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Resumo - Principais Sociólogos

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O que é a Sociologia?
A Sociologia, no contexto do conhecimento científico, surge como um corpo de ideias voltadas para a discussão do processo de constituição e consolidação da sociedade moderna.
O que ela estuda?
- Estudo do homem em sociedade (coletividade);
- Estudo dos diversos grupos sociais em interação;
- Relação do indivíduo com a sociedade;
- Relações sociais no contexto do capitalismo;
A sociologia como ciência
Augusto Comte é tradicionalmente considerado o pai da Sociologia.·.
Foi ele quem pela primeira vez usou essa palavra, em 1839, no seu Curso de Filosofia Positiva. Mas foi com Emile Durkheim (1858-1917) que a Sociologia passou a ser considerada uma ciência.
Durkheim e a Sociologia
Para Durkheim a Sociologia é o estudo dos fatos sociais. Ele demonstrou que os fatos sociais têm características próprias, que os distinguem dos que são estudados pelas outras ciências.
Exemplos de Fatos Sociais
Para Durkheim os fatos sociais são o modo de pensar, sentir e agir de um grupo social. Embora os fatos sociais sejam exteriores aos indivíduos, eles são introjetados pelo próprio indivíduo e exercem sobre ele um poder coercitivo: Força exercida pela sociedade que faz valer os costumes comuns, por meio da repressão.
Durkheim acredita que a sociedade estabelece os caminhos que cada indivíduo deve trilhar, no sentindo de tentar manter e buscar o progresso (pensamento positivista). Nesse contexto, a educação e a escola têm o papel de socializar os indivíduos para que ele se desenvolva dentro dos padrões preestabelecidos a seu grupo social. 
Em outras palavras: Se um aluno chegasse à escola vestido com roupas diferentes dos demais, certamente ficaria numa situação muito desconfortável: os colegas ririam dele, o professor lhe daria uma enorme bronca e provavelmente o diretor o mandaria de volta para pôr uma roupa adequada. Existe um modo de vestir que é comum, que todos seguem que não é estabelecido pelo indivíduo. Quando ele entrou no grupo, já existia tal norma e quando ele sair, a norma provavelmente permanecerá. Quer a pessoa goste, quer não, vê-se obrigada a seguir o costume geral. Se não o seguir, sofrerá uma punição.
Características dos Fatos Sociais:
Generalidade: o fato social é comum aos membros de um grupo.
Exterioridade: o fato social é externo ao indivíduo, existe independentemente de sua vontade.
Coercitividade: os indivíduos se sentem obrigados a seguir o comportamento estabelecido.
Em virtude dessas características, para Durkheim os fatos sociais podem ser estudados objetivamente, como "coisas”: Da mesma maneira que a Biologia e a Física estudam os fatos da natureza, a Sociologia pode fazer o mesmo com os fatos sociais.
As instituições e a Anomia
A instituição social é um mecanismo de organização da sociedade, é o conjunto de regras e procedimentos padronizados socialmente, reconhecidos, aceitos e sancionados pela sociedade, cuja importância estratégica é manter a organização do grupo e satisfazer as necessidades dos indivíduos que dele participam. As instituições são, portanto, conservadora por essência quer seja família, escola, governo, religião, polícia ou qualquer outra, elas agem contra as mudanças, pela manutenção da ordem vigente. Durkheim registra, em sua obra, o quanto acredita que essas instituições são valorosas e parte em sua defesa, o que o deixou com uma certa reputação de conservador, que durante muitos anos causou antipatia a sua obra. Mas Durkheim não pode ser meramente tachado de conservador, sua defesa das instituições se baseia num ponto fundamental, o ser humano necessita se sentir seguro, protegido e respaldado. Uma sociedade sem regras claras ("em estado de anomia"), sem valores, sem limites leva o ser humano ao desespero. Preocupado com esse desespero, Durkheim se dedicou ao estudo da criminalidade, do suicídio e da religião. 
Uma rápida observação do contexto histórico do século XIX nos permite perceber que as instituições sociais se encontravam enfraquecidas, havia muito questionamento, valores tradicionais eram rompidos e novos surgiam, muita gente vivia em condições miseráveis, desempregados, doentes e marginalizados. 
Ora, numa sociedade integrada, essa gente não podia ser ignorada, de uma forma ou de outra, toda a sociedade estava ou iria sofrer as consequências. Aos problemas que ele observou, considerou como patologia social, e chamou aquela sociedade doente de "Anomana". A anomia era a grande inimiga da sociedade, algo que devia ser vencido, e a sociologia era o meio para isso. O papel do sociólogo seria, portanto, estudar, entender e ajudar a sociedade.
Em seus estudos Durkheim concluiu que os fatos sociais atingem toda a sociedade, o que só é possível se admitirmos que a sociedade é um todo integrado. Se tudo na sociedade está interligado, qualquer alteração afeta toda a sociedade, o que quer dizer que se algo não vai bem a algum setor da sociedade, toda ela sentirá o efeito. Partindo deste raciocínio, desenvolve dois dos seus principais conceitos: Instituição social e Anomia.
Solidariedade Social
A solidariedade segundo Durkheim é oriunda de dois tipos de consiência: a consciência coletiva (ou comum) e consciência individual. Cada indivíduo possui uma consciência individual que sofre influência da consciência coletiva, que nada mais é que a combinação das consciências individuais de todos os homens ao mesmo tempo. A consciência coletiva seria responsável pela formação de nossos valores morais, e exerce uma pressão externa aos indivíduos no momento de suas escolhas. A soma da consciência individual com a consciência coletiva forma o ser social.
Dentro da perspectiva sociológica durkheiminiana, a existência de uma sociedade só é possível a partir de um determinado grau de consenso entre seus membros constituintes: os indivíduos. Esse consenso se assenta, basicamente no processo de adequação da consciência individual à consciência coletiva. Dependendo do grau de consenso temos dois tipos de solidariedade.
Solidariedade mecânica
A sociedade em sua fase primitiva se organizava socialmente a partir das semelhanças psíquicas e sociais entre os membros individuais. Nessas sociedades, os indivíduos que a integravam compartilhavam dos mesmos valores sociais, tanto no que se refere às crenças religiosas como em relação aos interesses materiais necessários à subsistência do grupo, essa correspondência de valores é que assegurava a coesão social. 
Solidariedade orgânica
Já nas sociedades ditas "modernas" ou "complexas" do ponto de vista da maior diferenciação individual e social, existe a solidariedade orgânica.
Neste modelo, cada indivíduo tem uma função e depende dos outros para sobreviver. A Solidariedade Orgânica é fruto das diferenças sociais, já que são essas diferenças que unem os indivíduos pela necessidade de troca de serviços e pela sua interdependência. 
O indivíduo é socializado porque, embora tenha sua individualidade, depende dos demais e, por isso, se sente parte de um todo. Os membros da sociedade onde predomina a Solidariedade Orgânica estão unidos pelo laço oriundo da divisão do trabalho social. 
Karl Marx
“A união entre trabalho, instrução intelectual, exercício físico e treino politécnico elevará a classe operária”. 
Karl Marx (1818-1883) e Friedrich Engels (1820-1895);
Análise do desenvolvimento histórico das forças produtivas;
 Análise da relação entre as classes sociais;
 Acumulação capitalista e (re) produção das desigualdades sociais;
 Método: Materialismo Histórico (Dialético Científico e Crítico)
As relações sociais são definidas a partir das condições materiais de existência;
 O homem, historicamente, produz e reproduz os meios necessários para sua sobrevivência e satisfação de suas necessidades;
TRABALHO – Para Marx, o trabalho é essencial para o homem, visto que é através dele que o homem transforma a natureza e ao mesmo tempo se transforma em ser social. 
“IDEOLOGIA: Conjunto de ideias e conceitos que corresponde aos interesses de uma classe social, e quepossui a força de influenciar os modos de pensar e de agir de uma coletividade.”
FETICHISMO: O ser humano não consegue perceber os reais mecanismos de exploração e de dominação a que estão submetidos, e que são essenciais à reprodução do capital (ideologia burguesa e acumulação). Ou seja, a mercadoria assume valor superior ao homem, sendo ele próprio transformado em mercadoria.
ALIENAÇÃO: O homem perde sua autonomia e criatividade em relação ao processo de trabalho (expropriação da subjetividade). O homem se torna parte da produção, um mero apêndice da máquina, um meio para a reprodução do capitalismo. Em outras palavras, é a separação do trabalhador do fruto do seu trabalho.
Aprendizagem para a mente, o corpo e as mãos.
Combater a alienação e a desumanização era, para Marx, a função social da educação. Para isso seria necessário aprender competências que são indispensáveis para a compreensão do mundo físico e social. O filósofo alertava para o risco de a escola ensinar conteúdos sujeitos a interpretações “de partido ou de classe”. Ele valorizava a gratuidade da educação, mas não o atrelamento a políticas de Estado – o que equivaleria a subordinar o ensino à religião. Marx via na instrução das fábricas, criada pelo capitalismo, qualidades a ser aproveitadas para um ensino transformador – principalmente o rigor com que encarava o aprendizado para o trabalho. O mais importante, no entanto, seria ir contra a tendência 
 “profissionalizante”, que levava as escolas industriais a ensinar apenas o estritamente necessário para o exercício de determinada função. Marx entendia que a educação deveria ser ao mesmo tempo intelectual, física e técnica. Essa concepção, chamada de “unilateral” (múltipla), difere da visão de educação “integral” porque esta tem uma conotação moral e afetiva que, para Marx, não deveria ser trabalhada pela escola, mas por “outros adultos”. O filósofo não chegou a fazer uma análise profunda da educação com base na teoria que ajudou a criar. Isso ficou para seguidores como o italiano Antonio Gramsci (1891-1937), o ucraniano Anton Makarenko (1888-1939) e a russa Nadia Krupskaia (1869-1939).
Três pontos principais da Escola Politécnica de Marx:
O ensino geral que compreenderia línguas e literatura materna e estrangeira, juntamente com o ensino das ciências, pois isso elevaria o nível cultural da classe trabalhadora e lhe propiciaria uma visão universalista.
A educação física, compreendendo os exercícios físicos que visavam salvaguardar a condição física dos meninos e futuros adultos.
Os estudos tecnológicos, que deveriam incluir os princípios gerais e científicos de todos os processos de produção, a utilização dos instrumentos de todos os ramos industriais. Isso permitiria um saber fazer, que de um lado, exigia conhecimentos científicos e, de outro o aprendizado de manipulação dos instrumentos, o que possibilitaria aos trabalhadores o conhecimento e a apropriação das condições de produção. 
Max Weber e a Sociologia Compreensiva
Max Weber (1864-1920);
 A sociedade e as relações sociais;
 A sociologia como ciência;
 Método Compreensivo;
 A ação social enquanto objeto de estudo sociológico;
 O cientista tem que ser neutro em relação a concepções políticas e ideológicas (crítica a Marx e Engels);
O homem, para Weber, é dotado de capacidade, vontade e liberdade para assumir uma posição consciente e autônoma diante do mundo;
 Ênfase na autonomia humana e foco nas ações individuais (oposição a Durkheim e a Marx);
MÉTODO COMPREENSIVO
A Sociologia deve partir da compreensão da ação dos indivíduos e não da análise das instituições sociais ou dos grupos sociais;
 É preciso compreender as intenções e motivações humanas (individuais) nas diversas situações sociais;
CAPITALISMO PARA WEBER
Um sistema racional e burocrático Produtivo e eficiente;
 Desenvolvido segundo relações sociais historicamente determinadas;
 Fruto da vontade humana;
 Longe de ser perfeito;
 Visão realista, mas não transformadora!
AÇÃO SOCIAL: toda ação que o indivíduo realiza orientado pela ação dos outros, e que tem para ele algum significado.
RELAÇÃO SOCIAL: é o resultado coletivo das ações sociais.
As ações segundo Weber
Ação tradicional: O indivíduo age segundo as tradições e costumes culturalmente aprendidos – tradições, costumes e hábitos arraigados.
Ação afetiva: O indivíduo age segundo os sentimentos e emoções. 
	A ação afetiva não leva em consideração os fins que quer atingir nem os meios para isso, pois a racionalidade, tanto neste tipo de ação quanto na ação tradicional, fica como que suspensa.
Ação racional com relação a valores: O indivíduo age segundo valores e crenças fundamentadas na razão (escolha própria);
Ação racional com relação a fins: o indivíduo age a partir de seus objetivos e metas (escolha própria);

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