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Exame do torax

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exame do tórax
	→ Topografia torácica: Para a realização de um exame físico adequado do aparelho respiratório, devemos lembrar-nos de alguns marcos anatômicos que nos auxiliarão na localização das estruturas intratorácicas. Como referência existem algumas linhas que devemos saber. As mais utilizadas são: linha medioesternal (da fossa supraclavicular ao apêndice xifoide, dividindo o tórax em duas metades); linha paraesternal (inicia-se na articulação esternoclavicular, percorrendo toda a borda esternal); linha hemiclavicular (linha vertical que passa pelo ponto médio entre as articulações esternoclavicular e acromioclavicular); linha axilar anterior (descende pela borda do musculo peitoral maior); linha axilar media (descende a partir do vértice da axila); linha axilar posterior (segue o bordo inferior do musculo latíssimo do dorso); linha vertebral (percorre as apófises espinhosas); linha escapular (passa medialmente ao bordo interno da escapula em posições anatômicas); linha paravertebral (paralela e equidistante das linhas vertebral e escapular). Valendo-se dessas linhas, podemos delimitar os pulmões como o espaço pleural. Os limites inferiores do pulmão variam de acordo com a linha que tomamos por referência: sexto arco costal na linha hemiclavicular, oitavo arco na linha axilar media e decimo na linha paravertebral. Já a pleura tem seus limites no oitavo, decimo e decimo segundo arcos costais nas linhas hemiclavicular, axilar media e paravertebral.
	→ Inspeção: Pode ser dividida em estática e dinâmica. Na estática, devemos avaliar a forma do tórax, cicatrizes, abaulamentos, erupções cutâneas, gânglios hipertrofiados, ginecomastia, circulação colateral. Na dinâmica, avaliamos a frequência respiratória, os ritmos, e a simetria. Os ritmos patológicos principais são Cheyne-stokes (pausas de apneia seguidas de movimentos respiratórios que se elevam gradativamente para depois diminuírem pouco a pouco); o de Biot (caracteriza-se por ser irregular, com pausas de apneia completamente aleatórias); e o de Kussmaul (são inspirações profundas e ruidosas, seguidas de pausas e expirações rápidas e breves.
	→ Palpação: Devemos seguir uma sequência de exames: elasticidade, expansibilidade, pesquisa do frêmito toracovocal, procura de gânglios e sensibilidade da caixa torácica. A técnica para se avaliar a elasticidade do tórax consiste em posicionar as mãos do examinador em pontos diametralmente opostos (anteroposterior ou laterolateral) e efetuar pressão simétrica e simultânea. Na expansibilidade devemos verificar as mobilidades da parede anterior, ápices, dorso e bases pulmonares. Nos ápices pulmonares, o paciente deve estar sentado enquanto o médico, por trás, deve posicionar as mãos sobre o trapézio, com os dedos em direção as clavículas e os polegares na parede posterior em direções convergentes, formando uma prega cutânea (manobra de ruault). O dorso deve ser examinado no sentido craniocaudal, observando a simetria da prega cutânea (formada pelos polegares) sendo formada na expiração e desfeita na inspiração. As bases pulmonares mantem-se a mesma técnica. O frêmito toracovocal) é importante no direcionamento das hipóteses diagnosticas. Define-se como sensação tátil a voz do paciente através da palma do examinador colocada sobre diversos pontos do tórax. A palpação do frêmito não deve ser simultânea, mas sempre comparativa contralateralmente. Deve seguir a chamada barra grega. A técnica correta inclui a utilização sempre da mesma mão e a solicitação ao paciente para que fale 33. Pode-se utilizar a ponta dos dedos ou a face palmar, e lembrar que a delimitação do limite inferior dessa trepidação pode ser delimitada pela face ulnar. O lado direito pode ser discretamente mais intenso.
	→ Percussão: A percussão direta consiste em percutir diretamente a superfície do corpo com os dedos. Percussão indireta é a mais importante, o examinador deve posicionar o seu dedo médio na região a ser examinada e percuti-lo com um dedo de outra mão. A batida deve ser preferencialmente sobre a interfalangiana distal do dedo apoiado, os outros dedos da mão a ser percutida não podem estar em contato com o corpo, o antebraço da mão que percute deve permanecer imóvel, devem ser feitas duas percussões de cada vez. A percussão do tórax deve seguir a mesma sequência topográfica da palpação do FTV. Os sons produzidos poderão ser atimpanico (som normal do pulmão, podendo ser chamado de claro), maciço (refere-se a ausência de ar e algo denso no local percutido), timpânico (reflete a presença de ar), submacico (som alcançado na percussão da transição entre o pulmão e o fígado, uma mistura dos sons maciço e timpânico) e hiperssonante (transição entre o atimpanico e timpânico).
	→ Ausculta: O examinador tem que estar atento as variações do sopro glótico, murmúrio vesicular e para possíveis ruídos adventícios do aparelho respiratório.

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