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21/9/2016 1 ESTUDO DA UROANÁLISE EXAME QUIMÍCO Aula teórica Profa. Janainna Olegario Exame químico As fitas permitem a realização da determinação semi- quantitativa de: bilirrubina, corpos cetônicos, densidade, glicose, hemoglobina, leucócitos, nitrito, pH, Proteínas urobilinogênio. 21/9/2016 2 Exame químico A realização do exame químico através das tiras reagentes podem oferecer informações sobre: função hepática, função renal, metabolismo de carboidratos, infecções do trato urinário e equilíbrio ácido-básico. Exame químico • Devem ser guardadas em frasco original • Não expor à luz nem umidade • Frascos bem fechados em temperatura adequada • Retirar pequenas quantidades para uso • Tempo requerido para leitura difere a cada teste Fitas reagentes • Não devem ser utilizadas após a data de expiração 21/9/2016 3 Exame químico • Leitura: Manual Semi-automatizada Automatizada 21/9/2016 4 Instruções para o uso da fita reagente • Amostra de urina, colhida a menos de uma hora, não centrifugada, à temperatura ambiente deve ser homogeneizada; • Em seguida, se imerge, rapidamente, na amostra uma tira reagente recém retirada do frasco. • Ao retirar a tira, se deve deslizar a mesma lateralmente na borda do frasco a fim de eliminar o excesso de urina; • Em seguida, nos tempos especificados pelo fabricante a leitura visual deve ser realizada comparando as áreas reagentes da tira com escala correspondente que acompanha o rótulo do frasco; Instruções para o uso da fita reagente 21/9/2016 5 Exame químico • Cuidados com as tiras reativas 1. Guardá-las com dessecante em recipiente fechado e opaco. 2. Lugar fresco e não refrigerado. 3. Não expor a vapores voláteis. 4. Não usar após prazo de validade. 5. Usar no período de 06 meses depois de abertas 6. Não usar as tiras que tiverem perdido a cor. 21/9/2016 6 Exame químico Ph • Papel na regulação do equilíbrio ácido básico; • Detecção de possíveis distúrbios eletrolíticos sistêmicos de origem metabólica ou respiratória. • Normal = de 5 a 6 , entretanto, pode variar de 4,0 a 8,0, 21/9/2016 7 Significado Clínico: Tipo de alimentação, acidose ou alcalose respiratória / metabólica, anormalidades na secreção e reabsorção de ácidos e bases pelos túbulos renais, precipitação e formação de cálculos e tratamento das infecções do trato urinário. Interferências: Nas amostras de urina envelhecidas, o pH se mostra elevado, devido a um desdobramento de uréia em CO2 e amônia, sendo que a amônia tem poder alcalinizante. Exame químico Exame químico Ph • Alcalina: vegetais e frutas com a formação de bicarbonatos. • Ácida: carnes e outros alimentos ricos em proteínas e após longo tempo de coleta. 21/9/2016 8 Exame químico PROTEÍNAS • As proteínas, de modo geral, devido ao tamanho, não são capazes de passar do plasma para o filtrado glomerular; • Uma pequena quantidade (menores) pode ser filtrada mas é reabsorvida pelas células tubulares; • A maior parte da proteína excretada é a albumina; • A presença de proteína na urina é o indicador mais importante de lesão renal; • Valor de referência: Negativo Exame químico PROTEÍNAS • Condições fisiológicas e funcionais: Exercícios físicos intensos Exposição ao frio Desidratação Febre • Patologias Lesão renal Mieloma múltiplo (Bence Jones) 21/9/2016 9 Exame químico PROTEÍNAS • Fitas reagentes Falso positivo: Urinas alcalinas, desinfetantes. Falso negativo: Preservativos ácidos (ác. Bórico) Significado Clínico: Lesão da membrana glomerular, comprometimento da reabsorção tubular, nefropatia diabética, proteinúria ortostática ou postural. Exame químico GLICOSE • Em circunstâncias normais toda a glicose é filtrada nos glomérulos e reabsorvida pelos túbulos (transporte ativo); • Avaliação de Diabetes Mellitus, e distúrbios de reabsorção tubular. • O nível sanguíneo no qual a reabsorção tubular cessa (limiar renal) é de 160 a 180 mg/dl. • Significado Clínico: Diabetes mellitus, alterações na reabsorção tubular e lesão do sistema nervoso central e alterações tireoideanas. 21/9/2016 10 Exame químico Glicose • FITAS REAGENTES •Falso-negativos: Densidade, refrigeração, cetonas •Falsos-positivos: Agentes oxidantes, Vit. C •Valores de referência: Negativo. •Quando positivo pode ser liberado em + a ++++ ou mg/dL. Exame químico CORPOS CETÔNICOS • Presente na urina quando os ácidos graxos são utilizados como fonte de energia; • Três compostos: ácido acetoacético, o ácido beta- hidroxibutírico e acetona. • Valor de referência: Negativo 21/9/2016 11 Exame químico CORPOS CETÔNICOS • Fita positiva sem diabetes: Dieta rica em proteínas e pobre em carboidratos, dieta cetogênica, medicações, distúrbios gastrintestinais e episódios cíclicos de vômito. • Fita negativa em pacientes com aparente cetoacidose: Lembrar a volatilidade dos corpos cetônicos, o exame deve ser realização o mais rápido possível; • Interferências: Em amostras mal conservadas, valores muito baixos podem aparecer falsamente, devido à volatilização da acetona e à degradação do ácido acetoacético por bactérias. Exame químico • SANGUE • O sangue pode estar presente na forma de hemácias íntegras ou hemolisadas (hemoglobina); • Hemoglobina na urina → hemoglobinúria, • Hemácias → hematúria 21/9/2016 12 Hemoglobinúria/hematúria é verificada em: • pielonefrite, • glomerulonefrite, • síndrome nefrótico, • litíase renal, • tumores renais, de ureter e de bexiga, • cistites, • trombose, • nefroesclerose, • traumatismos, pela ação de drogas (penicilina, cefalosporina e anticoagulantes) e pela ação de toxinas (ex. endocardite bacteriana). Exame químico • A hemoglobinúria verdadeira pode ser verificada mais frequentemente em pacientes que apresentam: reação transfusional, anemia hemolítica ou sofreram queimaduras graves em expressiva área do corpo. • A mioglobinúria é decorrente de processos em que se verifica destruição de tecido muscular como: politraumatismos, traumatismos musculares, coma prolongado, exercício intenso não costumeiro, distrofia muscular progressiva, convulsões e polimiosite, por exemplo. Exame químico 21/9/2016 13 Exame químico BILIRRUBINA • Produto intermediário da degradação da hemoglobina. • Significado clinico: Indicação precoce de hepatopatias. • Bilirrubina → degradação das hemácias → origina como BI → fígado → converte em BD → excretada. • Doenças hepáticas obstrutivas ( lesão colestática): a BD não é excretada → aumenta no sangue → excreção renal • Valores de referência: negativo • Interferências: Nas amostras de urina envelhecidas, como a bilirrubina é um composto muito instável, com a sua exposição à luz, ela se oxida, formando biliverdina e bilirrubina livre, ambas pouco reativas aos testes colorimétricos. Exame químico 21/9/2016 14 Exame químico BILIRRUBINA • Fita negativa na presença de icterícia: Demora na realização do exame, Aumento da BilirrubinaIndireta (não conjugada), Aumento da conc. Vit. C, Carotenemia • Fita positiva sem icterícia: Excreção rápida da bilirrubina, antes do aparecimento clínico, Uso de medicações Exame químico UROBILINOGÊNIO • Produzido a partir da degradação da hemoglobina por bactérias intestinais. • Significado Clínico: Detecção precoce de distúrbios hepáticos e hemolíticos. Estas disfunções hepáticas diminuem a capacidade do processamento desta substância. globina por bactérias intestinais. • Presença de urobilinogênio em amostras de urina − ↑ da destruição de hemácias ou de seus precursores; • Avaliação de distúrbios hepáticos e hemolíticos; • Valores de referência: < 1mg/dL. • Realizar teste confirmatório (reação de Ehrlich). 21/9/2016 15 Exame químico UROBILINOGÊNIO • Importância • Diferenciar a origem da icterícia • Excreção urinária de urobilinogênio em quantidade variável ou aumentada é verificada na icterícia hepática e na icterícia hemolítica; • Na icterícia obstrutiva esta excreção de urobilinogênio não se verifica porque em consequência da obstrução biliar ele não é formado; Exame químico NITRITO • Ação indireta de bactérias redutoras de nitrato a nitrito; • Avaliação de processos infecciosos do trato urinário (ITU). • Valores de referência: negativo. • Significado Clínico: Infecção de trato urinário, podendo ser útil na avaliação da terapia com antibióticos e monitoração de pacientes com alto risco de infecção no trato urinário. 21/9/2016 16 Exame químico • Para que a pesquisa de nitrito apresente resultado positivo algumas condições são imprescindíveis: presença de bactérias produtoras de enzimas redutoras de nitrato a nitrito presença do substrato (nitrato), cuja principal fonte são as carnes tempo de incubação do substrato na presença das enzimas redutoras de nitrato a nitrito. • Falso negativo: antibióticos ou antissépticos usados antes da coleta Exame químico ESTERASES • Avaliação de processos infecciosos e inflamatórios do trato urinário (ITU). • Pode ocorrer com ou sem bacterinúria; • A pesquisa de esterase de leucócitos e a pesquisa de nitrito não devem ser utilizados para substituir o exame de urina e/ou a cultura de urina. ƒ • Valores de referência: negativo 21/9/2016 17 LEUCÓCITOS • Indicador de infecção • Significado clínico: - Infecção do trato urinário. - Seleção de amostras para cultura. -Interferentes - presença de agentes oxidantes fortes no recipiente. - Crenação dos leucócitos. Impede a liberação das esterases. Exame químico Exame químico ESTERASES DE LEUCÓCITOS • Fita positiva e sedimento negativo: Urinas alcalinas e diluídas, provocando lise dos leucócitos, medicações. • Fita negativa e sedimento positivo: Leucócitos/ granulócitos, Glicose, proteínas e densidade elevados. 21/9/2016 18 DENSIDADE • A determinação da densidade de uma amostra na realização do exame de urina tem como objetivo: •avaliar a capacidade renal de concentração da urina •condição hidratação do organismo. • A densidade urinária é uma medida da densidade das substâncias químicas envolvidas nas amostras • A densidade da urina pode variar de 1.003 a 1.030. • Valores acima do normal indicativo de presença de substâncias anormais ou em altas concentrações. • Significado Clínico: Estado de hidratação do paciente, incapacidade de concentração pelos túbulos renais, diabetes insípido e melito. Exame químico Exame químico DENSIDADE • Hipoestenúria → apresentação de densidade inferior ao normal, e, principalmente, inferior a 1,007 • Hiperestenúria → a apresentação de densidade elevada, superior a 1.030 • Densidade menor que 1.010 indicam relativa hidratação enquanto valores de densidade maiores que 1.020 indicam relativa desidratação; • Densidade urinária diminuída está relacionada a utilização de diuréticos, diabetes insípida, insuficiência adrenal, aldosteronismo e insuficiência da função renal, 21/9/2016 19 Principio Falso positivo Falso negativo Análise Correlação com outras análsies
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