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Resumo aulas teóricas - Biossegurança

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RESUMO DAS AULAS TEÓRICAS DE BIOSSEGURANÇA
FARMÁCIA UFSC – 2016.2
AULA 1 – INTRODUÇÃO À BIOSSEGURANÇA
BIOSSEGURANÇA NO BRASIL
Primeira Lei de Biossegurança no Brasil (Lei 8.974/1995): estabelecia as regras para o trabalho com DNA recombinante no País, incluindo pesquisa, produção e comercialização de OGM, de modo a proteger a saúde do homem, de animais e do meio ambiente. Instituía ainda a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) ligada ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT).
Lei de Biossegurança (Lei 11.105/2005): A nova lei revogava a anterior e revia as normas de segurança e os mecanismos de fiscalização de atividades que envolvam OGM e seus derivados, reestruturava a CTNBio e criava o Conselho Nacional de Biossegurança (CNBS), que teria por função elaborar a Política Nacional de Biossegurança (PNB).
Existem diferentes definições do termo Biossegurança, as quais tentam incluir aspectos de segurança do trabalhador, pesquisador, estudante e professor, da coletividade e do meio ambiente em relação aos riscos à saúde. Segundoo Centers for Disease Control and Prevention (CDC), órgão do governo norte-americano dedicado à prevenção e ao controle de doenças e ameaças biológicas, define biossegurança como “a aplicação de práticas e procedimentos combinados em laboratório utilizando equipamentos de segurança quando se trabalha ou manipula microrganismos potencialmente patogênicos”. 
No Brasil, a CTNBio apresenta um conceito de biossegurança mais amplo, definindo-a como ciência voltada para o controle e minimização de riscos advindos da prática de diferentes tecnologias em laboratório ou aplicadas ao meio ambiente, assegurando o avanço dos processos tecnoló- gicos e protegendo a saúde humana, animal e o meio ambiente.
Apesar da definição ampla, as ações da CTNBio restringem-se àquelas previstas em lei, ou seja, àquelas envolvendo OGM e seus derivados e células-tronco, não tratando de outros assuntos afetos à biossegurança no seu amplo sentido. Assim, temos o que denominamos Biossegurança legal, que se refere aos aspectos abordados na Lei 11.105/2005, e a “Biossegurança praticada”, que aborda outros aspectos não incluídos na lei.
A Biossegurança praticada, ainda que apresente alguns pontos regulamentados de forma independente, não está prevista em lei ou baseada em legislação única, dependendo ainda, em grande parte, do conhecimento e bom senso dos trabalhadores.
Assim, biossegurança é um conjunto de leis, normas, conceitos, princípios, práticas e ações individuais e coletivas que visam prevenir ou, quando possível, eliminar a exposição de um trabalhador, de seu ambiente de trabalho e/ou do meio ambiente a agentes possivelmente patogênicos ou causadores de impacto negativo.
PERIGOxRISCOxACIDENTE
O perigo é uma possibilidade de causar danos, o risco é a probabilidade de concretizar esse perigo e acidente é a concretização do risco. 
NÍVEIS DE RISCO NO LABORATÓRIO 
GRUPO 1 - FÍSICOS – COR VERDE: Ruído, radiação, calor, vibração, frio, umidade, outros
GRUPO 2 – RISCOS QUÍMICOS – COR VERMELHA: Poeira, fumos, névoas, vapores, gases, neblina, produtos químicos em geral 
GRUPO 3 – RISCOS BIOLÓGICOS – COR MARROM: Vírus, bactérias, protozoários, fungos, parasitas, insetos.
GRUPO 4 – RISCOS ERGONÔMICOS – COR AMARELA: Postura, esforço físico intenso, controle rígido de produtividade, treinamento inadequado/inexistente, alta responsabilidade, trabalho em turnos noturnos, jornadas de trabalho prolongadas, monotonia e repetitividade, situações de estresse, outros. 
Altura dos balcões, cadeiras, prateleiras, gaveteiros, capelas, circulação e obstrução de áreas de trabalho. Trabalhos de movimentos repetitivos: teclados para digitação e pipetas automáticas. Computadores: altura dos teclados do equipamento e da posição de monitores e vídeos para evitar distensões de músculos e lesões em tendões
GRUPO 5 – RISCO DE ACIDENTES – COR AZUL: Máquinas e equipamentos sem proteção, eletrecidade, equipamentos defeituosos, perigo de incêndio ou explosão, armazenamento inadequado, escorpiões, aranhas, etc., ausência de sinalização, deficiência de iluminação.
RISCOS BIOLÓGICOS: 
Os agentes biológicos devem ter avaliação de risco, sendo avaliados em 4 categorias. A partir da avaliação das categorias, deve ser selecionada uma medida/barreira de contenção antes da manipulação.
Agentes biológicos: 
bactérias, fungos, vírus, prions (agentes proteicos que não possuem ácidos nucleicos (DNA e/ou RNA) que causam doenças neurodegenerativas por ex. doença da vaca louca)
Fatores de avaliação de risco:
Virulência do agente biológico
Dose infectante
O dano causado decorrente da exposição ao agente
O modo de transmissão e as vias de infecção resultantes de manipulações laboratoriais (via parenteral, aérea e oral)
A estabilidade do agente no ambiente
Disponibilidade de profilaxia e tratamento eficazes
Concentraçao do agente e volume de material a ser manipulado
Características do trabalhador: idade, sexo, fatores genéticos, suscetibilidade individual, estado imunológico, exposição prévia, gravidez, uso de EPI, experiência e qualificação profissional para o desenvolvimento das atividades 
A atividade laboratorial na manipulação do agente (geração de ultrassons, aerossóis, centrifugação) Ex.: O HIV é classificado como classe de risco 2 na sorologia e risco 3 na cultura do retrovírus devido a maior exposição durante a manipulação.
Vias de Contaminação
Via aérea - tuberculose, varicela (catapora), rubéola, sarampo, influenza, viroses respiratórias
Exposição a sangue e fluidos orgânicos: HIV, hepatites B e C
Transmissão fecal-oral : hepatite A, gastroenterite, cólera
Contato com o paciente: escabiose, pediculose, colonização por stafilococos
Classificação de Riscos dos Agentes Biológicos
Classe 1: agentes com baixa probabilidade de causar doenças no indivíduo e na coletividade 
Classe 2: Risco moderado para o indivíduo e baixa probabilidade de disseminação. Existem vias de tratamento e profilaxia. 
Classe 3: Risco individual elevado e para a coletividade, podendo causar doenças graves e nem sempre existem meios de tratamento e profilaxia eficazes. 
Classe 4: Risco individual elevado e com probabilidade elevada de disseminação para a coletividade. Grande poder de transmissão de um indivíduo para outro. NÃO existem meios de tratamento ou profilaxia.
NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇA EM LABORATÓRIOS
Existem quatro níveis de biossegurança (NB) de laboratórios, que são determinados pelo tipo de organismo que está sendo mantido no local. A classificação dos laboratórios, em geral, coincide com a classificação de risco dos agentes biológicos. Para cada laboratório é necessário observar aspectos de construção, tipos de equipamentos de proteção, práticas adotadas, etc.
• Laboratórios NB-1: São os laboratórios onde se trabalha com organismos que não causam enfermidade para o homem ou animais e que nunca causaram impactos ao meio ambiente. Ex: a maioria dos laboratórios didáticos.
Laboratórios NB-2: Laboratórios onde se trabalha com organismos que causam enfermidades no homem ou em animais. Podem constituir um risco para o pessoal que trabalha no laboratório, mas geralmente têm baixo impacto ambiental. Ex: laboratórios de pesquisa ou de análises clínicas;
Laboratórios NB-3: Laboratórios onde se trabalha com organismos que podem provocar graves enfermidades no homem. Constituem sério risco para os trabalhadores do laboratório e apresentam algum risco, embora baixo, de propagação para a comunidade. Ex: laboratórios de serviços de saúde que trabalham com tuberculose;
Laboratórios NB-4: Laboratórios onde se trabalha com organismos que causam graves enfermidades, muitas vezes mortais para o homem ou animais, e com alto potencial de propagação para a comunidade. Ex: laboratórios que trabalham com viroses mortais como Ebola.
RISCOS QUÍMICOS:
Conheça os produtos químicos com os quais você trabalha. 
Leia com atenção os rótulos dos frascos de reagentes e a Ficha de Informações de Segurança de ProdutoQuímico (FISPQ).
Nunca cheire nem prove qualquer substância. • Utilize os EPIs indicados. 
Mantenha o seu rosto afastado do frasco do reagente.
Reagentes químicos perigosos devem ser manipulados dentro de capela de segurança química.
FISPQ
 Deve constar informações quanto à segurança, à saúde e ao meio ambiente, como no mínimo: 
• as características do produto: usos, propriedades físicas e químicas, formas de estocagem; 
• os riscos toxicológicos, de incêndio e/ou explosão;
 • as medidas de proteção: coletiva, individual; • as informações para o descarte seguro
Armazenamento de produtos químicos:
Não estoque os reagentes químicos em setores onde são realizadas as análises. Nessas áreas devem ser guardadas apenas pequenas quantidades: um ou dois litros para reagentes líquidos, um quilo para sais não perigosos e somente alguns gramas para sais reativos ou tóxicos. Quantidades maiores devem ser estocadas em setores de armazenamento adequados Ex.: Até 2 L para reagentes líquidos e até 1 Kg para sais
A capela química não é local de armazenamento de reagentes, nem os espaços sob pias e bancadas. Os reagentes devem ser guardados em armários adequados, com prateleiras ajustáveis para se obter o vão necessário, revestidas com material resistente aos produtos químicos armazenados;
Os reagentes inflamáveis não devem ser guardados em geladeiras comuns, uma vez que a possível concentração de vapores do reagente e a presença de circuitos elétricos dentro da geladeira podem provocar uma explosão. Existem geladeiras especialmente fabricadas para o armazenamento desses reagentes;
Os frascos de reagente devem ser dispostos de modo a facilitar o acesso àqueles usados com maior frequência, sendo que os mais pesados são guardados nas prateleiras mais baixas, assim como as substâncias líquidas;
Planeje a aquisição, evitando comprar quantidades desnecessárias. Reagente vencido é resíduo.
Leve em conta as incompatibilidades quando dispuser os reagentes em armários.
AULA 2 – BARREIRAS DE CONTENÇÃO
As barreiras são estruturas físicas que separam o risco de um ambiente específico proporcionando qualquer forma de proteção. Podem ser:
Primárias: EPI e EPC (óculos de proteção, jaleco, câmara de exaustão)
Secundárias: instalações físicas (iluminação, espaço para circulação, precauções contra incêndios, etc)
EPI
Destinada à proteção individual do trabalhador contra agentes potencialmente perigosos, podendo ser qualquer dispositivo destinado a proteger a saúde e a integridade do trabalhador, conforme definido pela Norma Regulamentadora Do Ministério Do Trabalho E Emprego NR6 e Equipamento de Proteção Individual – EPI. Cada profissional é responsável pelo cuidado do seu. 
Segundo a lei 6514 de 22/12/97, toda empresa é obrigada a fornecer equipamentos de proteção individual gratuitamente e em perfeito estado de conservação de acordo com o risco inerente no trabalho.
EPIs recomendados para utilização em locais que trabalham com risco biológico
Jaleco Ou Avental 
O jaleco ou avental é uma vestimenta de proteção que deve ser sempre usada dentro da área técnica. Tem a função de proteger a pele e as roupas do profissional nas diversas atividades laboratoriais (coleta de amostras, manuseio de material biológico ou químico), e no contato com as superfícies, objetos e equipamentos do laboratório que podem estar contaminados.
Cuidados:
O jaleco deve ser lavado com material contaminado deve ser feito pelo menos uma vez por semana, mesmo que o jaleco esteja com aparência de limpeza.
A empresa tem a obrigação de providenciar um local para a higienização das vestimentas utilizadas no local de trabalho, portanto, o jaleco não deve ser lavado em casa.
Não utilizar o jaleco em locais públicos a não ser durante o transporte de material contaminado, químico ou estéril. 
Tipos de jaleco: Normal (poliester/algodão), descartável e impermeável.
Luvas: 
São utilizadas nos trabalhos que envolvem contato com amostras biológicas, com membranas mucosas e lesões, no atendimento aos usuários e para procedimentos de diagnóstico que não requeiram o uso de luvas estéreis. Normalmente são usadas as luvas de látex (borracha natural). Também existem luvas de material sintético (vinil) que, além de mais resistentes aos perfurocortantes, são indicadas para pessoas alérgicas ao látex. Essas luvas devem ser descartadas após os procedimentos.
Indicações de uso:
Luvas estéreis: Qualquer procedimento cirúrgico, procedimentos radiológicos invasivos, odontológicos, preparos para alimentação parenteral, etc. 
Luvas de procedimento: Potencial para tocar em fluidos corporais como sangue, secreções, excreções, e outros
Exposição direta ao paciente: contato com sangue, mucosas, situações de emergência
Exposição indireta ao paciente: limpeza de instrumentos, banheiras
Quando NÃO utilizar as luvas:
Exposição direta ao paciente: verificação de pressão arterial, temperatura, pulso, transporte, administração de medicamentos, etc
Exposição indireta ao paciente: usar o telefone, administrar medicação VO, remover ou colocar o paciente no leito
Cuidados ao calçar as luvas
Higienizar bem as mãos
Verificar a presença de furos
Calçá-las devagar, ajustando bem aos dedos, evitando rasgos.
As mangas do jaleco devem ficar presas sob as luvas. 
Cuidados ao retirar as luvas
Quando as duas mãos estiverem com luvas, pegar na parte externa da luva e puxar em direção aos dedos para retirar. Fechar a mão da luva retirada.
Com a mão sem luva, pegar na região interna da luva e puxar em direção aos dedos para retirar.
Parâmetros de eficiência das luvas
Bloqueio: Capacidade de impedir o contato
Permeação: Velocidade com que um produto permeia através da mesma
Tempo de resistência: Tempo decorrido entre o contato inicial com o lado externo da luva e a detecção do produto da parte interna da luva. 
Degradação: Mudanças em quaisquer propriedades físicas da luva. 
Nenhuma luva protege de todos os materiais. As luvas de látex são indicadas para proteção biológica. Para produtos químicos, utilizar luvas nitrílicas descartáveis, que são luvas com grande resistência à abrasão e perfuração.
Luvas para manuseio de produtos químicos: A escolha das luvas de proteção para o manuseio de produtos químicos deve levar em conta o reagente que será utilizado (compatibilidade).
Luvas resistentes a temperaturas altas e baixas: São usadas na manipulação de materiais submetidos a aquecimento ou congelamento. Podem ser reutilizadas. Ex.: Luvas de fio de kevlar tricotado: Protegem em trabalhos a temperaturas até 250ºC e Luvas térmicas de nylon: Usadas para trabalhos a temperaturas até -35ºC.
Óculos de proteção:
Os óculos de segurança e os escudos faciais, feitos de material rígido e leve, devem cobrir completamente a área dos olhos. Função: São usados para proteger os olhos e o rosto em todas as atividades que possam produzir salpicos, respingos e aerossóis, assim como possível projeção de estilhaços pela quebra de materiais contaminados com substâncias químicas ou material biológico. Quando há exposição a radiações perigosas (por exemplo, luz ultravioleta) devem ser utilizados óculos ou escudos faciais de proteção especial.
Cuidados com os óculos
 Higienize os óculos e os escudos faciais com água e sabão. Quando usados na manipulação de agentes biológicos, higienize-os com solução desinfetante – hipoclorito a 0,1% (o álcool prejudica o material com que são fabricados os óculos) e guardados.
Máscaras e Respiradores
As máscaras cirúrgicas são projetadas para ajudar a prevenir a contaminação do ambiente de trabalho ou da amostra com as partículas grandes geradas pelo técnico ou usuário (por exemplo: saliva, muco), e também para prevenir que estas partículas de saliva ou muco atinjam um usuário ou um instrumento/equipamento.
Os respiradores são dispositivos com sistemas de filtro para serem usados em áreas de alta contaminação com aerossóis de material biológico e na manipulação de substâncias químicas com alto teor de evaporação, dando proteçãoao aparelho respiratório. São projetados para vedar contra a face.
As máscaras do tipo cirúrgico não apresentam propriedades de filtração ou vedação facial adequadas para fornecer proteção respiratória;
Selecione e use máscaras e respiradores com base no risco a que você está exposto; 
Descarte os respiradores logo após o uso na manipulação de agentes biológicos.
Como colocar o respirador:
a) Segurar o respirador com a pinça nasal próxima à ponta dos dedos deixando as alças pendentes; b) Encaixar o respirador sob o queixo; c) Posicionar um tirante na nuca e o outro sobre a cabeça; d) Ajustar a pinça nasal no nariz; e) Verificar a vedação pelo teste de pressão positiva
Verificação de vedação pelo teste de pressão positiva: cobrir a PFF com as mãos em concha sem forçar a máscara sobre o rosto e soprar suavemente. Ficar atento a vazamentos eventuais. Se houver vazamentos o respirador está mal colocado ou o tamanho é inadequado. A vedação é considerada satisfatória quando o usuário sentir ligeira pressão dentro da PFF e não conseguir detectar nenhuma fuga de ar na zona de vedação com o rosto.
Máscara Semifacial: é recomendada quando a concentração de vapores não ultrapassa 10 vezes o limite de exposição, devendo ser acompanhadas de óculos de proteção. 
 Máscaras De Proteção Total (com sistema de ar)
 São utilizadas em ambiente em que a concentração pode chegar até 50 vezes o limite de exposição.
Gorro ou touca descartável
Função: Tem a função de proteger os cabelos de aerossóis e salpicos; a amostra ou o ensaio de contaminações quando da queda de fios cabelo sobre a superfície de trabalho.
Propé ou Sapatilha
Recomendado para a proteção dos calçados/ pés, em áreas contaminadas ou para trabalhar em áreas estéreis. É recomendado que seja feita a demarcação da área de utilização, com o sinal fixado no chão, indicando a necessidade de se calçar o propé antes de prosseguir naquele ambiente. Uma lixeira com tampa deve estar disponível na saída do ambiente para o descarte da sapatilha usada.
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA – EPCS
São equipamentos de contenção que possibilitam a proteção do trabalhador e do meio ambiente em determinada área. Devem estar em locais sinalizados e de fácil acesso. Todos os trabalhadores devem ser treinados para a utilização dos EPCs.
Auxiliar de pipetagem: São dispositivos para auxiliar a sucção em pipetas. Podem ser simples como peras de borracha, equipamentos elétricos ou eletrônicos.
 Alça descartável Evitam a formação de aerossóis. São feitas de plástico estéril. A vantagem dessas alças é a de dispensar a flambagem. São ideais para serem utilizadas em cabines de segurança biológica. Após o uso, são descartadas como resíduo infectante. É necessário descontaminá-las antes do descarte final quando usadas em culturas
Chuveiro De Emergência Com Lava Olhos
É um chuveiro para banhos em caso de acidentes com produtos químicos ou material biológico sobre o profissional. Este chuveiro é acionado por alavancas de mãos, cotovelos ou joelhos e deve ser colocado em local de fácil acesso, próximo às áreas laboratoriais.
Dispensador Automático 
São utilizados acoplados a frascos que contêm substâncias químicas, fazendo a sucção e dispensando os reagentes líquidos. Oferecem segurança ao operador porque evitam o risco de ocorrer derramamentos.)
Lava-Olhos
 É utilizado para lavar os olhos quando ocorrer respingos ou salpicos acidentais de materiais biológicos ou químicos na mucosa ocular. Alguns modelos vêm acoplados ao chuveiro de emergência. A equipe do laboratório deve ser treinada para o uso deste equipamento, uma vez que jatos fortes de água podem prejudicar ainda mais o olho atingido. Pode-se utilizar também o frasco lava-olhos. A água contida no frasco deve ser trocada pelo menos uma vez por semana, e o registro da troca anotado.
Anteparo Para Microscópio De Fluorescência 
Dispositivo para proteção contra a radiação da luz ultravioleta, que pode causar danos aos olhos, inclusive cegueira. Este dispositivo é usado acoplado ao microscópio)
Extintores de incêndio
 Os extintores são utilizados para acidentes envolvendo fogo. Podem ser de vários tipos, dependendo do material envolvido no incêndio.
Capela de segurança química 
É uma cabine de exaustão que protege o profissional da inalação de vapores e gases liberados por reagentes químicos e evita a contaminação do ambiente laboratorial.
Capela de Fluxo Laminar
 são equipamentos construídos o material que está sendo manipulado. Nestes equipamentos, a velocidade média do ar fixa e pré-determinada, deve ser de 0,45 m/s com tolerância de +/- 10%. Estes equipamentos podem ser de Fluxo Horizontal ou Vertical, porém não há recirculação do ar. Todo ar que entra, passando por um Pré-Filtro, passa por um Filtro Absoluto e pelo produto e sai do equipamento.
Cabines de Segurança Biológica
CSB São equipamentos com sistemas de filtração de ar que protegem o profissional, o material que está sendo manipulado e o ambiente laboratorial dos aerossóis potencialmente infectantes que podem se espalhar durante a manipulação de materiais biológicos. As CSBs têm filtros de alta eficiência. O mais utilizado atualmente é o filtro HEPA (High Efficiency Particulate Air) que apresenta uma eficiência de filtração de 99,93% para partículas de 0,3µm de diâmetro, chamadas de MPPS (Maximum Penetration Particulate Size).
CSB – Classe I É o tipo mais simples de cabine. É pouco utilizada atualmente por não proteger dos riscos presentes nos laboratórios clínicos.
CSB – Classe II São os modelos mais utilizados nas atividades que apresentam risco biológico. Têm um filtro HEPA de exaustão e um filtro HEPA de insuflamento, garantindo a proteção do produto ou amostra, do operador/ profissional de laboratório e do ambiente.
 CSB – Classe III São hermeticamente fechadas e necessitam de um ambiente controlado para serem operadas. São usadas em laboratórios de contenção, onde se manipulam agentes de classes de risco 3 ou 4.
Como utilizar a cabine de segurança
Fechar as portas do laboratório.
Evitar circulação de pessoas no laboratório durante o uso da cabine. Ligar a cabine e a luz UV 10 a 15 minutos antes de seu uso. 
Descontaminar a superfície interior com gaze estéril embebida em álcool etílico ou isopropílico a 70%. 
Lavar as mãos e antebraços com água e sabão e secar com papel toalha descartável. 
Passar álcool etílico ou isopropílico a 70% nas mãos e antebraços. Usar os equipamentos de proteção individual adequados, tais como: jaleco de manga longa, luvas, máscara e gorro (estes dois , quando necessário). 
Colocar os equipamentos, meios, vidraria, etc., no plano de atividade da área de trabalho. 
Limpar todos os objetos antes de introduzi-los na cabine. 
Organizar os materiais de modo que os itens limpos e contaminados não se misturem. Como
Minimizar os movimentos dentro da cabine. 
Colocar os recipientes para descarte de material no fundo da área de trabalho. 
Usar incinerador elétrico ou microqueimador automático (o uso de chama do bico de Bunsen pode acarretar danos ao filtro HEPA e interromper o fluxo laminar de ar, causando turbulência). 
Conduzir as manipulações no centro da área de trabalho. - Interromper as atividades dentro da cabine enquanto centrífugas, misturadores ou outros equipamentos estiverem sendo operados . 
Limpar a cabine, ao término do trabalho, com gaze estéril embebida em álcool etílico ou isopropílico à 70%. 
Deixar a cabine ligada 10 a 15 minutos, antes de desligá-la.
 
 AULA 3 – LIMPEZA, DESINFECÇÃO E ESTERILIZAÇÃO
A descontaminação é o uso de processos que eliminam totalmente ou parcialmente os microorganismos. O mesmo termo é válido para remoção ou neutralização de produtos químicos perigosos e materiais radioativos. O objetivo da descontaminação é tornar qualquer material seguro para o descarte ou para a reutilização.
Os processos utilizados para a descontaminação são: limpeza, desinfecção e esterelização.
Limpeza
 Consiste na remoção da sujidade da superfície de artigos eequipamentos, através da ação mecânica utilizando água e detergente, com posterior enxágue e secagem. A grande carga microbiana está concentrada na matéria orgânica, que consequentemente, será removida de uma superfície durante a remoção da sujidade. Ao realizarmos a limpeza de artigos estamos expostos à fluidos contaminados e produtos químicos, sendo imprescindível a utilização de equipamentos de proteção como óculos, máscara cirúrgica, avental plástico, braçadeiras plásticas e luvas de borracha. Não se utiliza varrer ou espanar as superfícies para não dispersar partículas de poeira que podem se depositar nos artigos hospitalares, serem inaladas pela equipe e usuários, ou ainda, contaminar ferimentos expostos (é utilizado rodos e panos úmidos).
Limpeza concorrente: É a limpeza realizada diariamente e logo após a exposição à sujidade. Inclui o recolhimento do lixo, limpeza do piso e superfícies do mobiliado 1x por turno, além da limpeza imediata do local quando ocorre exposição a microorganismos.
Limpeza terminal: Realizada semanal, quinzenal,ou mensalmente conforme a utilização e possibilidade de contato e contaminação de cada superfície. Inclui a escovação do piso, limpeza do teto, paredes, luminárias, janelas e divisórias. 
Em áreas críticas onde ocorrem procedimentos invasivos, pacientes graves ou em isolamento, a limpeza terminal deve ser semanal e a concorrente 2x por turno. Em áreas semicríticas como consultórios, enfermarias e sala de espera, a limpeza terminal é realizada quinzenalmente e a concorrente 1x por turno. Em locais não críticos como áreas sem paciente, almoxarifado sala de lanche e secretaria, a limpeza terminal é realizada mensalmente e a concorrente 2x ao dia. 
Esterilização
É o processo utilizado para completa destruição de microrganismos, incluindo todas as suas formas, inclusive as esporuladas, com a finalidade de prevenir infecções e contaminações decorrentes da utilização de artigos críticos. Possui significado absoluto, não existe “parcialmente estéril”.
Desinfecção
É um processo que destrói microrganismos, patogênicos ou não, dos artigos, com exceção de esporos por meios físicos ou químicos. 
Níveis de desinfecção:
Desinfecção de alto nível: destrói todas as formas vegetativas de microganismos, inclusive Mycobacterium tuberculosis, vírus lipídicos e não lipídicos, fungos e uma parte dos esporos. Como exemplo: glutaraldeído 2%, peróxido de hidrogênio 3-6%, formaldeído 1-8%, ácido peracético e composto clorado a 10.000 ppm.
 Desinfecção de médio nível: inativa o bacilo da tuberculose, bactérias na forma vegetativa , a maioria dos vírus e fungos, exceto esporos bacterianos. Exemplo: compostos clorados de 500 a 5000 ppm, álcool 70%. 
Desinfecção de baixo nível: elimina a maioria das bactérias, alguns vírus como o HIV, o da hepatite B e hepatite C, fungos. Não destrói microrganismos resistentes como bacilo da tuberculose e esporos bacterianos. Como exemplo: compostos fenólicos 0,5-3%, compostos de iodo, quaternário de amônia.
Classificação dos artigos segundo o risco de contaminação:
 Artigos críticos: esterilização (instrumentos expostos a áreas estéreis do corpo).	
Artigos semicríticos: desinfecção de alto nível (instrumentos que tocam mucosas).	
Artigos não críticos: desinfecção de nível médio/baixo ou apenas limpeza (instrumento exposto à pele intacta).
Métodos de esterelização e desinfecção
Método de ação: A partir da lesão de ácidos nucleicos, desnaturação de proteínas, inibição do metabolismo e ruptura da membrana celular.
Métodos físicos
 Filtros
Para meios de cultura, enzimas, vacinas; Filtros EPA: Filtros de ar. (Ex.: utilizado para filtrar o ar contaminado nas cabines biológicas)
Radiação Ionizante: 
Raios gama, catódicos e X - Fármacos, soros e material médico
Radiação não ionizante
 Radiação UV e microondas – Ar em ambientes fechados
Calor úmido
Promove a desnaturação de proteínas e quebra de pontes de hidrogênio. 
Fervura – 100ºC por 10 min. (Não desativa endoesporos e alguns vírus)
Autoclavação – 121ºC por 15 min – utilizado para materiais cirúrgicos e soluções termo-estáveis. A autoclavação é o método ideal, pois é rápido, eficaz contra todos os microorganismos, não é tóxico, é de fácil penetração, estável e aplicável a vários materiais e tecido humano, sem odor e cor e é um procedimento de baixo custo. proce procedimento de baixo custo.
Calor seco
Esterelização por ar quente – 170º por 2 h – Para materiais de vidro, agulhas 
Incineração – Descontaminação em grande escala
Chama (Ex.: utilização do bico de bunsen para esterelizar a alça descartável)
Estufas: A esterilização é gerada através do aquecimento e irradiação do calor, que é menos penetrante e uniforme que o calor úmido. Desta forma requer um tempo de exposição mais prolongado e maiores temperaturas, sendo inadequado para tecidos, plásticos, borrachas e papel. Este processo é mais indicado para vidros, metais, pós (talco), ceras e líquidos não aquosos ( vaselina, parafina e bases de pomadas).
Outros métodos de descontaminação
Antissepsia:
 É o conjunto de medidas propostas para inibir o crescimento de microrganismos ou removê-los de tecidos 
 Assepsia:
 É o conjunto de medidas que utilizamos para impedir a penetração de microrganismos num ambiente que logicamente não os tem, logo um ambiente asséptico é aquele que está livre de infecção
AULA 4 - GESTÃO DE RESÍDUOS NO LABORATÓRIO
RESÍDUOS 
 Conjunto dos produtos não aproveitados das atividades humanas (domésticas, comerciais, industriais, de serviços de saúde) e enviados para os locais de destinação ou tratamento. (Podem ser reaproveitados)
 LIXO 
Restos das atividades humanas, considerados pelos geradores como inúteis, indesejáveis ou descartáveis ou aqueles gerados pela natureza, como folhas, galhos, terra, areia, que são retirados das ruas e logradouros pela operação de varrição (Não serão reaproveitados)
Os resíduos podem trazer riscos biológicos, físicos e químicos para o meio ambiente e para o indivíduo, por isso, é necessário saber gerenciá-los. 
Plano de gerenciamento de resíduos de serviços da saúde (PGRSS): documento que descreve as ações relativas ao manipulo dos resíduos sólidos, observadas suas características, no âmbito dos estabelecimentos, contemplando os aspectos referente a geração, coleta, armazenamento, transporte, tratamento bem como a proteção à saúde pública; se aplica à: hospitais e clínicas, laboratório de análises clínicas e anatomia patológica, serviços de tatuagem, acupuntura, farmácias, serviços veterinários, etc.
De acordo com este:
1.2 – ACONDICIONAMENTO, segregação e identificação A capacidade dos recipientes deve ser compatível com a geração diária de cada tipo de resíduo.
 1.2.1 - É proibido o esvaziamento ou reaproveitamento de saco de lixo.
 1.2.3 - Os recipientes de acondicionamento existentes nas salas de cirurgia e nas salas de parto não necessitam de tampa para vedação. 
1.4 - TRANSPORTE INTERNO 1.4.1 - deve ser realizado atendendo roteiro previamente definido e em horários não coincidentes com a distribuição de roupas, alimentos e medicamentos, períodos de visita ou de maior fluxo de pessoas ou de atividades. Deve ser feito separadamente de acordo com o grupo de resíduos e em recipientes específicos a cada grupo de resíduos.
1.5 - ARMAZENAMENTO TEMPORÁRIO Não poderá ser feito armazenamento temporário com disposição direta dos sacos sobre o piso, sendo obrigatória a conservação dos sacos em recipientes de acondicionamento.
 1.5.3 - A sala para o armazenamento temporário pode ser compartilhada com a sala de utilidades com área de no mínimo 2 m2 , para armazenar, dois recipientes coletores .
 1.5.4 - No armazenamento temporário não é permitida a retirada dos sacos de resíduos de dentro dos recipientes ali estacionados. 
1.6 TRATAMENTO Técnica que reduz ou elimina os riscos dos resíduos. Pode ser no próprio estabelecimento gerador ou em outro estabelecimento. Os sistemas para tratamento de RSS devem ter licenciamento ambiental.
 1.6.1- Autoclavação está dispensada de licenciamento ambiental, ficando sob responsabilidade dos serviços a garantia da eficácia dos equipamentos mediante controles químicos e biológicos periódicos devidamente registrados. 
1.7 - ARMAZENAMENTO EXTERNO Consiste na guarda dos recipientes de resíduos até a realização da etapa de coleta externa, em ambiente exclusivo com acesso facilitado para os veículos coletores. 
1.7.1 - No armazenamento externo não é permitida a manutenção dos sacos de resíduos fora dos recipientes ali estacionados
2. COMPETE AOS SERVIÇOS GERADORES DE RSS:
 2.2. A designação de profissional, com registro ativo em Conselho de Classe, para exercer a função de Responsável pela elaboração e implantação do PGRSS.
 2.4 - Prover a capacitação e o treinamento inicial e de forma continuada para o pessoal abrangendo todos os setores geradores de RSS, os setores de higienização e limpeza, a CCIH, CIPA... 
2.6 - Requerer às empresas prestadoras de serviços terceirizados ou aos órgãos públicos a apresentação de licença ambiental para o tratamento ou disposição final dos resíduos de serviços de saúde, e documento de cadastro emitido pelo órgão responsável de limpeza urbana para a coleta e o transporte dos resíduos. 
4.1.3. Tomar medidas preventivas e corretivas de controle integrado de insetos e roedores.
Classificação dos resíduos: 	
- Grupo A: potencialmente infectantes.	
- Grupo B: resíduos químicos.	
- Grupo C: rejeitos radioativos.	
- Grupo D: resíduos comuns.
- Grupo E: perfurocortantes. 
 
Resíduos grupo A:	
A1: cultura e estoques de microrganismos; bolsas transfusionais, sobras de amostras de laboratório contendo sangue, etc.	
A2: resíduos provenientes de animais de experimentação contaminados com microrganismos, etc.	
A3:	 peças anatômicas, etc.	
A4: sobras de amostras de laboratório e seus recipientes contendo fezes, urina, filtros de ar aspirados de ambiente contaminado, etc.	
A5: órgãos e líquidos corpóreos suspeito de contaminação por príons, etc.
Descarte:
5.1. - Estes resíduos não podem deixar a unidade geradora sem tratamento prévio. Devem ser submetidos a tratamento utilizando-se processo físico para a obtenção de redução ou eliminação da carga microbiana e que desestruture as suas características físicas, de modo a se tornarem irreconhecíveis.
 5.1.3.1 - Se não houver descaracterização física das estruturas, devem ser acondicionados em saco branco leitoso, que devem ser substituídos quando atingirem 2/3 de sua capacidade ou pelo menos 1 vez a cada 24 horas e identificados.
 5.1.3.2 - Havendo descaracterização física das estruturas, podem ser acondicionados como resíduos do Grupo D.
 5.4.6 - As sobras de amostras de laboratório contendo sangue ou líquidos corpóreos, podem ser descartadas diretamente no sistema de coleta de esgotos, desde que atendam respectivamente as diretrizes estabelecidas pelos órgãos ambientais, gestores de recursos hídricos e de saneamento competentes.
Resíduos grupo B: 	resíduos de reagentes para laboratório, inclusive os recipientes contaminados por estes, etc.; quando misturados, devem ser avaliados pelo maior risco ou conforme as instruções contidas na FISPQ; as soluções que forem descartadas na pia devem sempre serem acompanhadas de MUITA água.
Resíduos grupo C: 	provenientes de laboratórios, serviços de medicina nuclear e radioterapia; materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionuclídeos;
Segregação: o tipo de material (sólido ou líquido); a meia-vida física dos radionuclídeos (tempo necessário para atividade de um elemento radioativo ser reduzida à metade da atividade inicial).	
Acondicionamento: seringas, agulha, escalpes – caixas de perfurocortantes; luvas, algodão, copos – sacos plásticos; fator diferencial: revestimento de chumbo.	
Identificação: etiqueta – após lacrar a caixa/sacos plásticos, fazer identificação em duplicata (uma vai pro livro de registro e outra no material).	
Armazenamento: contêineres revestidos de chumbo; registro de controle.	
Destinação final após decaimento: retirada de etiqueta radioativo; coleta externa. Disposição final: de acordo com as características do resíduo original (infectante, químico).
Resíduos grupo D: 	são equiparados ao resíduo domiciliar pois não apresentam risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente; Segregação:
Azul:papéis
 Amarelo: metais
Verde: vidros
Vermelho: plásticos;
Marrom: resíduos orgânicos.	
 Armazenamento externo: O piso deve ser revestido de material liso, impermeável e lavável, local deve ser com aberturas para ventilação e tela de proteção contra insetos.
Resíduos grupo E: devem ser descartados separadamente, no local de sua geração e imediatamente após o uso 	ou necessidade de descarte, em recipientes que sejam rígidos, resistentes a ruptura e vazamento; é proibido o esvaziamento dos recipientes para seu reaproveitamento.	
As agulhas descartáveis devem ser desprezadas juntamente com as seringas, quando descartáveis, sendo proibido reencapá-las ou proceder a sua retirada manualmente.
AULA 5 - MAPAS DE RISCO
Mapa de Risco como ferramenta de prevenção de acidentes e minimização de riscos 
Histórico:
Modelo Operário Italiano (MOI) – final da década de 60.
Investigação e controle dos ambientes de trabalho. 
Participação dos trabalhadores nas ações de planejamento e controle da saúde nos locais de trabalho, não delegando estas funções aos técnicos e valorizando a experiência e o conhecimento operário existentes.
Disseminação mundial no final da década de 70 através das áreas sindical e acadêmica.
1986 livro: “Ambiente de Trabalho: A luta dos Trabalhadores pela Saúde”(Ivar Oddone e outros sindicalistas italianos.	
Conceitos e definições do Mapa de Risco
O que é: representação gráfica de um conjunto de fatores presentes nos locais de trabalho, capazes de acarretar prejuízos à saúde dos trabalhadores: acidentes e doenças de trabalho (materiais, equipamentos, instalações, postura, jornada de trabalho, turnos, etc.). 
Para que serve: Identificar os fatores nocivos e de riscos; minimizar riscos no interior da empresa; conhecer o nº de trabalhadores que estão expostos a diferentes riscos, em função dos horários e turnos.
Objetivos do Mapa de risco: troca e divulgação de informações; estimular a participação; fácil visualização e identificação dos riscos; verificar a situação da empresa.	
NÃO TEM OBJETIVO DE AVALIAR E CORRIGIR OS RISCOS IDENTIFICADOS
Construção de mapas de risco:
1. Levantamento e sistematização dos processos: levantar dados sobre o processo de trabalho, equipamentos/instalações, materiais/produtos/resíduos, equipes de trabalho, atividades dos trabalhadores e riscos identificados. Construir seis documentos: 
a. Descrição dos equipamentos e instalações: identificar os principais equipamentos e instalações e apresentada suas características de funcionamento, energia utilizada, capacidade de produção, estado de conservação, dispositivos de segurança, etc. 
b. Descrição dos produtos, materiais e resíduos: listar os produtos acabados, produtos em processo, matérias-primas e resíduos provenientes dos processos de trabalho, com as suas quantidades estocadas, consumo semanal ou mensal, forma de armazenamento, métodos de transporte, características físico-químicas (explosivos, inflamáveis, radioativos, voláteis, etc.), grau de toxicidade, etc.
 c. Fluxograma de produção: representação gráfica das rotinas de trabalho existentes no local estudado; identificar os principais passos (etapas e operações) necessários para a fabricação dos produtos e execução dos serviços, incluindo a geração de resíduos.
 d. Descrição das atividades desenvolvidas: identificar as atividades e tarefas, sua frequência de realização, níveis de atenção e responsabilidade envolvidos com a atividade.
e. Descrição das equipes de trabalho: número, sexo, idade, treinamentos profissionais e de segurança, saúde, jornada de trabalho; levantar informações sobre serviço terceirizado. 
 f. Grupo de riscox Fontes x Sintomas x Doenças de trabalho / acidentes 	
2. Identificação dos riscos: quais os riscos (equipamentos, reagentes, estrutura, postura, levantamento e transporte manual de peso, controle rígido de produtividade, assédio moral) e sua classificação (químicos, físicos, biológicos e de acidentes).
Biológicos (NB 1 a NB 4): bactérias, fungos, vírus, insetos, protozoários, etc.
Químicos: gases, vapores, névoas, neblinas e as substâncias químicas propriamente ditas
Físicos: ruído, calor, frio, pressões, umidade, radiações, vibrações, etc. 
Ergonômicos: levantamento e transporte manual de peso, repetitividade, responsabilidade, posturas inadequadas de trabalho.
Acidentes: materiais inflamáveis, explosivos, tóxicos e equipamentos que geram calor.
Muitos dos riscos ergonômicos e de acidentes são infrações às Normas Regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho, e não riscos ocupacionais próprios à tarefa. 
A identificação de infrações pode ser feita em um check-list ou lista de verificação a ser corrigida, mas não deveria constar de um mapeamento dos riscos.
Ruídos, vapores químicos, e bactérias podem constituir-se em riscos próprios a determinadas tarefas, riscos esses para cujas medidas de proteção adequadas a serem tomadas o trabalhador deveria ser alertado e treinado
Consequências dos riscos: acidentes; doenças do trabalho ou inespecíficas ler/dort (lesão por esforço repetitivo/distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho); doenças profissionais.
3. Identificar as medidas preventivas existentes e sua eficácia: medidas de proteção coletiva; medidas de organização do trabalho; medidas de proteção individual; medidas de higiene e conforto: banheiro, lavatórios, vestiários, armários, bebedouro, refeitório, área de lazer.
4. Identificar os indicadores de saúde: queixas mais frequentes e comuns entre os trabalhadores expostos aos mesmos riscos; acidentes de trabalho ocorridos; doenças profissionais diagnosticadas; causas mais frequentes de ausência no trabalho.
5. Representação gráfica: com os dados reunidos nos itens 1-4 e com a identificação, preparar uma tabela de associação entre: grupo de riscox Fontes/Local X Sintomas X Doenças/Acidentes, com o auxílio dos trabalhadores dos locais estudados. 
Realizar estimativa para cada risco da probabilidade de ocorrência x gravidade 
Risco: pequeno, médio, grande.
Layout do local de trabalho: 	
Grupo a que pertence o risco de acordo com a cor padronizada (a especificação do agente de risco pode estar especificada em legenda a parte).
Nº de pessoas expostas ao risco (anotado dentro do círculo). 
 Gravidade do risco representada de acordo com o tamanho do círculo.
O resultado principal da construção do mapa de risco não é a planta-baixa com círculos coloridos representando os riscos encontrados, mas o processo educativo e organizativo que deve ser desenvolvido para a sua construção.	
Sinalização de segurança:	
Cores na segurança do trabalho: 
 Vermelho: indicar equipamentos de proteção e combate a incêndio;
 Amarelo: indicar "Cuidado!"; 
 Branco: direção e circulação;
 Preto: canalizações de inflamáveis e combustíveis de alta viscosidade.	
NR 26: Rotulagem preventiva: do rótulo deverão constar os seguintes tópicos: nome técnico do produto; palavra de advertência, designando o grau de risco; indicações de risco; medidas preventivas; primeiros socorros; informações para médicos, em casos de acidentes; e instruções especiais em caso de fogo, derrame ou vazamento.

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