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Tribunal Penal Internacional - Estatuto de Roma

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*
Tribunal Penal Internacional (ou
Corte Penal Internacional)
*
*
Direito Humanitário – É o direito dos civis e militares em tempos de Guerra
Em 22 de agosto de 1864 foi assinada, unicamente por potências européias, a Convenção de Genebra, que visava “melhorar a sorte dos civis e militares feridos nos exércitos em campanha” (...) 
A comissão que criou a Convenção de Genebra, transformou-se, em 1880, na Comissão Internacional da Cruz Vermelha.[1] 
 [1] COMPARATO, Fábio Konder. A Afirmação Histórica dos Direitos Humanos, p. 167-8.
*
Histórico dos Tribunais Internacionais Anteriores ao Tribunal Penal Internacional (TPI)
Tribunal Militar Internacional Ad hoc de Nuremberg (1945);
Tribunal Penal Internacional Ad hoc da ONU para Ruanda (1998);
Tribunal Penal Internacional Ad hoc da ONU para Ex-Iugoslávia (1999);
*
Segunda Guerra Mundial
Crimes de Guerra, contra a humanidade e genocídio
*
Imagens dos Julgamentos
Nuremberger Prozess 
Das Tribunal Angeklagt Slobodan Milosovic
*
Histórico do TPI
Em 1989 Arthur N.R. Robinson, então primeiro-ministro da República de Trinidade e Tobago se pronunciou na Assembléia Geral da ONU, dizendo que agora, após a Guerra Fria, seria o momento adequado para implementar um Tribunal Penal Internacional. Lembrou o que disse Albert Speer durante o Julgamento de Nuremberg.
ASSINATURA E RATIFICAÇÃO DO ESTATUTO DE ROMA (1998)
Em 1998 o TPI foi criado a partir da assinatura do Estatuto de Roma por 120 países.
Atualmente o Estatuto de Roma já foi ratificado por 121 países.
O TPI iniciou seus trabalhos em 1.º de julho de 2002, quando o Estatuto de Roma completou 60 ratificações.
*
Competência do TPI
O exercício da jurisdição fica condicionado ao território em que tenha sido cometido o crime, ou quando o Estado de que seja pátrio o indivíduo acusado da violação, seja integrante do Estatuto ou tenha a ele aderido. É facultado ao Conselho de Segurança das Nações Unidas solicitar ao procurador para que abra um inquérito para averiguar a ocorrência de um fato determinado como crime pelo Estatuto. Nessa situação, não possuirá restrição alguma à jurisdição do Tribunal Penal Internacional. 
COMPARATO, Fábio Konder. A afirmação histórica dos direitos humanos. 5. ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2007, p. 451-452.
*
Dados Atualizados:
Dados de 2012 indicam 121 Estados-partes do Estatuto de Roma, porém Estados Unidos, China e Rússia ainda não aderiram ao referido tratado. Site oficial do Tribunal Penal Internacional: http://www.icc-cpi.int/Menus/ASP/states+parties/ Acesso em 27 de maio de 2012 às 18h.
*
6 Línguas Oficiais do TPI
Árabe, chinês, inglês, francês, russo e espanhol (art. 50, 1). 
MAZZUOLI, Valerio de Oliveira. Curso de Direito Internacional Público. 3ª ed. Rev., atual. e ampl. São Paulo: Ed. Revista dos Tribunais, 2008. p. 837.
*
O TPI e o Brasil
O Brasil faz parte do Tribunal Penal Internacional conforme o Art. 5, § 4.º da CF/88:
Aderiu constitucionalmente ao Estatuto de Roma.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Sylvia Steiner – desembargadora brasileira que assumiu cargo de juíza do TPI (mandato de 9 anos). Atua conjuntamente com mais 17 juízes do TPI. Sobre a juíza e sua atuação, ver vídeo no Google vídeos: “Entrevista a Sylvia Steiner”. “Tribunal Penal Internacional Apamagis 2”
*
Impossibilidade de Apresentação de Reservas
Reservas = não se comprometer com o cumprimento de algum artigo específico de tratado internacional.
O Estatuto de Roma adotou mecanismo bastante rígido, onde não permite fazer reservas em qualquer das fases, seja de ratificação, aceitação, aprovação ou adesão, artigo 120.
*
Estatuto de Roma e CF/88:
O Tratado de Roma prevê a prisão perpétua e a CF/88 não a prevê. Há conflito ou não entre ambos?
As Interpretações são Divergentes:
Pelo não conflito com a CF/88:
A vedação da CF/88 não é absoluta, ela pode ocorrer em caso de Guerra declarada, logo não há conflito com a CF/88 (Prof. Cachapuz de Medeiros e outros internacionalistas).
O conflito seria apenas aparente.
O Brasil ratificou o Estatuto de Roma sem observações/restrições, logo vale a prisão perpétua.
Pelo conflito com a CF/88 (alguns penalistas):
Cesar Roberto de Bitencourt – Há incompatibilidade entre o Tratado e a CF/88.
*
Sede e Objetivo do TPI
Sede em Haia na Holanda;
Tem como objetivo o de acabar com a impunidade de pessoas que cometam crimes contra humanidade, genocídio, crimes de Guerra e de agressão em casos em que os governos não conseguiriam processá-los devido ao seu poder interno.
Relevância para humanidade
*
Composição
18 juízes eleitos pela Assembléia Geral;
Com mandato de 9 anos (sem reeleição) – art. 35;
Não há polícia do TPI. A investigação é realizada pelo procurador do TPI com cooperação interjurisdicional.
Procurador – Chefia uma espécie de Ministério Público que atua perante o TPI conforme previsão do Tratado de Roma.
Ele que recebe a notícia da violação e a apresenta ao TPI.
O órgão é independente em relação ao TPI.
Ele é auxiliado por procuradores adjuntos.
*
Quem pode encaminhar um caso ao TPI?
O Estatuto prevê, em seus artigos 13 e 15, que os casos deverão ser encaminhados por um: 
1) Estado-Parte, 
2) ou pelo Conselho de Segurança da ONU, 
3) ou se o Promotor, que representa o Ministério Público, tiver iniciado uma investigação preliminar, nos termos determinantes do art. 15.
BEHRENS, Hans Jorg.; “Investigação julgamento e recurso”. In: AMBOS, Kai; CHOUKR, Fauzi Hassan. (Org.). Tribunal Penal Internacional. São Paulo: Ed. Revista dos Tribunais, 2000. cap. II. p. 65.
*
Vídeos - Realplayer
Atuação do procurador (promotor) do TPI:
“El presidente de Sudan acusado de genocidio”.
*
CARACTERÍSTICAS DO TPI:
Tratado de Roma (1998)
Artigo 1.º O Tribunal 
É criado, pelo presente instrumento, um Tribunal Penal Internacional («o Tribunal»). O Tribunal será uma instituição 
1) permanente, com jurisdição sobre as pessoas responsáveis pelos 
2) crimes de maior gravidade com alcance internacional, de acordo com o presente Estatuto, e será 
3) complementar das jurisdições penais nacionais. A competência e o funcionamento do Tribunal reger-se-ão pelo presente Estatuto. 
*
Princípio da Complementariedade
Quando a jurisdição nacional se omitir ou falhar no julgamento dos crimes contra humanidade, atuará o TPI de forma complementar (princípio da complementariedade).
Há circunstâncias em que o Judiciário interno não consegue julgar determinada figura. Por exemplo, durante um regime ditatorial violento, haveria como um juiz do próprio país julgar o ditador por crimes contra a humanidade sem sofrer risco de vida? 
Neste tipo de situação, vemos a possibilidade de um julgamento pelo TPI para complementar uma jurisdição que não cumpriu sua função.
*
Vídeos - Realplayer
Crimes de maior gravidade: 
“Crianças vulneráveis no Congo”.
“Lubanga trial to test war crimes tribunal”.
Jurisdição Complementar: “Corte Penal Internacional ya indaga sobre falsos positivos...”
*
Crimes de competência do Tribunal 
(Crimes de Lesa a Humanidade)
São apenas 4 categorias de Crime que podem ser julgadas pelo TPI.
Logo, não é qualquer espécie de crime que poderá ser levado ao TPI.
Além disso, o TPI somente julgará aqueles crimes cometidos após 1.º de julho de 2002, porque o TPI somente começou a funcionar após esta data.
Não julgará menores de 18 anos.
*
Os Crimes Objeto do TPI
São elas:
Crime de Guerra;
Crime de Genocídio;
Crime contraa Humanidade;
Crime de Agressão.
Não podem ser julgados pelo TPI: Terrorismo e pirataria no mar.
*
OAB/MG/2007
34ª Questão: Com relação ao Tribunal Penal Internacional, é CORRETO afirmar que:
a)Tem como sujeitos os Estados, não os indivíduos, devido à primazia dos Estados e das Organizações Internacionais no Direito Internacional Público.
b)Tem como objetivo julgar os crimes cometidos durante as guerras de independência na ex-Iugoslávia e no genocídio de Ruanda.
c)Justifica-se para permitir a criação de tribunais “ad hoc”.
d)É independente e permanente, voltado para o julgamento de crimes de relevância internacional, em especial contra a humanidade e de guerra.  
*
Crimes da competência do Tribunal 
Artigo 5.º 
1 - A competência do Tribunal restringir-se-á aos crimes mais graves que afetam a comunidade internacional no seu conjunto. Nos termos do presente Estatuto, o Tribunal terá competência para julgar os seguintes crimes: 
a) O crime de genocídio; b) Os crimes contra a Humanidade; c) Os crimes de guerra; d) O crime de agressão. 
*
Diferenças entre Crimes Contra a Humanidade e Crimes de Guerra
 Crimes contra a Humanidade
podem ser cometidos tanto em tempo de guerra como em tempos de paz.
podem ser praticados contra civis de mesma nacionalidade dos criminosos.	
NETO, José Cretella. Curso de Direito Internacional Penal. Rio Grande do Sul: Editora Unijuí, 2008. p. 354.
 Crimes de Guerra
condutas executadas apenas durante as hostilidades armadas internas ou internacionais
são cometidos contra civis e militares de nacionalidade diferentes das dos perpetradores.
*
Artigo 7.º 
Crimes contra a Humanidade 
1 - Para os efeitos do presente Estatuto, entende-se por «crime contra a Humanidade» qualquer um dos actos seguintes, quando cometido no quadro de um ataque, generalizado ou sistemático, contra qualquer população civil, havendo conhecimento desse ataque: a) Homicídio; b) Extermínio; c) Escravidão; d) Deportação ou transferência à força de uma população; e) Prisão ou outra forma de privação da liberdade física grave, em violação das normas fundamentais do direito internacional; f) Tortura; g) Violação, escravatura sexual, prostituição forçada, gravidez à força, esterilização à força ou qualquer outra forma de violência no campo sexual de gravidade comparável; h) Perseguição de um grupo ou colectividade que possa ser identificado, por motivos políticos, raciais, nacionais, étnicos, culturais, religiosos ou de sexo, tal como definido no n.º 3, ou em função de outros critérios universalmente reconhecidos como inaceitáveis em direito internacional, relacionados com qualquer acto referido neste número ou com qualquer crime da competência do Tribunal;
(...)
*
Artigo 8.º
Crimes de Guerra
(...) Os Crimes previstos nas Convenções de Genebra de 1949 e outros:
iv) Destruição ou apropriação de bens em larga escala, quando não justificadas por quaisquer necessidades militares e executadas de forma ilegal e arbitrária; v) O acto de compelir um prisioneiro de guerra ou outra pessoa sob protecção a servir nas forças armadas de uma potência inimiga; vi) Privação intencional de um prisioneiro de guerra ou de outra pessoa sob protecção do seu direito a um julgamento justo e imparcial; vii) Deportação ou transferência, ou a privação de liberdade ilegais; viii) Tomada de reféns; i) Atacar intencionalmente a população civil em geral ou civis que não participem directamente nas hostilidades; ii) Atacar intencionalmente bens civis, ou seja, bens que não sejam objectivos militares; (...) 
*
Crime de Genocídio – Art. 6.º
Vem do grego genos = espécie, raça, tribo + latim cide = matar
Homicídio e outras crueldades direcionadas especificamente a:
grupo nacional, étnico, rácico ou religioso.
*
Imprescritibilidade
Estes 4 crimes são imprescritíveis segundo o Estatuto de Roma.
*
Posição Garantista do TPI
Princípio da Menoridade penal (18 anos)
Princípio da Não-retroatividade da norma penal que não seja benéfica;
Princípio da Especialidade;
Princípio da Presunção de inocência – o ônus da prova é do acusador (procurador).
Non bis in idem.
*
Deveres dos Estados que Ratificaram o Tratado de Roma
Todos os países que ratificaram o Tratado deverão obedecer o TPI;
Entrega: o país signatário deverá entregar o acusado (mesmo que seja nacional, estrangeiro, asilado, refugiado, presidente de país, diplomata, etc.) sempre que for pedido pelo TPI porque o país ratificou o Tratado de Roma.
Entrega (país solicitado pelo TPI entrega acusado ao TPI) X Extradição (um país entrega ao outro);
Ver pedido de entrega do TPI para o Brasil julgado pelo STF.
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2. (OAB – CESPE 2008.1) Acerca de tribunais internacionais e de sua repercussão, assinale a opção correta.
(A) O Tribunal Penal Internacional prevê a possibilidade de aplicação da pena de morte, ao passo que a Constituição brasileira proíbe tal aplicação.
(B) O § 4.º do art. 5.º da Constituição Federal prevê a submissão do Brasil à jurisdição de tribunais penais internacionais e tribunais de direitos humanos.
(C) O Estatuto de Roma não permite reservas nem a retirada dos Estados-membros do tratado.
(D) O Estatuto de Roma, que criou o Tribunal Penal Internacional, estabelece uma diferença entre entrega e extradição, operando a primeira entre um Estado e o mencionado tribunal e a segunda, entre Estados.
*
Relação entre o TPI e a CIJ
Cumpre referir que o Tribunal Penal Internacional coexiste com a Corte Internacional de Justiça (CIJ) e que a responsabilidade internacional dos agentes por crimes contra a humanidade, de tipo sancionatório, existe juntamente com a responsabilidade internacional dos Estados pelos atos, de natureza compensatória. 
MACHADO, E.M, Jónatas. Direito Internacional: Do paradigma clássico ao pós-11 de setembro. 3. ed. São Paulo, SP: Coimbra Editora, 2006, p.414.
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Brasileiro Nato:
Pode ser extraditado? Não.
Pode ser entregue? Sim. Deve ser.
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Prisão perpétua?
Sim, excepcionalmente, conforme art. 77.
Normalmente, pena máxima de 30 anos.
*
O TPI faz parte da ONU?
Não. O TPI é uma instituição independente, não fazendo parte da ONU, mas sim mantendo uma relação de estreita cooperação. 	 
NETO, José Cretella. Curso de Direito Internacional Penal. Rio Grande do Sul: Editora Unijuí, 2008. p. 210-211.
*
O TPI é sujeito de Direito Internacional?
Sim. Tem personalidade jurídica internacional e a capacidade jurídica necessária ao regular desempenho de suas funções. 	 
NETO, José Cretella. Curso de Direito Internacional Penal. Rio Grande do Sul: Editora Unijuí, 2008. p. 210-211.
*
Direito Internacional – OAB/MG 2008
51ª Questão: A Comissão de Direito Internacional das Nações Unidas estabeleceram, no ano de 1994, as primeiras idéias e princípios daquele que viria a constituir o chamado Estatuto de Roma (que instituiria, mas tarde, o Tribunal - ou Côrte - Penal Internacional, ou, simplemente, TPI). Já no ano seguinte, após duas reuniões da Assembléia Geral das Nações Unidas, resolveu-se pela criação de um Comitê preparatório (também chamado de PrepCom) que tinha como objetivo propor um projeto de Estatuto, tendo o mesmo sido apresentado em 1998 e aberto à assinatura em 17 de julho de 1998, ocasião que contou com a assinatura de 120 Estados. Porém, para que o Estatuto entrasse em vigor e o TPI fosse efetivamete criado era necessário que 60 Estados o ratificassem, o que veio a acontecer em 11 de abril de 2002. Em 01 de julho de 2002, o Estatuto de Roma entrou em vigor. Por assim dizer é correto afirmar, quanto ao Estatuto de Roma, que a competência do Tribunal Penal Internacional restringi-se aos crimes mais graves que afetam a comunidade internacional. Assim é correto que o TPI tem competência para julgar os crimes, EXCETO:
a)de genocídio. b)contra a humanidade. c)de terrorismo. d)de guerra.
*
 
*
*
Há possibilidade de Assinar o Estatutode Roma com Reservas?
Na maior parte dos tratados os países podem assinar e ratificar um tratado com reservas em relação a determinados artigos.
Entretanto, o Estatuto de Roma de 1998 não admite reservas. Assim, ou o país ratifica integralmente ou não ratifica.
Um Estado poderá, entretanto, retirar-se do Estatuto de Roma.
Assim, no caso da prisão perpétua, não pode o Brasil aplicar o princípio da reserva, devendo aceitar tudo o que está previsto no Tratado sob pena de condenação na Corte Internacional de Justiça (CIJ) que julga países violadores de tratados e convenções.
*
ESTUDO DE CASO E PROJEÇÃO PARA O FUTURO
Em março de 2009, pela primeira vez o TPI expediu mandado de prisão contra um chefe de Estado.
Isso poderá servir como precedente para outros casos, por isso, é de alta relevância.
*
 Omar al-Bashir
 Presidente do Sudão
G1 - Omar al Bashir
Em março de 2009, o Tribunal Penal Internacional (TPI) expediu um mandado de prisão contra o presidente do Sudão, Omar al-Bashir, por crimes de guerra e crimes contra a humanidade na região de Darfur, no oeste do país. Esta é a primeira vez que a corte indicia um governante em exercício desde sua criação, em 2002. Um porta-voz do tribunal disse, contudo, que a acusação mais grave, de genocídio, não foi incluída no documento pois o promotor-chefe não conseguiu fornecer provas suficientes de "intenção específica" da parte do governo sudanês de destruir grupos étnicos em Darfur. 
*
Primeiro Caso do TPI
Thomas Lubanga Dyilo
 Youtube: The prosecutor v. Thomas Lubanda Dyilo 3.23-3.27
Born on 29 December 1960 in Djiba, in the district Ituri.
National of the Democratic Republic of the Congo.
Alleged founder of Union des Patriotes Congolais (UPC) and the Forces patriotiques pour la libération du Congo (FPLC); Alleged former Commander-in-Chief of the FPLC, since September 2002 and at least until the end of 2003. Alleged president of the UPC.
*
Acusações
Enlisting and conscripting of children under the age of 15 years into the Forces patriotiques pour la libération du Congo [Patriotic Forces for the Liberation of Congo] (FPLC) and using them to participate actively in hostilities in the context of an international armed conflict from early September 2002 to 2 June 2003 (punishable under article 8(2)(b)(xxvi) of the Rome Statute); 
*
Etapas Processuais Concluídas
1) Prosecution application for a warrant of arrest 12 January 2006
2) Surrender to the Court and transfer to the Detention Centre in The Hague 17 March 2006
3) First appearance before Pre-Trial Chamber I 20 March 2006
4) Confirmation of charges hearing From 9 to 28 November 2006
5) Decision on the confirmation of charges 29 January 2007 
6) Commencement of trial 26 January 2009
*
Dificuldades do TPI
E.U.A., China e Índia não ratificaram o Estatuto de Roma.
Não há polícia internacional;
Depende-se de cooperação internacional para investigações dos procuradores/promotores do TPI nos países onde ocorreram os crimes de lesa humanidade.
*
Independente
Não depende da ONU, ele não pertence ao sistema da ONU.

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