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Resumo Teorias e Técnicas Psicoterápicas Algumas questões gerais: Ingrediente crucial a todas as terapias: Relação terapêutica de boa qualidade; Estabelecimento de um bom vínculo; Terapeuta consiga incutir esperança de poder ajudar. Do terapeuta espera-se: Empatia: Calor humano. Interesse genuíno. Competência. Curiosidade. Ter compaixão. Características de vincular-se. Interesse em ouvir. Psicanálise ‘’ Novo conhecimento do paciente sobre si mesmo. ’’ - Método ou procedimento de investigação de conteúdos mentais especialmente inconsciente (ICS). - Se propõe a afetar modificações de caráter por meio da obtenção de insight (novo conhecimento de si mesmo) mediante análise das defesas, na chamada neurose de transferência. - Tornar CS o ICS por meio da análise dos fenômenos transferenciais. Reorganização dos processos mentais ICS. Associação livre; Transferência; Neurose de transferência > Resistência < Análise – Abandono da terapia; Contratransferência. Por onde se inicia a análise psicanalítica? Não se inicia de forma automática. Não é porque a pessoa frequenta um consultório que a análise se dá. 1° encontro: Entrevistas preliminares -> o paciente dirige o seu discurso ao analista. Faz-se um convite a falar. Técnica O analista tem uma atitude neutra (sem julgamentos); Senta-se as costas do paciente (divã) além de símbolo, representa um manejo técnico; Paciente convidado a expressar livremente e sem censura pensamentos, sentimentos, fantasias, símbolos, sonhos, imagens; O terapeuta mantém curiosidade e escuta ativa; Observa fatos e emoções e fantasias relacionadas com a pessoa do terapeuta; Estabelecimento de uma regressão e relacionamento transferencial por parte do paciente; Deslocamento de pensamento e sentimentos para o terapeuta; Estes eram voltados originalmente para pessoas importantes do seu passado repetindo padrões ‘’primitivos’’ de relacionamento; O passado se torna presente na neurose de transferência; Por intermédio de interpretações o paciente passa a ter insights e compreensão; Confrontação e verbalização; Elaboração; A aliança terapêutica é importante para o sucesso da terapia. Transferência Transferência de uma coisa de um lugar para outro; Deslocamento – Pegar algo que está ali (lá) e trazer para cá. Acontecimento, laço; Repetição de situações que se encontram no passado; O paciente não é capaz de trazer a consciência aquilo que está insatisfeito, inacabado. Não reproduz como recordação e sim, como ato; Resistência – Aquela parte da função psíquica que se opõe ativamente ao trabalho terapêutico de trazer a CS material ICS. Contratransferência – Respostas psicológicas ao paciente. Terapia Cognitivo Comportamental 1960 – Aaron Beck; Psicoterapia estruturada, de curta duração (até 20 sessões), voltada para o presente, direcionada para a solução de problemas atuais e modificação de pensamentos e comportamentos disfuncionais (inadequados ou inúteis); O terapeuta procura produzir de várias formas uma mudança cognitiva (mudança de pensamentos) e no sistema de crenças ( para produzir mudança emocional e comportamental); Modelo cognitivo: Situação ou evento -> Pensamentos automáticos = Reação (emocional, comportamental, fisiológica); ‘’ Não é a situação em si, mas como a pessoa interpreta a situação. ’’; Crenças centrais + permanentes – ‘’É como as coisas são’’; Pensamentos intermediários- Regras, pressupostos; Pensamentos automáticos – ‘’Vou errar’’; Distorções cognitivas: Interferência arbitrária – Concluir o contrário do que apontam as evidências. (Ex.: rejeição da mãe); Abstração seletiva (ou filtro mental) – Concluir baseando-se apenas em uma pequena parte dos dados; Magnificação e a minimização – Avaliar distorcidamente a importância relativa dos eventos, de um atributo pessoal ou de uma possibilidade futura; Personalização – Relacionar eventos externos à própria pessoa quando não há base suficiente para tanto; Pensamento dicotômico ou absolutista – Classificar as pessoas ou a si mesmo em categorias rígidas e estanques: bom ou mau, tudo ou nada, preto ou branco; Pensamento catastrófico – Prever o pior desfecho possível, ignorando as alternativas. A terapia cognitiva exige do paciente: Alta motivação para aderir ao tratamento Boa capacidade de tolerar o aumento da ansiedade Boa aliança de trabalho para levar adiante as tarefas estabelecidas Técnica da terapia cognitiva Geralmente é breve – 10 a 20 sessões; É um trabalho colaborativo entre paciente e terapeuta; O terapeuta auxilia o paciente a usar seus próprios recursos para identificar erros lógicos, pensamentos e crenças distorcidas e posterior correção por meio das evidências e da geração de pensamentos alternativos; Num primeiro momento o paciente é reinado para identificar e registrar seus pensamentos automáticos e suas crenças subjacentes; Num segundo momento utilizam-se diversas intervenções destinadas a corrigir estes pensamentos, mediante o exame de evidências feito por técnicas como: - Questionamento socrático; - Descatrastofização; - Exame das vantagens e desvantagens; - Reatribuição ou ressignificação; - Geração de pensamentos alternativos. Tratamento Desenvolvimento da relação terapêutica; Planejamento e estruturação das sessões; Identificação das cognições disfuncionais; Ênfase no positivo; Facilitação da mudança cognitiva e comportamental; Tarefas para casa; Avaliação da sessão por parte do paciente; As sessões são estruturadas; Pequenos resumos da sessão quando um tópico se estende; Estimula o paciente à leitura e à busca de conhecimento sobre o transtorno. Com o que a TCC trabalha? Trabalha com os pensamentos e crenças. Enfrentar seus medos (exercícios de casa) ‘’ O terapeuta cognitivo substitui o divã do psicanalista pelo quadro-negro do professor’’ Teoria Humanista Existencial Abordagem Centrada na Pessoa Carl Rogers O núcleo básico da personalidade humana era tendente à saúde, ao bem-estar. A partir dessa concepção primária, o processo psicoterapêutico consiste em um trabalho de cooperação entre psicólogo e cliente, cujo objetivo é a liberação desse núcleo da personalidade, obtendo-se com isso a descoberta ou redescoberta da auto-estima, da auto-confiança e do amadurecimento emocional. Há três condições básicas e simultâneas defendidas por Rogers que vão permitir a descoberta desse núcleo essencialmente positivo existente em cada um de nós. São elas: A Consideração Positiva Incondicional - É receber e aceitar a pessoa como ela é e expressar um afeto positivo por ela, simplesmente por ela existir, não sendo necessário que ela faça ou seja isto ou aquilo; A Empatia - Consiste na capacidade de se colocar no lugar do cliente, ver o mundo pelos olhos deles e sentir como ele sente, comunicando tal situação para ele, que receberá esta manifestação como uma profunda e reconfortante experiência de estar sendo compreendido, não julgado A Congruência - É a condição que permitirá ao profissional, embora nutra um afeto positivo e incondicional por seu cliente e tenha a capacidade de “estar no lugar” dele, ter a habilidade de expressar de modo objetivo seus sentimentos e percepções, de modo a permitir ao cliente as experiências de reflexão e conclusão sobre si mesmo. Na abordagem rogeriana, a aplicação do seu método, passa por um processo de amadurecimento do próprio psicoterapeuta, já que ele não pode simplesmenteapropriar- se da “técnica”, antes que lhe seja próprio e natural agir conforme as condições desenhadas por Rogers. A expressão de uma afetividade incondicional só ocorre devidamente se brotar com sinceridade do psicólogo. O ser e a existência do todo passa a ser a questão central. A grande contribuição desta nova escola pode ser vista na ênfase da experiência consciente, na crença na integralidade entre natureza e a conduta do ser humano, no livre-arbítrio, espontaneidade e poder de criação do indivíduo e no estudo de tudo que tenha relevância para a condição humana. Da Meta Conscientizar o cliente sobre: o que ele está fazendo, como ele está fazendo, como ele pode se modificar e se auto-valorizar; Focaliza o processo (o que está acontecendo) e não o conteúdo (o que está sendo dito, o porquê). Relacionamentos crescem através do contato; O contato é a experiência de fronteira entre o “eu” e o “não-eu”. Auxilia o sujeito a desenvolver seu próprio suporte; Suporte é qualquer coisa que ajuda a pessoa a ter contato ou se isolar, quando do gerenciamento das fronteiras; O diálogo centra-se em experienciar a pessoa como ela se apresenta, buscando o “verdadeiro self”, pelo acolhimento, aceitação e responsabilidade. A Clínica na Abordagem Humanista Existencial A ênfase é dada na profundidade da existência e não no passado; Ao invés da transferência valoriza-se a qualidade da relação terapêutica.
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