, tendo em vista que, considerando a relação natural entre o acordo para o roubo e a morte da vítima, independe se houve ou não prévio acordo sobre este último resultado. 14) (136° Exame OAB/SP – Cespe/UnB) Assinale a opção correta acerca da ação penal. a) Se, em qualquer fase do processo, o juiz reconhecer extinta a punibilidade, deverá aguardar o requerimento do MP, do querelante ou do réu, apontando a causa de extinção da punibilidade, para poder declará-la. b) A renúncia ao exercício do direito de queixa, em relação a um dos autores do crime, não se estende aos demais agentes. c) A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará ao processo de todos, e o MP velará pela sua indivisibilidade. d) O perdão concedido a um dos querelados aproveitará a todos, inclusive ao querelado que o recusar. Art. 106, I e III, CP. 15) (Juiz de Direito – AL – 2007) No crime de corrupção ativa, a circunstância de ser um dos agentes funcionário público. Art. 30, CP. a) não é elementar, não se comunicando, portanto, ao concorrente particular. b) é elementar, mas não se comunica ao concorrente particular. c) é elementar, comunicando-se ao concorrente particular, ainda que este desconheça a condição daquele. d) é elementar, comunicando-se ao concorrente particular, se este conhecia a condição daquele. e) não é elementar, comunicando-se, em qualquer situação, ao concorrente particular. DIREITO PENAL II - CCJ0032 SEMANA 9 Questão 01) (OAB EXAME UNIFICADO. DEZ/2011. PROVA PRÁTICOPROFISSIONAL – DIREITO PENAL. QUESTÃO N.2. MODIFICADA). Joaquina, ao chegar à casa de sua filha, Esmeralda, deparou-se com seu genro, Adaílton, mantendo relações sexuais com sua neta, a menor F.M., de 12 anos de idade, fato ocorrido no dia 2 de janeiro de 2011. Transtornada com a situação, Joaquina foi à delegacia de polícia, onde registrou ocorrência do fato criminoso. Ao término do Inquérito Policial instaurado para apurar os fatos narrados, descobriu-se que Adaílton vinha mantendo relações sexuais com a referida menor desde novembro de 2010. Apurou-se, ainda, que Esmeralda, mãe de F.M., sabia de toda a situação e, apesar de ficar enojada, não comunicava o fato à polícia com receio de perder o marido que muito amava. A partir da premissa de que Adaílton praticou o delito de estupro de vulnerável majorado pelo fato dele ser padrasto de F.M (art.217-A c.c. art. 226, II, ambos do Código Penal), responda de forma objetiva e fundamentada, com base nos estudados realizados, às questões propostas: a) Esmeralda praticou crime? Em caso afirmativo, qual? Sim, Esmeralda, garantidora da menor F.M., cometeu um crime omissivo impróprio ou comissivo por omissão, art. 13, §2º, a do CP, respondendo pelo mesmo crime imputado ao seu companheiro (art. 217-A c/c art. 226, II, ambos do Código Penal). O estupro de vulnerável é considerado crime hediondo e a CF/88 em seu art. 5º, XLIII, estabelece que aqueles que podendo evitar crimes dessa natureza se omitirem, devem ser responsabilizados pelas consequências decorrentes dessa omissão. b) Considerando que o Inquérito Policial já foi finalizado, deve a avó da menor oferecer queixa- crime? Não, pois se trata de ação penal pública incondicionada, nos termos do art. 225, parágrafo único, CP, devendo o MinistérioPúblico oferecer a denúncia. Questão n.2) Um professor na aula de Processo Penal esclarece a um aluno que o Ministério Público, após ingressar com a ação penal, não poderá desistir dela, conforme expressa previsão do Art. 42 do CPP. O professor estava explicando ao aluno o princípio da: (X EXAME DE ORDEM UNIFICADO – TIPO 01 – BRANCA) a) indivisibilidade. b) obrigatoriedade. c) indisponibilidade. d) intranscedência. (Questão n.3) Fernanda, durante uma discussão com seu marido Renato, levou vários socos e chutes. Inconformada com a agressão dirigiu-se à Delegacia de Polícia mais próxima e narrou todo o ocorrido. Após a realização do exame de corpo de delito, foi constatada a prática de lesão corporal leve por parte de Renato. O Delegado de Polícia registrou a ocorrência e requereu as medidas cautelares constantes no Artigo 23 da Lei nº 11.340/2006. Após alguns dias e com objetivo de reconciliação com o marido, Fernanda foi novamente à Delegacia de Polícia requerendo a cessação das investigações para que não fosse ajuizada a ação penal respectiva. Diante do caso narrado, de acordo com o recente entendimento do Supremo Tribunal Federal, assinale a afirmativa correta. (XIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO – TIPO 01 – BRANCA) a) No âmbito da Lei Maria da Penha, nos crimes de lesão corporal leve, a ação penal é condicionada à representação. Desta forma, é possível a sua retratação, pois não houve o oferecimento da denúncia. b) No âmbito da Lei Maria da Penha, nos crimes de lesão corporal leve, a ação penal é pública incondicionada, sendo impossível interromper as investigações e obstar o prosseguimento da ação penal. c) No âmbito da Lei Maria da Penha, nos crimes de lesão corporal leve, a ação penal é pública incondicionada, mas é possível a retratação da representação antes do oferecimento da denúncia. d) No âmbito da Lei Maria da Penha, nos crimes de lesão corporal leve, a ação penal é pública condicionada à representação, mas como os fatos já foram levados ao conhecimento da autoridade policial será impossível impedir o prosseguimento das investigações e o ajuizamento da ação pena. Desenvolvimento DIREITO PENAL II - CCJ0032 SEMANA 10Descrição (Questão n.1) Cleyton Neves foi condenado à pena de 3 (três) anos e 4 (quatro) meses de reclusão a ser cumprida em regime inicialmente fechado pelo tráfico de 73 g de maconha, 23 g de cocaína e 7 g de crack, tendo sua conduta prevista no art.33, caput, da lei n.11343/2006, crime equiparado a hediondo. Inconformado com a decisão interpôs recurso de apelação com vistas à substituição da privativa de liberdade por restritiva de direitos e a fixação de regime menos gravoso, o que foi negado pelo Tribunal de Justiça Estadual. Cleyton Neves, então, interpôs habeas corpus ao Superior Tribunal de Justiça com vistas à substituição da privativa de liberdade por restritiva de direitos e sucessivamente, a concessão da suspensão condicional da execução da pena imposta. A Corte superior negou a ordem em relação à substituição de penas, pois entendeu que o paciente não atendia aos requisitos subjetivos estabelecidos pelo art.44, do Código Penal. Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre o tema, responda de forma objetiva e fundamentada sobre a possibilidade da concessão do sursis pela Corte. http://www.stf.jus.br/portal/cms/vernoticiadetalhe.asp?idConteudo=228391 De acordo com a jurisprudência atualmente está sendo permitido em caso de trafico privilegiado (art. 33, § 4º da Lei 11.343/06) a substituição da pena privativa de liberdade por pena restritiva de direito, desde que o réu preencha os requisitos do art. 44 do CP porque entende o STF que o fato do crime ser equiparado a hediondo não impede aplicação de pena alternativa. Questão n.2) A respeito do benefício da suspensão condicional da execução da pena, assinale a afirmativa incorreta. (XIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO – TIPO 01 – BRANCA) a) Não exige que o crime praticado tenha sido cometido sem violência ou grave ameaça à pessoa. b) Não pode ser concedido ao reincidente em crime doloso, exceto se a condenação anterior foi a pena de multa. c) Somente pode ser concedido se não for indicada ou se for incabível a substituição da pena privativa de liberdade por pena restritiva de direitos. d) Sobrevindo, durante o período de prova, condenação irrecorrível por crime doloso, o benefício será revogado, mas tal período será computado para efeitos de detração. (Questão n.3) Com relação aos institutos da suspensão condicional da execução da pena (sursis) e livramento condicional, assinale a alternativa INCORRETA: a) A condenação anterior a pena de multa não impede a concessão da suspensão condicional da pena. b) É admissível a suspensão condicional da pena, mesmo em se tratando de condenado reincidente em crime culposo. c) É vedado ao juiz especificar outras condições a que fica subordinada a suspensão da pena, além daquelas previstas no Código Penal. d) Uma das diferenças entre a suspensão condicional da pena e o livramento condicional refere-se ao período de prova, que para a primeira dura de dois a quatro ou de quatro a seis anos, enquanto que para o segundo corresponde ao restante da pena a ser cumprida. Desenvolvimento DIREITO PENAL II - CCJ0032 SEMANA 11 (Questão n.1) Celidônio Alves, denunciado como incurso na prática do delito previsto no art. 217-A c/c art. 225, parágrafo único, ambos do Código Penal, foi absolvido impropriamente, tendo sido imposta consectária medida de segurança de internação com fulcro no art. 386, inc. VI, do Código de Processo Penal. Inconformada com a decisão, a defesa interpôs recurso de apelação e, nas suas razões, alegou que a medida de internação aplicada não obedecia à necessária individualização da pena, bem como ressaltou que o réu ficaria afastado de sua família, o que prejudicaria sua recuperação, razão pela qual postulou a aplicação de tratamento ambulatorial ao acusado e fixação de tempo mínimo para a aplicação da medida de segurança. Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre o tema, responda, fundamentadamente, se o pedido deverá ser provido. O pedido não deverá ter provimento, pois a medida de segurança de internação é aplicada nos crimes sujeitos à pena de reclusão e, o delito previsto no art. 217-A do CP, é sujeito à reclusão, conforme se depreende da leitura do art. 97 do CP. (Questão n.2) Marcelo foi condenado à pena privativa de liberdade de 14 anos e 6 meses de reclusão, a ser cumprida em regime inicialmente fechado, como incurso nas sanções do art.121§2º incisos II e III, do Código ? homicídio qualificado pelo motivo fútil e praticado mediante asfixia. Após o cumprimento de dez meses de pena, o sentenciado foi acometido de doença mental, razão pela qual a pena privativa de liberdade foi convertida em medida de segurança, na modalidade de internação. Ante o exposto, é correto afirmar que a medida de segurança perdurará até a cessação da periculosidade do agente averiguada: a) independentemente do tempo de cumprimento da pena privativa de liberdade imposta na sentença penal. b) independentemente do tempo de cumprimento da pena privativa de liberdade imposta na sentença penal, desde que, respeitado o prazo máximo de trinta anos para o cumprimento de sanção penal reclusiva. c) de acordo com o tempo de cumprimento da pena privativa de liberdade imposta na sentença penal e terá como parâmetros para o prazo de cumprimento os estabelecidos à pena privativa de liberdade, ou seja, o período residual desta. d) de acordo com o tempo de cumprimento da pena privativa de liberdade imposta na sentença penal, independentemente do períodoresidual desta. http://blogdireitoeprocessopenal.blogspot.com.br/2012/08/superveniencia-de-doenca-mental- e.html (Questão n.3) (DEFENSOR PÚBLICO SP/2006) É correto afirmar: a) nos termos do Código Penal, para o semi-imputável o juiz primeiro deve fixar o quantum da pena privativa de liberdade diminuída e depois substituí-la por medida de segurança que, nesse caso, só pode ser de tratamento ambulatorial. b) nos termos do Código Penal, em qualquer fase do tratamento ambulatorial, poderá o juiz determinar a internação do agente, se essa providência for necessária para fins curativos. Art. 97, §4º. c) nos termos da Lei de Execução Penal se, no curso ad execução da pena privativa de liberdade, sobrevier doença mental, o juiz poderá determinar a substituição da pena por medida de segurança, que deverá ser cumprida no próprio presídio. d) o Código Penal adotou o sistema do duplo binário e, portanto, em caso de condenação à pena privativa de liberdade e imposição de medida de segurança o agente deve primeiro cumprir a pena e, após, ser transferido para hospital de custódia e tratamento psiquiátrico para cumprir a medida de segurança. DIREITO PENAL II - CCJ0032 SEMANA 12 (Questão n. 1) Considere que uma mulher, maior e capaz, chegue a casa, logo após ter sido demitida, e, nervosa, agrida, injustificada e intencionalmente, seu filho de dois anos de idade, causando - lhe lesões corporais de natureza leve. Nessa situação hipotética, caso essa mulher seja condenada pela referida agressão após o devido processo legal, a decretação de sua incapacidade para o exercício do poder familiar, nos termos do Código Penal, poderá incidir como efeito da condenação? (CESPE - 2013 - Polícia Federal - Delegado de Polícia. MODIFICADA). Não poderá incidir como efeito da condenação, pois o crime cometido pela mãe contra seu filho está tipificado no Código Penal em seu art. 126, § 9º como sendo de violência doméstica, com pena de DETENÇÃO. Para que haja a perda do pátrio poder é necessário que ao crime seja cominada a pena de RECLUSÃO, conforme o art. 92, II do CP. (Questão n. 2) (FCC – 2010 - TRE-AM - Analista Judiciário - Área Judiciária) No que diz respeito à reabilitação, é correto afirmar que: a) se o condenado for reincidente, somente poderá ser requerida decorridos 5 (cinco) anos do dia em que for extinta a pena ou encerrar a sua execução. b) é admissível no caso de ter sido decretada a extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão punitiva. c) será revogada caso o reabilitado seja condenado, por sentença definitiva, a pena que não seja restritiva de direitos. d) faz com que fiquem suspensos condicionalmente alguns efeitos penais da condenação e, se revogada, ficam eles restabelecidos. e) um dos requisitos para a sua concessão é não ter o condenado, nos últimos dois anos, mudado de domicílio sem comunicar o Juízo. (Questão n. 3) Assinale a opção correta no que se refere a reabilitação. (CESPE – 2007 - TJ-TO - Juiz) a) Considere que Marcelo tenha sido condenado por crime de furto qualificado e que tenha sido reabilitado após regular cumprimento da pena e decurso do prazo legal. Considere, ainda, que, após a reabilitação, ele tenha cometido novo crime, nessa vez, de estupro. Nessa situação, o juiz, ao proferir sentença condenatória contra Marcelo pela prática do crime de estupro, não poderá considerá-lo reincidente por causa do furto qualificado anteriormente praticado. b) Para fins de reabilitação, é desnecessária, em caso de crime contra o patrimônio, a análise de ressarcimento do dano causado pelo crime. c) A prescrição da pretensão punitiva do Estado não impede o pedido de reabilitação. d) Sendo o reabilitado condenado exclusivamente a pena de multa, a reabilitação não será revogada. DIREITO PENAL II - CCJ0032 SEMANA 13 (Questão n.1) Maria Victória e Carlos Alberto, jovem casal residente no interior de Minas Gerais, há alguns anos tentava, sem êxito, ter filhos. Determinada noite, enquanto retornava de sua clínica veterinária, o casal foi abordado por uma jovem desconhecida, aparentando não mais que vinte anos e que, aos prantos colocou um bebê recém-nascido no colo de Maria Victória e saiu correndo. Carlos Alberto ainda tentou alcançá-la, bem como a procurou por diversos dias sem, contudo, encontrá-la. Passado um mês com o bebê em casa e temendo pela sua saúde, Maria Victória e Carlos Alberto decidiram por “adotá-lo” e, para tanto, o registraram como seu filho – Carlos Alberto V. Júnior. Passados 20 anos do fato, o casal é procurado por Alex Sandro, caminhoneiro, que se apresenta como suposto pai de Júnior. Sustenta Alex Sandro ter conhecido Lynildes, mãe biológica de Júnior, em uma cidade próxima durante uma festa na qual se apaixonaram, mas que, infelizmente, Lynildes desaparecera e nada contara sobre a gravidez, descoberta por ele há pouco mais de dois meses e que, portanto, lutaria pelo reconhecimento de Júnior como seu filho e não de Maria Victória e Carlos Alberto. A partir da premissa de que o casal foi pronunciado pela suposta prática dos delitos de parto suposto e registro de filho alheio como próprio, previstos no art. 242, caput, do Código Penal, com base nos estudos realizados sobre a teoria da pena, poderá o casal sustentar em tese defensiva a ocorrência de alguma causa extintiva de punibilidade? Responda de forma objetiva e fundamentada. Apesar do casal ter cometido um crime previsto no CP, pode, a eles, ser dado o perdão judicial, desde que o juiz entenda que a prática do ato se deu em razão de reconhecida nobreza, tal qual se vê no art. 107, IX c/c art. 242, parágrafo único, ambos do CP. (Questão n.2) Com relação às causas extintivas de punibilidade, assinale a opção INCORRETA: a) a renúncia configura a falta de interesse do ofendido em exercer o direito de queixa, portanto, antes da propositura da ação penal, diferentemente do perdão do ofendido, que ocorre no curso da ação penal. b) o perdão judicial configura direito público subjetivo do réu de caráter unilateral, no qual o Estado- juiz deixa de aplicar a pena em circunstâncias expressamente previstas em lei. c) a sentença que conceder perdão judicial será considerada para efeitos de reincidência. Só ficam os efeitos civis. Apaga tudo do penal. d) caso sejam reconhecidas antes do trânsito em julgado da sentença condenatória desaparecerão todos os efeitos do processo ou da sentença condenatória. (Questão n.3) (UnB/CESPE – TJCE/2012. JUIZ SUBSTITUTO) Antenor e Braz, ambos com dezenove anos de idade, planejaram, em comum acordo, furtar bens dos pais de Antenor, quando estes estivessem trabalhando. Na data combinada, os agentes subtraíram joias e dinheiro, no valor total de R$ 5.000,00, da residência do casal, local onde reside Antenor. Os pais de Antenor contam, cada um, cinquenta e cinco anos de idade. Com base nessa situação hipotética e no que dispõe o CP, assinale a opção correta: a) Antenor e Braz estariam isentos de pena caso os valores subtraídos não ultrapassassem o de um salário mínimo. b) Caso Braz seja primário, o juiz pode diminuir a pena de um a dois terços, ou aplicar-lhe somente multa. c) Independentemente da quantia e da utilidade dos bens subtraídos, Antenor está isento de pena. Art. 181, II e art. 183, II, ambos do CP. Imunidades ou escusas absolutórias. d) A ação penal, no caso, será pública condicionada à representação das vítimas da ação delituosa. e) Por expressa disposição do CP, não há tipicidade material na ação de Antenor e Braz. Desenvolvimento DIREITO PENAL II - CCJ0032 SEMANA 14 Questão 1. (OAB EXAME UNIFICADO. DEZ/2011. PROVA PRÁTICO-PROFISSIONAL – DIREITO PENAL.QUESTÃO N.3. MODIFICADA). Jaime, brasileiro, solteiro, nascido em 10/11/1982, praticou, no dia 30/11/2000, delito de furto qualificado pelo abuso de confiança (art. 155, parágrafo 4º, II, do CP). Devidamente denunciado e processado, Jaime foi condenado à pena de 4 (quatro) anos e 2 (dois) meses de reclusão. A sentença transitou definitivamente em julgado no dia 15/01/2002, e o término do cumprimento da pena se deu em 20/03/2006. No dia 24/03/2006, Jaime subtraiu um aparelho de telefone celular que havia sido esquecido por Lara em cima do balcão de uma lanchonete. Todavia, sua conduta fora filmada pelas câmeras do estabelecimento, o que motivou o oferecimento de denúncia, por parte do Ministério Público, pela prática de furto simples (art. 155, caput, do CP). A denúncia foi recebida em 14/04/2006, e, em 18/10/2006, Jaime foi condenado à pena de 1 (um) ano de reclusão e 10 (dez) dias-multa. Foi fixado o regime inicial aberto para o cumprimento da pena privativa de liberdade, com sentença publicada no mesmo dia. Com base nos dados acima descritos, bem como atento às informações a seguir expostas, responda fundamentadamente: a) Suponha que a acusação tenha se conformado com a sentença, tendo o trânsito em julgado para este ocorrido em 24/10/2006. A defesa, por sua vez, interpôs apelação no prazo legal. Todavia, em virtude de sucessivas greves, adiamentos e até mesmo perda dos autos, até a data de 20/10/2010, o recurso da defesa não tinha sido julgado. Neste caso, qual a tese defensiva a ser apresentada para fins de exclusão da responsabilidade jurídico penal da conduta de Jaime? Houve PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA do Estado, sendo a prescrição caso de extinção da punibilidade, conforme art. 107, IV do CP. Importante destacar a Súmula 220 do STJ. Considerando a data do trânsito em julgado da sentença penal condenatória para a acusação, estabelecida em 01 ano, tem-se que a prescrição se dará em 04 anos, cálculo em cima da pena em concreto, (art. 109, V do CP), logo, conta-se de 24/10/06 a 23/10/07 (1ano), de 23/10/07 a 22/10/08 (2anos), de 22/10/08 a 21/10/09 (3anos), de 21/10/09 a 20/10/00 (4anos). b) A situação seria diferente se ambas as partes tivessem se conformado com o decreto condenatório, de modo que o trânsito em julgado definitivo teria ocorrido em 24/10/2006, mas Jaime, temeroso de ficar mais uma vez preso, tivesse se evadido tão logo teve ciência do conteúdo da sentença, somente tendo sido capturado em 25/10/2010? A situação seria diferente, pois neste caso NÃO haveria PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO EXECUTÓRIA. Como Jaime é reincidente (art. 63 do CP), a PPE tem seu prazo acrescido de 1/3, totalizando o prazo prescricional em 05 anos e 04 meses. Assim, o Estado teria até 19/02/2012 para capturar Jaime, nos termos do caput do art. 110 e art. 112, I, ambos do CP. (Questão n.2) (OAB. EXAME DE ORDEM UNIFICADO FEV. 2012. TIPO 1 . BRANCO. QUESTÃO 64) No dia 18/10/2005, Eratóstenes praticou um crime de corrupção ativa em transação comercial internacional (Art. 337-B do CP), cuja pena é de 1 a 8 anos e multa. Devidamente investigado, Eratóstenes foi denunciado e, em 20/1/2006, a inicial acusatória foi recebida. O processo teve regular seguimento e, ao final, o magistrado sentenciou Eratóstenes, condenando-o à pena de 1 ano de reclusão e ao pagamento de dez dias-multa. A sentença foi publicada em 7/4/2007. O Ministério Público não interpôs recurso, tendo, tal sentença, transitado em julgado para a acusação. A defesa de Eratóstenes, por sua vez, que objetivava sua absolvição, interpôs sucessivos recursos. Até o dia 15/5/2011, o processo ainda não havia tido seu definitivo julgamento, ou seja, não houve trânsito em julgado final. Levando-se em conta as datas descritas e sabendo-se que, de acordo com o art. 109, incisos III e V, do Código Penal, a prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, verifica- se em 12 (doze) anos se o máximo da pena é superior a quatro e não excede a oito anos e em 4 (quatro) anos se o máximo da pena é igual a um ano ou, sendo superior, não exceda a dois, com base na situação apresentada, é correto afirmar que: a) não houve prescrição da pretensão punitiva nem prescrição da pretensão executória, pois desde a publicação da sentença não transcorreu lapso de tempo superior a doze anos. b) ocorreu prescrição da pretensão punitiva retroativa, pois, após a data da publicação da sentença e a última data apresentada no enunciado, transcorreu lapso de tempo superior a 4 anos. c) ocorreu prescrição da pretensão punitiva superveniente, que pressupõe o trânsito em julgado para a acusação e leva em conta a pena concretamente imposta na sentença. d) não houve prescrição da pretensão punitiva, pois, como ainda não ocorreu o trânsito em julgado final, deve-se levar em conta a teoria da pior hipótese, de modo que a prescrição se houvesse, somente ocorreriam doze anos após a data do fato. (Questão n.3) Com relação prescrição da pretensão punitiva do Estado, assinale a alternativa INCORRETA: a) o prazo da prescrição da pretensão punitiva nos crimes contra a dignidade sexual de crianças e adolescentes terá por termo inicial a data em que a vítima completar 18 (dezoito) anos, salvo se a esse tempo já houver sido proposta a ação penal. Art. 111, V, CP. b) o prazo da prescrição da pretensão punitiva nos crimes permanentes terá por termo inicial o dia em que cessou a permanência. Art. 111, III, CP. c) as circunstâncias judiciais, as circunstâncias agravantes e atenuantes genéricas são consideradas para fins de cálculo da prescrição da pretensão punitiva. d) Consoante entendimento do Superior Tribunal de Justiça, a reincidência não influi no prazo da prescrição da pretensão punitiva. Súmula 220. Desenvolvimento DIREITO PENAL II - CCJ0032 SEMANA 15 (Questão 1) Celso e Paulo Renato foram denunciados e absolvidos pela imputação de prática de delitos ambientais previstos nos arts. 39, 44 e 64 da Lei n. 9.605/98 praticados, no dia 30/09/2010, consoante o disposto no art. 386, III, do Código de Processo Penal. Inconformado com a decisão o Ministério Público estadual interpôs apelação criminal, tendo a câmara criminal (Tribunal Regional Federal da --- Região), em julgamento unânime, dado provimento ao pedido para condenar ambos os pacientes como incursos nos art. 39, 44 e 64 da Lei n. 9.605/98 e, de ofício, declarar extinta a punibilidade em relação às condutas descritas nos arts. 44 e 64 do mesmo diploma normativo, ficando a sanção definitiva estabelecida em 1 (um) ano de detenção, substituída por prestação de serviços à comunidade e multa. Celso e Paulo Renato irresignados a com decisão proferida pelo Tribunal Regional Federal da --- Região impetraram Habeas Corpus perante o Superior Tribunal e pugnaram, no mérito, pela concessão da ordem, para o fim de que seja decretada a extinção das punibilidades de ambos os pacientes, em relação a todos em face ocorrência da prescrição penal. Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre prescrição penal, responda de forma objetiva e fundamentada às seguintes questões: a) A partir da premissa de que a decisão do Tribunal a quo tenha transitado em julgado para a acusação e que entre os marcos interruptivos não transcorreu o lapso de 4 (quatro) anos, qual a espécie de prescrição de aplicável ao caso? Se fosse trabalhar com alguma prescrição seria a PPP, pois vemos que não ocorreu a prescrição. b) Qual o termo inicial da contagem do prazo da referida prescrição? O prazo da PPP terá início a partir da sentença transitada em julgado para a acusação. c) Diferencie prescrição da pretensão punitiva de prescrição da pretensão executória. A PPP se considera até depoisda sentença transitada em julgado para a acusação, a PPE é considerada a partir da sentença transitada em julgado final, quando, a partir dela, tem que se executar a pena. Só é possível o seu cálculo na pena em concreto. A reincidência é causa de aumento em 1/3 para o prazo da PPE. (Questão n.2) Sobre o instituto da prescrição, assinale a alternativa correta: a) É cabível a decretação da extinção da punibilidade do agente quando o juiz verificar, ainda no curso da instrução processual, que a provável pena a ser aplicada estará fulminada pelo advento da prescrição da pretensão punitiva. b) A prescrição da pretensão executória é regulada pela pena aplicada na sentença condenatória transitada em julgado, não influindo, a reincidência do agente, no cômputo de seu prazo. c) A prescrição da pretensão executória é regulada pela pena aplicada na sentença condenatória transitada em julgado, não influindo, a reincidência do agente, no cômputo de seu prazo. d) A agravação da pena pela reincidência não alcança a prescrição da pretensão punitiva nem o prazo de prescrição da pena de multa. Súmula 220, STJ. Desenvolvimento DIREITO PENAL II - CCJ0032 SEMANA 16 1) As medidas de segurança diferem das penas nos seguintes pontos: a) as penas são proporcionais à periculosidade do agente; b) as medidas de segurança e as penas são aplicáveis tanto aos inimputáveis como aos semi- imputáveis; c) as penas têm natureza retributiva-preventiva e as medidas de segurança são preventivas; d) as medidas de segurança ligam-se ao sujeito ativo pelo juízo de culpabilidade; 2) Com relação à aplicação das medidas de segurança aos inimputáveis, o nosso Código Penal adotou o sistema: a) vicariante, aplicando-se somente medida de segurança; b) duplo binário, aplicando-se pena e a medida de segurança ao mesmo tempo; c) duplo binário, aplicando-se primeiro a medida de segurança e, em seguida, a pena; d) vicariante, aplicando-se a pena ou medida de segurança; e) duplo binário, primeiro a pena e depois medida de segurança. 3) A suspensão condicional da pena é providência que evita a prisão de condenados a penas de duração curta, sendo certo que sua concessão depende do atendimento de certos requisitos. Neste tema, o que se entende por sursis humanitário? a) É aquele concedido na execução da pena privativa de liberdade, não superior a 2 anos, podendo ser suspensa por 2 a 4 anos, independentemente da situação pessoal do condenado. b) Entende-se por sursis humanitário aquele que beneficia pessoa com mais de 70 anos de idade, sendo aplicado a penas superiores a 2 anos, não ultrapassando 4 anos, no qual o período de prova é fixado entre 4 e 6 anos. Sursis etário c) É aquele disciplinado no Código Penal, aplicável mesmo que a pena definida seja superior a 2 anos, não superando 4 anos, se razões de saúde do condenado justificarem o benefício. Art. 77, §2º e 78. d) É aquele em que o agente é beneficiado com a suspensão condicional da pena em razão de questões humanitárias, tais quais, luto familiar, doenças graves de membros da família etc. 4) O indivíduo de personalidade e conduta social consideradas boas, condenado a pena privativa da liberdade não superior a dois anos e ao qual não seja indicada a mera substituição por qualquer das penas previstas no art. 44, do Código Penal faz jus a: a) Livramento condicional; Art. 83 a 90. b) Suspensão condicional do processo; Art. 89 da Lei 9099/95. c) Suspensão condicional da execução da pena. Art. 77 a 82. d) Penas restritivas de direito. 5) José, beneficiado com livramento condicional, comete novo crime doloso, pelo qual resultou condenado, em razão do que: a) deve ter decretada a extinção da punibilidade da primeira condenação; b) deve cumprir o restante da pena, deduzido o período em que ficou em liberdade; c) deve cumprir a integralidade da primeira pena; Art. 88. d) pode obter novo livramento condicional quanto à primeira pena. 6) Assinale a alternativa CORRETA de acordo com o Código Penal brasileiro (FEPESE - 2013 - DPE-SC): a) O juiz poderá conceder livramento condicional ao condenado a pena privativa de liberdade inferior dois anos. Art. 83. b) Não será concedido livramento condicional para o condenado por crime doloso, cometido com violência ou grave ameaça à pessoa. Art. 83, P. único. c) Caso o liberado venha a ser condenado durante a vigência do benefício, revoga-se o livramento condicional. Art. 86. d) O juiz não poderá declarar extinta a pena, enquanto não passar em julgado a sentença em processo a que responde o liberado, por crime cometido na vigência do livramento. Art. 89. e) Revogado o livramento, a qualquer momento poderá o juiz da execução conceder novamente o benefício. Art. 88. 7) De acordo com entendimento sumulado do Superior Tribunal de Justiça (FCC - 2012 - MPE- AL - Promotor de Justiça): a) incabível a suspensão condicional do processo na desclassificação do crime e na procedência parcial da pretensão punitiva. b) o período de suspensão do prazo prescricional é regulado pelo mínimo da pena cominada. c) inadmissível a determinação de exame criminológico pelas peculiaridades do caso. d) a falta grave interrompe o prazo para obtenção de livramento condicional. Súmula 441, STJ. e) vedada a utilização de inquéritos policiais e ações penais em curso para agravar a pena base. Súmula 444, STJ. 8) Assinale a alternativa correta relativamente ao tratamento dado pela legislação penal brasileira à Medida de Segurança (VUNESP - 2013 - TJ-RJ – Juiz). a) Enquanto a detentiva é obrigatória para fatos punidos com reclusão, a restritiva pode ser aplicada em caso de fatos punidos com detenção. Art. 97. b) Pode ser aplicada tanto a inimputáveis quanto aos semi-imputáveis, sempre por meio de sentenças absolutórias impróprias. c) Tem como pressuposto a periculosidade, de forma que pode ser aplicada ao inimputável ou semi- imputável que tenha praticado fato típico, mesmo que não antijurídico. d) A desinternação será sempre condicional, devendo ser restabelecida a situação anterior se o agente, antes do decurso de dois anos, pratica fato indicativo de persistência de sua periculosidade. Art. 97, § 3º. 9) Sobre imputabilidade penal, analise as assertivas abaixo. (CETRO - 2012 - TJ-RJ - Titular de Serviços de Notas e de Registros). I. As medidas de segurança de internação ou tratamento ambulatorial serão sempre por tempo determinado. II. Em qualquer fase do tratamento ambulatorial, poderá o juiz determinar a internação do agente, se essa providência for necessária para fins curativos. III. Ainda quando extinta a punibilidade, impõe-se medida de segurança, se necessária. É correto o que se afirma em: a) I, apenas. b) II, apenas. c) III, apenas. d) I e II, apenas. 10) Quanto às medidas de segurança, é correto afirmar que (FCC - 2012 - TJ-GO – Juiz): a) são sujeitas à prescrição, mas não a outras causas de extinção da punibilidade. b) podem ser aplicadas independentemente da prática pelo agente de ilícito punível. c) podem substituir pena imposta ao agente considerado imputável no momento da condenação, se sobrevier doença mental no curso da execução. d) a desinternação será sempre incondicional. Art. 97, §3º. e) o juiz, enquanto não superado o prazo mínimo de duração da medida, não poderá ordenar o exame para que se verifique a cessação da periculosidade. 11) Constituem causas de extinção da punibilidade relacionadas exclusivamente aos crimes de ação penal privada (FCC - 2013 - TRT - 6ª Região (PE) - Juiz do Trabalho): a) o perdão do ofendido e o perdão judicial. b) a decadência e o perdão do ofendido.
Compartilhar