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Resumo Prova Teoria Geral do Processo

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Questionário 1 
1) O que é jurisdição? 
É o poder do Estado de aplicar o direito ao fato concreto, com força de coisa julgada. 
2) Quais as características da jurisdição? 
A jurisdição é UNA - SUBSTITUTIVA - DEFINITIVA e o duplo Grau. 
3) Qual a diferença entre jurisdição contenciosa e jurisdição voluntária? 
Conceituando-se a jurisdição voluntária como aquela praticada pela administração pública em 
relação aos direitos privados, na verdade neste caso não há lide e nem produção de coisa julgada, 
enquanto que, na contenciosa, existe sistematicamente a necessidade de que o Estado solucione 
uma lide, prescindindo-se da existência das partes contrapostas. Neste caso a diferença básica 
seria a existência ou não de lide. 
4) O que é competência? 
É o poder que tem um órgão jurisdicional de fazer atuar a jurisdição diante de um caso concreto 
produzindo coisa julgada. 
5) Como se determina a competência objetiva? 
a) Natureza da lide em relação à matéria; 
b) Qualidade da parte; 
c) Valor da causa (por exemplo no juizado especial, somente transitam causas cujo 
valor não exceda a 40 salários mínimos) 
7) O que é competência funcional e qual o seu desdobramento? 
Diz respeito às funções que o juiz exerce, que se desdobra em 3 aspectos: 
a) graus de jurisdição; 
b) fases do processo; 
c) objeto de juízo. 
8) Qual o foro competente para as seguintes ações: 
a) Ação fundada em direito pessoal; 
Artigo 94 da Lei nº 5.869 de 11 de Janeiro de 1973 
Art. 94. A ação fundada em direito pessoal e a ação fundada em direito real sobre bens móveis 
serão propostas, em regra, no foro do domicílio do réu. 
b) Ação pessoal em que o réu tem mais de um domicílio; 
Art. 94, § 1 Tendo mais de um domicílio, o réu será demandado no foro de qualquer deles. 
 
c) Ação pessoal em que o domicílio do réu é incerto ou desconhecido; 
Art. 94, § 2 Sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu, ele será demandado onde for 
encontrado ou no foro do domicílio do autor. 
d) Ação pessoal movida em face de dois ou mais réus; 
Art. 94, § 4 Havendo dois ou mais réus, com diferentes domicílios, serão demandados no foro de 
qualquer deles, à escolha do autor. 
e) Ação de anulação de casamento? 
Art. 100, § 1, CPC Determina ser competente o foro da mulher para o julgamento da ação de 
separação, divórcio e anulação de casamento. 
f) Ação de reparação de dano? 
Reparação de dano devem ser processadas e julgadas no foro do domicílio do autor ou do local 
do fato, conforme o disposto no art. 100, inciso V, alínea a, do CPC. 
9) A competência territorial é absoluta ou relativa? 
Geralmente, a competência do foro é relativa, devendo sempre ser arguida dentro do prazo de 
contestação, em exceção de incompetência, sob pena de prorrogação da competência. Quando 
se tratar de ações imobiliárias, a competência passa a ser absoluta e o foro é o do local de situação 
da coisa. 
Questionário 2 
 1) O que é a teoria imanentista ou clássica da ação? 
Teoria na qual, "Não há ação sem direito; não há direito sem ação; a ação segue a natureza do 
direito. " 
2) O que é a teoria concreta da ação? 
Defende que a ação é um direito autônomo, mas que só existe a partir do direito material, ou seja, 
apesar de não pressupor o direito subjetivo violado, a ação dirige-se não somente contra o Estado, 
mas sobretudo, contra o indivíduo do qual se exige a sujeição e, dessa forma, a existência da tutela 
jurisdicional só pode ser satisfeita através da proteção concreta. Para esta corrente, só existe o 
direito de ação quando a sentença fosse favorável. 
3) O que é a teoria abstrata da ação? 
Se exige, para o direito de acionar, que o autor apenas faça referência a um interesse seu, protegido 
em abstrato pelo direito, ficando o Estado levado a exercer a sua atividade jurisdicional, 
proferindo uma sentença, mesmo que contrária. O direito de se acionar corresponde a obrigação 
jurisdicional do Estado, por via da qual, o autor pode obrigar o réu a participar do juízo. Trata-se 
de um direito material invocado. O direito de ação independe da efetiva existência do direito 
abstrato de ação. Isso quer dizer que o direito de ação independe da existência efetiva do direito 
invocado. 
4) O que é ação? 
É o direito subjetivo público, distinto do direito subjetivo privado invocado, ao qual não se 
pressupõe necessariamente, e, pois, neste sentido, abstrato; é genérico, porque não varia, é sempre 
o mesmo; tem como sujeito passivo o Estado, do qual visa a prestação jurisdicional num caso 
concreto. É o direito de pedir ao Estado a prestação de sua atividade jurisdicional num caso 
concreto. 
Ação, portanto, "é o direito ao exercício da atividade jurisdicional (ou o poder de exigir esse 
exercício). Mediante o exercício da ação, provoca-se a jurisdição, que, por sua vez, exerce-se 
através daquele complexo de atos que é o processo" (CINTRA, 1997, p. 249). 
5) Quem é o sujeito passivo do direito de ação? 
Próprio Estado, é o direito de ação. 
6) O que é legitimidade ordinária e extraordinária, explique a diferença entre elas? 
Legitimidade Ordinária - Aquele que alega ser titular de um direito, pode ir a juízo, em nome 
próprio, para postulá-lo e defendê-lo. Trata-se, portanto, de legitimidade ordinária, em que os 
sujeitos vão a juízo, em nome próprio, para litigar sobre os seus direitos. (Art. 6º do CPC) 
Legitimidade Extraordinária - É também denominada substituição, já que ocorre em casos 
excepcionais, que decorrem de lei expressa ou do sistema jurídico, em que admite-se que alguém 
vá a juízo, em nome próprio, para defender interesses alheios. Assim, substituto processual é 
aquele que atua como parte, postulando e defendendo direito de outrem. Como exemplo, podemos 
citar o condomínio. De acordo com o artigo 1.314, do Código Civil, "cada condômino pode usar 
da coisa conforme sua destinação, sobre ela exercer todos os direitos compatíveis com a indivisão, 
reivindica-la de terceiro, defender a sua posse e alhear a respectiva parte ideal, ou gravá-la". 
 Art. 1.314 do CC 
 Arts. 29 a 38, 44, 45, 48 a 60 do CPP 
 Arts. 42 e 43 do CPC 
7) Explique o binômio que rege o interesse de agir. 
Compartilha-se do entendimento doutrinário no sentido de que o interesse de agir ao binômio 
utilidade/necessidade. 
8) Quais são os elementos da ação? 
1) Partes - sujeitos da lide; 
2) Pedido - a providência jurisdicional solicitada quanto a um bem; 
3) Causas de pedir - as razões que suscitam a pretensão e a providência. 
9) O que é pedido e qual o seu efeito? 
Providência jurisdicional solicitada quanto a um bem, um provimento. Seria a indenização; os 
alimentos; a separação; a anulação do contrato, etc. O regime jurídico do pedido está contido no 
CPC entre os artigos 286 a 294. 
10) Qual a importância do estudo dos elementos da ação? 
A importância do seu estudo está na individualização das ações. É por meio dos elementos que é 
possível identificar cada ação ajuizada perante o Poder Judiciário. Frisa-se que os elementos da 
ação estão relacionados com a pretensão deduzida em juízo, com o caso concreto levado a 
julgamento. Portanto, os elementos da ação são: partes, pedido e causa de pedir. 
11) O autor pode mudar o pedido? 
Art. 264. Feita a citação, é defeso ao autor modificar o pedido ou a causa de pedir, sem 
o consentimento do réu, mantendo-se as mesmas partes, salvo as substituições permitidas por lei. 
Parágrafo único. A alteração do pedido ou da causa de pedir em nenhuma hipótese será permitida 
após o saneamento do processo. 
Após a citação, não é mais possível ao autor, modificar opedido ou a causa de pedir sem 
o consentimento do réu; como também não é possível a substituição das partes, salvo as 
substituições permitidas por lei, como por ex.: morte do autor ou réu, nomeação à autoria, etc. 
Importante observar que havendo vários réus, e não tendo sido todos eles citados, o autor pode 
alterar o pedido e a causa de pedir, mesmo sem o consentimento daqueles que já o foram, mas 
deverá fazê-lo novamente para que não prejudique o contraditório. Após o saneamento, nem 
mesmo se o réu ou os réus concordarem com alguma alteração no pedido ou causa de pedir, estas 
não poderão ser feitas. 
12) O que é causa de pedir? 
Conjunto de fatos ao qual o requerente atribui o efeito jurídico que deseja, razões que suscitam a 
pretensão e a providência. 
Questionário 3 
1- O que são as condições da ação? 
 
São requisitos processuais essenciais para o regular trâmite processual e eventual 
julgamento do mérito. Em caso de ausência de qualquer uma das condições da ação, 
teremos a carência da ação, causa de extinção do processo sem julgamento de mérito (art. 
267, VI, CPC/73). 
 
2- Quais as condições da ação no antigo e no novo CPC? 
 
Antigo CPC: 
 
 Possibilidade jurídica do pedido – o autor deve estar amparado por norma de 
direito material; 
 Interesse de agir – interesse em recorrer ao judiciário para a solução do conflito; 
 Legitimidade de parte (ou ad causam) – pessoa interessada na demanda. 
Novo CPC: 
O Código de Processo Civil de 2015 extinguiu, como categoria, as condições da ação. 
Note-se: o instituto foi extinto, mas seus elementos permaneceram intactos, tendo 
sofrido, contudo, um deslocamento. Tomando-se o fato de que o magistrado realiza 
dois juízos (de admissibilidade e mérito), o novo CPC buscou separar os elementos 
integrantes das condições da ação alocando-os em pressupostos processuais (relativos 
ao juízo de admissibilidade da ação) e como questão de mérito. 
Nos informa o artigo 17 do CPC 2015: “Para postular em juízo é necessário ter 
interesse e legitimidade”. Temos, portanto, que o interesse de agir e a legitimidade 
ad causam passaram a ser tratados como pressupostos processuais. Dessa forma, 
verificando o juiz, ao receber a inicial, que se encontram ausentes interesse de agir 
ou legimidade ad causam, indeferirá a petição inicial. Nesse sentido: 
Art. 330. A petição inicial será indeferida quando: 
II - a parte for manifestamente ilegítima; 
III - o autor carecer de interesse processual; 
Caso for verifique-se a ausência de um desses pressupostos após a fase postulatória, 
será declarada a carência da ação. Afirma o art. 485. CPC 2015: 
Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando: 
VI - Verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual; 
A possibilidade jurídica do pedido, por sua vez, passou a ser considerada questão de 
mérito. Nada mais coerente. De fato, quando a parte apresenta demanda de manifesta 
impossibilidade jurídica, por certo não se trataria de carência da ação, mas sim de 
uma verdadeira improcedência do pedido, resolvendo-se, assim, o mérito. 
Art. 487. Haverá resolução de mérito quando o juiz: 
I - Acolher ou rejeitar o pedido formulado na ação ou na reconvenção; 
 
3- Qual a diferença entre carência da ação e improcedência da ação? 
 
Carência de ação: é definida quando não há a possibilidade jurídica do pedido, 
legitimidade de partes e interesse processual, conforme determina o art. 267, VI do CPC: 
 
Art. 267. Extingue-se o processo, sem resolução de mérito: 
Vl - quando não concorrer qualquer das condições da ação, como a possibilidade jurídica, 
a legitimidade das partes e o interesse processual; 
 
Fala-se em carência de ação diante da não ocorrência das condições da ação, definidas no 
próprio CPC como: 
 
I- Possibilidade Jurídica do Pedido; 
II - Interesse de agir, ou seja, interesse na tutela jurisdicional; 
III - Legitimidade ad causam, ou seja, legitimidade da parte para a causa. 
 
Improcedência da Ação: Significa que sua reclamação não tem fundamento, ausência 
de provas, ou que sua alegação não procede, significando que o juiz não deu 
prosseguimento na ação, ela vai ser extinta sem o julgamento do mérito, como se nunca 
tivesse entrado com a ação, provavelmente faltam os requisitos necessários para dar 
entrada na ação. 
 
4- Presente o interesse de agir, a ação será automaticamente procedente? 
 
O interesse de agir é uma condição para o exercício da ação, de ordem estritamente 
processual e que não determina a existência ou não do interesse substancial juridicamente 
protegido, mas, se estiver presente juntamente com a legitimidade ad causam e, os 
pressupostos processuais possibilitam ao juiz o exame do mérito. 
 
5- Qual a diferença entre coisa julgada e litispendência? 
 
A principal diferença é que na litispendência o autor ajuíza ação idêntica a uma outra 
ação em curso, e no caso da coisa julgada, o autor ajuíza ação idêntica à outra que já fora 
julgada. 
 
6- O que é conexão? 
 
É a interdependência de duas causas diversas, mas com o mesmo objetivo, tratadas em 
juízos diferentes, em virtude do que devem ser fundidas em um só juízo e neste 
abrangidas por uma decisão única, que importe na absorção de uma pela outra, para evitar 
julgamentos contraditórios. 
 
Art. 103, CPC. Reputam-se conexas duas ou mais ações, quando for comum o objeto ou 
a causa de pedir. 
 
7- O que é continência? 
 
Se dá entre duas ou mais ações quando essas tiverem identidade de partes e causa de 
pedir, porem o objeto de uma seja mais abrangente que o da outra. Quando verificada a 
conexão ou continência é cabível a reunião dos processos para que essas sejam decididas 
simultaneamente. Porem deve o juízo ser competente para ambas. Se houver 
incompetência absoluta do juízo, indeclinável a reunião por conexão ou continência para 
este. 
 
8- Extinto o processo sem julgamento do mérito, a ação pode ser novamente proposta? 
 
Não, na hipótese de ter sido a ação extinta por reconhecimento de perempção, 
litispendência ou coisa julgada (inciso V do artigo 267 CPC), a ação não poderá ser 
reproposta. Dá-se a extinção do processo, sem julgamento do mérito, quando o juiz põe 
fim à relação processual sem dar uma resposta (positiva ou negativa) ao pedido do autor, 
ou seja, sem outorgar-lhe a tutela jurisdicional, que se revelou inadmissível diante das 
circunstâncias do caso concreto. 
 
A negativa da prestação jurisdicional, com a consequente extinção do processo sem 
julgamento de mérito, pode se dar nas seguintes fases do procedimento: 
 
1) Logo após a propositura da ação, através do indeferimento da petição inicial (art. 
267, I – CPC). 
 
2) Na fase destinada ao saneamento do processo, ou seja, na sentença proferida 
antecipadamente, "conforme o estado do processo" (art. 329, cc art. 267 – CPC). 
 
3) Na sentença proferida ao final do procedimento (art. 456 – CPC). 
 
4) Em qualquer fase do processo, quando ocorrer abandono da causa ou outros fatos 
impeditivos do prosseguimento da relação processual, como o compromisso 
arbitral, a desistência da ação etc. 
 
5) Segundo o texto do art. 267, são os seguintes os casos que provocam a extinção 
do processo sem julgamento de mérito: 
 
I. Indeferimento da inicial. 
 
II. Paralisação do processo durante mais de um ano por negligência das partes. 
 
III. Abandono da causa, pelo autor, que deixa o processo paralisado por mais de 30 
dias, sem promover os atos e diligências que lhe competir. 
 
IV. Ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular 
do processo. 
 
V.Acolhimento da alegação de perempção, litispendência ou de coisa julgada. (art. 
301 – CPC) 
 
VI. Ausência de qualquer das condições da ação, como a possibilidade jurídica, a 
legitimidade das partes e o interesse processual. (art. 295 - CPC) 
 
VII. Convenção de arbitragem. 
 
VIII. Desistência da ação. 
 
IX. Intransmissibilidade da ação. 
 
X. Confusão entre autor e réu. 
 
XI. Demais casos prescritos no Código de Processo Civil, como o dos arts. 13, I; 47, 
parágrafo único - CPC). 
 
9- Qual a diferença entre sentença terminativa e sentença definitiva? 
 
Sentença Terminativa: é aquela que extingue o processo sem a resolução do mérito. 
 
Sentença Definitiva: é aquela em que há resolução do mérito. 
 
10- A sentença que indefere a petição inicial faz coisa julgada material? 
 
Transitada em julgado, essa sentença não fará coisa julgada material, de modo que poderá 
ser reproposta, salvo na hipótese de ter sido extinta por reconhecimento de perempção, 
litispendência ou coisa julgada (inciso V do artigo 267 CPC). 
 
Ocorre, por exemplo, quando o juiz indefere a petição inicial, quando houver carência de 
ação, entre outras hipóteses previstas no artigo 267 do Código de Processe Civil. 
 
Art. 267. Extingue-se o processo, sem resolução de mérito: 
 
 
11- O que é perempção? 
 
A perempção é uma sanção que se aplica à prática de um ato ilícito, consistente em um 
abuso do direito de demandar. Trata-se de ato ilícito (o abuso de direito é um ato ilícito) 
que tem por sanção a perda de um direito. O abandono da causa por três vezes é, pois, um 
ilícito caducificante. (Sanção processual imposta ao réu inerte.) 
 
Dá-se a perempção quando o autor der causa por três vezes à extinção do processo por 
abandono, e somente nesta hipótese (art. 267, III, c/c o art. 268, parágrafo único, todos 
do CPC). Assim, proposta a mesma demanda pela quarta vez, é caso de extinção do 
processo em razão da perempção. O que perime, porém, não é o direito abstrato de ação, 
muito menos o direito material pleiteado. Perde o autor o direito de demandar sobre 
aquela mesma situação substancial; perde o direito de levar aquele litígio ao Poder 
Judiciário, até mesmo pela via da reconvenção. 
 
 
12- O que é litispendência e qual o seu efeito? 
 
Litispendência é o fenômeno que ocorre quando, havendo uma ação em curso, é proposta 
outra ação com identidade de partes, pedido e causa de pedir. 
 
Artigo 301, § 1o: Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada, quando se reproduz 
ação anteriormente ajuizada 
 
Coisa julgada é o fenômeno que ocorre quando "se repete ação que já foi decidida por 
sentença, de que não caiba recurso ."(CPC , artigo 301 , § 3 o) 
 
Se caracteriza através do ajuizamento de duas ações que possuam as mesmas partes, a 
mesma causa de pedir e o mesmo pedido, como determinam os §§ 1º e 2º do art. 301, do 
CPC. Gera efeitos tanto de natureza processual como substancial. 
 
Efeitos Processuais: art. 219 do CPC, está a impossibilidade de propositura de nova 
demanda idêntica, tornar prevento o juízo e estabilizar a demanda (perpetuato 
jurisdiciones). Além disso, pode provocar a suspensão de outro processo, desde que seu 
julgamento seja prejudicial a outra questão posta em juízo. 
 
Efeitos Substanciais: a litigiosidade (tornar litigiosa a coisa), a interrupção da prescrição 
e a constituição do devedor em mora. 
 
“Ocorre a litispendência quando se reproduz ação idêntica a outra que já está em curso. 
As ações são idênticas quanto têm os mesmos elementos, ou seja, quando têm as mesmas 
partes, a mesma causa de pedir (próxima e remota) e o mesmo pedido (mediato e 
imediato). A citação válida é que determina o momento em que ocorre a litispendência 
(CPC 219 Caput). Como a primeira já fora anteriormente ajuizada, a segunda ação, 
onde se verificou a litispendência, não poderá prosseguir, devendo ser extinto o processo 
sem julgamento do mérito (CPC 267 V).” (Código de Processo Civil Comentado, 6ª 
edição, RT, p. 655).

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