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Fisiopatologia do sistema nervoso

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fisiopatologia do sistema nervoso
 → Acidente Vascular Encefálico (AVE): É uma doença com a morbidade e a mortalidade altas; tem sequelas, pois é uma alteração circulatória, que dependendo do tipo celular atingido, a recuperação desse paciente vai ser difícil, e está vinculada a área de córtex que vai ter a perda devido ao AVE. Tem dois tipos, o isquêmico, provocado por exemplo por uma embolia, uma trombose, um tromboembolismo, pode ter lesão de parede na área e ali naquele local vai ter a formação de um coagulo, então, tem 80% de incidência. Enquanto os hemorrágicos são em torno de 20%, que é mais pela ruptura vascular, provocado geralmente ou por uma obstrução, ou por aumento de pressão, ou ruptura de um aneurisma, etc, pois a hipertensão pode provocar uma fragilidade da parede vascular, gerando um aneurisma e o aneurisma pode romper, entrando nesses 20%. Se tem obstrução vascular, a oferta sanguínea é reduzida, não vai ter oferta de oxigênio, se não tem oxigênio as células usam a respiração anaeróbica, tendo a produção de ácido lático. O pH fica ácido, as proteínas desnaturam. Tendo um processo isquêmico gerando já um prejuízo, característico de uma lesão isquêmica. Isquemia, hipóxia irreversível, picnose, cariorrexe e cariolise, mostrando a redução do volume do núcleo, digestão, etc, visíveis microscopicamente. A consequência é um infarto cerebral.
 O hemorrágico ocorre a ruptura vascular com extravasamento sanguíneo que também contribui pra agravar ainda mais o processo de circulação, que ai vai ter sangue parado, a congestão, dificuldade de circulação. Etiologia dos AVE`s: com maior frequência é a fibrilação atrial do átrio esquerdo, com a fibrilação, a falta do ritmo cardíaco correto gera alteração do fluxo laminar, tem o favorecimento de agregação das células sanguíneas com a parede cardíaca, formando um coagulo, que ele vai embolizar, chegando até a carótida interna e se instalando principalmente na carótida media, que é a mais acometida. E ai vai gerar tanto o AVE isquêmico ou hemorrágico. O isquêmico quando tiver alguma obstrução e o hemorrágico depois de um processo de ruptura. Exemplos: a embolia gasosa, e, devido a hipertensão, a lesão da parede vascular, a exposição do colágeno subendotelial e a formação de um coagulo. Uma etiologia que pode acontecer devido ao aumento da pressão sanguínea, no hipertenso, no diabético, essa hipertensão pode gerar dificuldade da contração com o tempo, o sangue passa, distende, e tem a camada media vascular contraída. Com o tempo isso é chamado de enfraquecimento muscular, e que o maior risco é o processo de recuperação. Acontece de uma hora pra outra, um pingo de pressão, um estresse, etc.
 Fatores de risco: tabagismo (nicotina produz menos NO, que é vasodilatador; menos NO faz com que a célula endotelial passa a expressar os receptores de superfície, que estimula processo inflamatório, e o processo inflamatório estimula lesão de parede); a idade pela alimentação, fármacos, deixando a parede mais sensível; fármacos; hiperglicemia (ocorre no sangue); sedentarismo (o sangue é menos filtrado, os catabolitos vão ficando mais acumulado a nível sanguíneo, isso pode gerar processos ruins principalmente vinculado a parede vascular); elevada taxa de colesterol (a tendência é um processo continuo de formação de placa de ateroma, tudo isso vai fazer incidência em parede vascular, que pode levar tanto a um AVE isquêmico, quanto a um hemorrágico. O isquêmico está com alguma obstrução que está prejudicando a oxigenação. E o hemorrágico, mesmo que não tenha acontecido um processo isquêmico, um aneurisma, por exemplo, extravasou sangue, vai gerar isquemia do mesmo jeito. O córtex vai ser comprometido, gerando paralisia, perda de forca, dificuldade de fala, são os sintomas. Quanto mais rápido for o atendimento, melhor. O diagnóstico é a TC de crânio sem contraste, rápido de ser observado, no caso do hemorrágico, o isquêmico é mais difícil. O tratamento dessa fase aguda tem algumas orientações: tem que ser internado, faz uma TC de crânio, dieta 0 com 24h pra não forçar o organismo, hidratação venosa salina, exames de sangue, e o cuidado com o anticoagulante.
 → Cefaleias: Existe dor de cabeça quando o paciente está passando por um processo alérgico devido a liberação de histamina. Cefaleia em salvas, é a dor de um lado da cabeça, normalmente atrás do olho, associada a todo o padrão alérgico (vermelhidão, lacrimejamento, congestão nasal, inchaço). Tem as cefaleias de tensão, que é diferente da enxaqueca. A tensional, quando está preocupado, não dorme direito, está tenso, ou as vezes padrão hormonal, a duração é curta, já a enxaqueca é mais longa, persistente; a dor na tensional é bem menor, e na enxaqueca é mais forte; a região na tensional é dos dois lados, e na enxaqueca é geralmente um lado só; a enxaqueca é agravada durante o esforço; pode acompanhar náuseas, sensibilidade a luz; os gatilhos da tensional são ansiedade, estresse, enquanto a enxaqueca pode ser alergia a corantes, alterações do sono, cafeína, etc. 
 Algumas causas são a sinusite, pode até levar a paralisia facial; tensão na região frontal; problemas de vista; enxaquecas. Ou é contração ou é problema circulatório que leva a essa cefaleia. Tem também a cefaleia secundaria, que está vinculada a um aumento de pressão intracraniana. Pode estar gerando febre, como uma meningite, hidrocefalia, pode gerar vômitos, petequias pelo corpo, devido a hipotensão, alterações circulatórias; e pode estar vinculado a dor de compressão a nível muscular. Quando as meninges estão sendo pressionadas, a gente tem 2 sinais: quando a gente faz a flexão da cabeça do paciente, as pernas automaticamente são flexionadas também, isso já te leva a desconfiar da pressão das meninges; dificuldade de colocar o queixo no peito também; e a dor na hora que você distende o joelho. Lembrar que meninge recobre o cérebro e a lesão está sendo a nível encefálico, e esse processo desregula o processo motor, tendo haver com as contrações, por isso quando flexiona a cabeça vai flexionar a perna, e a dor na distensão, pois fica com esses espasmos, essas compressões. A meningite vai ser um processo nas membranas que recobrem o cérebro, onde vai ser observado alteração de contração, vômitos em jato, etc. Ela é endêmica, maior frequência no inverno e na primavera, e os fatores predisponentes são otites, infecções das vias aéreas superiores, anemia falciforme (obstrução vascular), traumas cranianos. Pra diagnostico é a punção lombar, verificando a presença dos agentes agressores no liquor, entrando com antibioticoterapia rapidamente, internação, e isolamento respiratório pra evitar a propagação da doença.
 → Epilepsia (convulsão): A subida das fibras eferentes quando chegam ao córtex, ela é quando ocorre uma hiperestimulacao desse córtex cerebral. Quando tem uma crise, tanto uma parcial, localizada em alguma área do córtex, e a crise generalizada. É uma hiperestimulacao dos neurônios, todos começam a fazer sinapse ao mesmo tempo, dando a crise por epilepsia. Excesso de atividade do córtex cerebral. Pode ser por ação genética, ou processo inflamatório, pode ser desencadeada na puberdade, pois é a época de maior alteração hormonal. Tem a fase tônica, que é de total contração da musculatura esquelética, e depois vai pra uma fase crônica, que são os espasmos, a pessoa fica tremendo, ela se contrai, se bate, tem alteração de salivação, tudo fica hiperativado. As continuas são as que tem duração superior a 30 minutos, e as autolimitadas que tem duração de 1 a 5 minutos. Pode ter crises parciais, quando é uma área especifica do cérebro, ou área generalizada. Diagnostico é o eletroencefalograma pra verificar a atividade de córtex cerebral, uma ressonância magnética buscando por tumores, que também favorecem essa hiperestimulacao do córtex. O tratamento é com drogas anticonvulsivantes. 
 → Tumores do SNC: Neoplasia é a multiplicação de clones alterados, com nova especialização. Neurônio que faz sinapse não vai ter tumor,pois ele é altamente especializado. A maior frequente são as membranas que recobrem o cérebro, são os meningiomas. 80% dos casos estão vinculadas a essas membranas. Gliomas, nas células da glia; meningiomas, nas meninges, etc. Nos neurônios é mais difícil devido a sua especialização, então é mais difícil acontecer neoplasia nessas células e ele acabar alterando a sua especialização. A compressão da meninge vai alterar a fala, a visão, dependendo do local onde vai se instalar.
 → Alzheimer: É uma doença degenerativa, que vai apagando a memória. Isso porque tem a formação de uma estrutura chamada de placa senil. É uma doença degenerativa, que, com a presença dessa estrutura que vai fazer um bloqueio de sinapse, nós vamos ver que é beta-amiloide, falta de ácido fólico, vitamina B12, etc. Ele é fundamental pra evitar a formação dessas beta-amiloide (ácido fólico) que vai formar a placa senil. Com a formação dessa placa, as conexões dos neurônios ficam prejudicadas. Uma perda de função é igual engessar o braço, o desuso vai conduzir a atrofia. Vai ter uma redução das sinapses. Se diminui sinapse, se altera o neurônio, tem uma redução de função devido a atrofia, e isso vai se agravando. Reduz habilidade de pensar, de raciocinar, de memória, afeta as áreas de linguagem, e afeta as áreas de comportamento. Vai haver perda de parênquima cerebral. A fisiopatologia está vinculada a formação dessas estruturas chamadas de beta-amiloide. Neurônio que realiza sinapse faz síntese proteica, tem até ribossomos soltos no citoplasma pra agilizar a síntese proteica pra produzir neurotransmissor, e ai pode ter a formação dos chamados frações reduzidas de proteínas, chamados de oligopeptideos, é uma disfunção neuronal que passa a produzir e secretar oligopeptideos. Essas fracoes de pequenos pedaços proteicos geram atividade metabólica lesiva no tecido encefálico, ou seja, enquanto o neurônio produz e secreta esses oligopeptideos, essas frações geram processo inflamatório ao redor daquela área. E ai eles vão aos poucos unindo essas pontas (peptídeo com peptídeo), só que de forma muito aleatória, formando o chamado substancia amiloide, como se fosse um novelo de proteína. Esse novelo vão formando essas placas senis. Há estudos que também tem a ver com alimentação. A busca alimentar agregando ácido fólico e vitamina B12 está sendo usada como prevenção ao Alzheimer e a falta desses nutrientes também favorecem a síndrome de down. A etiologia é a exposição por intoxicação por alumínio, manganês; infecção; predisposição genética; e ácido fólico e vitamina B12. Diagnostico é TC de crânio e dosar a vitamina B12 e TSH. O tratamento não é só do paciente, é da família toda.
 → Doença de Parkinson: São os neurônios, na substancia negra, que fica abaixo da região do tálamo, é uma área cerebral onde se concentram neurônios produtores de dopamina, e nessa doença ocorre uma perda desses neurônios. Então, a concentração de dopamina é bastante reduzida gerando uma falha principalmente na questão motora, como os tremores, bradicinesia (caminhar), rigidez muscular, distúrbio progressivo dos movimentos, pois vai afetar a via piramidal, os neurônios motores pela ação da perda da dopamina. A tétrade é distúrbio progressivo de movimentos, tremor em repouso, rigidez muscular e bradicinesia. Ela pega uma região especifica. O tratamento vai ser a reposição de dopamina.
 → Hipertensão intracraniana: Pode ser provocada por edema, sangramento, que pode ter sido proveniente de um trauma, uma pancada, etc., vai aumentar a pressão intracraniana, consequentemente a compressão de estrutura vascular, a oxigenação do tecido, a propagação de estímulos, etc. E essa pressão intracraniana pode formar hérnias devido a compressão. Ou por edema ou por processo hemorrágico pode aumentar essa pressão intracraniana. Um processo infeccioso também, como um abscesso cerebral, potencialmente em pacientes imunodeprimidos. Esse abscesso gera edema, que aumenta a pressão. O quadro clinico vai ser o desconforto, dor de cabeça, enxaqueca, vai gerar náuseas, vômitos, pois está mexendo com todo o padrão do córtex, atingindo o TGI, as convulsões atingindo os neurônios motores, fazendo toda a descompensacao da musculatura esquelética, e alteração no quadro do estado de consciência. 
 → Hidrocefalia: Lembrar do plexo coroide onde tem a produção do liquor. Ou na trajetória de circulação do liquor pode ter uma área de colabamento, acumulando o liquor na cavidade craniana, ou o plexo coroide aumenta de produção de liquor. Pode ser alteração durante a embriologia. O lugar que mais pode ter obstrução é o aqueduto cerebral (de sylvius). O liquor é um filtrado de plasma. O crânio vai se adequando a demanda de liquido. Ele tem glicose, ureia, mas poucas proteínas. É praticamente pra amortecimento, proteção do SNC, e remove impurezas. Pode ser por trauma, infecção, hemorragia e idiopática, pois também pode ser um trauma, não só da fase adulta, mas também durante a embriologia. O procedimento é tentar colocar uma válvula no plexo coroide que possa jogar esse liquido no peritônio. 
 → Esclerose múltipla: É autoimune. Vai perder a bainha de mielina, dismielinizar. São linfócitos T citotóxicos, NK, que são os que identificam receptores de superfície, vão agir contra os axônios dos neurônios destruindo a bainha de mielina, e a tendência é ir substituindo essa bainha de mielina por colágeno, e ai as vias de propagação do estimulo vão sendo danificadas, e o colágeno vai agir como um obstáculo nessa propagação. Isso pode acontecer tanto no sistema nervoso periférico quanto no central, só que no SNC não vai ter o colágeno, vai ter o astrocito. Ele que vai gerar o preenchimento daquela área. Ela tem diversas consequências, como a fadiga, depressão, humor instável, comprometimento cognitivo, nistagmo (falta do controle da musculatura optica), neurite, visão dupla, dificuldade de fala, dificuldade de deglutição, perda de forca na musculatura esquelética, contrações involuntárias, paralisias, ataxia, sensação de dor, redução de sensibilidade.

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