Buscar

Resumo Cap.01

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

FARACO, Alberto Carlos. Estudos pré-saussureanos. In: MUSSALIM,Fernanda, BENTES,Ana Christina (Orgs).Introdução à Linguística: Fundamentos Epistemológicos 3. 5ª ed. São Paulo: Cortez,2011.Pags.: 27-52.
RESUMO DO TEXTO “ESTUDOS PRÉ-SAUSSURIANOS”
Luciana Ferreira Rameiro¹
luciana_ferreirar@hotmail.com
O texto de Alberto Faraco faz uma organização dos estudos de vários linguistas em épocas diferentes e afirma que a obra de Saussure foi mais completa e a partir dela construiu-se uma nova ciência : a da linguagem.
Descreve a evolução da linguagem com o passar do tempo até chegar na modernidade, fortalece que a herança saussureana foi fundamental para a criação de um senso lógico e autônomo e considera que Saussure ao estudar a língua como um sistema de signos independentes foi brilhante.
Considera como ultrapassada a tese monogâmica,no qual é sustentada por um texto bíblico,de que todas as línguas derivavam de uma mesma língua,como Dante pensava na Idade Média.
Faraco faz um levantamento de experiências de linguistas que tentavam estudar o sânscrito, e que de tão impressionados com a semelhança desse idioma como o grego e latim levantavam hipóteses de uma origem comum entre essas línguas fazendo comparações.
O autor cita outros linguistas como William Jones que mais tarde acrescentou o céltico,o gótico e o persa antigo em tal semelhança com o sânscrito,essa comparação foi uma questão discutida e esquematizada por muitas análises comparativas e conclui que só a partir do século XX que se compreendeu a língua como ciência autônoma.
Mostra a evolução do estudo de línguas que começou na Europa com o movimento de estudos comparativos e também na nova mentalidade de que a língua muda com o tempo e de que é possível reconstruí-la.
O texto relata a importância das teorias de Grimm e Verner de que os fatos linguísticos são condicionados só e apenas por fatos linguísticos.Em seguida, Faraco relata o surgimento de novos linguístas influenciados pelo estudo da gramática comparativa, da teoria evolucionista,da criação de uma árvore genealógica de línguas e conclui que o acúmulo de conhecimento que cada estudioso teve a sua contribuição.
No desenvolvimento descreve a linguística no século XIX, já que o mundo mudou e surgiram críticas a teoria evolucionista e dizia-se que a língua tinha de ser vista ligada ao indivíduo falante.Uma nova mentalidade apareceu e pensava-se que só deveriam estudar línguas vivas e esquecer as línguas mortas e de que não era necessário reconstruí-las.
No texto têm-se uma critica ao estudo da analogia e a julga como um conceito excessivamente vago e dificilmente auxilia ou explica a complexidade da linguística.Com os neogramáticos passou-se a entender a “lei fonética” como uma fórmula de correspondências entre sistemas fonéticos sucessivos duma mesma língua nos diversos períodos de sua existência.
Encontra-se uma opinião positiva aos neogramáticos e usa argumentos do linguista Hugo Schuchardt,pois para esse estudioso o falante individual é que serve de ponto de referência. Ao se opor ao conceito de lei fonética,Schuchardt analisou muitas variáveis condicionais dos falantes como: gênero,a idade,o nível de escolaridade do falante,tema que voltará a der estudado na década de 1960.
Assim,o autor declara que Schuchardt abriu um novo caminho para questionar um tratamento imanentista das mudanças que ocorreram no século XX,um tratamento em que o contexto social e cultural da língua é visto como condicionante da variação.
Mesmo o texto tendo uma posição mais positiva para teorias mais recentes ele celebra e julga como muito importante os linguistas do século XIX,como: William D. Whitney e Wilhelm von Humboldt que influenciaram a linguística do século XX.
O autor volta aos estudos comparativos e reitera que a elaboração da gramática de sânscrito é destaca como um dos melhores trabalhos na época e ainda releva o estudo de línguas indígenas da América do Norte publicada em 1875, mesmo com as críticas de Saussure.
Faraco costuma colocar discordância entre os linguistas,mas isso é necessário para que o estudo possa evoluir. A insistência de Saussure na sua própria perspectiva de que a língua é uma instituição social,mas diferente das demais instituições sociais, foram uma peça central na construção da mentalidade da linguística como ciência.
Depois de citar vários pensamentos linguísticos chega-se ao estudo do linguísta Humboldt que conheceu muitas das gramáticas de línguas ameríndia e esteve em contato permanente com pesquisadores que lidavam com línguas indígenas na América do Norte e ainda línguas asiáticas: o chinês,a língua kawi. 
O texto de estudos pré-saussureanos descreve o pensamento de Humbolt que afasta-se um pouco das antigas concepções ao conceber a língua não como um sistema gramatical, mas como uma atividade mental sistemática de elaboração.Para ele a gramática como tal e a comunicação são absolutamente acessórias.
Enfim, finaliza com os estudos do século XX onde prevaleceu os estudos de linguagem e a ótica visual,o tema da interação,da intersubjetividade,do diálogo,cita várias interpretações da relação EU -TU e como essa relação tenta decifrar a origem da linguagem.
O autor usa a filosofia que é citada para decifrar a subjetividade,a cognição e a linguagem,para ficar nas áreas mais próximas de nós,cita a filosofia alemã ao refletir sobre o EU - TU.O texto enxuga e tenta tirar de vários linguistas o significado do TU e na sua perspectiva tenta chegar ao mundo exterior a explicação dessa consciência.
Para explicar o Eu - TU, o texto confronta Jacobi e Hengel e cita a formação pietista de Jacobi que acreditava que o EU não existia sem o TU.Jacobi individualiza cada ser e cria um relação de encontros e por consequência uma relação genuína entre os dois.
Concluindo o texto, Alberto Faraco cita Hengel que confirma o pensamento de que um ser precisa do outro(EU - TU) argumenta também que a auto-consciência nasce do outro e necessita passar pela consciência alheia.
1 Aluna de Letras - Habilitação em Língua Francesa da Universidade Federal do Pará.

Outros materiais