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Microbiologia e Imunologia: Histórico da Imunologia e Imunidade Inata Jackson Peixoto Faculdade do Vale do Jaguaribe Aracati – CE 2016 Farmácia Imunologia O QUE É IMUNOLOGIA??? Ramo da biologia que estuda o sistema imunológico (sistema que defende o organismo contra agressores) Histórico da Imunologia • Inicia há mais de mil anos no Continente Asiático, onde os chineses, haviam desenvolvido a Variolização, que era o contato das secreções de pústulas de indivíduos infectados para indivíduos sãos, para induzir quadros leves da doença; • Não era um método sem riscos, com taxas de letalidade de 1% a 2%, contra cerca de 30% da doença natural, que se propagou pelo continente asiático e africano, chegando a Europa no início do século XVIII; Histórico da Imunologia Pai da Imunologia • Edward Jenner, médico inglês observou que mulheres ordenhadoras de vacas contaminadas pelo Cowpox virus, vaccinia ou varíola das vacas, não desenvolviam a doença e descobriu que a sua imunidade devia-se à infecção não perigosa; • Ele propagou a prática de usar a inoculação do vírus vaccinia em indivíduos sãos; Histórico da Imunologia • Em 14 de maio de 1796 testou em James Phipps - um menino de 8 anos de idade - a primeira vacina que se tem notícia; • Em 1796, Jenner o inoculou com o pus extraído de feridas de vacas contaminadas, tornando-o imune à varíola humana, uma das doenças epidêmicas mais mortais do período; Histórico da Imunologia • No ano seguinte, ele relatou seu experimento à Royal Society - a Academia de Ciências do Reino Unido, mas as provas que ele apresentou foram consideradas insuficientes; • Ele realizou então novas inoculações em outras crianças, inclusive em seu próprio filho. Em 1798, seu trabalho foi reconhecido e publicado; Histórico da Imunologia VACINAS INATIVADAS 1879-1881 - Pasteur estudava a bactéria que causa a cólera aviária (Pasteurella multocida), cultivando-a e injetando-a em galinhas. Ao voltar de férias, ele injetou uma cultura velha e, surpreendentemente, as galinhas não morreram. Pasteur concluiu: cultura velha, e fez uma cultura fresca. Desta vez, como ele tinha poucas galinhas, resolveu usar algumas do experimento anterior. Resultado: as galinhas do experimento anterior sobreviveram e as não inoculadas previamente morreram. Pasteur reconheceu que o envelhecimento da cultura tinha enfraquecido a bactéria (inativação), a ponto de torná-la não letal, e aplicou este conhecimento para projetar outras vacinas (anthrax e raiva). Louis Pasteur Histórico da Imunologia VACINAS INATIVAS • Os microrganismos são mortos por agentes químicos; • A grande vantagem das vacinas inativadas é a total ausência de poder infeccioso do agente (incapacidade de se multiplicar no organismo do vacinado), mantendo as suas características imunológicas; • Ou seja, estas vacinas não provocam a doença, mas têm a capacidade de induzir proteção contra essa mesma doença; Histórico da Imunologia Ilya Metchnikoff IMUNIDADE CELULAR 1883- Teoria dos fagócitos. Observou a fagocitose de esporos de fungos por leucócitos e antecipou a ideia de que a imunidade era devido às células brancas do sangue. FAGOCITOSE • Os glóbulos brancos utilizam este processo para envolver materiais estranhos como bactérias ou até células danificadas; • Dentro da célula fagocítica, enzimas citoplasmáticas são secretadas para a vesícula e degradam o material até este ficar com uma forma inofensiva. Histórico da Imunologia Ilya Metchnikoff Histórico da Imunologia Histórico da Imunologia Kitasato Shibasaburo IMUNIDADE HUMORAL 1890 - Antitoxina da difteria. Demonstraram que o soro de animais imunes à difteria podia conferir proteção (imunidade passiva). Esse componente, antitoxina, era capaz de neutralizar, precipitar toxinas, aglutinar e lisar a bactérias. Emil von Behring Quem são os agressores??? Vírus Bactérias Helmintos Fungos Grãos de pólen Protozoários Células tumorais Artrópodos Imunologia Imunidade inata Imunidade adaptativa 1ª linha de defesa 2ª linha de defesa 3ª linha de defesa • Pele intacta • Membranas mucosas e suas secreções • Microbiota normal • Fagócitos como neutrófilos, eosinófilos, células dendríticas e macrófagos • Inflamação • Febre • Substâncias Antimicrobianas • Linfócitos especializados: células T e B • Anticorpos Imunologia • Fatores físicos PRIMEIRA LINHA DE DEFESA: PELE E MEMBRANAS MUCOSAS Peristalse, defecação e vômito Imunologia • Fatores químicos PRIMEIRA LINHA DE DEFESA: PELE E MEMBRANAS MUCOSAS Imunologia Sangue: plasma + elementos constituintes (E.C.) E.C.: plaquetas + eritrócitos + leucócitos Leucócitos: granulócitos + agranulócitos Elementos constituintes do sangue Imunologia Consiste em um fluido chamado de linfa, em vasos chamados de linfáticos, em um número de estruturas e órgãos contendo tecido linfoide, e em uma medula óssea vermelha, onde células-tronco se desenvolvem em células do sangue, incluindo os linfócitos. Sistema linfático Imunologia • Infecção x Infestação x Inflamação Imunologia •Principal função do sistema imune consiste em evitar ou limitar infecções; •A primeira linha de defesa está na pele e nas membranas mucosas intactas; •Quando os micro-organismos rompem estes revestimentos e invadem o corpo, o ramo inato do sistema imune (segunda linha de defesa) encontram-se então disponíveis para destruir os invasores; Imunologia •Uma vez que o ramo inato são pré-formados e estão completamente ativos, podem atuar imediatamente diante a entrada de micro-organismos; •A capacidade de o ramo inato matar o micro-organismo é inespecífica. Ex: Neutrófilo pode ingerir e destruir vários tipos de bactérias. Imunologia Evasão microbiana da fagocitose •A habilidade de um patógeno de causar uma doença está relacionada com sua habilidade de escapar da fagocitose. • Proteína M e as cápsulas. •Leucocidinas e estreptolisina - fagócitos •Toxinas formadoras de poros •Biofilmes Imunologia • Efeitos combinados de certas células (células T, células B, macrófagos e neutrófilos) e determinadas proteínas (interleucinas, anticorpos e complemento) produzem uma resposta inflamatória (principal mecanismo de defesa); Imunologia RESPOSTA INFLAMATÓRIA E FAGOCITOSE • A presença de corpos estranhos, como bactérias e entre outros, no interior do organismo provoca uma resposta inflamatória; • Essa resposta caracteriza-se pelos achados clínicos de rubor, edema, calor e dor no sítio da infecção; • Esses sinais são decorrentes de maior fluxo sanguíneo; • A maior permeabilidade deve-se a mediadores químicos, dentre os quais os mais importantes são histamina, prostaglandina e leucotrienos; Imunologia RESPOSTA INFLAMATÓRIA E FAGOCITOSE •Os neutrófilos e os macrófagos, ambos fagócitos, são uma importante parte da resposta inflamatória; •Os neutrófilos são predominantes em infecções aguda e macrófagos são predominantes em infecções crônicas ou granulomatosas; • FEBRE Imunologia CÉLULAS DO SISTEMA IMUNE •FAGÓCITOS Têm a função de neutralizar, englobar e destruiras partículas estranhas e micro-organismos invasores São produzidos na medula óssea e sua diferenciação é provocada por citocinas. Quando estas células estão no sangue circulante são chamadas de monócitos, quando estão nos tecidos são chamadas de macrófagos. O monócito é uma célula grande, maior que o linfócito e possui um núcleo com muitos grânulos em forma de ferradura. • MONÓCITOS Imunologia CÉLULAS DO SISTEMA IMUNE • NEUTRÓFILOS Os neutrófilos são células fagocíticas e são muito numerosos, compreendendo cerca de 90% dos granulócitos que circulam na corrente sanguínea. É a primeira célula a chegar ao local de defesa e tem vida curta. • EOSINÓFILOS São células com função de apreender e danificar os invasores, principalmente os parasitas extracelulares grandes. Quando estimulados, eles liberam seus grânulos, liberando toxinas, histaminas e arilsulfatase. Os eosinófilos combatem principalmente os vermes, pois não podem ser fagocitados. As substâncias produzidas também ajudam a diminuir a resposta inflamatória. Imunologia CÉLULAS DO SISTEMA IMUNE • BASÓFILOS E MASTÓCITOS Estas células estão em quantidades muito pequenas no sangue. Possuem grânulos no citoplasma que produzem inflamação no tecido circundante. Estão associados com as reações alérgicas. • PLAQUETAS Estão envolvidas com a coagulação sanguínea e na liberação de mediadores inflamatórios, atraindo leucócitos para a região lesada. Imunologia CÉLULAS DO SISTEMA IMUNE • LINFÓCITOS Responsáveis pelo reconhecimento do invasor e produção da resposta imune; São produzidos na medula óssea, que são órgãos linfóides primários ou centrais e migram para o baço, linfonodo e amídalas, que são tecidos linfóides secundários. Os linfócitos B são maturados na medula óssea e os linfócitos T são maturados no timo. Imunologia CÉLULAS DO SISTEMA IMUNE • LINFÓCITOS Linfócitos T Linfócitos B Imunologia CÉLULAS DO SISTEMA IMUNE •LINFÓCITOS Linfócitos B: Reconhecem o receptor de superfície do antígeno e transformam-se em plasmócitos, que produzem e secretam anticorpos que se ligam especificamente com o antígeno. Os linfócitos B ficam concentrados os gânglios linfáticos, prontos para uma reação. Imunologia CÉLULAS DO SISTEMA IMUNE •LINFÓCITOS Linfócitos T: São bastante variados e possuem um número grande de funções. Eles interagem com os linfócitos B. As células T auxiliares (TH) auxiliam os linfócitos B na produção de anticorpos, divisão e diferenciação celular. Os linfócitos T citotóxicos destroem células infectadas do hospedeiro, utilizando um receptor específico para antígenos das células T (TCR). Os efeitos dos linfócitos T estão relacionados com a liberação de citocinas, que são emissores químicos de sinais para as células. Imunologia CÉLULAS DO SISTEMA IMUNE Imunologia Sistema Complemento • É um sistema defensivo que consiste em mais de 30 proteínas produzidas pelo fígado e encontradas em circulação no soro sanguíneo e nos tecidos por todas as partes do corpo. • Não é adaptável; • Destroem os micróbios por (1) citólise, (2) inflamação e (3) fagocitose e também impedem danos excessivos aos tecidos do hospedeiro.
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